por Claudia Violante da Agência Estado
17.07.2008 | 17h34
As ações da Vale e da Petrobras derrubaram o índice Bovespa hoje, interrompendo três pregões seguidos de elevação. A queda do preço do petróleo no mercado internacional, a resposta dos investidores à subscrição da Vale e a venda de ações por parte de investidores estrangeiros justificaram o desempenho doméstico do mercado acionários, que foi na contramão de Wall Street: o mesmo petróleo fraco que atrapalhou a Bolsa doméstica ajudou os índices a subir nos EUA, além de indicadores econômicos favoráveis e do balanço do banco JPMorgan.
A Bolsa brasileira terminou o dia com baixa de 3,14%, aos 60.108,7 pontos. Oscilou entre a mínima de 59.985 pontos (-3,34%) e a máxima de 62.606 pontos (+0,89%). Com o desempenho de hoje, o Ibovespa passou a acumular perdas de 7,55% no mês e de 5,91% no ano. O volume financeiro contabilizou R$ 8,295 bilhões (preliminar), sendo que Petrobras e Vale, considerando papéis ordinários e preferenciais, giraram quase 47% do total.
Os estrangeiros voltaram a agir com firmeza na ponta vendedora, principalmente das blue chips Vale e Petrobras, embora as ações de siderúrgicas também tenham sido prejudicadas e se situado entre as maiores perdas do dia. Mas o principal destaque negativo do pregão foi de Vale, em reação à operação de subscrição de papéis, encerrada ontem.
Vale PNA (ações preferenciais da classe A) liderou o volume financeiro individual negociado no Ibovespa hoje, com R$ 2,083 bilhões. Vale ON (ações ordinárias) perdeu 5,41% e Vale PNA, 5,40%. Petrobras, por sua vez, caiu com a venda de estrangeiros e, acima de tudo, com o tombo do petróleo no mercado norte-americano. Petrobras ON recuou 4,23% e PN, 4,95% (esta com giro de R$ 1,260 bilhão).
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), a cotação do petróleo fechou pela primeira vez abaixo de US$ 130 por barril desde 5 de junho deste ano, com a melhora das relações entre EUA e Irã e com o vencimento de opções dos contratos de agosto.
Se prejudicou Petrobras, o petróleo mais barato foi um estímulo a mais para os investidores comprarem ações em Wall Street. Os outros foram o balanço considerado positivo do JPMorgan e também os indicadores divulgados hoje, entre eles o dado de construções residenciais e o número de pedidos de auxílio-desemprego. O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York terminou em elevação de 1,85%, na máxima do dia, aos 11.446,7 pontos; o S&P 500 subiu 1,20%, para 1.260,31 pontos, e o Nasdaq teve ganho de 1,20%, a 2.312,30 pontos. Na Europa, as bolsas também subiram. A Bolsa de Londres fechou o dia com valorização de 2,63%, a Bolsa de Paris ganhou 2,76% e Frankfurt encerrou em alta de 1,88%.
A intenção deste Blog é o de trazer informações sobre os mercados acionários e seus principais ativos. Esse espaço será utilizado para divulgar análises que fundamentem tendências de curto e médio prazos do Ibovespa, índices de mercados e comodities. Espero que o blog possa contribuir para a interpretação das tendências dos mercados,principalmente em momentos de maior volatilidade e incertezas.
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Bolsas de NY fecham em alta com queda do petróleo
por Renato Martins da Agência Estado
17.07.2008 18h38
O mercado norte-americano de ações voltou a subir, com o índice Dow Jones acumulando uma alta de 485 pontos (ou 4,4%), em dois dias. Em termos porcentuais, é a maior alta do Dow Jones em dois dias consecutivos desde 15 de outubro de 2002. O mercado reagiu à nova queda dos preços do petróleo (que fechou 11% abaixo do recorde alcançado na segunda-feira passada) e ao informe de resultados do banco JPMorgan Chase, que impulsionou as ações do setor financeiro.
As ações do JPMorgan Chase subiram 13,52%, em reação a seu informe de resultados. Ainda no setor financeiro, também divulgaram balanços a BlackRock (alta de 16,38%) e a holding de bancos regionais Comerica (valorização de 17,47%). Outras ações do setor também tiveram altas expressivas, como Bank of America (16,90%), Citigroup (9,11%), Wachovia (27,51%) e Washington Mutual (10,15%). As ações do banco de investimentos Merrill Lynch, que divulgaria resultados depois do fechamento, subiram 9,75%. As do Goldman Sachs avançaram 4,85%, apesar da reportagem do Wall Street Journal segundo a qual o ex-executivo-chefe do Bear Stearns estaria questionando se operadores do Goldman Sachs em Londres teriam contribuído para o colapso da instituição ao manipular preços. As ações das agências de crédito hipotecário também voltaram a subir (Fannie Mae 18,16% e Freddie Mac 21,96%).
Em reação à queda dos preços do petróleo, as ações da General Motors subiram 11,93%; as da companhia aérea Continental Airlines avançaram 8,38%, depois de a empresa divulgar resultados. As ações dos setores de petróleo caíram (Chevron -0,83%, ExxonMobil -0,59%), assim como as de empresas ligadas a commodities (Alcoa -2,99%). Entre as ações de empresas que divulgaram resultados, as da Coca-Cola caíram 3,82% e as da United Technologies subiram 5,87%. Entre as ações de empresas que divulgariam balanços depois do fechamento, as da Microsoft subiram 0,95%, as da IBM avançaram 0,43% e as do banco regional Zions Bancorp ganharam 16,86%.
