terça-feira, 26 de agosto de 2008

O que olhar: o valor da empresa ou o preço na bolsa?

por Rodnei Riscali é diretor-executivo da Hera Investment
26/08/2008

Nos últimos dois meses, o mercado assistiu a uma enxurrada de ordens de venda de ações. As cotações derreteram sem que os compradores pudessem absorvê-las. A baixa registrada fez com que muitos analistas indagassem se o Brasil, que acabara de receber o tão esperado grau de investimento, ainda era a bola da vez para os investidores globais.
O país vive um momento de prosperidade econômica ímpar. O PIB cresceu 5,4% em 2007 e tem perspectivas de avançar neste ano e em 2009, 4,8% e 3,73%, respectivamente. A inflação medida pelo IPCA, apesar dos sustos recentes, voltou a ser projetada abaixo de 6,5%, o que corresponde ao teto da meta aceitável para o fim de 2008.
Já o índice Preço/Lucro (P/L) é o que mede em quantos anos um capital retorna na forma de dividendos ao investidor. Quanto menor, melhor. O P/L médio das ações brasileiras já esteve em 17 e agora está em torno de 13. Ou seja, os papéis nacionais estão sendo negociados, hoje, a preços bastante atrativos.
Os balanços trimestrais das grandes empresas, divulgados recentemente, mostram sinais de robustez. Isso se fundamenta em dados que não decepcionaram os investidores a ponto de reverem projeções para o médio e longo prazo.
No âmbito internacional, em meio a tantas perspectivas pessimistas e algumas até catastróficas, acompanha-se uma economia americana num ritmo de crescimento claramente menor, mas longe de um colapso. Já a tão falada bolha das commodities dá indícios de estar se dissipando, com os preços das principais matérias-primas próximos dos valores considerados justos. Seguindo a tendência de estabilização, o dólar também dá sinais de reversão de queda diante do euro.
Por aqui, diante de fatos e notícias tão positivos do lado da economia real, vemos, na face oposta, as ações sofrerem uma expressiva força de venda a ponto de muitas vezes não suportarem um pregão inteiro no campo positivo. A grande ironia é que, devido ao momento favorável que a economia brasileira passa em comparação aos demais países, o mercado interno fica como única opção aos "hedge funds" estrangeiros, que precisam cobrir prejuízos, saques e financiar compras de ações no mercado americano, universo este claramente em grande deságio. Tais movimentações, somadas, chegaram a retiradas no valor de US$ 15 bilhões.
Esses fundos de investimento representam uma modalidade de aplicação que reúne recursos de pessoas físicas e/ou jurídicas, por meio da aquisição de cotas. Os recursos desse grupo, administrado por uma instituição financeira, são destinados à aplicação em carteiras diversificadas de títulos e valores mobiliários, em cotas de outros fundos ou ainda em outros ativos disponíveis no mercado financeiro, dependendo do objetivo previsto.
Para melhor compreender seu funcionamento, é importante conhecer o objetivo de seu surgimento. Os "hedge funds" foram criados para propiciar uma redução do risco inerente às aplicações no mercado financeiro, visto que é raro se ter um investimento livre de risco. Considera-se que o risco de uma carteira é diferente do risco do ativo individual pelo benefício da diversificação no mercado. Quando se forma uma carteira de investimento, aplicando-se em diferentes classes de ativos, pode-se minimizar o risco de perda.
Essa modalidade, além de representar mais uma opção no mercado, favorece os pequenos e médios investidores, pois possibilita que invistam em ativos aos quais não teriam acesso, como títulos públicos, que até há pouco não eram vendidos diretamente ao pequeno investidor.
A partir daí, conclui-se que, atualmente, os "hedge funds" precisam liquidar prejuízos nos demais mercados e/ou levantar fundos para ir às compras - tanto no mercado americano como europeu, que, no final das contas, estão "baratos" e cujas perspectivas já não são tão desanimadoras. A atual abertura de oportunidade de compra, poucas vezes vista desde o início do movimento altista de meados de 2002, projeta-se em meio às notícias positivas que estão sobrando no mercado de ações brasileiro e que estarão no preço dos nossos ativos. Porém, ainda dependemos da inversão do fluxo dos investidores estrangeiros para que o cenário seja pleno. Nessa linha, os preços das ações no mercado para as empresas brasileiras não estão refletindo o valor real delas, o que está representado pelo bom momento que a economia está vivendo, além das perspectivas positivas a que foram projetadas.

Economia ignora BC. Caso de elevar dose?

