sexta-feira, 1 de agosto de 2008

INDQ08..após 31/07..tendência de queda retomada...


O INDQ08 (Índice Futuro do Ibovespa) série Q (vencimento em agosto/08) abriu nos 59.500 (mínima), e na primeira meia-hora de pregão retomou a máxima em 60.500 pontos. Daí, sintonizado com os mercados futuros americanos, refluiu até encontrar suporte nos 59.600 pontos. Ficou oscilando entre esse suporte e os 60.300 pontos. Porém a "derrocada" dos mercados americanos na última meia hora de pregão, fez com que o INDQ08 viesse buscar novamente suporte na mínima do dia em 59.500 pontos. Fechou em seguida, às 17 horas em 59.800 pontos (- 1,14%).

Análise: Os indicadores do gráfico de "30 minutos" sinalizam a continuidade da queda, pela pressão vendedora do final do pregão. O triângulo de baixa agora formado, projeta objetivos de suportes em 58.500 e 56.500 pontos. A retomada dos 60.500 pontos poderá levar o índice a 61.500 e ao topo anterior em 62.500 pontos. A força dos índices futuros de DJI e S&P, antes do pregão, poderão confirmar a principal tendência.

IBOV...após 31/07... queda maior no final do pregão amplia essa tendência...


O Ibovespa abriu nos 59.997 pontos e foi até a máxima em 60.022 pontos. A partir daí, em sintonia com DJI, refluiu até encontrar suporte nos 59.400 pontos. Na última hora de pregão, quando ameaçava recuperar, retomou a trajetória de queda até atingir nova minima em 59.225 pontos. Recuperou um pouco, no fechamento do pregão em 59.505 pontos(-0,82%).

Análise:Acompanhando DJI, o Ibovespa não conseguiu romper a resistência do topo do canal de baixa, atingido no fechamento do pregão anterior. A perda do suporte em 59.400 pontos, poderá levar o IBOV a tentar suportes em 58.430 e 58.070 pontos. Acima de 60 mil pontos, poderá buscar 60.240 e 61 mil pontos. Os principais indicadores do gráfico de "30 minutos" passaram a sinalizar tendência de queda, enquanto os indicadores do gráfico diário (exceto o IFR) sinalizam ainda a tendência de alta. Os índices futuros do Ibovespa e dos mercados americanos, antes da abertura, poderão definir a principal tendência.

DJI...após 31/07...tendência de queda se acentua no final do pregão...


DJI abriu em 11.578 pontos (máxima do dia) e iniciou um processo de queda, prenunciado pelos mercados futuros, vindo buscar suporte em 11.430 pontos. Daí, recuperou até o patamar dos 11.500 pontos, mas na última hora de pregão, refluiu novamente e com força (por Alan Greenspan reforçando a tese de que a recessão americana será mais longa que o esperado) até buscar suporte na mínima em 11.363 pontos.Finalizou logo após em 11.378 pontos (-1,78%).

Análise: Como prenunciado pela "divergência de baixa" no oscilador de momentos, DJI iniciou processo de realização, após 2 pregões consecutivos de fortes altas. Perdendo o suporte dos 11.360 pontos, poderá retornar ao suporte nos 11.125 pontos e na perda deste, ao fundo do canal, nos 11 mil pontos. Os principais indicadores do gráfico diário, sinalizam tendência de queda, exceto o estocástico.A forte queda no final do pregão fez com que todos indicadores do gráfico de "30 minutos" viessem a sinalizar tendência de queda. Os mercados futuros antes da abertura, poderão confirmar (ou não), a continuidade da tendência de queda.

Suportes: 11.363, 11.314, 11.160, 11.125 e 11.030 pontos.
Resistências: 11.490, 11.560, 11.586 e 11.700 pontos

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Ibovespa cai 8,48% em julho, segundo pior mês do ano

por Claudia Violante da Agência Estado
31.07.2008 17h30

Após duas sessões seguidas de elevação, quando acumulou alta de 5,5%, a Bovespa voltou a fechar em queda hoje, acompanhando o enfraquecimento das bolsas nova-iorquinas. Indicadores econômicos ruins nos Estados Unidos e declarações do ex-presidente do banco central americano Alan Greenspan levaram os investidores a novamente se desfazer de ações em países emergentes, entre eles o Brasil. Com isso, o Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, encerrou julho com a segunda maior baixa de 2008, de 8,48%, atrás apenas do desempenho de junho (-10,4%). Neste ano, a Bolsa subiu apenas em fevereiro (+6,7%), abril (+11,3%) e maio (+6,9%)
Hoje, o Ibovespa caiu 0,82%, aos 59.505,2 pontos. Oscilou entre a mínima de 59.225 pontos (-1,29%) e a máxima de 60.023 pontos (+0,04%). Em 2008, a Bolsa acumula perdas de 6,86%. O volume financeiro somou neste pregão R$ 5,308 bilhões.
Em Nova York, o índice Dow Jones terminou o dia em queda de 1,78%, o S&P teve baixa de 1,31% e o Nasdaq caiu 0,18%. Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre e de pedidos de auxílio-desemprego na última semana, ambos nos Estados Unidos, apagaram qualquer resquício da melhora exibida ontem após a divulgação de números mais fortes sobre o setor privado no mercado de trabalho.
A economia americana teve expansão de 1,9% no segundo trimestre, abaixo das previsões de 2,3% dos analistas. Não bastasse isso, o Departamento do Comércio dos EUA revisou em baixa o número do primeiro trimestre, de 1% para 0,9%, e também os resultados divulgados entre 2005 e 2007. Já o Departamento do Trabalho anunciou aumento de 44 mil no número de pedidos semanais de auxílio-desemprego, enquanto as previsões eram de que houvesse queda de 8 mil.
A Bovespa acompanhou o desempenho das bolsas nova-iorquinas, embora, no finalzinho da sessão, tenha tentado se descolar e subir. Por um breve momento, o Ibovespa conseguiu voltar à estabilidade, mas as declarações de Greenspan neutralizaram qualquer tentativa mais forte de recuperação.
Segundo ele, o vigor da economia americana é uma surpresa, visto que o fundo do poço para o preço dos imóveis não está visível e a chance de recessão nos EUA ainda esteja na casa de 50%. De acordo com o presidente do BC do país, muito provavelmente o governo vai estatizar as agências hipotecárias Freddie Mac e Fannie Mae.