O índice Dow Jones fechou em alta de 207,38 pontos (1,85%), em 11.446,66 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 27,45 pontos (1,20%), em 2.312,30 pontos. O S&P-500 subiu 14,96 pontos (1,20%), para 1.260,32 pontos. O NYSE Composite avançou 82,24 pontos (0,99%), para 8.415,06 pontos.
17.07.2008 18h38
O mercado norte-americano de ações voltou a subir, com o índice Dow Jones acumulando uma alta de 485 pontos (ou 4,4%), em dois dias. Em termos porcentuais, é a maior alta do Dow Jones em dois dias consecutivos desde 15 de outubro de 2002. O mercado reagiu à nova queda dos preços do petróleo (que fechou 11% abaixo do recorde alcançado na segunda-feira passada) e ao informe de resultados do banco JPMorgan Chase, que impulsionou as ações do setor financeiro.
As ações do JPMorgan Chase subiram 13,52%, em reação a seu informe de resultados. Ainda no setor financeiro, também divulgaram balanços a BlackRock (alta de 16,38%) e a holding de bancos regionais Comerica (valorização de 17,47%). Outras ações do setor também tiveram altas expressivas, como Bank of America (16,90%), Citigroup (9,11%), Wachovia (27,51%) e Washington Mutual (10,15%). As ações do banco de investimentos Merrill Lynch, que divulgaria resultados depois do fechamento, subiram 9,75%. As do Goldman Sachs avançaram 4,85%, apesar da reportagem do Wall Street Journal segundo a qual o ex-executivo-chefe do Bear Stearns estaria questionando se operadores do Goldman Sachs em Londres teriam contribuído para o colapso da instituição ao manipular preços. As ações das agências de crédito hipotecário também voltaram a subir (Fannie Mae 18,16% e Freddie Mac 21,96%).
Em reação à queda dos preços do petróleo, as ações da General Motors subiram 11,93%; as da companhia aérea Continental Airlines avançaram 8,38%, depois de a empresa divulgar resultados. As ações dos setores de petróleo caíram (Chevron -0,83%, ExxonMobil -0,59%), assim como as de empresas ligadas a commodities (Alcoa -2,99%). Entre as ações de empresas que divulgaram resultados, as da Coca-Cola caíram 3,82% e as da United Technologies subiram 5,87%. Entre as ações de empresas que divulgariam balanços depois do fechamento, as da Microsoft subiram 0,95%, as da IBM avançaram 0,43% e as do banco regional Zions Bancorp ganharam 16,86%.
O índice Dow Jones fechou em alta de 207,38 pontos (1,85%), em 11.446,66 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 27,45 pontos (1,20%), em 2.312,30 pontos. O S&P-500 subiu 14,96 pontos (1,20%), para 1.260,32 pontos. O NYSE Composite avançou 82,24 pontos (0,99%), para 8.415,06 pontos.
IBOV...após 16/07...tendência de alta, apesar de relativamente "sobrecomprado"...

O Ibovespa abriu em 61.018 pontos, veio até a mínima do dia em 60.863, depois sintonizado com DJI subiu com relativa intensidade até a máxima em 62.183 (+1,91%)para depois finalizar em 62.056 pontos (+ 1,71%).
Análise: Os principais indicadores do gráfico diário e os de "30 minutos" sinalizam tendência de alta, mas já estão relativamente "sobrecomprados", podendo realizar um pouco. Os mercados futuros antes da abertura poderão identificar melhor a tendência do Ibovespa.
Suportes imediatos em 62.000, 60.850, 60.000 e 59.600 pontos.
Resistências em 62.640, 62.900 e 63.500 pontos.
DJI...após 16/07...expressiva alta, reverteu tendência...

DJI abriu em 10.961, veio até a mínima em 10.918 pontos (-0,39%), a partir daí promoveu recuperação firme e constante até a máxima em 11.243 (+2,56%) e depois fechou praticamente na máxima em 11.239 pontos (2,52%).
Análise: DJI reagiu com expressiva alta, revertendo a tendência baixista anterior. Fechou em 12.240 pontos, importante divisor de tendências. Mantendo-se acima desse nível irá buscar 11.330 pontos e 11.400 pontos, novamente. Abaixo deste, retornará aos 11.150 e 11.060 pontos. Agora, os principais indicadores do gráfico diário sinalizam tendência de alta, porém alguns dos indicadores de "30 minutos" estão bastante sobrecomprados, podendo realizar. Os mercados futuros antes da abertura confirmarão (ou não) a tendência de alta.
Suportes imediatos em 11.150, 11.060 e 10.980 pontos.
Resistências imediatas em 11.270, 11.330 e 11.400 pontos.
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Bolsa de NY fecha em alta forte com financeiras e aéreas
por Renato Martins da Agência Estado
16.07.2008 18h34
O mercado norte-americano de ações fechou em alta forte, um dia depois de o índice Dow Jones fechar no nível mais baixo desde 21 de julho de 2006 e de o S&P-500 cair ao menor nível desde 2 de novembro de 2005. O mercado reagiu a informes de resultados de empresas importantes do setor financeiro e à queda forte dos preços do petróleo. Entre os destaques do pregão estavam as ações de empresas do setor financeiro que divulgaram resultados do segundo trimestre, como Wells Fargo (+32,76%), Charles Schwab (+14,26%), Northern Trust (+13,11%) e Marshall & Isley (+17,34%).
