por Claudia Violante da Agência Estado
A revisão do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano do segundo trimestre serviu de combustível para a alta das bolsas, na Europa, EUA e Brasil. Pela segunda sessão seguida, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, terminou com elevação, e nem a queda das matérias-primas impediu Vale e Petrobras de avançar. Os ganhos de hoje foram generalizados, com o setor financeiro, varejo e siderúrgicas à frente. Os gestores aproveitaram a trégua externa para melhorar o desempenho de suas carteiras, num movimento típico de final de mês.
O Ibovespa voltou aos 56 mil pontos, onde pisou pela última vez no dia 8 de agosto (56.584,4 pontos) ao avançar para 56.382,2 pontos. Subiu 1,55%, reduzindo as perdas acumuladas em agosto para 5,25% e as de 2008 para 11,75%. Na mínima do dia, atingiu 55.516 pontos (-0,01%) e, na máxima, 56.524 pontos (+1,81%). O giro financeiro aumentou um pouco mais, mas ainda continua abaixo da média diária do mês, de R$ 4,836 bilhões até ontem, segundo o site da Bovespa. Hoje, somou R$ 4,299 bilhões.
A alta das bolsas européias e norte-americanas decorreu hoje da revisão melhor do que a prevista do PIB dos EUA do segundo trimestre. O número passou de uma alta calculada anteriormente de 1,9% para 3,3%, ante estimativa de que ficaria em 2,7%. O setor financeiro também deu sustentação ao ganho das bolsas lá, assim como a queda do petróleo.
O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, encerrou na máxima pontuação do dia, em alta de 1,85%. O S&P avançou 1,48%, também a maior alta do pregão, e o Nasdaq teve elevação de 1,22%.
Apesar de a tempestade Gustav estar ainda no horizonte, o petróleo negociado em Nova York recuou 2,17%, para US$ 115,59 o barril. O fortalecimento do dólar em relação a outras moedas levou os investidores a se desfazerem das commodities (matérias-primas), e isso também vale para os metais. Mas, no caso do petróleo, também pesou para a queda nos preços o aumento inesperado dos estoques de gás natural nos EUA.
Apesar do saldo positivo do dia, os investidores têm se pautado no dia-a-dia para operar, e amanhã é a vez de reagir aos indicadores econômicos, como o índice de preços de gastos com consumo norte-americano. A agenda ainda prevê nos EUA o índice de atividade industrial (gerentes de compras de Chicago) de agosto e o sentimento do consumidor da Universidade de Michigan. Vale sublinhar que, amanhã, alguns mercados lá fecham mais cedo por causa do feriado do Dia do Trabalho na segunda-feira.
No Brasil, a queda das commodities não impediu Vale e Petrobras de fecharem em alta: Vale ON subiu 0,50%, Vale PNA ganhou 0,52%, Petrobras ON avançou 0,23% e Petrobras PN registrou elevação de 0,43%. No setor financeiro, Itaú PN ganhou 3,67%; Bradesco PN, 2,42%; Banco do Brasil ON, 3,42%; e Unibanco units, 2,79%.
A intenção deste Blog é o de trazer informações sobre os mercados acionários e seus principais ativos. Esse espaço será utilizado para divulgar análises que fundamentem tendências de curto e médio prazos do Ibovespa, índices de mercados e comodities. Espero que o blog possa contribuir para a interpretação das tendências dos mercados,principalmente em momentos de maior volatilidade e incertezas.
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Bolsa de NY fecha em alta forte após revisão do PIB
por Renato Martins da Agência Estado
28.08.2008 18h34
O mercado norte-americano de ações fechou em alta pelo terceiro dia consecutivo. Os operadores deixaram de lado as preocupações com o aperto no crédito, com as tensões geopolíticas e com a tempestade tropical que se aproxima da região produtora de petróleo do Golfo do México e concentraram suas atenções na revisão para cima do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no segundo trimestre - de 1,9%, no cálculo anterior, para 3,3%. Também foi dada pouca atenção ao informe de que o número de novos pedidos de auxílio-desemprego teve uma queda menor do que se previa na semana passada.
"O número de pessoas demitidas pedindo auxílio-desemprego é alto demais para a saúde da economia. Acho que isso é uma indicação importante de que a economia está mais fraca do que um crescimento do PIB de 3,3% poderia sugerir", comentou o economista-chefe da Nomura Securities International, David Resler. A alta das ações se acelerou quando os preços do petróleo passaram a cair, em reação ao informe de que as reservas de vários países serão liberadas caso a tempestade tropical Gustav afete a produção do Golfo do México.
Das 30 componentes do índice Dow Jones, 29 fecharam em alta; a exceção foi Coca-Cola, com queda de 1,25%, após rebaixamento de recomendação pelos analistas do Crédit Suisse. As ações que mais subiram foram as do setor financeiro (AIG disparou 7,55%, Bank of America avançou 6,00%, Citigroup ganhou 5,30% e JPMorgan Chase subiu 4,68%). As do Lehman Brothers avançaram 7,38%, em reação a informes de que a instituição vai demitir mais de mil funcionários para cortar custos. As da seguradora de bônus MBIA subiram 34,81%, em reação ao anúncio de que ela vai assumir o resseguro de US$ 184 bilhões em bônus municipais assegurados pela FGIC - possivelmente afastando a ameaça de falência da FGIC, que é controlada pelo Blackstone Group (cujas ações subiram 3,16%); as da Ambac Financial, do mesmo setor, avançaram 42,60%. As ações da agência de crédito hipotecário Fannie Mae avançaram 22,69%, depois de ela anunciar mudanças em seu comando; as da Freddie Mac subiram 11,16%.
Várias ações do setor industrial subiram em reação aos dados do PIB (3M ganhou 2,52% e Caterpillar subiu 3,05%). As ações das companhias aéreas tiveram altas expressivas, em reação à queda dos preços do petróleo (Delta disparou 11,13%). Entre as ações de empresas que divulgaram resultados do segundo trimestre, os destaques foram Tiffany's (+10,70%) e Sears (+4,19%). As da fabricante de computadores Dell, que divulgaria resultados depois do fechamento, caíram 1,64%.
O índice Dow Jones fechou em alta de 1,85%, em 11.715,18 pontos. O Nasdaq encerrou com ganho de 1,22%, em 2.411,64 pontos. O S&P-500 subiu 1,48%, em 1.300,68 pontos. O NYSE Composite avançou 1,39%, para 8.466,12 pontos. As informações são da Dow Jones.
28.08.2008 18h34
O mercado norte-americano de ações fechou em alta pelo terceiro dia consecutivo. Os operadores deixaram de lado as preocupações com o aperto no crédito, com as tensões geopolíticas e com a tempestade tropical que se aproxima da região produtora de petróleo do Golfo do México e concentraram suas atenções na revisão para cima do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no segundo trimestre - de 1,9%, no cálculo anterior, para 3,3%. Também foi dada pouca atenção ao informe de que o número de novos pedidos de auxílio-desemprego teve uma queda menor do que se previa na semana passada.
"O número de pessoas demitidas pedindo auxílio-desemprego é alto demais para a saúde da economia. Acho que isso é uma indicação importante de que a economia está mais fraca do que um crescimento do PIB de 3,3% poderia sugerir", comentou o economista-chefe da Nomura Securities International, David Resler. A alta das ações se acelerou quando os preços do petróleo passaram a cair, em reação ao informe de que as reservas de vários países serão liberadas caso a tempestade tropical Gustav afete a produção do Golfo do México.
Das 30 componentes do índice Dow Jones, 29 fecharam em alta; a exceção foi Coca-Cola, com queda de 1,25%, após rebaixamento de recomendação pelos analistas do Crédit Suisse. As ações que mais subiram foram as do setor financeiro (AIG disparou 7,55%, Bank of America avançou 6,00%, Citigroup ganhou 5,30% e JPMorgan Chase subiu 4,68%). As do Lehman Brothers avançaram 7,38%, em reação a informes de que a instituição vai demitir mais de mil funcionários para cortar custos. As da seguradora de bônus MBIA subiram 34,81%, em reação ao anúncio de que ela vai assumir o resseguro de US$ 184 bilhões em bônus municipais assegurados pela FGIC - possivelmente afastando a ameaça de falência da FGIC, que é controlada pelo Blackstone Group (cujas ações subiram 3,16%); as da Ambac Financial, do mesmo setor, avançaram 42,60%. As ações da agência de crédito hipotecário Fannie Mae avançaram 22,69%, depois de ela anunciar mudanças em seu comando; as da Freddie Mac subiram 11,16%.
Várias ações do setor industrial subiram em reação aos dados do PIB (3M ganhou 2,52% e Caterpillar subiu 3,05%). As ações das companhias aéreas tiveram altas expressivas, em reação à queda dos preços do petróleo (Delta disparou 11,13%). Entre as ações de empresas que divulgaram resultados do segundo trimestre, os destaques foram Tiffany's (+10,70%) e Sears (+4,19%). As da fabricante de computadores Dell, que divulgaria resultados depois do fechamento, caíram 1,64%.
O índice Dow Jones fechou em alta de 1,85%, em 11.715,18 pontos. O Nasdaq encerrou com ganho de 1,22%, em 2.411,64 pontos. O S&P-500 subiu 1,48%, em 1.300,68 pontos. O NYSE Composite avançou 1,39%, para 8.466,12 pontos. As informações são da Dow Jones.
INDV08...após 27/08...tendência de alta com volatilidade...

Possibilidades de suportes na primeira meia hora de pregão: 56.100; 55.900 e 55.750 (forte), na LTA intraday recente.
Resistências na primeira meia-hora de pregão: 56.750 e 56.900 pontos.
Acima de 56 mil pontos, objetivos de alta em 56.750, 56.900, 57.350 e 57.560 pontos.
Abaixo de 55.500 pontos, objetivos de queda em 55.250, 55.000 e 54.600 pontos.
IBOV...após 27/08...tendência de alta, com volatilidade...

O Ibovespa abriu na mínima em 54.366 e seguiu em alta até encontrar resistência em 55.044 pontos. A partir daí, realizou até encontrar suporte em 54.645 pontos. Com a recuperação de DJI se mantendo em alta, na segunda metade do pregão o Ibovespa retomou nova alta, rompeu novamente os 55 mil pontos, indo até a máxima em 55.591 pontos. Daí refluiu novamente até os 55.226 pontos, finalizando em 54.477 pontos ( +1,91%).