Bolsa de NY fecha o dia em queda, mas sobe em julho

por Renato Martins da Agência Estado
31.07.2008 18h51

O mercado americano de ações fechou em queda, depois de dois dias consecutivos de altas fortes. Em julho, porém, o índice Dow Jones registrou elevação de 0,25%. O mercado reagiu hoje aos dados do Produto Interno Bruto dos EUA no segundo trimestre (acompanhados da revisão para baixo dos dados do primeiro trimestre) e ao número de pedidos de auxílio-desemprego feitos na semana passada, que superou as previsões.
A queda acelerou-se na última hora do pregão, quando o ex-presidente do banco central americano Alan Greenspan disse que os EUA ainda estão à beira de uma recessão, que o "fundo do poço" para os preços dos imóveis residenciais ainda não está visível e que o governo deveria estatizar as agências de crédito hipotecário Fannie Mae e Freddie Mac (que ele descreveu como "um acidente à espera de acontecer").
As ações da Fannie Mae caíram 5,81% e as da Freddie Mac recuaram 6,41%. Das 30 componentes do Dow Jones, 26 ações fecharam em queda (as exceções foram Coca-Cola, Home Depot, Johnson & Johnson e Wal-Mart, todas com alta inferior a 1%). As ações da ExxonMobil caíram 4,68%, em reação a seu informe de resultados; as da Disney, que havia divulgado resultados ontem, recuaram 4,17%. As ações do setor industrial caíram, em reação aos dados do PIB (Caterpillar perdeu 3,54%).
O índice Dow Jones fechou em queda de 1,78%, em 11.378,02 pontos. O Nasdaq fechou em baixa de 0,18%, em 2.325,55 pontos. O S&P-500 caiu 1,31%, para 1.267,38 pontos. O NYSE Composite recuou 1,48%, para 8.438,64 pontos. No mês de julho, além o Dow Jones acumulou uma alta de 0,25%, no segundo mês de ganho em nove meses (o último mês positivo havia sido abril). O Nasdaq registrou um avanço de 1,42% (com quatro meses de altas nos últimos cinco meses) e o S&P-500, uma perda de 0,99% (sétimo mês de queda em nove meses). No ano de 2008, o Dow Jones acumula uma queda de 14,22%, o Nasdaq, uma baixa de 12,32% e o S&P-500, uma perda de 13,69%. As informações são da Dow Jones.

IBOV...após 30/07...no topo do canal de baixa...


O Ibovespa abriu em alta nos 58.069 pontos (mínima do dia) e deu sequência ao movimento de alta anterior recuperando o patamar dos 59.500 pontos, até a máxima em 59.515 pontos. A partir daí em sintonia com DJI, refluiu levemente até encontrar suporte nos 59.200 e nas últimas horas de pregão retomou sua trajetória de alta até atingir nova máxima, no fechamento do pregão em 59.997 (+3,37%) pontos.

Análise:Da mesma forma que DJI, o Ibovespa se encontra praticamente no topo do canal de baixa anterior. O rompimento da resistência em 60.200 pontos, poderá levar o IBOV a testar nova resistência em 61 mil pontos. Abaixo de 59.700 pontos poderá reverter essa tendência de alta, indo buscar novamente o fundo do canal, nos 55 mil pontos. Os principais indicadores do gráfico diário continuam a sinalizar tendência de alta, e os indicadores do gráfico de "30 minutos" sinalizam "sobrecompra" podendo realizar. Os índices futuros do Ibovespa e dos mercados americanos, poderão confirmar a principal tendência.

DJI...após 30/07...no topo do canal de baixa...


DJI abriu em 11.398 pontos (mínima do dia) e deu sequência à alta anterior até atingir a máxima em 11.565 pontos e, a partir daí iniciou um processo de retorno, dando a impressão de que poderia realizar, indo buscar suporte em 11.420 pontos. Nas últimas horas de pregão, retomou sua trajetória de alta até a máxima em 11.586 pontos, fechando em seguida em 11.584 pontos ( +1,63%).