por Luiz Sérgio Guimarães de VALOR
26/08/2008

As expectativas de inflação refluíram, mas os juros subiram no mercado futuro da BM&F. Há contradição nessas rotas divergentes? Os prognósticos de IPCA colhidos pelo Boletim Focus do Banco Central junto a cem instituições do mercado diminuíram para os acumulados de 2008 e os próximos 12 meses. O primeiro cedeu de 6,44% para 6,34%. E o segundo, de 5,31% para 5,25%. Mas o mercado manteve em 5% a estimativa de taxa para 2009. E o alvo único e confesso da política monetária do Copom é o IPCA do ano que vem. As expectativas para 2008 e os próximos 12 meses caem como reflexo sobretudo da perda de vigor manifestada pela inflação corrente. Esta murcha em sintonia com o furo exibido pela bolha de commodities. Já o IPCA de 2009 espelha plenamente a credibilidade desfrutada pela política monetária do BC. E, a julgar por dados divulgados ontem sobre crédito e confiança do consumidor, ela é, na sociedade, muito baixa. Os juros subiram no futuro porque o aperto não está conseguindo minar o crediário e cortar a vontade de consumir. Nem desaquecer a economia em geral, já que na quarta semana do mês a balança comercial foi deficitária. Para o que serve o arrocho, então?
Se ele não está surtindo efeito, o problema pode estar na dosagem e talvez seja o caso de aprofundá-lo. É o que aconselha o mercado futuro de juros da BM&F. A taxa para a virada do ano subiu de 13,85% para 13,88%. O contrato mais negociado, para janeiro de 2010, avançou de 14,69% para 14,73%. E o CDI para janeiro de 2011 passou de 14,29% para 14,30%. Os players do DI futuro estão impressionados com a teimosia dos agentes econômicos em querer crescer, ignorando a pressão para baixo exercida pelo Copom. Ontem foi um dia pródigo em boas notícias para a economia e em más notícias para o BC. A primeira: o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) referente a agosto cresceu 6,2% em relação a julho, segundo a FGV. "Entre julho e agosto, a parcela dos que avaliam a situação econômica local como boa elevou-se de 12% para 13,8% do total. A proporção dos que a avaliam como ruim diminuiu de 51% para 40,6%", diz a FGV. Ou seja, o consumo está crescendo a despeito de a Selic ter subido de 11,25% para 13%. O consumidor não está nem aí para esse aperto. Por quê? Culpa do crédito? A segunda: o volume de crédito cresceu 1,7% no mês passado apesar de a taxa média de juros do segmento livre ter aumentado 38%. Segundo o BC, a expansão dessas operações é de 16% no acumulado do ano e de 32,7% nos 12 meses encerrados em julho. O que está havendo? O juro sobe mas as lojas e financeiras ampliam os prazos do crediário. A terceira notícia veio da balança comercial. Depois do superávit de US$ 1,67 bilhão registrado na terceira semana do mês, na quarta ela contabilizou um déficit de US$ 840 milhões, resultado de US$ 3,731 bilhões em exportações (média diária de US$ 746,2 milhões) e US$ 4,571 bilhões em importações (média de US$ 914,2 milhões). Não são números condizentes com uma economia submetida a severo arrocho monetário. A informação sobre a balança foi tão ruim que, a ela, foi atribuída a alta de 0,30% registrada pelo dólar, cotado a R$ 1,6330. A inversão da rota "comprada" traçada pelos investidores estrangeiros na BM&F pode ser posta em xeque. Depois de o posicionamento comprado líquido em cupom cambial e dólar futuro ter atingido o pico de US$ 3,74 bilhões no dia 15, os hedge funds vêm reduzindo essa aposta todos os dias. Na sexta-feira, a posição havia caído para US$ 396 milhões.
Com inflação em baixa (o IPC-S recuou de 0,34% para 0,24% na semana passada), a economia brasileira parece ignorar tantos os esforços monetaristas do BC quanto a crise americana. Ontem, o Dow Jones caiu 2,08% por causa de um conjunto de notícias adversas. As instituições financeiras permanecem na alça de mira. Por enquanto, só bancos pequenos quebraram. Na sexta-feira, foi a vez do Columbian Bank and Trust, cuja falência foi decretada pelas autoridades de Kansas City. Mas ontem as ações da seguradora AIG e do banco de investimento Lehman Brothers despencaram. Os dados sobre o lado real da economia americana não estão melhores. Segundo a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis dos EUA, o preço dos imóveis pode cair ainda mais. Isso porque os estoques aumentaram em 3,9% no mês passado. Essa expectativa pesou mais que a informação de que o número de imóveis residenciais usados vendidos em julho cresceu a uma taxa anual de 5 milhões, em alta de 3,1%, acima da expectativa de 4,95 milhões dos analistas.