As ações das agências de crédito hipotecário, entre as que mais haviam caído desde o início da crise de crédito, tiveram altas fortes (Fannie Mae disparou 30,83% e Freddie Mac avançou 31,75%), assim como as ações dos bancos de investimento, incluídas na lista das ações que não poderão ser vendidas a descoberto sem que os operadores tomem papéis de empréstimo previamente, como determina a nova norma do órgão regulador do mercado de capitais dos EUA (Merrill Lynch subiu 13,41% e Goldman Sachs ganhou 9,54%). Outros destaques do setor foram Bank of America (+22,41%), Citigroup (+13,12%), JPMorgan Chase (+15,86%) e Washington Mutual (+25,48%).
As ações das companhias aéreas também tiveram altas fortes, em reação à queda dos preços do petróleo (UAL disparou 41,53% e Continental, 38,20%. As ações do setor de petróleo, porém, caíram (ExxonMobil perdeu 1,68% e Chevron recuou 3,39%). Outro destaque do pregão foi General Motors, com alta de 16,67%, recuperando parte do terreno perdido recentemente.
O índice Dow Jones fechou em alta de 2,52%, em 11.239,28 pontos. O Nasdaq encerrou com ganho de 3,12%, em 2.284,85 pontos. O S&P-500 subiu 2,51%, para 1.245,36 pontos. O NYSE Composite avançou 2,15%, para 8.332,82 pontos. As informações são da Dow Jones.
16.07.2008 18h34
O mercado norte-americano de ações fechou em alta forte, um dia depois de o índice Dow Jones fechar no nível mais baixo desde 21 de julho de 2006 e de o S&P-500 cair ao menor nível desde 2 de novembro de 2005. O mercado reagiu a informes de resultados de empresas importantes do setor financeiro e à queda forte dos preços do petróleo. Entre os destaques do pregão estavam as ações de empresas do setor financeiro que divulgaram resultados do segundo trimestre, como Wells Fargo (+32,76%), Charles Schwab (+14,26%), Northern Trust (+13,11%) e Marshall & Isley (+17,34%).
As ações das agências de crédito hipotecário, entre as que mais haviam caído desde o início da crise de crédito, tiveram altas fortes (Fannie Mae disparou 30,83% e Freddie Mac avançou 31,75%), assim como as ações dos bancos de investimento, incluídas na lista das ações que não poderão ser vendidas a descoberto sem que os operadores tomem papéis de empréstimo previamente, como determina a nova norma do órgão regulador do mercado de capitais dos EUA (Merrill Lynch subiu 13,41% e Goldman Sachs ganhou 9,54%). Outros destaques do setor foram Bank of America (+22,41%), Citigroup (+13,12%), JPMorgan Chase (+15,86%) e Washington Mutual (+25,48%).
As ações das companhias aéreas também tiveram altas fortes, em reação à queda dos preços do petróleo (UAL disparou 41,53% e Continental, 38,20%. As ações do setor de petróleo, porém, caíram (ExxonMobil perdeu 1,68% e Chevron recuou 3,39%). Outro destaque do pregão foi General Motors, com alta de 16,67%, recuperando parte do terreno perdido recentemente.
O índice Dow Jones fechou em alta de 2,52%, em 11.239,28 pontos. O Nasdaq encerrou com ganho de 3,12%, em 2.284,85 pontos. O S&P-500 subiu 2,51%, para 1.245,36 pontos. O NYSE Composite avançou 2,15%, para 8.332,82 pontos. As informações são da Dow Jones.
Ibovespa fecha em alta de 1,71% com notícias nos EUA
por Claudia Violante da Agência Estado
16.07.2008 17h32
Pela terceira sessão consecutiva a Bovespa terminou em elevação - o que não havia acontecido nenhuma vez neste mês -, empurrada pelos ganhos nas bolsas norte-americanas. Embora a agenda prenunciasse um dia difícil, diante da quantidade de informações relevantes a serem conhecidas, tudo acabou saindo dentro do previsto - apesar da derrapada do índice de inflação no varejo dos Estados Unidos.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, voltou aos 62 mil pontos, ao encerrar em alta de 1,71%, aos 62.056,5 pontos. Na mínima do dia, atingiu 60.863 pontos (-0,25%) e, na máxima, 62.183 pontos (1,91%). No mês, acumula perdas de 4,44% e, no ano, de 2,75%. O volume financeiro totalizou R$ 6,753 bilhões.
Em Nova York, o índice Dow Jones terminou o dia com elevação de 2,52%, o S&P subiu 2,51% e o Nasdaq avançou 3,12%. Foram várias as razões para as bolsas subirem. Embora o índice de preços ao consumidor americano tenha tido em junho a maior alta mensal desde junho de 1982 (subiu 1,1% ante maio e mais do que as previsões de +0,7%), o dado foi relegado a segundo plano. Os investidores preferiram reagir à queda do petróleo, aos balanços favoráveis e à decisão do órgão regulador do mercado de capitais (Securities and Exchange Commission, ou SEC) de restringir vendas a descoberto de ações das financiadoras de hipotecas Fannie Mae e Freddie Mac e de outras 17 instituições. A SEC definiu que agora os investidores terão de alugar os papéis antes de montar posições vendidas (de aposta na baixa).
