sexta-feira, 17 de julho de 2009

Bolsa sobe pelo 3º dia seguido e ganha 5,79% na semana

por Agência ESTADO
17 de Julho de 2009 17:50

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve hoje sua terceira sessão consecutiva de elevação. Embora o ritmo tenha sido bem mais lento do que o visto nos dois dias anteriores, colaborou para garantir uma alta de 5,79% na semana. A sexta-feira foi marcada pela volatilidade, no Brasil e em Wall Street, com os investidores pisando no freio para digerir os últimos números da safra de balanços e de indicadores, à procura de qual rumo seguir. O vencimento de opções sobre ações na próxima segunda-feira no mercado doméstico também pautou o vaivém dos negócios.

O índice Bovespa (Ibovespa) terminou a sexta-feira em alta de 0,30%, aos 52.072,49 pontos, o maior patamar desde os 52.137,58 pontos de 29 de junho. Na mínima do dia, o Ibovespa atingiu 51.736 pontos (-0,35%) e, na máxima, os 52.353 pontos (+0,84%). No mês, a Bolsa acumula alta de 1,18%, e no ano, de 38,68%. O giro financeiro de hoje foi o menor da semana e somou R$ 4,102 bilhões. Os dados são preliminares.

Não faltavam motivos para a Bolsa subir, um dos principais a elevação, pelo Morgan Stanley, da recomendação para sua carteira de ações do Brasil, do índice MSCI de "equal-weight" (igual à referência do mercado) para "overweight" (acima da referência). Petrobras foi uma das beneficiadas pelo banco, que classificou o papel como um dos "top picks" de empresas de países emergentes. As ações ordinárias (ON) da Petrobras avançaram 2,11% e as preferenciais (PN), 1,78%, ainda favorecidas pela alta do petróleo - na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato do petróleo com vencimento em agosto subiu 2,48%, para US$ 63,56 o barril.

As ações de siderúrgicas também podem ser citadas como destaque de alta na Bovespa, embora o setor não tenha fechado com uniformidade - Gerdau Metalúrgica foi a exceção. Os dados do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS) indicando crescimento das vendas e das exportações favoreceram os papéis. Gerdau PN registrou valorização de 0,34%, Metalúrgica Gerdau PN recuou 0,77%, CSN ON subiu 1,02% e Usiminas PNA avançou 1,32%.

As ações da mineradora Vale terminaram de novo em sentidos opostos, com a ON em baixa de 0,09% e a PNA (preferencial da classe A) em alta de 0,27%. Os papéis oscilaram muito em razão do vencimento de opções sobre ações na próxima segunda-feira, no qual o "strike" de R$ 30 se confirmou.

A opção é um contrato que confere ao portador o direito de compra ou venda de um ativo a um preço predeterminado. O vencimento de opções é a data de validade desses contratos. A partir do dia seguinte, o detentor da opção não pode mais exercê-la. Por isso, no dia de vencimento das opções e nos dias imediatamente anteriores, o movimento da Bolsa pode sofrer distorções, com os investidores atuando de forma tal que os preços das ações se aproximem daqueles valores que mais os favorecem quando a opção for exercida.

Os balanços e indicadores norte-americanos conhecidos hoje, embora tenham sido considerados, na sua maioria, positivos, não deram muito entusiasmo para que os investidores se mantivessem firmes em sua posição compradora. "Depois das altas vistas nos últimos dias, é até saudável essa freada. O mercado fica mais leve. Acho que a Bolsa vai continuar se arrastando, assim como o fluxo estrangeiro", comentou uma fonte do mercado de renda variável.

O Dow Jones encerrou a sexta-feira em alta de 0,37%, aos 8.743,94 pontos. O S&P recuou 0,04%, aos 840,38 pontos, e o Nasdaq subiu 0,08%, aos 1.886,61 pontos. O mercado gostou dos números do Citigroup e da IBM, mas ficou ressabiado com Google, General Electric e Bank of America.

Redecard ON foi um dos destaques de baixa hoje, na segunda maior queda do Ibovespa, com perda de 3,75%. Os papéis reagiram à notícia de que a Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça abriu processo administrativo contra a companhia por suposto abuso de mercado contra os chamados "facilitadores" de pagamento via internet.

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