Análise: DJI fechou praticamente em cima do topo de seu canal de baixa anterior. Rompendo a LTB, nos 11620 pontos e o topo anterior em 11.700 pontos, poderá novamente retomar o patamar dos 12 mil pontos. Abaixo de 11.570 pontos, poderá refluir no curto prazo, ao fundo do canal, nos 11 mil pontos. Os principais indicadores do gráfico diário, sinalizam tendência de alta, enquanto o oscilador de momentos apresenta "divergência de baixa". Os mercados futuros antes da abertura, poderão confirmar qual a principal tendência de abertura para o pregão.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Ibovespa sobe 3,37%, maior alta desde 5 de junho

por Claudia Violante da Agência Estado
30.07.2008 17h31

A disparada de Vale, Petrobras e das ações do setor siderúrgico e a alta mais modesta dos papéis de bancos garantiram à Bovespa a maior elevação porcentual desde o dia 5 de junho. Wall Street também ajudou, ao encerrar com variação positiva robusta, depois que os dados do mercado de trabalho do setor privado vieram melhores do que o previsto.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, terminou na máxima pontuação do dia, em alta de 3,37%, aos 59.997,6 pontos - em 5 de junho, o avanço foi de 3,73%. Na mínima do dia, registrou 58.069 pontos (+0,05%). Com o desempenho de hoje, as perdas acumuladas em julho baixaram a -7,72% e as de 2008, a -6,09%. O volume financeiro totalizou R$ 6,458 bilhões.
Vale ON terminou o dia com alta de 6,77%, enquanto a PNA avançou 6,69%, depois que a agência de classificação de risco Standard & Poor's elevou a nota (rating) de crédito corporativo de longo prazo da mineradora de "BBB" para "BBB+".
O setor siderúrgico, por sua vez, foi estimulado pelas notícias envolvendo a ArcelorMittal. A maior fabricante de aço em volume e receita do mundo anunciou lucro líquido de US$ 5,84 bilhões no segundo trimestre, ante previsão de US$ 4,02 bilhões dos analistas. A empresa também informou uma inesperada elevação em sua projeção de desempenho para o próximo trimestre. Usiminas ON liderou os ganhos do Ibovespa, carteira teórica com mais de 60 papéis, ao subir 9,15%. Metalúrgica Gerdau PN ganhou 7,29%, Gerdau PN, 6,85%, Usiminas PNA, 8,42%, e CSN ON, 5,67%.
Já Petrobras avançou de olho no petróleo e em um relatório do banco de investimentos Merrill Lynch. Os papéis ON tiveram alta de 4,87% e os PN, 4,89%. O petróleo subiu 3,75% na Bolsa Mercantil de Nova York, encerrando em US$ 126,77 por barril, depois que os estoques de gasolina na última semana mostraram forte queda nos Estados Unidos, ante previsões de elevação. Por sua vez, o relatório do Merrill Lynch chamou a atenção para os preços baratos das ações da Petrobras, que voltaram aos níveis de novembro passado.
Ainda setorialmente, os bancos subiram na esteira de seus pares em Nova York. Lá, agradou o anúncio do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de que irá estender o período no qual os bancos de investimento podem tomar empréstimos por meio da janela de desconto (linha de crédito emergencial) para 30 de janeiro de 2009. Também pesou a favor das bolsas o aumento de 9 mil nas vagas de trabalho do setor privado em julho, ante previsão de queda. O índice Dow Jones encerrou com ganhos de 1,63%, o S&P, de 1,67%, e o Nasdaq, de 0,44%.

Bolsa de NY fecha em alta com medidas pró-mercado

por Renato Martins da Agência Estado
30.07.2008 18h27

O mercado norte-americano de ações fechou em alta forte, em dia marcado pela volatilidade. O índice Dow Jones subiu cerca de 400 pontos em dois dias e acumula uma alta de 5,7% em relação à sua mínima recente, de 15 de julho. O S&P-500 teve ontem e hoje sua maior alta em dois dias desde o período 31 de março/1º de abril. A alta do Nasdaq não foi tão expressiva como a dos outros índices por causa de informes de resultados de empresas de tecnologia que decepcionaram o mercado.
Entre as ações que mais subiram estavam as dos setores financeiro, de energia e de empresas ligadas ao consumo, depois de o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) anunciar novas medidas de auxílio a instituições financeiras, de as restrições a determinadas operações de venda de ações a descoberto serem prorrogadas, de o presidente George W. Bush assinar a lei de ajuda aos mutuários sob risco de ter suas hipotecas executadas e de a ADP/Macroeconomic Advisors dar uma estimativa de crescimento do nível de emprego no setor privado em julho, quando se esperava uma contração.
As ações do setor de crédito imobiliário estavam entre as que mais subiram (Fannie Mae ganhou 5,26%, Freddie Mac subiu 3,68%, Wachovia disparou 8,79%), assim como as dos bancos de investimento (Morgan Stanley avançou 5,75%, Lehman Brothers disparou 8,00%). Outros destaques do setor financeiro foram AIG (+3,52%) e Bank of America (+,31%). As ações do setor de petróleo tiveram altas fortes, em reação à recuperação do preço do produto (ExxonMobil subiu 4,30% e Chevron, 5,34%). No setor de tecnologia, as ações da Garmin, fabricante de dispositivos de posicionamento global (GPS), caíram 21,90%, em reação a seu informe de resultados.
O índice Dow Jones fechou em alta de 1,63%, em 11.583,69 pontos. O Nasdaq encerrou o dia com ganho de 0,44%, em 2.329,72 pontos. O S&P-500 subiu 1,67%, para 1.284,26 pontos. O NYSE Composite avançou 1,74%, para 8.565,31 pontos. As informações são da Dow Jones.