Análise: O "candle" formado no gráfico diário é um "marubozu" vazio, indicando predomínio da força compradora. Mantendo-se acima dos 55 mil pontos, o Ibovespa terá por objetivos o rompimento dos 56 mil e dos 57 mil pontos. Os principais indicadores do gráfico diário sinalizam a tendência de alta, enquanto no gráfico de "30 minutos". aparecem algumas sinalizações contrárias, sugerindo a possibilidade da abertura ocorrer em queda. Porém, a principal tendência parece ser ainda a de alta. Os índices futuros do Ibovespa antes da abertura poderão mostrar a principal tendência.
Abaixo de 55.430 suportes imediatos em: 54.670, 54.500, 54.000, 53.840, 53.270 e 52.345 pontos.
Acima de 55.430 pontos resistências em: 55.590, 55.900 e 56.540 pontos.
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
DJI...após 27/08...volatilidade e indefinição de tendência...

DJI abriu em 11.412 pontos e com os índices futuros em queda, veio até a mínima em 11.382 pontos. Reagiu a partir daí até a máxima em 11554 pontos. Na segunda metade do pregão refluiu até nova mínima em 11.470 pontos. Daí, na última meia hora de pregão, reagiu para finalizar em 11.502 pontos (+0,79%).
Análise: Números favoráveis de "Durable Orders", mostrando alguma recuperação na atividade econômica americana, melhorou o humor do mercado, principalmente na primeira metade do pregão. O retorno na segunda metade, pode ser creditado ao grau de incerteza que paira na economia face às espectativas dos números de "initial claims" que serão revelados amanhã, antes da abertura dos pregões.
No gráfico de "30 minutos" o Estocástico e o CCI/Ma cruzamento sinalizam tendência de queda, em oposição ao IFR e ao oscilador de momentos que sinalizam a continuidade da alta. No gráfico diário ainda se mantém a tendência de alta. Os índices futuros americanos antes da abertura, poderão sinalizar qual a melhor tendência para DJI.
Acima dos 11.554 pontos objetivos de alta em 11.630 e 11.660 pontos.
Abaixo de 11.445 pontos, seus objetivos de queda estarão em 11.345, 11.130 e 11.000 pontos.
Petrobras e Vale garantem alta de 2,13% ao Ibovespa
por Claudia Violante da Agência Estado
27.08.2008 17h30
A recuperação de preço das matérias-primas (commodities) permitiu à Bovespa interromper uma seqüência de três quedas seguidas e fechar com alta firme, superior a 2%. As ações da Petrobras e da Vale guiaram as ordens de compras, que ainda foram firmes em siderúrgicas e bancos. As bolsas norte-americanas, embaladas por um indicador econômico favorável divulgado mais cedo, também subiram, garantindo tranqüilidade aos negócios domésticos.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, terminou o pregão em alta de 2,13%, aos 55.519,2 pontos. Oscilou entre a mínima de 54.366 pontos (+0,01%) e a máxima de 55.591 pontos (+2,27%). No mês, ainda acumula perdas, de 6,70% e, no ano, de 13,10%. O giro financeiro totalizou R$ 3,583 bilhões, abaixo da média diária de agosto (que também já está mais baixa do que nos últimos meses e soma R$ 4,904 bilhões até ontem, segundo o site da Bovespa).
As ações da Petrobras subiram na esteira do avanço do preço do petróleo. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo subiu 1,62%, para US$ 118,15 o barril, com as preocupações sobre o avanço da tempestade Gustav para o Golfo do México, onde há várias instalações de petróleo e gás. Petrobras ON subiu 2,83% e PN, 2,95%.
As commodities metálicas também avançaram no mercado internacional e levaram as ações da Vale a fechar na máxima do dia, com variação de 3,27% as ON e de 4,03% as PNA. Os setores siderúrgico e bancário acompanharam a recuperação em bloco e com altas bastante firmes. Foram destaque Banco do Brasil ON, com +5,41%, e Metalúrgica Gerdau PN, com +3,84%. Hoje, o Citigroup elevou a recomendação de neutra para "overweight" (acima da média) do setor bancário, ajudando a influenciar a alta dos papéis.
Nos EUA, o índice de ações Dow Jones terminou em alta de 0,79%, o S&P avançou 0,80% e o Nasdaq terminou com variação positiva de 0,87%. Os ganhos foram sustentados pelo indicador positivo de encomendas de bens duráveis, vigor das ações do setor financeiro e percepção de que a alta do petróleo é temporária, à luz das condições de tempestade tropical no Golfo do México.
O Departamento do Comércio informou pela manhã que as encomendas de bens duráveis nos EUA inesperadamente subiram 1,3% em julho, ante expectativa dos economistas de queda de 0,4%. Também agradou a declaração do dirigente da regional do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de Atlanta, Dennis Lockhart, que previu hoje que a inflação norte-americana deverá ceder a partir do próximos meses.
Para amanhã, a apenas dois pregões do término de agosto, os investidores podem intensificar as compras para garantir melhor desempenho a suas carteiras. Mas isso apenas se os indicadores que serão conhecidos, principalmente nos Estados Unidos, e as commodities deixarem.
27.08.2008 17h30
A recuperação de preço das matérias-primas (commodities) permitiu à Bovespa interromper uma seqüência de três quedas seguidas e fechar com alta firme, superior a 2%. As ações da Petrobras e da Vale guiaram as ordens de compras, que ainda foram firmes em siderúrgicas e bancos. As bolsas norte-americanas, embaladas por um indicador econômico favorável divulgado mais cedo, também subiram, garantindo tranqüilidade aos negócios domésticos.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, terminou o pregão em alta de 2,13%, aos 55.519,2 pontos. Oscilou entre a mínima de 54.366 pontos (+0,01%) e a máxima de 55.591 pontos (+2,27%). No mês, ainda acumula perdas, de 6,70% e, no ano, de 13,10%. O giro financeiro totalizou R$ 3,583 bilhões, abaixo da média diária de agosto (que também já está mais baixa do que nos últimos meses e soma R$ 4,904 bilhões até ontem, segundo o site da Bovespa).
As ações da Petrobras subiram na esteira do avanço do preço do petróleo. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo subiu 1,62%, para US$ 118,15 o barril, com as preocupações sobre o avanço da tempestade Gustav para o Golfo do México, onde há várias instalações de petróleo e gás. Petrobras ON subiu 2,83% e PN, 2,95%.
As commodities metálicas também avançaram no mercado internacional e levaram as ações da Vale a fechar na máxima do dia, com variação de 3,27% as ON e de 4,03% as PNA. Os setores siderúrgico e bancário acompanharam a recuperação em bloco e com altas bastante firmes. Foram destaque Banco do Brasil ON, com +5,41%, e Metalúrgica Gerdau PN, com +3,84%. Hoje, o Citigroup elevou a recomendação de neutra para "overweight" (acima da média) do setor bancário, ajudando a influenciar a alta dos papéis.
Nos EUA, o índice de ações Dow Jones terminou em alta de 0,79%, o S&P avançou 0,80% e o Nasdaq terminou com variação positiva de 0,87%. Os ganhos foram sustentados pelo indicador positivo de encomendas de bens duráveis, vigor das ações do setor financeiro e percepção de que a alta do petróleo é temporária, à luz das condições de tempestade tropical no Golfo do México.
O Departamento do Comércio informou pela manhã que as encomendas de bens duráveis nos EUA inesperadamente subiram 1,3% em julho, ante expectativa dos economistas de queda de 0,4%. Também agradou a declaração do dirigente da regional do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de Atlanta, Dennis Lockhart, que previu hoje que a inflação norte-americana deverá ceder a partir do próximos meses.
Para amanhã, a apenas dois pregões do término de agosto, os investidores podem intensificar as compras para garantir melhor desempenho a suas carteiras. Mas isso apenas se os indicadores que serão conhecidos, principalmente nos Estados Unidos, e as commodities deixarem.
Indicador de bens duráveis traz alívio e Bolsa de NY sobe
por Renato Martins da Agência Estado
27.08.2008 18h08
O mercado norte-americano de ações fechou em alta, embora com os principais índices bastante abaixo das máximas do dia. Os volumes foram muito reduzidos, como é comum no auge da temporada de férias de verão nos EUA. O mercado reagiu ao indicador de encomendas de bens duráveis em julho, que mostrou alta de 1,3%, acima das previsões (-0,4%). "Os dados de bens duráveis, mais fortes do que se previa, sinalizam que a economia continua a resistir. Tendo em vista as más notícias constantes que vínhamos recebendo ultimamente do setor financeiro e do mercado de crédito, foi bom ver algo positivo, para variar", comentou o estrategista Ryan Detrick, da Schaeffer's Investment Research.
As ações das agências de crédito hipotecário subiram pelo terceiro dia consecutivo (Fannie Mae avançou 15,30% e Freddie Mac disparou 19,65%), depois de um analista do banco de investimentos Merrill Lynch dizer que elevar o capital dessas agências agora seria prematuro, porque seus níveis de capitalização ainda não caíram para níveis "críticos"; durante o dia circularam rumores de que o Departamento do Tesouro faria ainda hoje um anúncio relativo às agências, mas esses rumores foram negados; depois do fechamento, a Fannie Mae anunciou mudanças em seu comando. Também no setor financeiro, as ações do Merrill Lynch subiram 4,86%, depois de a Tomasek Holdings (fundo soberano de Cingapura) receber permissão para aumentar sua participação no banco de investimentos para algo entre 13% e 14%.
As ações das refinarias de petróleo estavam entre as que mais subiram, em reação a informes de que a tempestade tropical Gustav deverá ganhar força nos próximos dias, tornando-se um furacão, e deverá atingir a região produtora do Golfo do México (Valero Energy subiu 4,23% e Tesoro avançou 11,10%). As ações das companhias aéreas, porém, sofreram quedas fortes (UAL despencou 11,39%, Delta perdeu 7,81% e Northwest recuou 8,27%).
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,79%, em 11.502,51 pontos. O Nasdaq encerrou com ganho de 0,87%, em 2.382,46 pontos. O S&P-500 subiu 0,80%, para 1.281,66 pontos. O NYSE Composite avançou 1,04%, para 8.349,84 pontos. As informações são da Dow Jones.
27.08.2008 18h08
O mercado norte-americano de ações fechou em alta, embora com os principais índices bastante abaixo das máximas do dia. Os volumes foram muito reduzidos, como é comum no auge da temporada de férias de verão nos EUA. O mercado reagiu ao indicador de encomendas de bens duráveis em julho, que mostrou alta de 1,3%, acima das previsões (-0,4%). "Os dados de bens duráveis, mais fortes do que se previa, sinalizam que a economia continua a resistir. Tendo em vista as más notícias constantes que vínhamos recebendo ultimamente do setor financeiro e do mercado de crédito, foi bom ver algo positivo, para variar", comentou o estrategista Ryan Detrick, da Schaeffer's Investment Research.