China já é o segundo maior parceiro do Brasil

por Raquel Landim de VALOR
26/08/2008

A China ultrapassou a Argentina e se tornou o segundo maior parceiro do Brasil, atrás apenas dos Estados Unidos. Nos 12 meses acumulados até julho, a corrente de comércio (soma de exportações e importações), chegou a US$ 31,9 bilhões entre brasileiros e chineses. O valor é superior aos US$ 29,3 bilhões do comércio no período com a Argentina, país vizinho e principal sócio no Mercosul. Com os EUA, maior economia do planeta, está em US$ 49,2 bilhões, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento.
Uma série de fatores colaborou para a troca de posições, como a alta dos preços das commodities, que inflou as exportações brasileiras para a China, principalmente de soja e minério de ferro, e a crise da economia americana, que incentivou ainda mais os exportadores chineses a diversificar mercados. A reviravolta no comércio exterior é motivo de preocupação para a indústria nacional, que critica a "complementariedade perversa", já que o Brasil vende produtos básicos para a China e importa bens manufaturados.
Os argentinos terminaram o ano passado à frente dos chineses nas trocas com o Brasil, mas por uma margem estreita: US$ 24,8 bilhões contra US$ 23,4 bilhões. A China já havia superado a Argentina como fornecedor brasileiro no início de 2007 e a distância só aumentou. Nos 12 meses até julho, o Brasil importou US$ 17 bilhões da China e US$ 12 bilhões da Argentina. Como destino para os produtos brasileiros, os argentinos estão em segundo lugar, mas devem perder essa posição ainda este mês. O Brasil exportou US$ 17,3 bilhões para a Argentina e US$ 14,6 bilhões para a China na mesma comparação.
"A China vai consolidar a segunda colocação como parceiro do Brasil, mas não há vantagem nisso, porque o comércio é desequilibrado no conteúdo", disse Roberto Giannetti da Fonseca, diretor do Departamento de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). "Exportamos matérias-primas e importamos bens de consumo, como sapatos e têxteis, e até máquinas. É uma concorrência aguda, que constrange a produção local." Para Júlio Sérgio de Almeida, consultor do Instituto de Estudos do Desenvolvimento Industrial (Iedi), a tendência é a China superar até os Estados Unidos no futuro. "Parece que o Brasil se conformou com essa situação de ser uma economia complementar à China."
Na avaliação do secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, essa é uma "visão simplista" sobre a relação entre os dois países. Ele argumentou que a maior parte das importações chinesas são bens de capital e bens intermediários. "Estamos renovando o parque industrial brasileiro com insumos chineses", disse. O secretário reconheceu que as exportações para a China estão concentradas em soja, minério e petróleo, mas ressalta que o Brasil também vende avião, chassis e motores para os chineses. "A culpa da falta de diversificação é nossa", disse Rodrigo Tavares Maciel Neto, diretor-executivo do Conselho Brasil-China, entidade que reúne empresas brasileiras e chinesas. Governo e setor privado tentam implementar a "Agenda China", um conjunto de medidas para agregar valor às vendas para os chineses.
A principal preocupação dos empresários está no sinal da balança de comércio com a China. Depois de superávits expressivos em 2003 e 2004, o Brasil agora amarga perdas crescentes, com o déficit atingindo US$ 2,6 bilhões no acumulado de 12 meses até julho. Com a Argentina, a balança comercial é superavitária em quase US$ 5 bilhões no mesmo período, acima até dos US$ 4,6 bilhões apurados com os Estados Unidos. "Sai a Argentina, que é um país que nos favorece com agregação de valor nas exportações, e entra a China cujo padrão de comércio é altamente desfavorável", diz Almeida, do Iedi.
O dinamismo do comércio entre Brasil e China é intenso nas duas mãos da relação bilateral. De janeiro a julho, as exportações brasileiras cresceram 64% para a China, puxadas pelos preços da soja e do minério de ferro. O percentual é bem superior à média nacional de 27%. O desempenho das vendas para a Argentina também é positivo, com alta de 36%. O ritmo de compra de produtos chineses é ainda mais agressivo. Nos primeiros sete meses do ano, as importações brasileiras vindas da China avançaram 74%, acima dos 52% da média geral e bem superior aos 31% das compras da Argentina.
Segundo Giannetti da Fonseca, o desempenho das economias chinesa e argentina ajuda a explicar essa diferença. Apesar de sofrer o impacto da desaceleração da demanda global, a China encerrou o primeiro semestre com expansão de 10,4% do Produto Interno Bruto (PIB), o que torna o país ávido por commodities minerais e agrícolas. Já a Argentina enfrenta uma momento político e econômico delicado, com inflação em alta e uma crise fiscal à vista. Para controlar os preços, o país está inclusive reduzindo as exportações. A restrição à venda de trigo para o Brasil, por exemplo, afeta o comércio entre os dois sócios do Mercosul.
"Essa tendência de incremento no comércio com a China não acontece só com o Brasil. Os chineses já são o segundo maior exportador mundial, atrás apenas da Alemanha", ressalta Barral, da Secex. Dados do Ministério de Comércio Exterior chinês apontam que as vendas da China, no primeiro semestre do ano, avançaram 50% para a África do Sul, 71% para a Argentina e 93% para a China. "Estamos em meio a um descolamento dos centros do comércio mundial", diz Almeida, do Iedi. Ele avalia que a recessão nos Estados Unidos reduziu a demanda do país por importações e forçou fornecedores, como os chineses, a buscar novos clientes.
Maciel Neto, do Conselho Brasil-China, acredita que a crise americana contribuiu para uma estratégia de diversificação de exportações elaborada pelo governo chinês e implementada desde 2000. Prova disso é o ritmo de crescimento das vendas da China para América Latina e África, que supera significativamente o desempenho do comércio com os países ricos. De acordo o Ministério de Comércio da China, as exportações chinesas cresceram 46% para a América Latina e 36% para a África no segundo trimestre do ano em relação a igual período do ano anterior. Os percentuais são superiores à alta de 18% as vendas para o Japão e de 12% para os Estados Unidos. Para a União Européia, as vendas também cresceram 30% no período. O montante do comércio com os americanos, no entanto, ainda é muito superior. No segundo trimestre, a China vendeu US$ 63 bilhões para os EUA e US$ 18 bilhões para a América Latina.

IBOV...após 25/08...muita volatilidade em tendência de queda...


