sábado, 5 de fevereiro de 2011

IBOV...após 04/02...confirmação do pivô de queda






O IBOV depois de abrir a semana com um doiji de indefinição na segunda, ensaiou um repique de alta na terça para fazer sua máxima semanal nos 68.011 pontos, no início do pregão da quarta. Daí refluiu com força no restante desse pregão, deu continuidade na queda na quinta e na sexta, até fazer sua mínima semanal em 65.160 pontos e finalizar nos 65.269 pontos.

Queda semanal de -2,14% e confirmação de um pivô de baixa no gráfico semanal com a perda do fundo anterior nos 65.897 pontos.


O "candle" formado no gráfico diário é um "marubozu de queda", enquanto no gráfico semanal tivemos a formação de um "martelo cheio invertido", sinalizando a força da pressão vendedora. O primeiro gráfico mostrado é o de "120 minutos" e permite visualizar que os repiques verificados nas últimas semanas não conseguiram romper a LTB desse gráfico, confirmando a manutenção do "canal de queda".

Estamos vivenciando um antagonismo com os mercados americanos, visto que enquanto DJI teve um fechamento na máxima anual dos 12.092 pontos, o IBOVESPA fez sua mínima anual nos 65.160 pontos.

Uma explicação para o fato pode estar coincidindo com os momentos antagônicos das duas economias: enquanto a economia americana confirma sua saída da recessão com crecimento trimestral do PIB na casa dos 3,2% (ainda que modesto, mas com perspectivas ainda animadoras) o cenário de crecimento da economia brasileira é menos favorável (depois do forte crescimento do PIB na casa dos 7,5%, em 2010; já sinaliza desacelerar para módicos 4,5% , em 2011).

Essa projeção de crescimento do PIB pode inclusive ser ainda mais reduzida face ao anúncio de políticas de redução de investimentos do novo governo, cortes de gastos orçamentais e uma política de juros anunciada pelo COPOM de continuidade no aumento das taxas de juros.

Isso tudo leva a um cenário de redução da atividade econômica interna penalizando os setores de consumo (mercados varejistas e de prestação de serviços) e fortemente o setor bancário com a provável redução da oferta de crédito.

O setor de mineração, siderurgia e outros exportadores de commodities e manufaturados, apesar de um cenário de leve aquecimento externo são penalizados com as consequências da valorização cambial do real (despesas em real valorizado e receitas em dólar desvalorizado).

Na tentativa de segurar a valorização do real, o governo federal está adotando políticas de inibir a entrada do "capital especulativo externo" (como se houvesse algum tipo de capital que não fosse especulativo), afugentando o investimento estrangeiro na BMF.

A análise técnica dos gráficos e dos principais osciladores gráficos mostra o IBOVESPA em tendência de queda com as principais Médias Móveis (em ordem inversa e acima dos preços) e apontando para baixo, sinalizando para objetivos de queda nos 64.700 e 63.800 pontos, no curto prazo. No médio prazo, essa desvalorização poderá chegar aos 62 mil pontos e 60 mil pontos, onde poderemos ter provável suporte de retorno.

Os principais osciladores do gráfico diário ainda se encontram em região de "sobrevenda" o que sinaliza a possibilidade de ocorrência de repiques no curtissimo prazo.

A forma como rapidamente se verificou a perda dos suportes no patamar dos 66 mil pontos, sugere que dificilmente esses repiques (caso ocorram) alcancem novamente, esse patamar.

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