terça-feira, 29 de julho de 2008

DJI após 29/07...apesar da alta, indefinição de tendência...


DJI abriu em 11.133 pontos, veio rapidamente até 11.129 (mínima do dia) e daí iniciou um processo de alta, gradual e constante, até recuperar o suporte da máxima do dia anterior nos 11.360 pontos. Daí refluiu um pouco até os 11.340 pontos, sinalizando inclusive a possibilidade de realização, mas em seguida recuperou esse suporte, indo buscar nova máxima no fechamento em 11.398 pontos ( + 2,39%).

Análise: Apesar da excelente performance, recuperando as perdas do dia anterior, DJI não conseguiu recuperar o patamar dos 11.400 pontos e romper a resistência recente nos 11.444 pontos. Analisando alguns dos principais indicadores do gráfico diário, podemos observar o IFR e o oscilador de momentos sinalizando tendência de alta, mas o Estocástico e o CCI/Ma cruzamento ainda sinalizam tendência de queda. Os mercados futuros antes da abertura, poderão confirmar qual a principal tendência de abertura para o pregão.

Suportes em 11.360, 11.300, 11.140, 11125, 11.095 e 11.065 pontos.
Resistências em 11.430, 11.444 e 11.700 pontos.

IBOV...após 29/07...após forte alta, indecisão gera indefinição de tendência


O Ibovespa abriu em alta nos 56.869 pontos (mínima do dia) e sintonizado com DJI, foi até a máxima em 57.945 pontos (fundo anterior do IBOV, no início do mês), por volta das 14:30 horas, momento em que DJI retomava o suporte perdido na máxima do dia anterior.A partir desse instante, temendo o recuo de DJI, retrocedeu aos 57.500 pontos. Com a continuidade do forte desempenho de DJI, retomando nova máxima nos minutos finais do pregão, da mesma forma o Ibovespa atingiu nova máxima "intraday" em 58.042 (+ 2,06%),no leilão de fechamento do pregão.

Análise: Apesar da forte alta, o Ibovespa não recuperou a máxima alcançada no dia anterior nos 58.175 pontos. Mesmo quando DJI já exibia alta superior a 2%, o Ibovespa não mostrou disposição para romper essa recente resistência. Os principais indicadores do gráfico de "30 minutos" e agora os do gráfico diário também sinalizam tendência de alta, mas somente a força positiva dos índices futuros do Ibovespa e dos mercados americanos, poderão confirmar a principal tendência.

Suportes em 57.945, 57.250, 56.420, 56.150 e 55.500 pontos.
Resistências em 58.240, 58.400 e 59.050 pontos.

Depois de cinco quedas, Ibovespa fecha em alta de 2%

por Claudia Violante da Agência Estado
29.07.2008 17h28

A desvalorização do petróleo e o dado de confiança do consumidor melhor do que o esperado nos Estados Unidos fizeram com que a Bovespa interrompesse uma seqüência de cinco quedas. Como as bolsas norte-americanas subiram e anularam as perdas de ontem, os investidores domésticos aproveitaram para ir às compras e se valer de muitas das pechinchas abertas com o tombo deste mês. Vale, siderúrgicas, aéreas e bancos foram os destaques a sustentar os ganhos de hoje da Bolsa paulista.
O Ibovespa, principal índice, encerrou o pregão na máxima pontuação do dia, aos 58.042,9 pontos, em alta de 2,06%. Na mínima, atingiu 56.869 pontos (estabilidade). Em julho, entretanto, ainda acumula perdas de 10,73% e, no ano, de 9,15%. O volume financeiro totalizou R$ 4,682 bilhões.
Em Nova York, o índice Dow Jones subiu 2,39%, o S&P avançou 2,33% e o Nasdaq ganhou 2,45%. O impulso inicial para as ordens de vendas veio dos dados melhores do que as previsões divulgados pela Conference Board. O índice de confiança do consumidor dos Estados Unidos subiu a 51,9 em julho, ante previsão de que se manteria estável em 51, enquanto o índice de expectativas passou de 41,4 em junho para 43 em julho. Os números conseguiram anular qualquer impacto que os índices de preços de imóveis Case-Shiller pudessem ter sobre os negócios - os números tiveram quedas recorde em maio na comparação anual - e deram ânimo aos investidores.
Mas o vigor das compras foi mesmo sustentado pelo petróleo, que fechou o dia com o menor preço desde 6 de maio. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo terminou em US$ 122,19, em baixa de 2,04%. O temor de desaceleração econômica global - e de conseqüente redução da demanda - deu sustentação para o recuo. Além disso, o presidente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Chakib Khelil, afirmou hoje que os preços da commodity podem cair substancialmente. "Se o dólar continuar se fortalecendo e a situação política (envolvendo o Irã) melhorar, então o preço no longo prazo será de cerca de US$ 78".
No Brasil, o petróleo mais barato teve efeitos distintos sobre as ações: Petrobras PN caiu, enquanto as aéreas registraram alta, já que combustível mais barato significa menos custos. Petrobras PN cedeu 0,14%, Gol PN subiu 4,66%, TAM PN avançou 2,95%. Petrobras ON, muito menos líquida que a PN, seguiu a tendência de recuperação generalizada vista na Bolsa e subiu, 1,09%.
A queda dos metais também não foi empecilho para Vale e siderúrgicas serem opções firmes de compras hoje e avançarem. Vale PNA ganhou 2,23%, Vale ON subiu 2,41%, Usiminas PNA teve elevação de 3,73%, CSN ON registrou alta de 4,51%, Gerdau PN subiu 4,02% e Metalúrgica Gerdau PN, 4,85%.