A Intel divulgou lucro 25% maior no segundo trimestre e receita recorde. O resultado superou as estimativas de analistas. Já o banco Wells Fargo registrou lucro 23% menor no período, mas o resultado superou o previsto pelos analistas. Nem mesmo a ata da mais recente reunião do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) decepcionou, já que o documento indicou que o BC americano não vai alterar sua política monetária no curto prazo. É preciso ressaltar, no entanto, que a ata também sugeriu que os membros do Fed estão cada vez mais preocupados com relação à inflação do que com o crescimento econômico, embora ainda vejam "riscos significativos no lado do declínio" para o crescimento.
O petróleo também deu sua parcela de contribuição às bolsas, ao recuar. Em Nova York, o preço do barril caiu 2,98%, para US$ 134,60, ajudado pelo surpreendente aumento dos estoques nos Estados Unidos. Houve elevação de 3 milhões de barris, ante previsão de queda de 1,3 milhão.
No Brasil, a queda do petróleo continuou prejudicando as ações da Petrobras, uma das principais do Ibovespa. Petrobras ON caiu 1,56% e Petrobras PN, 1,92%. Vale, outra importante ação do Ibovespa, também terminou em queda, mas a justificativa, neste caso, foi a subscrição de papéis na oferta de ações, cujo preço fecha hoje. Vale ON caiu 1,42% e Vale PNA, 2%.
A alta do Ibovespa, assim, foi puxada pelas empresas aéreas - por causa da queda do petróleo - e bancos - em função da melhora destes papéis nos EUA. Setor siderúrgico também avançou, mas sem muito vigor. Gol PN liderou os ganhos do índice (que conta com mais de 60 papéis), ao disparar 10,04%.
16.07.2008 17h32
Pela terceira sessão consecutiva a Bovespa terminou em elevação - o que não havia acontecido nenhuma vez neste mês -, empurrada pelos ganhos nas bolsas norte-americanas. Embora a agenda prenunciasse um dia difícil, diante da quantidade de informações relevantes a serem conhecidas, tudo acabou saindo dentro do previsto - apesar da derrapada do índice de inflação no varejo dos Estados Unidos.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, voltou aos 62 mil pontos, ao encerrar em alta de 1,71%, aos 62.056,5 pontos. Na mínima do dia, atingiu 60.863 pontos (-0,25%) e, na máxima, 62.183 pontos (1,91%). No mês, acumula perdas de 4,44% e, no ano, de 2,75%. O volume financeiro totalizou R$ 6,753 bilhões.
Em Nova York, o índice Dow Jones terminou o dia com elevação de 2,52%, o S&P subiu 2,51% e o Nasdaq avançou 3,12%. Foram várias as razões para as bolsas subirem. Embora o índice de preços ao consumidor americano tenha tido em junho a maior alta mensal desde junho de 1982 (subiu 1,1% ante maio e mais do que as previsões de +0,7%), o dado foi relegado a segundo plano. Os investidores preferiram reagir à queda do petróleo, aos balanços favoráveis e à decisão do órgão regulador do mercado de capitais (Securities and Exchange Commission, ou SEC) de restringir vendas a descoberto de ações das financiadoras de hipotecas Fannie Mae e Freddie Mac e de outras 17 instituições. A SEC definiu que agora os investidores terão de alugar os papéis antes de montar posições vendidas (de aposta na baixa).
A Intel divulgou lucro 25% maior no segundo trimestre e receita recorde. O resultado superou as estimativas de analistas. Já o banco Wells Fargo registrou lucro 23% menor no período, mas o resultado superou o previsto pelos analistas. Nem mesmo a ata da mais recente reunião do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) decepcionou, já que o documento indicou que o BC americano não vai alterar sua política monetária no curto prazo. É preciso ressaltar, no entanto, que a ata também sugeriu que os membros do Fed estão cada vez mais preocupados com relação à inflação do que com o crescimento econômico, embora ainda vejam "riscos significativos no lado do declínio" para o crescimento.
O petróleo também deu sua parcela de contribuição às bolsas, ao recuar. Em Nova York, o preço do barril caiu 2,98%, para US$ 134,60, ajudado pelo surpreendente aumento dos estoques nos Estados Unidos. Houve elevação de 3 milhões de barris, ante previsão de queda de 1,3 milhão.
No Brasil, a queda do petróleo continuou prejudicando as ações da Petrobras, uma das principais do Ibovespa. Petrobras ON caiu 1,56% e Petrobras PN, 1,92%. Vale, outra importante ação do Ibovespa, também terminou em queda, mas a justificativa, neste caso, foi a subscrição de papéis na oferta de ações, cujo preço fecha hoje. Vale ON caiu 1,42% e Vale PNA, 2%.
A alta do Ibovespa, assim, foi puxada pelas empresas aéreas - por causa da queda do petróleo - e bancos - em função da melhora destes papéis nos EUA. Setor siderúrgico também avançou, mas sem muito vigor. Gol PN liderou os ganhos do índice (que conta com mais de 60 papéis), ao disparar 10,04%.
BC responderá "vigorosamente" à inflação
por Alex Ribeiro de Valor Online
16/07/2008
Uma semana antes da reunião do Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central, o presidente da instituição, Henrique Meirelles, elevou um pouco mais o tom de ameaça, indicando que poderá intensificar o ritmo de alta dos juros. Ele repetiu três vezes, em depoimento na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que autoridade monetária saberá responder "vigorosamente" às mudanças no cenário inflacionário.