O Ibovespa abriu em 55.854 pontos e rapidamente foi até a máxima em 55.906 pontos, mas a partir da abertura de DJI em forte queda, refluiu continuadamente até buscar suporte nos 54.600 pontos. Ficou oscilando em torno desse valor até quase ao final do pregão, quando DJI acelerou a queda e o Ibovespa foi buscar novo suporte na mínima em 54.468, finalizando em 54.477 pontos ( -1,92%).

Análise: Em dia de fraco volume (quase a metade da média diária) pelo feriado em Londres (influência nas commodities)o Ibovespa não teve outra alternativa senão acompanhar DJI. Com a forte realização de DJI, o mesmo sucedeu por aqui. O Ibovespa perdeu o importante suporte em 54.500 pontos, que caso não seja retomado, poderá levá-lo novamente a buscar os 54 mil e posteriormente os 53 mil pontos. O "sub-canal" de alta que estava sendo contruido com objetivos projetados para 57 mil e 58 mil pontos, foi desfeito. Essa possibilidade volta a ser retomada com o Ibovespa novamente acima dos 56 mil pontos.

Apesar do "candle" no gráfico diário ser um "marubozu" cheio, com predomínio da pressão vendedora, e indicador da continuidade da queda, o baixo volume de negócios, e o cenário externo deixa muito indefinida a tendência para a abertura do pregão de hoje. Os índices futuros do Ibovespa antes da abertura que poderão (ou não) confirmar essa tendência de queda.

Abaixo de 54.400 suportes imediatos em: 54.000, 53.640 e 52.345 pontos.
Acima de 54.800 pontos resistências em: 56.300, 56.150 e 56.430 pontos.

DJI...após 25/08...continua indefinido e com muita volatilidade...


DJI abriu em 11.626 pontos e com os índices futuros em queda, durante a maior parte do pregão, foi até a mínima em 11.363 pontos. Reagiu em seguida, para finalizar em 11.386 pontos (-2,08%).

Análise: DJI está fazendo jus à designação dada pelo presidente Bush "DJI está como um bêbado sem rumo...". Um dia sobe quase 2%, noutro devolve o que subiu. Sintoma de desconfiança dos mercados quanto às informações recebidas de autoridades econômicas (Bernanke fez subir DJI anteontem) e a realidade dos números divulgados sobre as empresas e a atividade econômica (quebra de banco derrubou DJI ontem). Nessa indefinição de tendências, espera-se muita volatilidade no pregão de hoje, até que seja divulgada (15 horas) o conteúdo da Ata da última reunião do FED que manteve a taxa de juros em 2%, no início do mês.

Analisando-se os candles do gráfico de "30 minutos" observa-se a formação de uma figura conhecida como "ombro-cabeça-ombro" com pivô em 11.320 pontos, que se perdido poderá levar DJI até os 11 mil pontos novamente.

Acima dos 11.493 pontos poderá reverter aos 11.600 pontos.

Abaixo de 11.320 pontos, seus objetivos de queda estarão em 11.233, 11.095 e 11.000 pontos.

Os índices futuros americanos poderão indicar a possível tendência para a abertura.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Ibovespa cai 2,46% no pregão de menor liquidez do ano

por Claudia Violante da Agência Estado
25.08.2008 17h40

A falência de mais um banco nos Estados Unidos e a divulgação de indicadores fracos de atividade fez com que as bolsas norte-americanas fechassem em baixa e arrastassem consigo a Bovespa. O volume negociado na Bolsa doméstica, no entanto, foi muito fraco e acabou distorcendo o comportamento do mercado, já que qualquer negócio ganha peso para conduzir o Ibovespa, principal índice.
O Ibovespa terminou o pregão em baixa de 2,46%, aos 54.477,2 pontos. Oscilou entre a mínima de 54.468 pontos (-2,47%) e a máxima de 55.906 pontos (+0,10%). Com o desempenho de hoje, elevou as perdas de agosto a 8,45% e as de 2008 a 14,73%.
O giro financeiro foi o menor do ano,ao somar parcos R$ 2,582 bilhões. Indício de que o investidor está na retaguarda para este comportamento baixista do mercado financeiro. "Quem está dentro não faz nada e quem está fora não entra", bem resumiu Fausto Gouveia, analista da Alpes Corretora.
Nos EUA, o índice Dow Jones perdeu 2,08%, o S&P recuou 1,96% e o Nasdaq cedeu 2,03%. O que guiou as ordens de vendas lá foi, primeiro, o anúncio de falência do banco Columbian Bank and Trust, na sexta-feira. Em segundo lugar, os dados de imóveis residenciais usados divulgados hoje desagradaram. O número de vendas até superou as estimativas dos analistas, mas os preços caíram e os estoques aumentaram, sinal de que lá na frente os preços ainda vão ficar mais baratos.
É possível citar também os desempenhos da seguradora AIG e do banco de investimento Lehman Brothers, cujas ações caíram forte. As da AIG refletiram o corte em sua recomendação pelo Credit Suisse, e as do Lehman Brothers, que voltaram a ser vendidas hoje, as especulações sobre a eventual venda do banco.
O petróleo fechou em alta de 0,45% o contrato futuro com entrega outubro negociado em Nova York, para US$ 115,11 o barril, enquanto os metais tiveram liquidez muito baixa em função do feriado no Reino Unido. Isso fez com que as blue chips (ações de primeira linha) Vale e Petrobras operassem hoje ao sabor de Wall Street e não das commodities (matérias-primas). Petrobras PN perdeu 4,19%, Petrobras ON recuou 3,39%, Vale PNA cedeu 2,55% e Vale ON caiu 3,04%.