Bolsa de NY fecha em alta com indicadores e petróleo

por Suzi Katzumata da Agência Estado
29.07.2008 19h00

As ações norte-americanas registraram hoje uma sólida alta e recuperaram as perdas de ontem, embaladas pela melhora na confiança do consumidor e declínio dos preços do petróleo para os menores níveis em mais de dois meses, que ofereceram algum alívio sobre as persistentes preocupações relacionadas à economia dos EUA. Além disso, os investidores ficaram esperançosos de que a liquidação de ativos lastreados em hipotecas promovida pelo banco de investimentos Merrill Lynch vai finalmente colocar um preço definitivo sobre os ativos de risco. "Estas foram coisas boas e quando você combina isso com taxas relativamente baixas, talvez, possamos ficar felizes pelo menos um dia esta semana", disse Kevin Giddis, diretor-gerente do Morgan Keegan & Co.
As ações do Merrill Lynch subiram 7,89% depois que seu executivo-chefe, John Thain, prometeu limpar o balanço do banco e anunciou duas medidas neste sentido na noite passada: a venda de US$ 8,55 bilhões em ações ordinárias, por US$ 22,50 cada ação, a investidores e a venda de obrigações de dívida colatelarizada (CDO, na sigla em inglês), com um valor nominal de US$ 30,6 bilhões, com um grande deságio. No mercado de ativos hipotecários, operadores sentiram durante o último ano como se não houvesse compradores em qualquer preço. "Foi uma resposta muito positiva; deu às pessoas a sensação de que o pior já passou", disse um operador de ativos de um fundo hedge. O acordo vai deixar o Merrill com uma exposição remanescente de US$ 8,8 bilhões nos CDO restantes.
As ações do American International Group (AIG), que foi uma freqüente contraparte do Merrill na dívida colatelarizada, tiveram um ganho similar, de 7,89%. Isso deu impulso de alta para as ações do setor financeiro, com destaque para a disparada de 14,83% das ações do Bank of America - integrante da cesta de ações do índice Dow Jones.
O índice Dow Jones subiu 2,39% e fechou com 11.397,56 pontos. O Nasdaq avançou 2,45% e fechou com 2.319,62 pontos. O S&P-500 subiu 2,34% e terminou o dia com 1.263,20 pontos, enquanto o NYSE Composite ganhou 1,93%, para 8.419,20 pontos. As informações são da Dow Jones.