As ações das agências de crédito hipotecário subiram pelo terceiro dia consecutivo (Fannie Mae avançou 15,30% e Freddie Mac disparou 19,65%), depois de um analista do banco de investimentos Merrill Lynch dizer que elevar o capital dessas agências agora seria prematuro, porque seus níveis de capitalização ainda não caíram para níveis "críticos"; durante o dia circularam rumores de que o Departamento do Tesouro faria ainda hoje um anúncio relativo às agências, mas esses rumores foram negados; depois do fechamento, a Fannie Mae anunciou mudanças em seu comando. Também no setor financeiro, as ações do Merrill Lynch subiram 4,86%, depois de a Tomasek Holdings (fundo soberano de Cingapura) receber permissão para aumentar sua participação no banco de investimentos para algo entre 13% e 14%.
As ações das refinarias de petróleo estavam entre as que mais subiram, em reação a informes de que a tempestade tropical Gustav deverá ganhar força nos próximos dias, tornando-se um furacão, e deverá atingir a região produtora do Golfo do México (Valero Energy subiu 4,23% e Tesoro avançou 11,10%). As ações das companhias aéreas, porém, sofreram quedas fortes (UAL despencou 11,39%, Delta perdeu 7,81% e Northwest recuou 8,27%).
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,79%, em 11.502,51 pontos. O Nasdaq encerrou com ganho de 0,87%, em 2.382,46 pontos. O S&P-500 subiu 0,80%, para 1.281,66 pontos. O NYSE Composite avançou 1,04%, para 8.349,84 pontos. As informações são da Dow Jones.
Restante da agenda do investidor para a última semana de agosto
por Rafael de Souza Ribeiro de InfoMoney
22/08/08 - 20h06
SÃO PAULO - Dentro da agenda da última semana de agosto, os investidores estarão atentos, sobretudo, ao PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano e à minuta da última reunião do Fed.
No cenário nacional, a ênfase fica para o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) de agosto. Destaque também para as Notas do Banco Central, que trarão informações relevantes sobre o desempenho econômico do País no último mês.
Quinta-feira (28/8)
Brasil
8h00 - A FGV divulga a Sondagem Industrial referente ao mês de agosto, que reúne informações sobre a evolução da atividade da indústria nacional.
EUA
9h30 - Confira o número de pedidos de auxílio-desemprego (Initial Claims), em base semanal.
9h30 - O Departamento de Comércio anuncia os dados preliminares do PIB e de seu deflator, ambos baseados no segundo trimestre.
Sexta-feira (29/8)
Brasil
Não serão apresentados índices relevantes no País.
EUA
9h30 - Ênfase para os índices Personal Income e Personal Spending do mês de julho, que avaliam a renda individual dos cidadãos norte-americanos e os gastos dos consumidores, respectivamente.
10h45 - Será publicado o Chicago PMI referente ao mês de agosto, que mede o nível de atividade industrial na região.
11h00 - Para encerrar, a Universidade de Michigan divulga a versão revisada do Michigan Sentiment de agosto, que mede a confiança dos consumidores na economia norte-americana.
Segunda-feira (1/9)
Brasil
8h00 - A FGV publica o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal) referente à quarta quadrissemana de agosto. O índice calcula a taxa mensal da variação dos preços até meados da semana anterior àquela em que é divulgado.
8h30 - O Banco Central organiza o relatório semanal Focus, que compila a opinião de consultorias e instituições financeiras sobre os principais índices macroeconômicos.
O Ministério de Comércio Exterior anuncia a Balança Comercial do acumulado de agosto, que mede a diferença entre exportações e importações contabilizadas durante o período.
Para encerrar, o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos) revela a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, feita mensalmente em 16 capitais brasileiras, na qual se avalia o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família, através do valor dos produtos elementares.
EUA
Nesta data será comemorado o Dia do Trabalho no país, e conseqüentemente, não haverá pregão em Wall Street.
22/08/08 - 20h06
SÃO PAULO - Dentro da agenda da última semana de agosto, os investidores estarão atentos, sobretudo, ao PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano e à minuta da última reunião do Fed.
No cenário nacional, a ênfase fica para o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) de agosto. Destaque também para as Notas do Banco Central, que trarão informações relevantes sobre o desempenho econômico do País no último mês.
Quinta-feira (28/8)
Brasil
8h00 - A FGV divulga a Sondagem Industrial referente ao mês de agosto, que reúne informações sobre a evolução da atividade da indústria nacional.
EUA
9h30 - Confira o número de pedidos de auxílio-desemprego (Initial Claims), em base semanal.
9h30 - O Departamento de Comércio anuncia os dados preliminares do PIB e de seu deflator, ambos baseados no segundo trimestre.
Sexta-feira (29/8)
Brasil
Não serão apresentados índices relevantes no País.
EUA
9h30 - Ênfase para os índices Personal Income e Personal Spending do mês de julho, que avaliam a renda individual dos cidadãos norte-americanos e os gastos dos consumidores, respectivamente.
10h45 - Será publicado o Chicago PMI referente ao mês de agosto, que mede o nível de atividade industrial na região.
11h00 - Para encerrar, a Universidade de Michigan divulga a versão revisada do Michigan Sentiment de agosto, que mede a confiança dos consumidores na economia norte-americana.
Segunda-feira (1/9)
Brasil
8h00 - A FGV publica o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal) referente à quarta quadrissemana de agosto. O índice calcula a taxa mensal da variação dos preços até meados da semana anterior àquela em que é divulgado.
8h30 - O Banco Central organiza o relatório semanal Focus, que compila a opinião de consultorias e instituições financeiras sobre os principais índices macroeconômicos.
O Ministério de Comércio Exterior anuncia a Balança Comercial do acumulado de agosto, que mede a diferença entre exportações e importações contabilizadas durante o período.
Para encerrar, o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos) revela a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, feita mensalmente em 16 capitais brasileiras, na qual se avalia o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família, através do valor dos produtos elementares.
EUA
Nesta data será comemorado o Dia do Trabalho no país, e conseqüentemente, não haverá pregão em Wall Street.
terça-feira, 26 de agosto de 2008
INDV 08..."doji" de indefinição, mas com tendência de alta!...

Análise:
O INDV08 abriu com "gap de queda" na mínima, em 54.600 pontos e conseguiu retomar o suporte dos 55.500 pontos, recuperando forças até a máxima em 56.080. Na segunda metade do pregão , como DJI não reagiu conforme se esperava com a leitura da Ata do FED, refluiu até encontrar suporte em 54.970 pontos. Reagiu novamente para finalizar em 54.400 pontos (estável).
No gráfico diário do índice o "candle" formado é um "doji" de aparente indefinição. Porém, analisando o gráfico de "30 minutos", observamos que a reação positiva na última hora de pregão fez com que os principais indicadores desse gráfico passassem a sinalizar tendência de alta.
A LTA traçada pelas mínimas em 54.600 e 54.970 indica possibilidade de abertura acima de 55 mil pontos. Assim a abertura e manutenção dos 55 mil pontos nas primeiras horas de pregão poderão sinalizar a possibilidade de alta, que provavelmente estará assegurada se esses suportes estiverem acima dos 55.500 pontos. Por outro lado, o baixo volume que se tem observado nos pregões anteriores ainda não assegura a certeza do rompimento das resistências em 56 mil e 56.650 pontos, prevendo-se portanto uma possiblidade de fechamento (ainda que em alta) abaixo desses valores, se não houver forte estímulo dos mercados externos e o de commodities.
Abertura na primeira meia-hora de pregão abaixo dos 54.600 pontos (provocada por cenário externo), indicará tendência de queda, com objetivos em 53.650 pontos.
Abertura e/ou manutenção do suporte em 53.650 pontos, poderá ensejar forte recuperação de tendência e em caso de nova ruptura dos 55.500 pontos, poderá levar o índice novamente aos 56/57 mil pontos.
A perda do suporte em 53.650 pontos sinaliza reversão de tendência e poderá levar o índice a buscar suportes em 51.650 e 50.700 pontos.
Havendo a ruptura com alta, dos 56.100 pontos, os próximos objetivos deverão ser 56.650, 56.900, 57.190, 57.350, 57.560 e 58.600 pontos.
IBOV...após 27/08..."doji" de indefinição, mas com tendência de alta...

O Ibovespa abriu 54.477 e seguiu rapidamente em queda até o suporte na mínima em 54.153 pontos, e daí, em boa recuperação foi até a máxima em 55.088 pontos. Com a abertura de DJI em queda, refluiu continuadamente até buscar suporte nos 54.600 pontos, enquanto aguardava pela Ata do FED. Com a manutenção das expectatias, refluiu até a mínima em 54.181, finalizando praticamente estável em 54.477 pontos ( -0,22%).
Análise: O "candle" formado pelo gráfico diário é um "doji" de indefinição. Apesar da perda do importante suporte em 54.500 pontos, a reação ocorrida a partir do suporte em 54.181 pontos, indica que o Ibovespa deverá retomar esse suporte caso se assegure a tendência de alta e quando retomado, poderá levá-lo novamente a buscar os 55 mil e posteriormente os 56 mil pontos. Apesar dos principais indicadores do gráfico diário se manterem indefinidos (ou em queda), os indicadores do gráfico de "30 minutos" sinalizam tendência de alta. Os índices futuros do Ibovespa antes da abertura poderão (ou não) confirmar essa tendência de queda.
Abaixo de 54.150 suportes imediatos em: 54.000, 53.840, 53.270 e 52.345 pontos.
Acima de 54.770 pontos resistências em: 54.900, 55.150, 55.670 e 56.000 pontos.
Ibovespa perde 0,22% e fecha em queda pelo 3º dia
por Claudia Violante da Agência Estado
26.08.2008 17h31
A recuperação das ações da Petrobras não impediu a Bovespa de fechar, pelo terceiro pregão consecutivo, em baixa e na contramão de Wall Street. A ausência de estrangeiros no mercado tem contribuindo para a apatia dos negócios e para a manutenção do giro estreito que tem sido visto nos últimos pregões.
O Ibovespa, principal índice, terminou o dia em queda de 0,22%, aos 54.358,7 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 54.153 pontos (-0,60%) e a máxima de 55.088 pontos (+1,12%). No mês, a Bolsa acumula perdas de 8,65% e, no ano, de 14,91%.