Na semana passada, Meirelles já havia sinalizado uma política monetária mais inflexível, ao afirmar, em evento realizado em São Paulo, que a ação do Copom visa baixar a inflação para o centro da meta, estabelecido em 4,5%, ainda em 2009. Ontem, ele renovou esse propósito. "O BC está comprometido em fazer o que for necessário, enquanto for necessário, para trazer a inflação para o centro da meta em 2009", afirmou. "O BC avalia que não há vantagens em continuar com uma inflação alta."
A mensagem do BC é que irá promover um processo desinflacionário relativamente rápido. Os analistas do mercado financeiro esperam que o BC faça uma convergência mais suave da inflação para a meta. A expectativa mediana é que a inflação fique em 6,48% em 2008, 5% em 2009 e 4,5% apenas em 2010. Sobre 2008, Meirelles disse que o BC está fazendo tudo que está ao seu alcance para a inflação seja a mais baixa possível. Mas ele ponderou que a política monetária atua com defasagem e que as decisões tomadas até agora terão seu efeito mais importante sobre a inflação no fim deste ano e no início do próximo.
No depoimento, senadores questionaram se o crescente déficit em conta corrente não poderia levar a desequilíbrios externos. Meirelles disse que o BC está agindo de três formas. Primeiro, pela própria alta dos juros, que segura o consumo e os investimentos e reduz o crescimento das importações. Segundo, disse, o BC age pela simplificação das regras cambiais, que reduzem os custos de transação e incentivam as exportações.
O presidente do BC disse que outra linha de ação é pelo acúmulo de reservas cambiais e pela compra de dólares no mercado futuro, que deixam a economia menos vulnerável no caso de os investidores suspenderem repentinamente o financiamento do déficit em conta corrente.
Meirelles ponderou que, em um regime de câmbio flutuante, a cotação do dólar não tende a ficar muito tempo fora de seu equilíbrio, gerando déficits em conta corrente. Segundo ele, os investidores estrangeiros fazem seus próprios cálculos sobre o déficit em conta corrente que é financiável no curto longo prazo, promovendo correções automáticas no caso de desequilíbrio. Na visão de Meirelles, pode-se esperar que, no futuro, a taxa de câmbio sofra alguma depreciação. Ele disse que, nos últimos anos, o governo vem registrando prejuízo porque tem posição comprada em câmbio e o real está se valorizando. Mas, em algum momento, afirmou, é provável que ocorra justamente o contrário: que o governo passe a registrar ganhos com a depreciação do câmbio.
Segundo Meirelles, o BC está atento à ligeira deterioração na inadimplência em alguns segmentos de crédito. Mas ponderou que o índice geral é positivo. Algumas famílias tomaram mais de um financiamento e estariam enfrentando dificuldades, num contexto de alta de inflação, que corrói a renda real. "O melhor que o BC pode fazer para evitar uma piora da inadimplência é controlar a inflação."
16/07/2008
Uma semana antes da reunião do Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central, o presidente da instituição, Henrique Meirelles, elevou um pouco mais o tom de ameaça, indicando que poderá intensificar o ritmo de alta dos juros. Ele repetiu três vezes, em depoimento na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que autoridade monetária saberá responder "vigorosamente" às mudanças no cenário inflacionário.
Na semana passada, Meirelles já havia sinalizado uma política monetária mais inflexível, ao afirmar, em evento realizado em São Paulo, que a ação do Copom visa baixar a inflação para o centro da meta, estabelecido em 4,5%, ainda em 2009. Ontem, ele renovou esse propósito. "O BC está comprometido em fazer o que for necessário, enquanto for necessário, para trazer a inflação para o centro da meta em 2009", afirmou. "O BC avalia que não há vantagens em continuar com uma inflação alta."
A mensagem do BC é que irá promover um processo desinflacionário relativamente rápido. Os analistas do mercado financeiro esperam que o BC faça uma convergência mais suave da inflação para a meta. A expectativa mediana é que a inflação fique em 6,48% em 2008, 5% em 2009 e 4,5% apenas em 2010. Sobre 2008, Meirelles disse que o BC está fazendo tudo que está ao seu alcance para a inflação seja a mais baixa possível. Mas ele ponderou que a política monetária atua com defasagem e que as decisões tomadas até agora terão seu efeito mais importante sobre a inflação no fim deste ano e no início do próximo.
No depoimento, senadores questionaram se o crescente déficit em conta corrente não poderia levar a desequilíbrios externos. Meirelles disse que o BC está agindo de três formas. Primeiro, pela própria alta dos juros, que segura o consumo e os investimentos e reduz o crescimento das importações. Segundo, disse, o BC age pela simplificação das regras cambiais, que reduzem os custos de transação e incentivam as exportações.
O presidente do BC disse que outra linha de ação é pelo acúmulo de reservas cambiais e pela compra de dólares no mercado futuro, que deixam a economia menos vulnerável no caso de os investidores suspenderem repentinamente o financiamento do déficit em conta corrente.
Meirelles ponderou que, em um regime de câmbio flutuante, a cotação do dólar não tende a ficar muito tempo fora de seu equilíbrio, gerando déficits em conta corrente. Segundo ele, os investidores estrangeiros fazem seus próprios cálculos sobre o déficit em conta corrente que é financiável no curto longo prazo, promovendo correções automáticas no caso de desequilíbrio. Na visão de Meirelles, pode-se esperar que, no futuro, a taxa de câmbio sofra alguma depreciação. Ele disse que, nos últimos anos, o governo vem registrando prejuízo porque tem posição comprada em câmbio e o real está se valorizando. Mas, em algum momento, afirmou, é provável que ocorra justamente o contrário: que o governo passe a registrar ganhos com a depreciação do câmbio.