Oportunidades além das commodities

por Valor Econômico
29/07/2008
A estratégia da Votorantim Corretora é concentrar a análise de empresas nos setores com maior potencial de ganho, explica Ricardo Cavalheiro, responsável pela área. Nessa lista estão os segmentos de infra-estrutura, consumo, bancos, construção civil e agronegócio - com destaque para alimentos. A idéia é refletir a economia brasileira, e não reproduzir o Índice Bovespa, que hoje tem grande concentração em commodities.
Hoje, no Ibovespa, cerca de 45% do índice são papéis de empresas de commodities, especialmente Vale e Petrobras. "Isso não reflete a economia brasileira, onde a maior parte do PIB vem de serviços e onde a indústria também tem um peso grande", diz Abraham Weintraub, diretor da corretora. Por isso, a idéia é criar um "pacote Brasil" para os investidores, com setores que se beneficiem do crescimento da economia brasileira e mundial. "Queremos ter um diferencial, não vamos cobrir as grandes blue chips, pois sabemos que nossa vantagem será em empresas de menor porte", diz o executivo. A Votorantim Corretora também não deverá cobrir empresas do grupo, como a CPFL, Aracruz, VCP e Usiminas.
Sobre o momento atual do mercado e as fortes perdas da bolsa, Weintraub, que foi por anos economista da Votorantim Finanças, mantém uma visão otimista de longo prazo. Para ele, os países emergentes, o que ele chama de "periferia do capitalismo", vão continuar crescendo. E como a renda per capta desses países é baixa, seu consumo deve ser mais de produtos básicos, ou seja, alimentos, artigos para construção civil e matérias-primas em geral. "Esse aumento de consumo de commodities vai durar dez anos e o Brasil é um dos poucos com potencial para atender essa demanda", diz.
Para ele, o pior da crise observada no sistema financeiro americano já passou, mas isso não significa o fim do purgatório para as bolsas. "Teremos ainda os efeitos colaterais no crédito, no consumo, no mercado imobiliário dos Estados Unidos, e isso ainda vai aparecer por vários meses nos resultados de bancos e da economia americana, talvez até o primeiro semestre do ano que vem", diz. Assim, até lá, as bolsas mundiais devem sofrer com a perspectiva de um crescimento mundial menor.
Já no Brasil, a expectativa é de que os juros sigam altos, ao menos até o segundo semestre de 2009. E a bolsa deve seguir em baixa até que o BC pare de subir os juros. Depois, ao primeiro sinal de que a inflação está controlada, o mercado deve antecipar a recuperação da economia. E, no momento em que os juros voltarem a cair, deve-se observar novamente uma migração da renda fixa para a renda variável, como ocorreu no ano passado. "Hoje, com juro real (acima da inflação) na casa dos 8% ao ano, é difícil para as ações competirem com a renda fixa", diz, lembrando que em geral o investidor pede um prêmio em torno de 5% acima do juro básico para ficar com ações - o que daria um retorno real de 13% ao ano ou 19%, 20% nominais se acrescida a inflação, na casa dos 6%. Diante desse custo de oportunidade, Weintraub acha que não é hora de o investidor se arriscar comprando ações desenfreadamente. "Em momentos de estresse, o ideal é não inventar".
Para quem quer ter parte do patrimônio em ações, com visão de longo prazo, porém, ele vê oportunidades. "Não dá para dizer que uma Petrobras ou uma Vale são aplicações especulativas em um prazo de dez anos de aplicação", diz ele.

Juros altos voltam a atrair volumes elevados de capitais estrangeiros

por Alex Ribeiro de Valor Online
29/07/2008

Os altos juros vigentes dentro do país voltaram a atrair volumes maciços de capitais estrangeiros, mostram estatísticas divulgadas ontem pelo Banco Central. Em julho, faltando três dias para terminar o mês, já entraram US$ 3,227 bilhões dirigidos a aplicações de renda fixa, sobretudo a compra de títulos públicos. É mais do que três vezes os valores ingressados em junho. O BC diz que, em grande parte, as entradas de recursos em renda fixa reflete a realocação de carteiras. Investidores resgataram recursos aplicados em ações dentro do país (US$ 3,495 bilhões) para aplicá-los em renda fixa.
De qualquer forma, o retorno ao país dos capitais considerados especulativos representa o fracasso da taxação imposta em março pelo Ministério da Fazenda para tentar estancá-lo. Na ocasião, foi criada uma alíquota de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 1,5% sobre a entrada de recursos de estrangeiros dirigidos a renda fixa.
Em fevereiro, essas aplicações haviam chegado a US$ 3,036 bilhões, o que, na visão da Fazenda, contribuía para acentuar a tendência de apreciação do câmbio. Em março, os ingressos aumentaram ainda mais, para US$ 4,276 bilhões, apenas porque o governo resolveu anunciar a medida antes de entrar em vigor, o que estimulou parte dos investidores estrangeiros a antecipar o ingresso de dólares no país. A medida, porém, foi eficaz para reduzir os ingressos de investimentos estrangeiros em renda fixa nos dois meses seguintes. Em março, entraram apenas US$ 230 milhões e, em abril, US$ 36 milhões.
A partir de março, porém, o BC iniciou um ciclo de contenção monetária, o que aumentou a remuneração dos títulos públicos. De março para cá, a taxa básica subiu de 11,25% ao ano para 13% ao ano, e os papéis prefixados do Tesouro Nacional vêm pagando taxas tão altas quanto 15% ao ano. A remuneração mais atrativa trouxe de volta os investidores estrangeiros. Em junho, os ingressos líquidos somaram US$ 902 milhões. E, em julho, nas estatísticas parciais, que cobrem até o dia 28, voltaram aos patamares observados antes da taxação com IOF, com US$ 3,227 bilhões.
A alta na taxa de juros acabou desfazendo o trabalho de desestimular os ingressos feito pelo IOF. Os investidores pagam uma alíquota de 1,5% sobre os ingressos de capital. Antes da taxação, eles tinham um remuneração líquida de 11,25% ao ano. Depois da taxação, passaram a ficar com 11,25% ao ano menos o 1,5% do IOF, o que grosso modo representa 9,75% ao ano. Depois que o BC subiu os juros, os investidores estrangeiros recebem 13% ao ano menos 1,5%, o que equivale, grosso modo, a 11,5% ao ano.
Ao contrário do que aconteceu no inicio do ano, porém, o fluxo de investimentos estrangeiros em renda fixa ajudou a financiar o balanço de pagamentos. Em julho, até o dia 24, está sendo observado um déficit de US$ 2,411 bilhões no mercado de câmbio contratado. Sem os capitais dirigidos a renda fixa, o déficit seria bem maior. No início do ano, os investimentos estrangeiros aumentavam a abundância de dólares no mercado.
Os investimentos em renda fixa ajudaram também a contrabalançar a forte saída de estrangeiros que aplicavam no mercado doméstico de ações. No mês, até o dia 28, as remessas líquidas ao exterior de investimentos em ações somam US$ 3,475 bilhões. As captações por meio do lançamentos de ADRs (American Depositary Receipts) , sobretudo a captação feita pela Vale do Rio Doce, somaram US$ 3,908 bilhões. Mas o dinheiro não ficou no país. Ele ingressou apenas de forma simbólica, com duas operações simultâneas de câmbio, uma de entrada e outra de saída .