Bolsa de NY fecha em queda forte com setor financeiro

por Renato Martins da Agência Estado
25.08.2008 18h02

O mercado norte-americano de ações fechou em queda forte, em dia marcado pela intensificação do nervosismo dos investidores diante do aperto no crédito. O volume de transações foi o menor do ano. A falência de um banco regional do Kansas e os indicadores de vendas de imóveis residenciais usados contribuíram para o sentimento negativo do mercado (as vendas cresceram 3,1% em julho, segundo a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis, mas os estoques de imóveis não vendidos também cresceram e os preços voltaram a cair).
Todas as 30 componentes do índice Dow Jones caíram. O destaque negativo foi AIG, com queda de 5,49%, depois de o Credit Suisse prever que a seguradora terá uma baixa contábil de US$ 2,4 bilhões no terceiro trimestre, por causa de perdas com títulos lastreados em hipotecas. Outras ações do setor financeiro também caíram, entre elas Bank of America (-4,14%), JPMorgan Chase (-4,09%) e Citigroup (-2,92%). As do Lehman Brothers perderam 6,66%, com a diminuição das especulações de que o Banco de Desenvolvimento da Coréia do Sul faria um grande investimento na instituição. Em reação à notícia do colapso do Columbian Bank & Trust, na sexta-feira, as ações do Huntington Bancshares caíram hoje 6,79%, as do Washington Mutual perderam 5,26% e as do Wells Fargo recuaram 2,35%. As ações dos setores de petróleo e metais também caíram (ExxonMobil perdeu 1,98%, Chevron recuou 2,94% e Alcoa cedeu 2,66%).
O índice Dow Jones fechou em queda de 2,08%, em 11.386,25 pontos. O Nasdaq encerrou em baixa de 2,03%, em 2.365,59 pontos. O S&P-500 caiu 1,96%, para 1.266,84 pontos. O NYSE Composite recuou 1,73%, para 8.229,03 pontos. As informações são da Dow Jones.

domingo, 24 de agosto de 2008

Índices de Futuros de Commodities em 22/08



Fonte: Bloomberg

Situação em 22/08

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW
UBS BLOOMBERG CMCI 1471.21 -37.76 1499.13 1500.79 1468.97 (-2,56%)
S&P GSCI 711.40 -32.56 744.16 744.16 710.66 (-4,57%)
RJ/CRB Commodity 394.80 -11.12 405.92 405.92 394.80 (-2,82%)
Rogers Intl 4881.12 -165.06 5045.41 5051.07 4873.84 (-3,38%)
Brookshire Intl 531.78 -17.68 545.41 545.72 530.95 (-3,32%)


Situação em 15/08

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW
UBS BLOOMBERG CMCI 1414.04 -22.84 1418.12 1424.23 1403.62 -1,62%
S&P GSCI 699.35 -9.63 700.12 703.56 689.24 -1,38%
RJ/CRB Commodity 382.30 -7.15 389.31 389.45 379.07 -1,87%
Rogers Intl 4724.37 -96.45 4820.66 4820.66 4675.36 -2,04%
Brookshire Intl 512.66 -9.75 513.72 516.24 508.22 -1,9%

Variação semanal 15/08 a 22/08

INDICE Fechamento (15/08) Fechamento(22/08) VARIAÇÃO SEMANAL (%)
UBS BLOOMBERG CMCI 1414.04 1471.21 (+4,04%)
S&P GSCI 699.35 711.40 (+1,72%)
RJ/CRB Commodity 382.30 394.80 (+3,27%)
Rogers Intl 4724.37 4881.12 (+3,32%)
Brookshire Intl 512.66 531.78 (+3,73%)

Análise:
Apesar da forte realização dos contratos com vencimento em out/08, na última sexta dia 22; quando comparados em base semanal (fechamento 22/08 x fechamento 15/08), podemos observar uma boa recuperação dos preços de commodities, chegando a mais de 4% por exemplo, no UBS Bloomberg Index.

Graficamente podemos observar a formação de um "candle" tipo "piercing" nessa variação semanal sinalizando a possibilidade de continuidade da alta, nessa última semana de agosto.

sábado, 23 de agosto de 2008

IBOV...após 22/08...tendência de alta retomada...


O Ibovespa abriu em 55.933 pontos e rapidamente veio buscar a mínima em 55.430 pontos, dando a impressão de que poderia realizar, a partir daí. Mas animado com a abertura de DJI em forte alta, contrariou essas expectativas de realização e retomou nova alta até encontrar resistência na máxima em 56.430 pontos. Daí, refluiu até 55.850 pontos e se manteve nesse patamar até a metade do pregão para se certificar da continuidade dessa tendência por DJI. A demora com a indefinição fez com que os indicadores de tendência "intraday" passassem a sinalizar venda, produzindo realização no Ibovespa até o suporte nos 55.200 pontos. Desse patamar reagiu com vigor com predomínio de forte pressão compradora, até quase zerar novamente o índice em 55.850 pontos (-0,15%).