Melhor do que ontem - mas não muito animador - o giro financeiro somou R$ 3,272 bilhões (o segundo menor do mês. "O estrangeiro está fora do mercado doméstico", comentou um experiente gestor de renda variável ao ponderar que os preços estão bastante atrativos para compras. "Com a proximidade do final do mês, algumas ações podem ter correções, com os gestores tentando recuperar um pouco do mês nestes últimos pregões de agosto."
Apesar de negativo, o Ibovespa foi ajudado pelas ações da Petrobras, que subiram na esteira do petróleo. A matéria-prima acabou em alta de 1,01% no contrato futuro com entrega em outubro negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, para US$ 116,27 o barril. A elevação foi puxada pela previsão de que o furacão Gustav poderá atingir uma das regiões mais ricas em petróleo do Golfo do México no final de semana.
Petrobras ON subiu 0,86% e PNA, 1,12%. Vale, outra blue chip (ação de primeira linha), depois de passar a sessão num longo sobe-e-desce, acabou fechando sem uniformidade. Os papéis ON subiram 0,09% e os PNA recuaram 0,32%. Os metais fecharam em baixa no exterior, assim como as commodities (matérias-primas) agrícolas, em função da recuperação do dólar em relação a outras moedas.
O avanço da moeda norte-americana se deu depois que indicadores revelaram fraqueza na Alemanha. A maior economia da zona do euro deu sinais de recessão e seus efeitos sobre as bolsas só não foi pior porque os indicadores divulgados hoje nos Estados Unidos agradaram e levaram as ações para cima.
No mercado acionário de Nova York, o índice Dow Jones subiu 0,23% e o S&P avançou 0,37%, mas o Nasdaq perdeu 0,15%. O dado mais animador conhecido hoje foi o de confiança do consumidor, que subiu de 51,9 em julho para 56,9 este mês. Mas as vendas de imóveis novos também não desapontaram ao subir 2,4% em julho nos EUA.
A ata da reunião do início do mês do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), divulgada no meio da tarde, acabou tendo impacto apenas momentâneo nos negócios com ações. O documento apontou que a autoridade monetária "não vê a atual posição da política como particularmente acomodatícia", sugerindo que as taxas de juro permanecerão estáveis nos próximos meses.
26.08.2008 17h31
A recuperação das ações da Petrobras não impediu a Bovespa de fechar, pelo terceiro pregão consecutivo, em baixa e na contramão de Wall Street. A ausência de estrangeiros no mercado tem contribuindo para a apatia dos negócios e para a manutenção do giro estreito que tem sido visto nos últimos pregões.
O Ibovespa, principal índice, terminou o dia em queda de 0,22%, aos 54.358,7 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 54.153 pontos (-0,60%) e a máxima de 55.088 pontos (+1,12%). No mês, a Bolsa acumula perdas de 8,65% e, no ano, de 14,91%.
Melhor do que ontem - mas não muito animador - o giro financeiro somou R$ 3,272 bilhões (o segundo menor do mês. "O estrangeiro está fora do mercado doméstico", comentou um experiente gestor de renda variável ao ponderar que os preços estão bastante atrativos para compras. "Com a proximidade do final do mês, algumas ações podem ter correções, com os gestores tentando recuperar um pouco do mês nestes últimos pregões de agosto."
Apesar de negativo, o Ibovespa foi ajudado pelas ações da Petrobras, que subiram na esteira do petróleo. A matéria-prima acabou em alta de 1,01% no contrato futuro com entrega em outubro negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, para US$ 116,27 o barril. A elevação foi puxada pela previsão de que o furacão Gustav poderá atingir uma das regiões mais ricas em petróleo do Golfo do México no final de semana.
Petrobras ON subiu 0,86% e PNA, 1,12%. Vale, outra blue chip (ação de primeira linha), depois de passar a sessão num longo sobe-e-desce, acabou fechando sem uniformidade. Os papéis ON subiram 0,09% e os PNA recuaram 0,32%. Os metais fecharam em baixa no exterior, assim como as commodities (matérias-primas) agrícolas, em função da recuperação do dólar em relação a outras moedas.
O avanço da moeda norte-americana se deu depois que indicadores revelaram fraqueza na Alemanha. A maior economia da zona do euro deu sinais de recessão e seus efeitos sobre as bolsas só não foi pior porque os indicadores divulgados hoje nos Estados Unidos agradaram e levaram as ações para cima.
No mercado acionário de Nova York, o índice Dow Jones subiu 0,23% e o S&P avançou 0,37%, mas o Nasdaq perdeu 0,15%. O dado mais animador conhecido hoje foi o de confiança do consumidor, que subiu de 51,9 em julho para 56,9 este mês. Mas as vendas de imóveis novos também não desapontaram ao subir 2,4% em julho nos EUA.
A ata da reunião do início do mês do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), divulgada no meio da tarde, acabou tendo impacto apenas momentâneo nos negócios com ações. O documento apontou que a autoridade monetária "não vê a atual posição da política como particularmente acomodatícia", sugerindo que as taxas de juro permanecerão estáveis nos próximos meses.
Dow Jones sobe com ações de energia e financeiras
por Renato Martins da Agência Estado
26.08.2008 18h15
O mercado norte-americano de ações fechou com os principais índices em direções divergentes, o Dow Jones e o S&P-500 em alta modesta e o Nasdaq em leve queda. Apesar de novos indicadores fracos sobre o setor de imóveis residenciais e de um informe negativo da Corporação Federal de Seguro de Depósitos (FDIC, na sigla em inglês) sobre o desempenho do setor bancário, as ações do setor financeiro continuaram a recuperar terreno, depois das fortes quedas recentes (AIG avançou 4,58% e Lehman Brothers ganhou 4,31%).
As ações das agências de crédito hipotecário também subiram (Fannie Mae registrou alta de 8,29% e Freddie Mac disparou 20,67%); depois do fechamento do mercado, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou as notas de crédito (ratings) da dívida subordinada e das ações preferenciais das duas agências de A- para BBB+.
As ações do setor de energia estavam entre as que mais subiram, em dia de alta dos preços do petróleo e de intensificação das tensões entre a Rússia de um lado e os EUA e seus aliados europeus do outro. Entre as do setor de petróleo, as da Anadarko Petroleum subiram 6,40%, depois de a empresa anunciar um programa de recompra de ações de até US$ 5 bilhões; as da ExxonMobil avançaram 1,58% e as da Chevron tiveram uma alta de 0,33%. Entre as empresas de gás, as ações da Range Resources subiram 6,11% e as da XTO Energy avançaram 5,15%. As ações das companhias aéreas, por sua vez, sofreram quedas fortes (Alaska Air perdeu 6,85% e UAL caiu 8,38%). No setor de tecnologia, as ações da fabricante de chips para aparelhos de televisão de tela plana Broadcom caíram 4,78%, depois de os analistas da Oppenheimer rebaixarem sua recomendação.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,23%, em 11.412,87 pontos. O Nasdaq encerrou em baixa de 0,15%, em 2.361,97 pontos. O S&P-500 subiu 0,37%, para 1.271,51 pontos. O NYSE Composite avançou 0,42%, para 8.263,72 pontos. As informações são da Dow Jones.
26.08.2008 18h15
O mercado norte-americano de ações fechou com os principais índices em direções divergentes, o Dow Jones e o S&P-500 em alta modesta e o Nasdaq em leve queda. Apesar de novos indicadores fracos sobre o setor de imóveis residenciais e de um informe negativo da Corporação Federal de Seguro de Depósitos (FDIC, na sigla em inglês) sobre o desempenho do setor bancário, as ações do setor financeiro continuaram a recuperar terreno, depois das fortes quedas recentes (AIG avançou 4,58% e Lehman Brothers ganhou 4,31%).
As ações das agências de crédito hipotecário também subiram (Fannie Mae registrou alta de 8,29% e Freddie Mac disparou 20,67%); depois do fechamento do mercado, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou as notas de crédito (ratings) da dívida subordinada e das ações preferenciais das duas agências de A- para BBB+.
As ações do setor de energia estavam entre as que mais subiram, em dia de alta dos preços do petróleo e de intensificação das tensões entre a Rússia de um lado e os EUA e seus aliados europeus do outro. Entre as do setor de petróleo, as da Anadarko Petroleum subiram 6,40%, depois de a empresa anunciar um programa de recompra de ações de até US$ 5 bilhões; as da ExxonMobil avançaram 1,58% e as da Chevron tiveram uma alta de 0,33%. Entre as empresas de gás, as ações da Range Resources subiram 6,11% e as da XTO Energy avançaram 5,15%. As ações das companhias aéreas, por sua vez, sofreram quedas fortes (Alaska Air perdeu 6,85% e UAL caiu 8,38%). No setor de tecnologia, as ações da fabricante de chips para aparelhos de televisão de tela plana Broadcom caíram 4,78%, depois de os analistas da Oppenheimer rebaixarem sua recomendação.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,23%, em 11.412,87 pontos. O Nasdaq encerrou em baixa de 0,15%, em 2.361,97 pontos. O S&P-500 subiu 0,37%, para 1.271,51 pontos. O NYSE Composite avançou 0,42%, para 8.263,72 pontos. As informações são da Dow Jones.
INDV 08...após 25/08...perda do suporte em 55.500, pode levar a 53.650 pontos...

Análise:
A forte queda de DJI não permitiu uma recuperação do INDV08, fazendo com que perdesse o suporte nos 55.500 pontos que estava defendendo deste o início da segunda metade do pregão. Fechou em 55.400 pontos, depois da mínima em 55.300 pontos.Por outro lado, o baixo volume não assegura o rompimento novamente dessa resistência, prevendo-se portanto uma abertura em baixa do índice.
As possibilidades de abertura, considerando-se um cenário de possível recuperação, deverá apresentar suporte nos 55 mil pontos, na primeira meia-hora de pregão.
Abertura com suporte em 54.500 pontos, confirmará indefinição de tendência, com possibilidades de retornar aos 55.500 pontos.
Abertura com suporte em 53.650 pontos, ensejará forte recuperação de tendência e em caso de ruptura dos 55.500 pontos, levará o índice novamente aos 57 mil pontos.
Abertura com suporte intermediário entre os 54.500 e 55.500 pontos sem provocar rompimento da resistência em 55.500 pontos, poderá significar retorno aos suportes projetados em 53.650, 53.350 e 51.650 pontos.
A ruptura dos 55.500 pontos poderá levar o INDV08 a testar a resistência nos 56.200 pontos novamente. Caso esta seja rompida, os próximos objetivos de alta deverão ser 56.900, 57.350, 57.700 e 58.600 pontos.