Segundo Meirelles, o BC está atento à ligeira deterioração na inadimplência em alguns segmentos de crédito. Mas ponderou que o índice geral é positivo. Algumas famílias tomaram mais de um financiamento e estariam enfrentando dificuldades, num contexto de alta de inflação, que corrói a renda real. "O melhor que o BC pode fazer para evitar uma piora da inadimplência é controlar a inflação."
IBOV...após 15/07...alta volatilidade...com indefinição de tendência...

O Ibovespa abriu em 60.715 pontos, veio até a mínima do dia em 58.790 (-3,18%), depois acompanhando DJI subiu com força até a máxima em 61.678 ( +1,58%), depois com a inversão de tendência de DJI, refluiu até fechar em 61.015 pontos (+ 0,49%).
Análise: Volatilidade nessa intensidade, rara de se ver, oscilando mais de 4,5% entre a mínima e a máxima. Sintoma claro de que o mercado não está querendo aceitar a "imposição" da fragilidade dos mercados americanos nos destinos do Ibovespa. Por outro lado, a facilidade como ocorreu a queda de mais de 3% no início do pregão deixou claro para o mercado que o "fundo do poço" do Ibovespa está muito mais abaixo dos 58 mil pontos e talvez seja somente uma questão de tempo ou de oportunidade. Os principais indicadores do gráfico diário ainda sinalizam tendência de alta, mas os principais indicadores do gráfico de "30 minutos" sinalizam o oposto. Certamente mais um dia com muita volatilidade. Os mercados futuros antes da abertura poderão identificar melhor a tendência do Ibovespa.
Suportes imediatos em 60.700, 59.900, 59.100, 58.800 e 57.950 pontos.
Resistências em 61.600, 62.250 e 62.700 pontos.
DJI...após 15/07...forte volatilidade, em tendência de queda...

DJI abriu em queda em 11.050, veio até a mínima em 10.828 pontos (-2,05%), a partir daí promoveu recuperação até a máxima em 11.123 (+0,62%) e depois refluiu novamente até fechar em 10.962 pontos (-0,84%).
Análise: Volatilidade nesta intensidade, raramente vista em DJI (depois de cair 2%, chegou a ficar em alta de + 0,6% para depois fechar em queda de quase 1%). Demonstração de que o mercado está perplexo com as informações econômicas vindas do governo e muito indeciso em relação ao tamanho da crise americana. Está mantendo por enquanto a confirmação de patamar de negociações para DJI abaixo dos 11 mil pontos. Os principais indicadores do gráfico diário e do gráfico de "30 minutos" sinalizam tendência de queda. Os mercados futuros antes da abertura confirmarão (ou não) essa tendência.
Suportes imediatos em 10.910, 10.830 e 10.770 pontos.
Resistências imediatas em 10.980, 11.020, 11.130 e 11.240 pontos.
Crise imobiliária volta a afetar bolsas: Europa cai ao menor nível em três anos
por Valor Online
16/07/2008
As bolsas americanas e asiáticas fecharam ontem no pior nível dos últimos dois anos. Já os mercados europeus tiveram a menor pontuação em três anos. O temor de uma piora da crise imobiliária nos Estados Unidos é cada vez maior e o mercado só não piorou mais ontem por causa do recuo nas cotações do petróleo.
Em Nova York, o índice Dow Jones fechou abaixo de 11 mil pontos pela primeira vez desde 2006, com queda de 0,84% para os 10.962 pontos. O índice Standard & Poor´s 500 teve desvalorização de 1,09%, para 1.214 pontos. O mercado foi afetado pelas dúvidas sobre o plano dos Estados Unidos para socorrer as agências de hipotecas Fannie Mae e Freddie Mac. O Nasdaq foi a exceção do dia e subiu 0,13%, para 2.215 pontos.
As ações da Fannie e da Freddie caíram mais de 25% com o medo de que o plano do governo para estabilizar as empresas acabe diluindo o valor dos papéis das companhias. Todo o setor bancário fechou em queda em meio ao temor dos investidores de que a atual crise de crédito provoque mais quebras de bancos. O chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, disse que o sistema bancário está bem capitalizado, ainda que continuem sob "estresse considerável."
Apesar do tombo do setor bancário, as ações do Lehman Brothers saltaram mais de 6% após uma reportagem afirmar que o banco estuda maneiras de fechar o capital. Entre as ações de energia, a Exxon Mobil caiu 3,8%, acompanhando a queda dos preços do petróleo.
O índice Nasdaq subiu com a aposta dos investidores de que a Microsoft vai diminuir, na divulgação de resultados prevista para essa semana, a preocupação do mercado com o crescimento de seu programa Windows.
Na Europa, o FTSEurofirst 300 caiu 1,88%, para 1.112 pontos. O índice, que chegou a perder mais de 3% durante o pregão, fechou no menor nível desde maio de 2005. "Nós estamos de volta ao tom de pânico que enfrentamos em março. A queda está em um nível muito forte", disse Marie-Pierre Peillon, chefe de pesquisa da Groupama Asset Management. "A crise está piorando e se espalhando do segmento de alto risco para o segmento de baixo risco, com os bancos regionais sendo atingidos."
Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 2,42%, a 5.171 pontos. No mercado alemão, o índice DAX recuou 1,91%, para 6.081 pontos. Em Paris, o CAC-40 caiu 1,96%, a 4.061 pontos.