Análise: Como previam os indicadores fortemente "sobrecomprados" no gráfico diário, o Ibovespa estava prestes a uma realização, face à sequência de altas ocorridas anteriormente. Após a realização, a pressão compradora (quase zerando as perdas do dia) sinalizou a construção de um "sub-canal" de alta, com objetivos inicialmente projetados para o Ibovespa entre 57 mil e 58 mil pontos.
Para tanto, o IBOV não pode perder o suporte em 55.700 pontos, projetado na LTB rompida nesse pregão.
A LTA recentemente formada tem suporte em 56 mil pontos e resistências em 56.800 e 57.360 pontos.
Apesar do "candle" no gráfico diário se assemelhar a um "doji" de indefinição, os principais indicadores do gráfico diário sugerem a retomada da tendência de alta, como também se observa no gráfico de "30 minutos", graças à forte recuperação, no final do pregão. De qualquer modo, observar os índices futuros do Ibovespa antes da abertura que poderão (ou não) confirmar essa tendência.

Abaixo de 55.700 suportes imediatos em: 54.870, 54.550 e 53.640 pontos.
Acima de 56.000 pontos resistências em: 56.430, 56.800 e 57.360 pontos.

PETR4...projeções de alta para a semana de 25 a 29/08...


PETR4 rompeu a resistência em 34,80 definindo a execução de um "triângulo de alta" com objetivos em 38,80.

Mantendo-se acima de 34,80 poderá romper a resistência intermediária em 36,90 e alcançar o patamar dos 37,40 antes do objetivo projetado em 38,80.

Os indicadores do gráfico semanal e do gráfico diário sinalizam tendência de alta para o início desta próxima semana.

VALE 5...projeções de alta para a semana de 25 a 29 /08...


VALE 5 vinha oscilando em movimento "zig e zag", até romper a resistência formada em 38,00, dando início à formação de um "triângulo de alta".

Mantendo-se acima de 38,00 deverá encontrar resistência na LTB recente em 39,40, que quando rompida poderá levar VALE 5 a seu primeiro objetivo de alta, em 40,60 antes do objetivo projetado em 42,30.

Os principais indicadores do gráfico semanal e do gráfico diário sinalizam a continuidade da tendência de alta, para o início dessa semana.

IBOV..."martelo" de alta nas projeções para a semana de 25 a 29/08...


O Ibovespa rompeu a resistência na LTB semanal construída a partir do topo da última semana de julho, com suporte projetado para a última semana de agosto em 55.300 pontos.

Abaixo desse suporte
poderá vir a testar o suporte em 53.350 pontos e mais remotamente, o suporte em 51 mil pontos.

Mantendo-se acima dos 55.300 pontos, deverá encontrar resistências em 55.950 e 56.970 pontos, antes de buscar seu primeiro objetivo em 57.500 pontos na LTB de médio prazo.

Caso consiga romper esse topo no "canal de baixa", poderá dar sequência à construção de um "sub canal" de alta, com objetivos projetados, nesta semana em 57.940 pontos. Vencida essa resistência, poderá tentar posteriormente o objetivo de alta em 60.500 pontos.

O "candle" semanal formado é semelhante a um "martelo", normalmente sinalizador de tendência de alta, para o início da semana. Os principais indicadores do gráfico semanal apontam também nessa mesma direção.

DJI...apesar da alta recente, está com tendência indefinida...


DJI abriu em 11.427 pontos e com os índices futuros em alta, foi até a máxima em 11.632 pontos. A partir daí, refluiu até atingir a mínima em 11.426 pontos. Reagiu em nova alta desse ponto até aao topo em 11.632, mas retornou para finalizar em 11.628 pontos (+ 1,73%).

Análise: DJI conseguiu (por enquanto) retornar ao "sub-canal" de alta anterior, ao atingir novamente o patamar dos 11.600 pontos, saindo da "congestão" em que se encontrava, entre os 11.300 e 11.500 pontos.
Somente acima dos 11.810 pontos poderá confirmar a reversão para esse cenário de alta. Portanto, ainda está em indefinição de tendência.

Assim, abaixo de 11.550 pontos, seus objetivos de queda estarão em 11.458, 11.360 e 11.320 pontos. Acima dos 11.550 pontos encontrará resistência nos 11.632, 11.714, 11.810 pontos. Existem contradições nos sinalizadores de tendências do gráfico diário e no de "30 minutos" . Os índices futuros americanos poderão confirmar qual a verdadeira tendência para a abertura.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Bolsa de NY fecha o dia em alta, mas cai na semana