O que olhar: o valor da empresa ou o preço na bolsa?
por Rodnei Riscali é diretor-executivo da Hera Investment
26/08/2008
Nos últimos dois meses, o mercado assistiu a uma enxurrada de ordens de venda de ações. As cotações derreteram sem que os compradores pudessem absorvê-las. A baixa registrada fez com que muitos analistas indagassem se o Brasil, que acabara de receber o tão esperado grau de investimento, ainda era a bola da vez para os investidores globais.
O país vive um momento de prosperidade econômica ímpar. O PIB cresceu 5,4% em 2007 e tem perspectivas de avançar neste ano e em 2009, 4,8% e 3,73%, respectivamente. A inflação medida pelo IPCA, apesar dos sustos recentes, voltou a ser projetada abaixo de 6,5%, o que corresponde ao teto da meta aceitável para o fim de 2008.
Já o índice Preço/Lucro (P/L) é o que mede em quantos anos um capital retorna na forma de dividendos ao investidor. Quanto menor, melhor. O P/L médio das ações brasileiras já esteve em 17 e agora está em torno de 13. Ou seja, os papéis nacionais estão sendo negociados, hoje, a preços bastante atrativos.
Os balanços trimestrais das grandes empresas, divulgados recentemente, mostram sinais de robustez. Isso se fundamenta em dados que não decepcionaram os investidores a ponto de reverem projeções para o médio e longo prazo.
No âmbito internacional, em meio a tantas perspectivas pessimistas e algumas até catastróficas, acompanha-se uma economia americana num ritmo de crescimento claramente menor, mas longe de um colapso. Já a tão falada bolha das commodities dá indícios de estar se dissipando, com os preços das principais matérias-primas próximos dos valores considerados justos. Seguindo a tendência de estabilização, o dólar também dá sinais de reversão de queda diante do euro.
Por aqui, diante de fatos e notícias tão positivos do lado da economia real, vemos, na face oposta, as ações sofrerem uma expressiva força de venda a ponto de muitas vezes não suportarem um pregão inteiro no campo positivo. A grande ironia é que, devido ao momento favorável que a economia brasileira passa em comparação aos demais países, o mercado interno fica como única opção aos "hedge funds" estrangeiros, que precisam cobrir prejuízos, saques e financiar compras de ações no mercado americano, universo este claramente em grande deságio. Tais movimentações, somadas, chegaram a retiradas no valor de US$ 15 bilhões.
Esses fundos de investimento representam uma modalidade de aplicação que reúne recursos de pessoas físicas e/ou jurídicas, por meio da aquisição de cotas. Os recursos desse grupo, administrado por uma instituição financeira, são destinados à aplicação em carteiras diversificadas de títulos e valores mobiliários, em cotas de outros fundos ou ainda em outros ativos disponíveis no mercado financeiro, dependendo do objetivo previsto.
Para melhor compreender seu funcionamento, é importante conhecer o objetivo de seu surgimento. Os "hedge funds" foram criados para propiciar uma redução do risco inerente às aplicações no mercado financeiro, visto que é raro se ter um investimento livre de risco. Considera-se que o risco de uma carteira é diferente do risco do ativo individual pelo benefício da diversificação no mercado. Quando se forma uma carteira de investimento, aplicando-se em diferentes classes de ativos, pode-se minimizar o risco de perda.
Essa modalidade, além de representar mais uma opção no mercado, favorece os pequenos e médios investidores, pois possibilita que invistam em ativos aos quais não teriam acesso, como títulos públicos, que até há pouco não eram vendidos diretamente ao pequeno investidor.
A partir daí, conclui-se que, atualmente, os "hedge funds" precisam liquidar prejuízos nos demais mercados e/ou levantar fundos para ir às compras - tanto no mercado americano como europeu, que, no final das contas, estão "baratos" e cujas perspectivas já não são tão desanimadoras. A atual abertura de oportunidade de compra, poucas vezes vista desde o início do movimento altista de meados de 2002, projeta-se em meio às notícias positivas que estão sobrando no mercado de ações brasileiro e que estarão no preço dos nossos ativos. Porém, ainda dependemos da inversão do fluxo dos investidores estrangeiros para que o cenário seja pleno. Nessa linha, os preços das ações no mercado para as empresas brasileiras não estão refletindo o valor real delas, o que está representado pelo bom momento que a economia está vivendo, além das perspectivas positivas a que foram projetadas.
26/08/2008
Nos últimos dois meses, o mercado assistiu a uma enxurrada de ordens de venda de ações. As cotações derreteram sem que os compradores pudessem absorvê-las. A baixa registrada fez com que muitos analistas indagassem se o Brasil, que acabara de receber o tão esperado grau de investimento, ainda era a bola da vez para os investidores globais.
O país vive um momento de prosperidade econômica ímpar. O PIB cresceu 5,4% em 2007 e tem perspectivas de avançar neste ano e em 2009, 4,8% e 3,73%, respectivamente. A inflação medida pelo IPCA, apesar dos sustos recentes, voltou a ser projetada abaixo de 6,5%, o que corresponde ao teto da meta aceitável para o fim de 2008.
Já o índice Preço/Lucro (P/L) é o que mede em quantos anos um capital retorna na forma de dividendos ao investidor. Quanto menor, melhor. O P/L médio das ações brasileiras já esteve em 17 e agora está em torno de 13. Ou seja, os papéis nacionais estão sendo negociados, hoje, a preços bastante atrativos.
Os balanços trimestrais das grandes empresas, divulgados recentemente, mostram sinais de robustez. Isso se fundamenta em dados que não decepcionaram os investidores a ponto de reverem projeções para o médio e longo prazo.
No âmbito internacional, em meio a tantas perspectivas pessimistas e algumas até catastróficas, acompanha-se uma economia americana num ritmo de crescimento claramente menor, mas longe de um colapso. Já a tão falada bolha das commodities dá indícios de estar se dissipando, com os preços das principais matérias-primas próximos dos valores considerados justos. Seguindo a tendência de estabilização, o dólar também dá sinais de reversão de queda diante do euro.
Por aqui, diante de fatos e notícias tão positivos do lado da economia real, vemos, na face oposta, as ações sofrerem uma expressiva força de venda a ponto de muitas vezes não suportarem um pregão inteiro no campo positivo. A grande ironia é que, devido ao momento favorável que a economia brasileira passa em comparação aos demais países, o mercado interno fica como única opção aos "hedge funds" estrangeiros, que precisam cobrir prejuízos, saques e financiar compras de ações no mercado americano, universo este claramente em grande deságio. Tais movimentações, somadas, chegaram a retiradas no valor de US$ 15 bilhões.
Esses fundos de investimento representam uma modalidade de aplicação que reúne recursos de pessoas físicas e/ou jurídicas, por meio da aquisição de cotas. Os recursos desse grupo, administrado por uma instituição financeira, são destinados à aplicação em carteiras diversificadas de títulos e valores mobiliários, em cotas de outros fundos ou ainda em outros ativos disponíveis no mercado financeiro, dependendo do objetivo previsto.
Para melhor compreender seu funcionamento, é importante conhecer o objetivo de seu surgimento. Os "hedge funds" foram criados para propiciar uma redução do risco inerente às aplicações no mercado financeiro, visto que é raro se ter um investimento livre de risco. Considera-se que o risco de uma carteira é diferente do risco do ativo individual pelo benefício da diversificação no mercado. Quando se forma uma carteira de investimento, aplicando-se em diferentes classes de ativos, pode-se minimizar o risco de perda.
Essa modalidade, além de representar mais uma opção no mercado, favorece os pequenos e médios investidores, pois possibilita que invistam em ativos aos quais não teriam acesso, como títulos públicos, que até há pouco não eram vendidos diretamente ao pequeno investidor.
A partir daí, conclui-se que, atualmente, os "hedge funds" precisam liquidar prejuízos nos demais mercados e/ou levantar fundos para ir às compras - tanto no mercado americano como europeu, que, no final das contas, estão "baratos" e cujas perspectivas já não são tão desanimadoras. A atual abertura de oportunidade de compra, poucas vezes vista desde o início do movimento altista de meados de 2002, projeta-se em meio às notícias positivas que estão sobrando no mercado de ações brasileiro e que estarão no preço dos nossos ativos. Porém, ainda dependemos da inversão do fluxo dos investidores estrangeiros para que o cenário seja pleno. Nessa linha, os preços das ações no mercado para as empresas brasileiras não estão refletindo o valor real delas, o que está representado pelo bom momento que a economia está vivendo, além das perspectivas positivas a que foram projetadas.
Economia ignora BC. Caso de elevar dose?
por Luiz Sérgio Guimarães de VALOR
26/08/2008
As expectativas de inflação refluíram, mas os juros subiram no mercado futuro da BM&F. Há contradição nessas rotas divergentes? Os prognósticos de IPCA colhidos pelo Boletim Focus do Banco Central junto a cem instituições do mercado diminuíram para os acumulados de 2008 e os próximos 12 meses. O primeiro cedeu de 6,44% para 6,34%. E o segundo, de 5,31% para 5,25%. Mas o mercado manteve em 5% a estimativa de taxa para 2009. E o alvo único e confesso da política monetária do Copom é o IPCA do ano que vem. As expectativas para 2008 e os próximos 12 meses caem como reflexo sobretudo da perda de vigor manifestada pela inflação corrente. Esta murcha em sintonia com o furo exibido pela bolha de commodities. Já o IPCA de 2009 espelha plenamente a credibilidade desfrutada pela política monetária do BC. E, a julgar por dados divulgados ontem sobre crédito e confiança do consumidor, ela é, na sociedade, muito baixa. Os juros subiram no futuro porque o aperto não está conseguindo minar o crediário e cortar a vontade de consumir. Nem desaquecer a economia em geral, já que na quarta semana do mês a balança comercial foi deficitária. Para o que serve o arrocho, então?