Na Ásia, O índice Nikkei da bolsa de Tóquio, recuou 1,96%, a 12.754 pontos. Grandes bancos japoneses possuem aproximadamente US$ 44,3 bilhões em dívida emitida pela Fannie Mae e pela Freddie Mac. As ações do maior banco japonês, o Mitsubishi UFJ Financial Group, despencaram 5,3%; as do Mizuho Financial Group, o segundo maior, cederam 5%.
16/07/2008
As bolsas americanas e asiáticas fecharam ontem no pior nível dos últimos dois anos. Já os mercados europeus tiveram a menor pontuação em três anos. O temor de uma piora da crise imobiliária nos Estados Unidos é cada vez maior e o mercado só não piorou mais ontem por causa do recuo nas cotações do petróleo.
Em Nova York, o índice Dow Jones fechou abaixo de 11 mil pontos pela primeira vez desde 2006, com queda de 0,84% para os 10.962 pontos. O índice Standard & Poor´s 500 teve desvalorização de 1,09%, para 1.214 pontos. O mercado foi afetado pelas dúvidas sobre o plano dos Estados Unidos para socorrer as agências de hipotecas Fannie Mae e Freddie Mac. O Nasdaq foi a exceção do dia e subiu 0,13%, para 2.215 pontos.
As ações da Fannie e da Freddie caíram mais de 25% com o medo de que o plano do governo para estabilizar as empresas acabe diluindo o valor dos papéis das companhias. Todo o setor bancário fechou em queda em meio ao temor dos investidores de que a atual crise de crédito provoque mais quebras de bancos. O chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, disse que o sistema bancário está bem capitalizado, ainda que continuem sob "estresse considerável."
Apesar do tombo do setor bancário, as ações do Lehman Brothers saltaram mais de 6% após uma reportagem afirmar que o banco estuda maneiras de fechar o capital. Entre as ações de energia, a Exxon Mobil caiu 3,8%, acompanhando a queda dos preços do petróleo.
O índice Nasdaq subiu com a aposta dos investidores de que a Microsoft vai diminuir, na divulgação de resultados prevista para essa semana, a preocupação do mercado com o crescimento de seu programa Windows.
Na Europa, o FTSEurofirst 300 caiu 1,88%, para 1.112 pontos. O índice, que chegou a perder mais de 3% durante o pregão, fechou no menor nível desde maio de 2005. "Nós estamos de volta ao tom de pânico que enfrentamos em março. A queda está em um nível muito forte", disse Marie-Pierre Peillon, chefe de pesquisa da Groupama Asset Management. "A crise está piorando e se espalhando do segmento de alto risco para o segmento de baixo risco, com os bancos regionais sendo atingidos."
Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 2,42%, a 5.171 pontos. No mercado alemão, o índice DAX recuou 1,91%, para 6.081 pontos. Em Paris, o CAC-40 caiu 1,96%, a 4.061 pontos.
Na Ásia, O índice Nikkei da bolsa de Tóquio, recuou 1,96%, a 12.754 pontos. Grandes bancos japoneses possuem aproximadamente US$ 44,3 bilhões em dívida emitida pela Fannie Mae e pela Freddie Mac. As ações do maior banco japonês, o Mitsubishi UFJ Financial Group, despencaram 5,3%; as do Mizuho Financial Group, o segundo maior, cederam 5%.
terça-feira, 15 de julho de 2008
Ibovespa fecha em alta pela segunda sessão seguida
por Claudia Violante da Agência Estado
15.07.2008 17h33
Embalada pela inversão de rumo das bolsas norte-americanas no meio da tarde, a Bovespa passou a subir e conseguiu manter o rumo até o fechamento - o que não ocorreu com Nova York. Embora as principais ações brasileiras, da Vale e da Petrobras, tenham recuado, os ganhos da Bolsa foram sustentados por uma alta generalizada na grande maioria dos papéis do Ibovespa, principal índice.
Depois de tombar 3,18% pela manhã, aos 58.790 pontos, o Ibovespa avançou até atingir a máxima de 1,58% no meio da tarde, aos 61.679 pontos. Conseguiu carregar até o fechamento uma elevação de 0,48%, aos 61.015,1 pontos. Foi a segunda sessão consecutiva a registrar alta. No mês, acumula perda de 6,16% e, no ano, de 4,49%. O volume financeiro totalizou R$ 6,167 bilhões. Petrobras PN perdeu 0,81%, Petrobras ON recuou 1,63%, Vale PNA cedeu 0,98% e Vale ON caiu 2,14%.
Em Nova York, o Dow Jones fechou abaixo de 11 mil pontos pela primeira vez desde 21 de julho de 2006, ao cair 0,84%, para 10.962,5 pontos. O S&P terminou em baixa de 1,09%, mas o Nasdaq subiu 0,13%.
Um pouco mais cedo, Dow Jones e S&P até subiram, embalados pelo tombo no preço do petróleo. O contrato futuro para agosto recuou 4,44%, ou US$ 6,44, na Bolsa Mercantil de Nova York, para US$ 138,74 por barril - maior queda em dólares desde janeiro de 2001 -, depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduziu a estimativa de demanda nos próximos meses em função do declínio do crescimento econômico e da crescente conservação de combustíveis. A queda do dólar deu sua contribuição à redução dos preços.
