sexta-feira, 19 de junho de 2009

Bovespa caiu 4% em 5 dias, após 4 semanas positivas

por Claudia Violante de Agência ESTADO
19 de Junho de 2009 17:57


São Paulo - Depois de quatro sessões em queda, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) finalmente viu o sinal positivo no fechamento do pregão hoje. Mas na semana o desempenho ficou no vermelho, após quatro semanas de ganhos. Ações de bancos e da Petrobras deram sustentação à alta do índice Bovespa (Ibovespa) desta sexta-feira.
O Ibovespa fechou o dia com alta de 0,92%, a 51.373,77 pontos, mas na semana registrou perda de 4,08%. No mês, o Ibovespa acumula baixa de 3,43% e, no ano, ganho de 36,81%. Na mínima do dia, o Ibovespa atingiu os 50.908 pontos (+0,01%) e, na máxima, os 51.665 pontos (+1,50%). O giro no pregão regular somou R$ 3,776 bilhões. Os dados são preliminares.
A sexta-feira foi uma sessão de respiro, possível após uma quinta-feira de boas notícias e indicadores favoráveis. Na avaliação do analista de investimentos da Spinelli Jayme Alves, o giro fraco, no entanto, reforça o comportamento lateral da Bolsa visto nos últimos dias, com a falta de estímulo para conduzir os índices para onde quer que seja. "O investidor não quer tomar posição. Vai ficar em stand by, à espera de novidades mais concretas", comentou ao lembrar que logo começa mais uma temporada de balanços corporativos.
As Bolsas norte-americanas não atrapalharam o desempenho da Bovespa hoje. Depois de alguma oscilação no dia do vencimento quádruplo - futuros de índices de ações, opções de índices de ações, opções de ações e futuros de ações -, o Dow Jones acabou caindo. Os papéis ligados ao segmento de tecnologia foram destaques de elevação, contrabalançada pela fraqueza das ações do setor industrial e de petrolíferas. O Dow Jones recuou 0,19%, aos 8.539,73 pontos. O S&P avançou 0,31%, aos 921,23 pontos, e o Nasdaq teve alta de 1,09%, aos 1.827,47 pontos.
Na Bovespa, o setor financeiro foi destaque de alta, assim como as ações da BM&FBovespa, que avançaram embaladas pela redução da taxa básica de juros (Selic), com consequente queda na remuneração dos investimentos de renda fixa. Bradesco PN teve alta de 0,96%, Itaú Unibanco PN, 1,53%, BB ON, 2,44%, BM&FBovespa ON, 3,18%.
Petrobras também foi destaque de alta. A ação ordinária (ON) subiu 1,25% e a preferencial (PN), 0,60%. Ontem à noite, a estatal anunciou que a produção total de petróleo e gás natural, considerando os campos do Brasil e do exterior, cresceu 7,6% em maio na comparação com maio do ano passado e 1,1% ante abril. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato futuro de petróleo com vencimento em julho recuou 2,55%, a US$ 69,55 o barril.
Apesar da alta dos metais, Vale caiu: a ON perdeu 0,11% e a PNA recuou 0,35%. Hoje, a mídia da província chinesa de Shanxi informou que as siderúrgicas locais assinaram acordos de fornecimento de minério de ferro com Vale, Rio Tinto e BHP Billiton.
As ações de siderúrgicas fecharam sem tendência definida na Bovespa: Gerdau PN, -0,05%. Metalúrgica Gerdau PN, -0,76%, Usiminas PNA, +0,75%, e CSN ON, +1,28%. A Associação Mundial do Aço informou hoje que a produção global de aço bruto caiu 21% em maio na comparação com igual mês do ano passado, para 95,6 milhões de toneladas. Frente a abril, no entanto, a produção cresceu 7,4%. No Brasil, a produção cresceu 9,5% em maio ante abril.
Destaque da sessão hoje foi Redecard ON, que subiu 5,87%, na terceira maior elevação do Ibovespa. A proximidade da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da concorrente VisaNet ajudou a explicar esse movimento. Na operação da VisaNet, o período de reserva de ações da oferta secundária termina na quarta-feira da próxima semana. O início da negociação dos papéis em bolsa está previsto para o dia 29 de junho.

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