Se ele não está surtindo efeito, o problema pode estar na dosagem e talvez seja o caso de aprofundá-lo. É o que aconselha o mercado futuro de juros da BM&F. A taxa para a virada do ano subiu de 13,85% para 13,88%. O contrato mais negociado, para janeiro de 2010, avançou de 14,69% para 14,73%. E o CDI para janeiro de 2011 passou de 14,29% para 14,30%. Os players do DI futuro estão impressionados com a teimosia dos agentes econômicos em querer crescer, ignorando a pressão para baixo exercida pelo Copom. Ontem foi um dia pródigo em boas notícias para a economia e em más notícias para o BC. A primeira: o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) referente a agosto cresceu 6,2% em relação a julho, segundo a FGV. "Entre julho e agosto, a parcela dos que avaliam a situação econômica local como boa elevou-se de 12% para 13,8% do total. A proporção dos que a avaliam como ruim diminuiu de 51% para 40,6%", diz a FGV. Ou seja, o consumo está crescendo a despeito de a Selic ter subido de 11,25% para 13%. O consumidor não está nem aí para esse aperto. Por quê? Culpa do crédito? A segunda: o volume de crédito cresceu 1,7% no mês passado apesar de a taxa média de juros do segmento livre ter aumentado 38%. Segundo o BC, a expansão dessas operações é de 16% no acumulado do ano e de 32,7% nos 12 meses encerrados em julho. O que está havendo? O juro sobe mas as lojas e financeiras ampliam os prazos do crediário. A terceira notícia veio da balança comercial. Depois do superávit de US$ 1,67 bilhão registrado na terceira semana do mês, na quarta ela contabilizou um déficit de US$ 840 milhões, resultado de US$ 3,731 bilhões em exportações (média diária de US$ 746,2 milhões) e US$ 4,571 bilhões em importações (média de US$ 914,2 milhões). Não são números condizentes com uma economia submetida a severo arrocho monetário. A informação sobre a balança foi tão ruim que, a ela, foi atribuída a alta de 0,30% registrada pelo dólar, cotado a R$ 1,6330. A inversão da rota "comprada" traçada pelos investidores estrangeiros na BM&F pode ser posta em xeque. Depois de o posicionamento comprado líquido em cupom cambial e dólar futuro ter atingido o pico de US$ 3,74 bilhões no dia 15, os hedge funds vêm reduzindo essa aposta todos os dias. Na sexta-feira, a posição havia caído para US$ 396 milhões.
Com inflação em baixa (o IPC-S recuou de 0,34% para 0,24% na semana passada), a economia brasileira parece ignorar tantos os esforços monetaristas do BC quanto a crise americana. Ontem, o Dow Jones caiu 2,08% por causa de um conjunto de notícias adversas. As instituições financeiras permanecem na alça de mira. Por enquanto, só bancos pequenos quebraram. Na sexta-feira, foi a vez do Columbian Bank and Trust, cuja falência foi decretada pelas autoridades de Kansas City. Mas ontem as ações da seguradora AIG e do banco de investimento Lehman Brothers despencaram. Os dados sobre o lado real da economia americana não estão melhores. Segundo a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis dos EUA, o preço dos imóveis pode cair ainda mais. Isso porque os estoques aumentaram em 3,9% no mês passado. Essa expectativa pesou mais que a informação de que o número de imóveis residenciais usados vendidos em julho cresceu a uma taxa anual de 5 milhões, em alta de 3,1%, acima da expectativa de 4,95 milhões dos analistas.
26/08/2008
As expectativas de inflação refluíram, mas os juros subiram no mercado futuro da BM&F. Há contradição nessas rotas divergentes? Os prognósticos de IPCA colhidos pelo Boletim Focus do Banco Central junto a cem instituições do mercado diminuíram para os acumulados de 2008 e os próximos 12 meses. O primeiro cedeu de 6,44% para 6,34%. E o segundo, de 5,31% para 5,25%. Mas o mercado manteve em 5% a estimativa de taxa para 2009. E o alvo único e confesso da política monetária do Copom é o IPCA do ano que vem. As expectativas para 2008 e os próximos 12 meses caem como reflexo sobretudo da perda de vigor manifestada pela inflação corrente. Esta murcha em sintonia com o furo exibido pela bolha de commodities. Já o IPCA de 2009 espelha plenamente a credibilidade desfrutada pela política monetária do BC. E, a julgar por dados divulgados ontem sobre crédito e confiança do consumidor, ela é, na sociedade, muito baixa. Os juros subiram no futuro porque o aperto não está conseguindo minar o crediário e cortar a vontade de consumir. Nem desaquecer a economia em geral, já que na quarta semana do mês a balança comercial foi deficitária. Para o que serve o arrocho, então?
Se ele não está surtindo efeito, o problema pode estar na dosagem e talvez seja o caso de aprofundá-lo. É o que aconselha o mercado futuro de juros da BM&F. A taxa para a virada do ano subiu de 13,85% para 13,88%. O contrato mais negociado, para janeiro de 2010, avançou de 14,69% para 14,73%. E o CDI para janeiro de 2011 passou de 14,29% para 14,30%. Os players do DI futuro estão impressionados com a teimosia dos agentes econômicos em querer crescer, ignorando a pressão para baixo exercida pelo Copom. Ontem foi um dia pródigo em boas notícias para a economia e em más notícias para o BC. A primeira: o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) referente a agosto cresceu 6,2% em relação a julho, segundo a FGV. "Entre julho e agosto, a parcela dos que avaliam a situação econômica local como boa elevou-se de 12% para 13,8% do total. A proporção dos que a avaliam como ruim diminuiu de 51% para 40,6%", diz a FGV. Ou seja, o consumo está crescendo a despeito de a Selic ter subido de 11,25% para 13%. O consumidor não está nem aí para esse aperto. Por quê? Culpa do crédito? A segunda: o volume de crédito cresceu 1,7% no mês passado apesar de a taxa média de juros do segmento livre ter aumentado 38%. Segundo o BC, a expansão dessas operações é de 16% no acumulado do ano e de 32,7% nos 12 meses encerrados em julho. O que está havendo? O juro sobe mas as lojas e financeiras ampliam os prazos do crediário. A terceira notícia veio da balança comercial. Depois do superávit de US$ 1,67 bilhão registrado na terceira semana do mês, na quarta ela contabilizou um déficit de US$ 840 milhões, resultado de US$ 3,731 bilhões em exportações (média diária de US$ 746,2 milhões) e US$ 4,571 bilhões em importações (média de US$ 914,2 milhões). Não são números condizentes com uma economia submetida a severo arrocho monetário. A informação sobre a balança foi tão ruim que, a ela, foi atribuída a alta de 0,30% registrada pelo dólar, cotado a R$ 1,6330. A inversão da rota "comprada" traçada pelos investidores estrangeiros na BM&F pode ser posta em xeque. Depois de o posicionamento comprado líquido em cupom cambial e dólar futuro ter atingido o pico de US$ 3,74 bilhões no dia 15, os hedge funds vêm reduzindo essa aposta todos os dias. Na sexta-feira, a posição havia caído para US$ 396 milhões.
Com inflação em baixa (o IPC-S recuou de 0,34% para 0,24% na semana passada), a economia brasileira parece ignorar tantos os esforços monetaristas do BC quanto a crise americana. Ontem, o Dow Jones caiu 2,08% por causa de um conjunto de notícias adversas. As instituições financeiras permanecem na alça de mira. Por enquanto, só bancos pequenos quebraram. Na sexta-feira, foi a vez do Columbian Bank and Trust, cuja falência foi decretada pelas autoridades de Kansas City. Mas ontem as ações da seguradora AIG e do banco de investimento Lehman Brothers despencaram. Os dados sobre o lado real da economia americana não estão melhores. Segundo a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis dos EUA, o preço dos imóveis pode cair ainda mais. Isso porque os estoques aumentaram em 3,9% no mês passado. Essa expectativa pesou mais que a informação de que o número de imóveis residenciais usados vendidos em julho cresceu a uma taxa anual de 5 milhões, em alta de 3,1%, acima da expectativa de 4,95 milhões dos analistas.
China já é o segundo maior parceiro do Brasil
por Raquel Landim de VALOR
26/08/2008
A China ultrapassou a Argentina e se tornou o segundo maior parceiro do Brasil, atrás apenas dos Estados Unidos. Nos 12 meses acumulados até julho, a corrente de comércio (soma de exportações e importações), chegou a US$ 31,9 bilhões entre brasileiros e chineses. O valor é superior aos US$ 29,3 bilhões do comércio no período com a Argentina, país vizinho e principal sócio no Mercosul. Com os EUA, maior economia do planeta, está em US$ 49,2 bilhões, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento.
Uma série de fatores colaborou para a troca de posições, como a alta dos preços das commodities, que inflou as exportações brasileiras para a China, principalmente de soja e minério de ferro, e a crise da economia americana, que incentivou ainda mais os exportadores chineses a diversificar mercados. A reviravolta no comércio exterior é motivo de preocupação para a indústria nacional, que critica a "complementariedade perversa", já que o Brasil vende produtos básicos para a China e importa bens manufaturados.
Os argentinos terminaram o ano passado à frente dos chineses nas trocas com o Brasil, mas por uma margem estreita: US$ 24,8 bilhões contra US$ 23,4 bilhões. A China já havia superado a Argentina como fornecedor brasileiro no início de 2007 e a distância só aumentou. Nos 12 meses até julho, o Brasil importou US$ 17 bilhões da China e US$ 12 bilhões da Argentina. Como destino para os produtos brasileiros, os argentinos estão em segundo lugar, mas devem perder essa posição ainda este mês. O Brasil exportou US$ 17,3 bilhões para a Argentina e US$ 14,6 bilhões para a China na mesma comparação.
"A China vai consolidar a segunda colocação como parceiro do Brasil, mas não há vantagem nisso, porque o comércio é desequilibrado no conteúdo", disse Roberto Giannetti da Fonseca, diretor do Departamento de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). "Exportamos matérias-primas e importamos bens de consumo, como sapatos e têxteis, e até máquinas. É uma concorrência aguda, que constrange a produção local." Para Júlio Sérgio de Almeida, consultor do Instituto de Estudos do Desenvolvimento Industrial (Iedi), a tendência é a China superar até os Estados Unidos no futuro. "Parece que o Brasil se conformou com essa situação de ser uma economia complementar à China."
Na avaliação do secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, essa é uma "visão simplista" sobre a relação entre os dois países. Ele argumentou que a maior parte das importações chinesas são bens de capital e bens intermediários. "Estamos renovando o parque industrial brasileiro com insumos chineses", disse. O secretário reconheceu que as exportações para a China estão concentradas em soja, minério e petróleo, mas ressalta que o Brasil também vende avião, chassis e motores para os chineses. "A culpa da falta de diversificação é nossa", disse Rodrigo Tavares Maciel Neto, diretor-executivo do Conselho Brasil-China, entidade que reúne empresas brasileiras e chinesas. Governo e setor privado tentam implementar a "Agenda China", um conjunto de medidas para agregar valor às vendas para os chineses.