por Renato Martins da Agência Estado
22.08.2008 18h21

O mercado norte-americano de ações fechou em alta, em dia de nova queda forte dos preços do petróleo e de especulações sobre a possibilidade de parte do banco de investimentos Lehman Brothers ser adquirida. A alta foi limitada pelo rebaixamento das notas de crédito (ratings) das agências semigovernamentais hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac.
Das 30 componentes do índice Dow Jones, 28 ações fecharam em alta. As exceções foram as ações da ExxonMobil (-0,06%) e da Chevron (-0,47%), que reagiram à queda dos preços do petróleo. As do setor de mineração também caíram, em reação à baixa dos preços dos metais (Freeport McMoRan perdeu 3,27%). No setor financeiro, as ações do Lehman Brothers subiram 3,09%, reduzindo suas perdas na semana a 11%, em meio a especulações de que o Banco de Desenvolvimento da Coréia do Sul estaria prestes a adquirir uma unidade da empresa. Outros destaques foram American Express (+4,81%), Bank of America (+4,03%), Citigroup (+3,84%) e JPMorgan Chase (+3,89%).
Após o rebaixamento de seus ratings, as ações da Freddie Mac caíram 11,08%, fechando no nível mais baixo desde outubro de 1990 e acumulando queda de 92% em 2008; as da Fannie Mae subiram 3,09%, mas acumularam uma queda de 37% na semana. As ações da GAP, maior rede de lojas de vestuário dos EUA, subiram 4,58%, em reação a seu informe de resultados. No setor de tecnologia, as ações da Intel subiram 1,91% e as da Microsoft avançaram 1,78%.
O índice Dow Jones fechou em alta de 1,73%, em 11.628,06 pontos. O Nasdaq encerrou com ganho de 1,44%, em 2.414,71 pontos. O S&P-500 subiu 1,13%, para 1.292,19 pontos. O NYSE Composite avançou 0,71%, para 8.373,55 pontos. Na semana, o Dow Jones acumulou uma queda de 0,27%, o Nasdaq, uma perda de 1,54% e o S&P-500, um recuo de 0,46%. As informações são da Dow Jones.

Ibovespa cai 0,15% hoje, mas sobe 2,96% na semana

por Claudia Violante da Agência Estado
22.08.2008 17h28

As notícias que beneficiaram a recuperação das bolsas internacionais foram as mesmas que puxaram os preços das commodities (matérias-primas) para baixo e, por tabela, levaram a Bovespa a interromper três sessões seguidas de elevação. Guiado por Petrobras, Vale e siderúrgicas, o Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, terminou a sexta-feira com ligeira baixa, de 0,15%, mas conseguiu garantir alta de 2,96% na semana.
O Ibovespa fechou o dia em 55.850,1 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 55.202 pontos (-1,31%) e a máxima de 56.430 pontos (+0,89%). No mês, ainda acumula perdas de 6,14% e, no ano, de 12,58%.
A Bolsa doméstica foi influenciada pela venda principalmente de papéis ligados às commodities, que terminaram em baixa após notícias que fortaleceram a moeda norte-americana. Os investidores gostaram da informação de que o Banco de Desenvolvimento da Coréia do Sul estuda a possibilidade de fazer uma oferta pelo Lehman Brothers, e também do discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, no qual ele afirmou que a taxa básica de juros da economia norte-americana não deve subir.
Com isso, nas Bolsas de Nova York, o índice Dow Jones subiu 1,73%, o S&P avançou 1,13% e o Nasdaq teve alta de 1,44%. Com a queda do dólar, o petróleo também recuou e ajudou a garantir os ganhos das bolsas nos EUA. O petróleo negociado em Nova York encerrou cotado a US$ 114,59 por barril, em baixa de 5,44%, ou US$ 6,59, a maior queda dos preços em termos de dólar desde janeiro de 1991. A notícia do Lehman beneficiou a recuperação do setor financeiro, também favorecidas pelas declarações de Bernanke.
Os bancos brasileiros foram contagiados pela recuperação do setor no exterior e subiram. Bradesco PN fechou em alta de 0,60%, Itaú PN e Banco do Brasil ON ganharam 0,90% cada e Unibanco units avançaram 1,42%.
A agenda de hoje foi fraca e, embora as condições macroeconômicas não tenham se alterado, o dinheiro estrangeiro ainda não voltou. Isso significa que está sendo mais lento o processo de recuperação da Bovespa. O giro somou apenas R$ 3,376 bilhões - o menor valor do mês, cuja média diária já é baixa, de R$ 5,265 bilhões. "É preciso que o dinheiro volte para que a recuperação da Bolsa seja firme", comentou um operador.
Para a próxima semana, as mesmas variáveis que vêm permeando o cenário internacional continuam em cena, como commodities e crise norte-americana. Serão conhecidos indicadores relevantes nos Estados Unidos. Um diferencial a favor da alta dos papéis pode ser o pacote que o governo do Japão está finalizando para ajudar a economia do país e, por tabela, do mundo.

IBOV...após 21/08...suportes e resistências no gráfico de 30 minutos...

IBOV...após 21/08...Não rompendo a LTB deve retornar ao fundo do canal...


O Ibovespa abriu em 55.379 pontos, na mínima do dia e empurrado pelos índices futuros em alta, rapidamente rompeu o patamar dos 56 mil pontos até encontrar resistência em 56.044 pontos. Daí, refluiu até encontrar suporte em 55.400 pontos. Na segunda metade do pregão, retomou o processo de recuperação, de modo continuado até encontrar nova resistência, na máxima, em 56.144 pontos (+1,39%). Acabou cedendo, em seguida, para fechar em 55.934 pontos (+1,0%).

Análise: Como previsto no gráfico diário, o Ibovespa deu sequência à alta iniciada anteriormente impulsionado mais uma vez por Vale, Petro e Siderúrgicas, em sintonia com a alta dos mercados futuros de commodities. O Ibovespa tentou, sem sucesso, romper a LTB recente, próxima aos 56.200 pontos. Em sua última tentativa frustrada, quase ao final do pregão, refluiu para finalizar abaixo dos 55.940 pontos onde a LTB estará posicionada amanhã (22/08). Se o IBOV abrir abaixo desse topo do "canal de baixa", com certeza teremos mais uma vez a retomada do processo de queda com objetivos de suporte, no fundo do canal. Acima dessa resistência poderá buscar novo topo próximo aos 57 mil pontos. Os principais indicadores do gráfico diário e do gráfico de "30 minutos", já se encontram bastantes sobrecomprados, sinalizando a possibilidade de reversão da tendência anterior de alta. Os índices futuros do Ibovespa poderão confirmar a tendência na abertura.