INDQ08...após 28/07...pode reverter novamente em alta....


O INDQ08 (Índice Futuro do Ibovespa) série Q (vencimento em agosto/08) abriu em alta nos 57.900, indo nas primeiras horas de pregão até a máxima em 58.500 pontos. Daí, sintonizado com os mercados futuros americanos, refluiu (de forma gradual) até encontrar suporte nos 57.800 pontos. Porém a "derrocada" dos mercados americanos na última meia hora de pregão,fez com que o INDQ08 viesse buscar suporte na mínima do dia em 57.100 pontos. Fechou em seguida, às 17 horas em 57.200 pontos (-0,44%).

Análise: Os indicadores do gráfico diário se encontram bem "sobrevendidos" e sinalizam possibilidade de reversão para alta. Já o gráfico de "30 minutos" sinaliza a continuidade da queda, pela pressão vendedora no final do pregão. O triângulo de baixa anteriormente formado, projeta objetivos de suportes em 56.650 e 56.250 (curto prazo), 55.900 e 55.200 pontos (médio prazo). A retomada dos 58 mil pontos poderá levar o índice à maxima anterior em 58.500, depois 58.900 e 60.000 pontos. A força dos índices futuros de DJI e S&P antes do pregão poderão sinalizar a principal tendência.

IBOV...após 28/07...indicadores sobrevendidos e "martelo invertido" podem sinalizar reversão...


O Ibovespa abriu em alta nos 57.206 pontos e já na primeira hora de pregão, atingiu sua máxima em 58.175 pontos ( + 1,70%), mas como DJI manteve-se em queda constante, desde sua abertura, o IBOV acabou retrocendendo, ainda que mais vagarosamente, conseguindo manter-se em leve alta, até meia hora antes do fechamento. O fraco volume de negócios, permitiu uma forte pressão vendedora no final do pregão, fazendo com que viesse buscar suporte na mínima em 56.839 pontos para finalizar em seguida, em 56.869 pontos ( - 0,57%).

Análise: A continuidade da queda fez com que o IFR e o Estocástico do gráfico diário, ficassem bem sobrevendidos, sugerindo possibilidade de reversão para alta, no curto prazo. A pressão vendedora no final de pregão fez com que os principais indicadores do gráfico de "30 minutos" ainda sinalizem a continuidade da queda, porém o "candle" formado no gráfico diário é um "martelo invertido", que pode indicar a possibilidade dessa reversão. O índice futuro do Ibovespa, antes da abertura, poderá confirmar a principal tendência.

Suportes em 56.830, 56.420, 56.240, 56.150 e 55.500 pontos.
Resistências em 57.250, 57.540, 58.000, 58.400 e 58.600 pontos.

DJI...após 28/07...indicadores "sobrevendidos" sinalizam reversão no curto prazo...


DJI abriu em 11.369 pontos (máxima do dia) e daí iniciou um processo de realização gradual e constante até o patamar dos 11.200 pontos, em torno do qual, por duas horas ainda se manteve, até buscar novo suporte na mínima do dia em 11.125 pontos e finalizar próximo disso em 11.131 pontos ( -2,11%).

Análise: DJI cumpriu seus objetivos de baixa, conforme sinalizavam seus indicadores gráficos anteriores. Agora, a forte queda fez com que os indicadores do gráfico de "30 minutos" ficassem bastante "sobrevendidos" o que sugere a possibilidade de reversão de tendência, no curto prazo. Os mercados futuros antes da abertura, poderão confirmar qual a principal tendência de abertura para o pregão.

Suportes em 11.085, 11.065 e 11.000 pontos.
Resistências em 11.166, 11.205, 11.255 e 11.385 pontos.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Com volume fraco, Ibovespa fecha em baixa de 0,58%