A principal preocupação dos empresários está no sinal da balança de comércio com a China. Depois de superávits expressivos em 2003 e 2004, o Brasil agora amarga perdas crescentes, com o déficit atingindo US$ 2,6 bilhões no acumulado de 12 meses até julho. Com a Argentina, a balança comercial é superavitária em quase US$ 5 bilhões no mesmo período, acima até dos US$ 4,6 bilhões apurados com os Estados Unidos. "Sai a Argentina, que é um país que nos favorece com agregação de valor nas exportações, e entra a China cujo padrão de comércio é altamente desfavorável", diz Almeida, do Iedi.
O dinamismo do comércio entre Brasil e China é intenso nas duas mãos da relação bilateral. De janeiro a julho, as exportações brasileiras cresceram 64% para a China, puxadas pelos preços da soja e do minério de ferro. O percentual é bem superior à média nacional de 27%. O desempenho das vendas para a Argentina também é positivo, com alta de 36%. O ritmo de compra de produtos chineses é ainda mais agressivo. Nos primeiros sete meses do ano, as importações brasileiras vindas da China avançaram 74%, acima dos 52% da média geral e bem superior aos 31% das compras da Argentina.
Segundo Giannetti da Fonseca, o desempenho das economias chinesa e argentina ajuda a explicar essa diferença. Apesar de sofrer o impacto da desaceleração da demanda global, a China encerrou o primeiro semestre com expansão de 10,4% do Produto Interno Bruto (PIB), o que torna o país ávido por commodities minerais e agrícolas. Já a Argentina enfrenta uma momento político e econômico delicado, com inflação em alta e uma crise fiscal à vista. Para controlar os preços, o país está inclusive reduzindo as exportações. A restrição à venda de trigo para o Brasil, por exemplo, afeta o comércio entre os dois sócios do Mercosul.
"Essa tendência de incremento no comércio com a China não acontece só com o Brasil. Os chineses já são o segundo maior exportador mundial, atrás apenas da Alemanha", ressalta Barral, da Secex. Dados do Ministério de Comércio Exterior chinês apontam que as vendas da China, no primeiro semestre do ano, avançaram 50% para a África do Sul, 71% para a Argentina e 93% para a China. "Estamos em meio a um descolamento dos centros do comércio mundial", diz Almeida, do Iedi. Ele avalia que a recessão nos Estados Unidos reduziu a demanda do país por importações e forçou fornecedores, como os chineses, a buscar novos clientes.
Maciel Neto, do Conselho Brasil-China, acredita que a crise americana contribuiu para uma estratégia de diversificação de exportações elaborada pelo governo chinês e implementada desde 2000. Prova disso é o ritmo de crescimento das vendas da China para América Latina e África, que supera significativamente o desempenho do comércio com os países ricos. De acordo o Ministério de Comércio da China, as exportações chinesas cresceram 46% para a América Latina e 36% para a África no segundo trimestre do ano em relação a igual período do ano anterior. Os percentuais são superiores à alta de 18% as vendas para o Japão e de 12% para os Estados Unidos. Para a União Européia, as vendas também cresceram 30% no período. O montante do comércio com os americanos, no entanto, ainda é muito superior. No segundo trimestre, a China vendeu US$ 63 bilhões para os EUA e US$ 18 bilhões para a América Latina.
26/08/2008
A China ultrapassou a Argentina e se tornou o segundo maior parceiro do Brasil, atrás apenas dos Estados Unidos. Nos 12 meses acumulados até julho, a corrente de comércio (soma de exportações e importações), chegou a US$ 31,9 bilhões entre brasileiros e chineses. O valor é superior aos US$ 29,3 bilhões do comércio no período com a Argentina, país vizinho e principal sócio no Mercosul. Com os EUA, maior economia do planeta, está em US$ 49,2 bilhões, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento.
Uma série de fatores colaborou para a troca de posições, como a alta dos preços das commodities, que inflou as exportações brasileiras para a China, principalmente de soja e minério de ferro, e a crise da economia americana, que incentivou ainda mais os exportadores chineses a diversificar mercados. A reviravolta no comércio exterior é motivo de preocupação para a indústria nacional, que critica a "complementariedade perversa", já que o Brasil vende produtos básicos para a China e importa bens manufaturados.
Os argentinos terminaram o ano passado à frente dos chineses nas trocas com o Brasil, mas por uma margem estreita: US$ 24,8 bilhões contra US$ 23,4 bilhões. A China já havia superado a Argentina como fornecedor brasileiro no início de 2007 e a distância só aumentou. Nos 12 meses até julho, o Brasil importou US$ 17 bilhões da China e US$ 12 bilhões da Argentina. Como destino para os produtos brasileiros, os argentinos estão em segundo lugar, mas devem perder essa posição ainda este mês. O Brasil exportou US$ 17,3 bilhões para a Argentina e US$ 14,6 bilhões para a China na mesma comparação.
"A China vai consolidar a segunda colocação como parceiro do Brasil, mas não há vantagem nisso, porque o comércio é desequilibrado no conteúdo", disse Roberto Giannetti da Fonseca, diretor do Departamento de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). "Exportamos matérias-primas e importamos bens de consumo, como sapatos e têxteis, e até máquinas. É uma concorrência aguda, que constrange a produção local." Para Júlio Sérgio de Almeida, consultor do Instituto de Estudos do Desenvolvimento Industrial (Iedi), a tendência é a China superar até os Estados Unidos no futuro. "Parece que o Brasil se conformou com essa situação de ser uma economia complementar à China."
Na avaliação do secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, essa é uma "visão simplista" sobre a relação entre os dois países. Ele argumentou que a maior parte das importações chinesas são bens de capital e bens intermediários. "Estamos renovando o parque industrial brasileiro com insumos chineses", disse. O secretário reconheceu que as exportações para a China estão concentradas em soja, minério e petróleo, mas ressalta que o Brasil também vende avião, chassis e motores para os chineses. "A culpa da falta de diversificação é nossa", disse Rodrigo Tavares Maciel Neto, diretor-executivo do Conselho Brasil-China, entidade que reúne empresas brasileiras e chinesas. Governo e setor privado tentam implementar a "Agenda China", um conjunto de medidas para agregar valor às vendas para os chineses.
A principal preocupação dos empresários está no sinal da balança de comércio com a China. Depois de superávits expressivos em 2003 e 2004, o Brasil agora amarga perdas crescentes, com o déficit atingindo US$ 2,6 bilhões no acumulado de 12 meses até julho. Com a Argentina, a balança comercial é superavitária em quase US$ 5 bilhões no mesmo período, acima até dos US$ 4,6 bilhões apurados com os Estados Unidos. "Sai a Argentina, que é um país que nos favorece com agregação de valor nas exportações, e entra a China cujo padrão de comércio é altamente desfavorável", diz Almeida, do Iedi.
O dinamismo do comércio entre Brasil e China é intenso nas duas mãos da relação bilateral. De janeiro a julho, as exportações brasileiras cresceram 64% para a China, puxadas pelos preços da soja e do minério de ferro. O percentual é bem superior à média nacional de 27%. O desempenho das vendas para a Argentina também é positivo, com alta de 36%. O ritmo de compra de produtos chineses é ainda mais agressivo. Nos primeiros sete meses do ano, as importações brasileiras vindas da China avançaram 74%, acima dos 52% da média geral e bem superior aos 31% das compras da Argentina.
Segundo Giannetti da Fonseca, o desempenho das economias chinesa e argentina ajuda a explicar essa diferença. Apesar de sofrer o impacto da desaceleração da demanda global, a China encerrou o primeiro semestre com expansão de 10,4% do Produto Interno Bruto (PIB), o que torna o país ávido por commodities minerais e agrícolas. Já a Argentina enfrenta uma momento político e econômico delicado, com inflação em alta e uma crise fiscal à vista. Para controlar os preços, o país está inclusive reduzindo as exportações. A restrição à venda de trigo para o Brasil, por exemplo, afeta o comércio entre os dois sócios do Mercosul.
"Essa tendência de incremento no comércio com a China não acontece só com o Brasil. Os chineses já são o segundo maior exportador mundial, atrás apenas da Alemanha", ressalta Barral, da Secex. Dados do Ministério de Comércio Exterior chinês apontam que as vendas da China, no primeiro semestre do ano, avançaram 50% para a África do Sul, 71% para a Argentina e 93% para a China. "Estamos em meio a um descolamento dos centros do comércio mundial", diz Almeida, do Iedi. Ele avalia que a recessão nos Estados Unidos reduziu a demanda do país por importações e forçou fornecedores, como os chineses, a buscar novos clientes.
Maciel Neto, do Conselho Brasil-China, acredita que a crise americana contribuiu para uma estratégia de diversificação de exportações elaborada pelo governo chinês e implementada desde 2000. Prova disso é o ritmo de crescimento das vendas da China para América Latina e África, que supera significativamente o desempenho do comércio com os países ricos. De acordo o Ministério de Comércio da China, as exportações chinesas cresceram 46% para a América Latina e 36% para a África no segundo trimestre do ano em relação a igual período do ano anterior. Os percentuais são superiores à alta de 18% as vendas para o Japão e de 12% para os Estados Unidos. Para a União Européia, as vendas também cresceram 30% no período. O montante do comércio com os americanos, no entanto, ainda é muito superior. No segundo trimestre, a China vendeu US$ 63 bilhões para os EUA e US$ 18 bilhões para a América Latina.
IBOV...após 25/08...muita volatilidade em tendência de queda...

O Ibovespa abriu em 55.854 pontos e rapidamente foi até a máxima em 55.906 pontos, mas a partir da abertura de DJI em forte queda, refluiu continuadamente até buscar suporte nos 54.600 pontos. Ficou oscilando em torno desse valor até quase ao final do pregão, quando DJI acelerou a queda e o Ibovespa foi buscar novo suporte na mínima em 54.468, finalizando em 54.477 pontos ( -1,92%).
Análise: Em dia de fraco volume (quase a metade da média diária) pelo feriado em Londres (influência nas commodities)o Ibovespa não teve outra alternativa senão acompanhar DJI. Com a forte realização de DJI, o mesmo sucedeu por aqui. O Ibovespa perdeu o importante suporte em 54.500 pontos, que caso não seja retomado, poderá levá-lo novamente a buscar os 54 mil e posteriormente os 53 mil pontos. O "sub-canal" de alta que estava sendo contruido com objetivos projetados para 57 mil e 58 mil pontos, foi desfeito. Essa possibilidade volta a ser retomada com o Ibovespa novamente acima dos 56 mil pontos.