Abaixo de 55.940 suportes imediatos em: 55.400, 54.550, 53.640 e 52.930 pontos.
Acima de 55.940 pontos resistências em: 56.044, 56.144, 56.550 e 56.700 pontos.

DJI...após 21/08...indefinição gráfica, com tendência de queda...


DJI abriu em 11.415 pontos e com os índices futuros em queda, veio até a mínima em 11.316 pontos. A partir daí, esboçou continuada reação até atingir a máxima em 11.476 pontos (+0,52%). Refluiu desse ponto até finalizar em 11.430 pontos (+ 0,11%).

Análise: Da mesma forma que nos recentes pregões anteriores, DJI navegou no canal de "congestão" entre 11.300 e 11.500 pontos. Acabou formando praticamente um "doji" de indefinição, com a variação de 0,11% entre abertura e fechamento.Assim, abaixo de 11.400 pontos, seus objetivos de queda estarão em 11.360, 11.320 e 11.290 pontos. Acima dos 11.430 pontos encontrará resistência nos 11.454, 11.476, 11.507 e 11.564 pontos. Apesar do "candle" de indefinição,no gráfico diário, os principais indicadores do gráfico de "30 minutos" sinalizam tendência de queda, na abertura . Os índices futuros americanos poderão confirmar (ou não) essa tendência para a abertura.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Matérias-primas fazem Bovespa fechar em alta de 1%

por Rodolfo Barbosa
21 de Agosto de 2008 17:48

SÃO PAULO (Reuters) - O avanço dos preços de metais e do petróleo ajudou a Bolsa de Valores de São Paulo a sustentar alta pelo terceiro dia seguido e flertar com o patamar de 56 mil pontos, apesar da pouca força de Wall Street.
O Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, encerrou a quinta-feira com ganhos de 1,01 por cento, a 55.934 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 4,6 bilhões de reais.
"Sem dúvida são as commodities que estão dando a tônica principal do dia", afirmou Newton Rosa, economista-chefe da SulAmerica Investimentos, ponderando que "a alta foi novamente pontual porque o cenário continua incerto".
"Temos a tensão geopolítica entre a Rússia e o Ocidente, dando rumos de alta para o petróleo, o enfraquecimento do dólar e riscos de novas consequências da crise financeira", listou.
O economista destacou que o patamar de 53 mil pontos, para o qual o Ibovespa chegou a cair esta semana, parece ser um piso do mercado.
"Creio que esse seja mesmo o piso que o mercado estabeleceu, um piso muito baixo", disse.
Os setores petrolífero e siderúrgico mantiveram o Ibovespa no terreno positivo durante toda a sessão, a despeito das bolsas norte-americanas --o Nasdaq caiu 0,4 por cento e o Dow Jones subiu apenas 0,1 por cento no fechamento.
O petróleo fechou em alta de mais de 5 dólares, acima de 121 dólares por barril, e fez com que as ações da Petrobras tivessem a maior contribuição positiva sobre o índice. Esses papéis subiram 3,45 por cento, para 35,39 reais.
As preferenciais da Vale subiram 2,37 por cento, para 38,80 reais, enquanto as da Gerdau avançaram 3,06 por cento, a 29,99 reais.
Entre os destaques negativos, estiveram as ações da TAM e da Gol --que sofrem com o aumento dos combustíveis.
A Vivo cedeu 2,86 por cento, para 7,80 reais, depois que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou os números de novas adesões em julho.
Os dados mostraram que a companhia perdeu participação de mercado, apesar de o ranking de maiores do setor não ter se alterado.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

DJI...após 20/08...indefinido com indicadores pela continuidade da alta...


DJI abriu em 11.346 pontos e ainda com os índices futuros em queda, veio até a mínima em 11.291 pontos. A partir daí, esboçou forte reação até atingir a máxima em 11.454 pontos (+0,93%). Refluiu desse ponto até encontrar novo suporte em 11.326 pontos. Reagiu, subindo novamente até os 11.422 pontos e finalizando logo após em 11.417 pontos (+ 0,61%).

Análise: DJI estancou a sequência das duas quedas anteriores, recuperando o patamar dos 11.400 pontos. Abaixo de 11.400 pontos, seus objetivos de queda estarão em 11.360, 11.320 e 11.260 pontos. Acima dos 11.415 pontos encontrará resistência nos 11.454, 11.480, 11.520 e 11.600 pontos. Dos principais indicadores do gráfico diário, o IFR e o oscilador de momentos já apontam para a continuidade da alta, o mesmo sucedendo com os indicadores do gráfico de "30 minutos". Os índices futuros americanos poderão confirmar (ou não) a tendência de alta, antes da abertura.

Abaixo de 11.360 suportes em : 11.270, 11.200, 11.150 e 11.120 pontos.
Acima de 11.360 resistências em: 11.380, 11.450 e 11.620 pontos.