por Claudia Violante da Agência Estado
28.07.2008 17h29

A Bovespa conseguiu passar quase incólume ao tombo das bolsas norte-americanas. Quase. Nos 30 minutos finais do pregão, devolveu toda a alta e passou a cair. E assim fechou. O Ibovespa, principal índice, terminou em queda de 0,58%, aos 56.869,0 pontos.
A alta exibida pelas ações mais líquidas (blue chips), de Vale e Petrobras, e pelo setor siderúrgico foi insuficiente para garantir o mesmo sinal para o índice, uma vez que o volume foi muito fraco e isso faz com que qualquer movimento ganhe relevância. O giro de hoje totalizou apenas R$ 3,99 bilhões. A Bovespa oscilou entre a mínima de 56.839 pontos (-0,63%) e a máxima de 58.176 pontos (+1,71%). No mês, acumula perdas de 12,53% e, no ano, de 10,98%.
"A operação de hoje foi predominantemente de tesouraria", comentou um profissional ao ressaltar que as ordens de compras ocorridas concentraram-se nos papéis ligados a matérias-primas (commodities). Daí o desempenho de Vale, Petrobras e siderurgia para cima.
Mas este comportamento foi insuficiente para manter a Bolsa na mesma trajetória o pregão todo. Isso porque o índice Dow Jones, de Nova York, recuou 2,11%, o S&P encerrou em baixa de 1,86% e o Nasdaq, de 2%. Parte da queda de lá foi culpa da alta dos metais e do petróleo - o barril negociado na Bolsa Mercantil de Nova York avançou 1,19%, para US$ 124,73, por causa da confirmação, pela Royal Dutch Shell, de que parte de sua produção está suspensa na Nigéria, devido a ataques de grupos militantes.
Mas a principal causa para o tombo em Wall Street foi o comportamento em baixa das ações do setor financeiro. Os investidores estão céticos com a capacidade de grupos financeiros, que tradicionalmente atuam como motores tanto do mercado de ações quanto da economia dos EUA como um todo, sustentarem um rali enquanto continuam as pressões sobre os preços dos imóveis e sobre o valor de ativos de crédito.
Uma das notícias que ajudaram a incentivar as vendas foi publicada no Wall Street Journal e informava que reguladores federais fecharam mais dois bancos nos EUA, o First National Bank of Nevada e o First Heritage Bank of Newport Beach. Ainda segundo o "Journal", o órgão regulador do mercado de capitais americano está investigando rumores que circularam sobre o Lehman Brothers Holdings nas últimas semanas e derrubaram fortemente as ações.
Para amanhã, a agenda segue carregada, inclusive de balanços - saem números da GM, Santander e British Petroleum, entre outros - e os nervos vão continuar tensos. O que significa dizer que pode ser mais um dia de queda à Bolsa doméstica.
Em tempo: hoje foi a estréia das ações ON da Iron X e da LLX, oriundas da cisão parcial da MMX Mineração e Metálicos. Ambas subiram, 27,26% e 23,12%, respectivamente.

Bolsa de NY fecha em baixa, liderada por financeiras

por Suzi Katzumata da Agência Estado
28.07.2008 18h22

Os principais índices do mercado norte-americano fecharam nos níveis mais baixos desde 15 de julho, com as preocupações sobre a economia e o problemático sistema financeiro tirando o brilho do plano de resgate para as gigantes hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac - que foi aprovado pelo Senado dos EUA e agora vai para sanção presidencial. Ações financeiras como as do Merrill Lynch testaram suas mínimas, indicando que a confiança dos investidores nas tentativas do governo para a estabilizar o setor está vacilando.
As ações financeiras despencaram em reação às notícias sobre o fechamento de dois bancos regionais na noite de sexta-feira - First National Bank of Nevada e First Heritage Bank of Newport Beach - e ao alerta do Fundo Monetário Internacional de que o estresse no mercado de crédito está pesando sobre o crescimento mais amplo.
O FMI disse que vê crescente risco de contágio econômico da atual crise financeira. Falando na apresentação do Relatório de Estabilidade Financeira Global do FMI, Jaime Caruana, diretor da divisão de mercados de capital e monetário do Fundo, disse que os bancos tiveram sucesso em levantar capital para cobrir cerca de três quartos dos US$ 400 bilhões em baixas contáveis de dívidas ruins. Contudo, ele acrescentou que os problemas de crédito dos EUA estavam se movendo para fora do mercado de hipotecas de maior risco (subprime), que é o epicentro da atual crise financeira.
As ações da Fannie Mae caíram 10,74% e as da Freddie Mac fecharam em baixa de 6,65%, enquanto os investidores aguardam um anúncio das duas agências hipotecárias sobre a manutenção ou não dos dividendos trimestrais. Ambas fecharam em seus níveis mais baixos desde 16 de julho.
Entre as componentes do índice Dow Jones, as ações da American International Group (AIG) lideraram as perdas com uma queda de 12,06%, enquanto as do Citigroup fecharam em baixa de 7,53%. As ações do Merrill Lynch despencaram 11,59%, para US$ 24,33, seu nível mais baixo em quase 10 anos. As ações do Lehman Brothers caíram 10,44%.
A maioria dos operadores acredita que o setor financeiro não vai encontrar um piso até que o mercado de moradia se estabilize. "O sentimento não mudou nadinha", disse um operador. "Os investidores que acham que este é um trem destruído em movimento estão vendendo as ações financeiras, querem vender as financeiras e vão continuar a vender as financeiras", disse.
O índice Dow Jones caiu 2,11% e fechou com 11.131,08 pontos. O Nasdaq recuou 2,00% e encerrou com 2.264,22 pontos. O S&P-500 caiu 1,86%, para 1.234,37 pontos, enquanto o NYSE Composite recuou 1,61% e fechou com 8.260,19 pontos. As informações são da Dow Jones.