terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Bolsa segue melhora externa e fecha em alta de 0,75%

por Agência ESTADO
02 de Dezembro de 2008 18:31


Depois do tombo da véspera, a falta de indicadores relevantes nos Estados Unidos e o noticiário mais leve permitiram uma recuperação das bolsas pelo mundo. A Bovespa, que trabalhou o dia todo em alta, diminuiu os ganhos no final, com a inversão para baixo das ações da Petrobras.
O Ibovespa terminou a terça-feira em elevação de 0,75%, aos 35.000,34 pontos. Na mínima, bateu em 34.743 pontos (+0,01%) e, na máxima, em 35.734 pontos (2,86%). Em dois pregões, acumula perdas de 4,36% e, no ano, de 45,21%. O giro financeiro totalizou R$ 6,642 bilhões, dos quais R$ 3,173 bilhões referem-se à Oferta Pública de Aquisição (OPA) de ações da Anglo Ferrous Brazil (antiga IronX) e R$ 271,583 milhões da OPA da Petroquímica União. As operações foram feitas para o cancelamento do registro de companhia aberta.
Em Wall Street, o índice Dow Jones operava, às 18h13, em alta de 0,62%, o S&P, de 1,20%, e o Nasdaq, de 1,30%. O mercado acionário também perdeu o fôlego agora no final da tarde, com o anúncio, pela General Motors, de um resultado pior que o esperado de vendas de veículos em novembro e diante da queda do preço do petróleo, que reduziu o vigor do setor de energia.
As ações do Yahoo! se destacaram no pregão hoje, com a notícia de que o ex-executivo-chefe da AOL, Jonathan Miller, está tentando levantar dinheiro para comprar uma parte ou todo o Yahoo!, de acordo com fontes próximas à questão citadas pelo Wall Street Journal.
Antes dessa notícia, no entanto, o clima já era positivo no mercado, diante da ausência de uma agenda de indicadores relevantes e da expectativa dos planos elaborados pelas montadoras norte-americanas para terem acesso à ajuda governamental para saírem da crise. A Ford já enviou o seu plano ao Congresso, na expectativa de obter acesso a US$ 9 bilhões em empréstimos.
Outra razão para o respiro dos mercados hoje é a expectativa de corte de juro pelo Banco Central Europeu (BCE) na reunião marcada para esta quinta-feira. Essa aposta ganhou mais força após o índice de preços ao produtor (PPI) da região cair 0,8% em outubro ante setembro, uma queda recorde em base mensal.
O Banco do Japão também deu sua contribuição positiva hoje ao anunciar novas medidas para facilitar para os bancos comerciais pegarem dinheiro emprestado, com isso encorajando-os a manter os financiamentos às empresas.
No Brasil, a Bovespa teve, na maior parte do pregão, a contribuição da Petrobras, justamente a ação que desequilibrou negativamente ontem. Mas, na última hora, os papéis viraram para baixo, seguindo o fechamento em queda do petróleo no mercado externo. Petrobras ON recuou 0,55% e PN, 0,54%. O petróleo negociado em Nova York fechou em baixa de 4,71%, aos US$ 46,96 por barril.
Vale também recuou: 3,73% a ON e 1,75% a PNA. "O papel parece estar pesado. Os investidores compram em R$ 20 e vendem em R$ 25", comentou um operador sobre esta ação.
TAM PN liderou os ganhos do Ibovespa hoje, ao subir 10,31%. A queda do preço do petróleo tem motivado compras nos papéis do setor aéreo. Além disso, entrou em vigor na segunda-feira a redução de quase 18% no preço do querosene de aviação (QAV), um dos principais itens do custo das companhias aéreas. Gol PN avançou 1,29%.

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