sexta-feira, 12 de junho de 2009

Em sessão volátil, Bovespa fecha em alta de 0,28%

por Agência ESTADO
12 de Junho de 2009 17:44

Apesar da vasta agenda de indicadores com poder de influenciar os negócios no mercado acionário nesta sexta-feira - considerando que ontem não houve pregão no Brasil por causa do feriado de Corpus Christi - a Bovespa acabou oscilando ao sabor dos vencimentos da próxima semana. E isso trouxe muita volatilidade aos negócios, só diminuída na hora final da sessão, quando o índice Dow Jones passou a subir depois de uma sessão quase toda em baixa. O índice Bovespa (Ibovespa) terminou a sexta-feira em alta de 0,28%, aos 53.558,23 pontos. Na semana, acumulou ganho de 0,40% e, em junho, sobe 0,68%. Em 2009 até hoje, a alta da Bolsa atinge 42,63%. O giro financeiro negociado hoje totalizou R$ 4,928 bilhões. Os dados são preliminares.

O corte acima do esperado da taxa básica de juros da economia (Selic), na última quarta-feira à noite, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, acabou não influindo tão fortemente na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), embora a avaliação seja a de que juro menor eleva a atratividade da renda variável. Além disso, as commodities metálicas e o petróleo fecharam em baixa, mas Vale e Petrobras não se deixaram levar apenas por isso.

No caso da Vale, a mineradora disse hoje que espera fechar um acordo sobre o preço do minério de ferro com a China, depois que se acertou com siderúrgicas do Japão e Coreia do Sul e em bases atraentes à mineradora. Os reajustes fechados com estas companhias acabaram dando força à Vale, que deve conseguir uma redução menor do que querem as chinesas para comprar o minério de ferro. Ainda da China, hoje foi confirmada a produção industrial do país, que subiu os 8,9% antecipados por um jornal anteontem - e que favoreceram as bolsas na ocasião. A previsão dos economistas era de alta de 7,8%. Outro dado favorável da China foi o de vendas no varejo, que avançaram 15,2% em maio ante maio do ano passado.

Apesar desses indícios de recuperação da atividade, Vale ON terminou em baixa de 0,59% e Vale PNA, de 0,90%, com a pressão dos investidores por causa dos vencimentos. Petrobras também sentiu esse peso, mas não teve fechamento uniforme: a ON caiu 0,26% e a PN subiu 0,21%. Na quarta-feira à noite, a Standard & Poor's reduziu o rating de crédito corporativo da Petrobras de BBB para BBB- (nível mais baixo da escala de grau de investimento), com perspectiva estável. O contrato do petróleo para julho recuou 0,88%, para US$ 72,04, apesar de a Opep ter elevado sua previsão de demanda pela commodity no terceiro trimestre em 40 mil barris por dia.

O mercado de Nova York, hoje, também não entusiasmou. Os índices acionários trabalharam predominantemente em queda, com alguma melhora na hora final da sessão. O principal indicador do dia era o Índice de Confiança de Michigan, que subiu de 68,7 em maio para 69 em meados de junho. Apesar de ter subido, a previsão era de que o avanço seria maior, para 69,8. Os índices do mercado de ações norte-americano fecharam em direções divergentes, divididos entre o declínio dos papéis de tecnologia e commodities e o avanço das ações de empresas do setor farmacêutico e de outros setores. O índice Dow Jones subiu 0,32%, aos 8.799,26 pontos, o índice S&P teve alta de 0,14%, aos 946,21 pontos, e o índice Nasdaq perdeu 0,19%, aos 1.858,80 pontos.

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