Apesar do "candle" no gráfico diário ser um "marubozu" cheio, com predomínio da pressão vendedora, e indicador da continuidade da queda, o baixo volume de negócios, e o cenário externo deixa muito indefinida a tendência para a abertura do pregão de hoje. Os índices futuros do Ibovespa antes da abertura que poderão (ou não) confirmar essa tendência de queda.
Abaixo de 54.400 suportes imediatos em: 54.000, 53.640 e 52.345 pontos.
Acima de 54.800 pontos resistências em: 56.300, 56.150 e 56.430 pontos.
DJI...após 25/08...continua indefinido e com muita volatilidade...

DJI abriu em 11.626 pontos e com os índices futuros em queda, durante a maior parte do pregão, foi até a mínima em 11.363 pontos. Reagiu em seguida, para finalizar em 11.386 pontos (-2,08%).
Análise: DJI está fazendo jus à designação dada pelo presidente Bush "DJI está como um bêbado sem rumo...". Um dia sobe quase 2%, noutro devolve o que subiu. Sintoma de desconfiança dos mercados quanto às informações recebidas de autoridades econômicas (Bernanke fez subir DJI anteontem) e a realidade dos números divulgados sobre as empresas e a atividade econômica (quebra de banco derrubou DJI ontem). Nessa indefinição de tendências, espera-se muita volatilidade no pregão de hoje, até que seja divulgada (15 horas) o conteúdo da Ata da última reunião do FED que manteve a taxa de juros em 2%, no início do mês.
Analisando-se os candles do gráfico de "30 minutos" observa-se a formação de uma figura conhecida como "ombro-cabeça-ombro" com pivô em 11.320 pontos, que se perdido poderá levar DJI até os 11 mil pontos novamente.
Acima dos 11.493 pontos poderá reverter aos 11.600 pontos.
Abaixo de 11.320 pontos, seus objetivos de queda estarão em 11.233, 11.095 e 11.000 pontos.
Os índices futuros americanos poderão indicar a possível tendência para a abertura.
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Ibovespa cai 2,46% no pregão de menor liquidez do ano
por Claudia Violante da Agência Estado
25.08.2008 17h40
A falência de mais um banco nos Estados Unidos e a divulgação de indicadores fracos de atividade fez com que as bolsas norte-americanas fechassem em baixa e arrastassem consigo a Bovespa. O volume negociado na Bolsa doméstica, no entanto, foi muito fraco e acabou distorcendo o comportamento do mercado, já que qualquer negócio ganha peso para conduzir o Ibovespa, principal índice.
O Ibovespa terminou o pregão em baixa de 2,46%, aos 54.477,2 pontos. Oscilou entre a mínima de 54.468 pontos (-2,47%) e a máxima de 55.906 pontos (+0,10%). Com o desempenho de hoje, elevou as perdas de agosto a 8,45% e as de 2008 a 14,73%.
O giro financeiro foi o menor do ano,ao somar parcos R$ 2,582 bilhões. Indício de que o investidor está na retaguarda para este comportamento baixista do mercado financeiro. "Quem está dentro não faz nada e quem está fora não entra", bem resumiu Fausto Gouveia, analista da Alpes Corretora.
Nos EUA, o índice Dow Jones perdeu 2,08%, o S&P recuou 1,96% e o Nasdaq cedeu 2,03%. O que guiou as ordens de vendas lá foi, primeiro, o anúncio de falência do banco Columbian Bank and Trust, na sexta-feira. Em segundo lugar, os dados de imóveis residenciais usados divulgados hoje desagradaram. O número de vendas até superou as estimativas dos analistas, mas os preços caíram e os estoques aumentaram, sinal de que lá na frente os preços ainda vão ficar mais baratos.
É possível citar também os desempenhos da seguradora AIG e do banco de investimento Lehman Brothers, cujas ações caíram forte. As da AIG refletiram o corte em sua recomendação pelo Credit Suisse, e as do Lehman Brothers, que voltaram a ser vendidas hoje, as especulações sobre a eventual venda do banco.
O petróleo fechou em alta de 0,45% o contrato futuro com entrega outubro negociado em Nova York, para US$ 115,11 o barril, enquanto os metais tiveram liquidez muito baixa em função do feriado no Reino Unido. Isso fez com que as blue chips (ações de primeira linha) Vale e Petrobras operassem hoje ao sabor de Wall Street e não das commodities (matérias-primas). Petrobras PN perdeu 4,19%, Petrobras ON recuou 3,39%, Vale PNA cedeu 2,55% e Vale ON caiu 3,04%.
25.08.2008 17h40
A falência de mais um banco nos Estados Unidos e a divulgação de indicadores fracos de atividade fez com que as bolsas norte-americanas fechassem em baixa e arrastassem consigo a Bovespa. O volume negociado na Bolsa doméstica, no entanto, foi muito fraco e acabou distorcendo o comportamento do mercado, já que qualquer negócio ganha peso para conduzir o Ibovespa, principal índice.
O Ibovespa terminou o pregão em baixa de 2,46%, aos 54.477,2 pontos. Oscilou entre a mínima de 54.468 pontos (-2,47%) e a máxima de 55.906 pontos (+0,10%). Com o desempenho de hoje, elevou as perdas de agosto a 8,45% e as de 2008 a 14,73%.
O giro financeiro foi o menor do ano,ao somar parcos R$ 2,582 bilhões. Indício de que o investidor está na retaguarda para este comportamento baixista do mercado financeiro. "Quem está dentro não faz nada e quem está fora não entra", bem resumiu Fausto Gouveia, analista da Alpes Corretora.
Nos EUA, o índice Dow Jones perdeu 2,08%, o S&P recuou 1,96% e o Nasdaq cedeu 2,03%. O que guiou as ordens de vendas lá foi, primeiro, o anúncio de falência do banco Columbian Bank and Trust, na sexta-feira. Em segundo lugar, os dados de imóveis residenciais usados divulgados hoje desagradaram. O número de vendas até superou as estimativas dos analistas, mas os preços caíram e os estoques aumentaram, sinal de que lá na frente os preços ainda vão ficar mais baratos.
É possível citar também os desempenhos da seguradora AIG e do banco de investimento Lehman Brothers, cujas ações caíram forte. As da AIG refletiram o corte em sua recomendação pelo Credit Suisse, e as do Lehman Brothers, que voltaram a ser vendidas hoje, as especulações sobre a eventual venda do banco.
O petróleo fechou em alta de 0,45% o contrato futuro com entrega outubro negociado em Nova York, para US$ 115,11 o barril, enquanto os metais tiveram liquidez muito baixa em função do feriado no Reino Unido. Isso fez com que as blue chips (ações de primeira linha) Vale e Petrobras operassem hoje ao sabor de Wall Street e não das commodities (matérias-primas). Petrobras PN perdeu 4,19%, Petrobras ON recuou 3,39%, Vale PNA cedeu 2,55% e Vale ON caiu 3,04%.
Bolsa de NY fecha em queda forte com setor financeiro
por Renato Martins da Agência Estado
25.08.2008 18h02
O mercado norte-americano de ações fechou em queda forte, em dia marcado pela intensificação do nervosismo dos investidores diante do aperto no crédito. O volume de transações foi o menor do ano. A falência de um banco regional do Kansas e os indicadores de vendas de imóveis residenciais usados contribuíram para o sentimento negativo do mercado (as vendas cresceram 3,1% em julho, segundo a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis, mas os estoques de imóveis não vendidos também cresceram e os preços voltaram a cair).
Todas as 30 componentes do índice Dow Jones caíram. O destaque negativo foi AIG, com queda de 5,49%, depois de o Credit Suisse prever que a seguradora terá uma baixa contábil de US$ 2,4 bilhões no terceiro trimestre, por causa de perdas com títulos lastreados em hipotecas. Outras ações do setor financeiro também caíram, entre elas Bank of America (-4,14%), JPMorgan Chase (-4,09%) e Citigroup (-2,92%). As do Lehman Brothers perderam 6,66%, com a diminuição das especulações de que o Banco de Desenvolvimento da Coréia do Sul faria um grande investimento na instituição. Em reação à notícia do colapso do Columbian Bank & Trust, na sexta-feira, as ações do Huntington Bancshares caíram hoje 6,79%, as do Washington Mutual perderam 5,26% e as do Wells Fargo recuaram 2,35%. As ações dos setores de petróleo e metais também caíram (ExxonMobil perdeu 1,98%, Chevron recuou 2,94% e Alcoa cedeu 2,66%).
O índice Dow Jones fechou em queda de 2,08%, em 11.386,25 pontos. O Nasdaq encerrou em baixa de 2,03%, em 2.365,59 pontos. O S&P-500 caiu 1,96%, para 1.266,84 pontos. O NYSE Composite recuou 1,73%, para 8.229,03 pontos. As informações são da Dow Jones.
25.08.2008 18h02
O mercado norte-americano de ações fechou em queda forte, em dia marcado pela intensificação do nervosismo dos investidores diante do aperto no crédito. O volume de transações foi o menor do ano. A falência de um banco regional do Kansas e os indicadores de vendas de imóveis residenciais usados contribuíram para o sentimento negativo do mercado (as vendas cresceram 3,1% em julho, segundo a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis, mas os estoques de imóveis não vendidos também cresceram e os preços voltaram a cair).
Todas as 30 componentes do índice Dow Jones caíram. O destaque negativo foi AIG, com queda de 5,49%, depois de o Credit Suisse prever que a seguradora terá uma baixa contábil de US$ 2,4 bilhões no terceiro trimestre, por causa de perdas com títulos lastreados em hipotecas. Outras ações do setor financeiro também caíram, entre elas Bank of America (-4,14%), JPMorgan Chase (-4,09%) e Citigroup (-2,92%). As do Lehman Brothers perderam 6,66%, com a diminuição das especulações de que o Banco de Desenvolvimento da Coréia do Sul faria um grande investimento na instituição. Em reação à notícia do colapso do Columbian Bank & Trust, na sexta-feira, as ações do Huntington Bancshares caíram hoje 6,79%, as do Washington Mutual perderam 5,26% e as do Wells Fargo recuaram 2,35%. As ações dos setores de petróleo e metais também caíram (ExxonMobil perdeu 1,98%, Chevron recuou 2,94% e Alcoa cedeu 2,66%).
O índice Dow Jones fechou em queda de 2,08%, em 11.386,25 pontos. O Nasdaq encerrou em baixa de 2,03%, em 2.365,59 pontos. O S&P-500 caiu 1,96%, para 1.266,84 pontos. O NYSE Composite recuou 1,73%, para 8.229,03 pontos. As informações são da Dow Jones.
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