Mas o depoimento do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, no Congresso norte-americano e também os indicadores econômicos conhecidos não deram trégua ao mau humor, justificando a queda dos índices acionários nova-iorquinos. A inflação no atacado medida pelo índice de preços ao produtor subiu 1,8% em junho ante maio (ante previsão de +1,5%) no dado cheio e 0,2% no núcleo (ante previsão de 0,3%), que exclui os preços de energia e alimentos. As vendas no varejo avançaram 0,1% em junho (ante 0,5% previsto) e os estoques de empresas em maio subiram 0,3% (ante 0,6% estimado).
Já a culpa que cabe a Bernanke refere-se às afirmações de que a economia dos EUA enfrenta "numerosas dificuldades" e que há um cenário "incomumente incerto da inflação. Além disso, ele alertou que o Fed está monitorando qualquer sinal de que os preços mais altos da energia e das matérias-primas (commodities) estão se tornando embutidos nos salários e nas expectativas.
O mercado, depois, interpretou que os comentários de Bernanke sugerem que aumentos das taxas de juro são improváveis antes do fim do ano, exceto no caso de um forte aumento nas expectativas de inflação ou de um fim rápido da turbulência financeira.
Bernanke, por outro lado, disse que o sistema bancário dos EUA está bem capitalizado e que questões bancárias estão centradas "menos em solvência" e mais na "capacidade para oferecer o crédito de que nossa economia precisa". O presidente do Fed disse ainda que a falência do banco IndyMac foi "inevitável".
"Se os indicadores ajudarem, é possível recuperar os 63 mil, 64 mil pontos ainda nesta semana", avalia o gestor da corretora Umuarama Rafael Moysés, a respeito do Ibovespa. Ele ainda não acredita que o pior já passou, mas faz a ressalva que, se a safra de balanços no Brasil for boa e coincidir com uma trégua nos EUA, certamente a recuperação mostrará mais vigor ainda no curto prazo, no final do mês e em agosto.
15.07.2008 17h33
Embalada pela inversão de rumo das bolsas norte-americanas no meio da tarde, a Bovespa passou a subir e conseguiu manter o rumo até o fechamento - o que não ocorreu com Nova York. Embora as principais ações brasileiras, da Vale e da Petrobras, tenham recuado, os ganhos da Bolsa foram sustentados por uma alta generalizada na grande maioria dos papéis do Ibovespa, principal índice.
Depois de tombar 3,18% pela manhã, aos 58.790 pontos, o Ibovespa avançou até atingir a máxima de 1,58% no meio da tarde, aos 61.679 pontos. Conseguiu carregar até o fechamento uma elevação de 0,48%, aos 61.015,1 pontos. Foi a segunda sessão consecutiva a registrar alta. No mês, acumula perda de 6,16% e, no ano, de 4,49%. O volume financeiro totalizou R$ 6,167 bilhões. Petrobras PN perdeu 0,81%, Petrobras ON recuou 1,63%, Vale PNA cedeu 0,98% e Vale ON caiu 2,14%.
Em Nova York, o Dow Jones fechou abaixo de 11 mil pontos pela primeira vez desde 21 de julho de 2006, ao cair 0,84%, para 10.962,5 pontos. O S&P terminou em baixa de 1,09%, mas o Nasdaq subiu 0,13%.
Um pouco mais cedo, Dow Jones e S&P até subiram, embalados pelo tombo no preço do petróleo. O contrato futuro para agosto recuou 4,44%, ou US$ 6,44, na Bolsa Mercantil de Nova York, para US$ 138,74 por barril - maior queda em dólares desde janeiro de 2001 -, depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduziu a estimativa de demanda nos próximos meses em função do declínio do crescimento econômico e da crescente conservação de combustíveis. A queda do dólar deu sua contribuição à redução dos preços.
Mas o depoimento do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, no Congresso norte-americano e também os indicadores econômicos conhecidos não deram trégua ao mau humor, justificando a queda dos índices acionários nova-iorquinos. A inflação no atacado medida pelo índice de preços ao produtor subiu 1,8% em junho ante maio (ante previsão de +1,5%) no dado cheio e 0,2% no núcleo (ante previsão de 0,3%), que exclui os preços de energia e alimentos. As vendas no varejo avançaram 0,1% em junho (ante 0,5% previsto) e os estoques de empresas em maio subiram 0,3% (ante 0,6% estimado).
Já a culpa que cabe a Bernanke refere-se às afirmações de que a economia dos EUA enfrenta "numerosas dificuldades" e que há um cenário "incomumente incerto da inflação. Além disso, ele alertou que o Fed está monitorando qualquer sinal de que os preços mais altos da energia e das matérias-primas (commodities) estão se tornando embutidos nos salários e nas expectativas.
O mercado, depois, interpretou que os comentários de Bernanke sugerem que aumentos das taxas de juro são improváveis antes do fim do ano, exceto no caso de um forte aumento nas expectativas de inflação ou de um fim rápido da turbulência financeira.
Bernanke, por outro lado, disse que o sistema bancário dos EUA está bem capitalizado e que questões bancárias estão centradas "menos em solvência" e mais na "capacidade para oferecer o crédito de que nossa economia precisa". O presidente do Fed disse ainda que a falência do banco IndyMac foi "inevitável".
"Se os indicadores ajudarem, é possível recuperar os 63 mil, 64 mil pontos ainda nesta semana", avalia o gestor da corretora Umuarama Rafael Moysés, a respeito do Ibovespa. Ele ainda não acredita que o pior já passou, mas faz a ressalva que, se a safra de balanços no Brasil for boa e coincidir com uma trégua nos EUA, certamente a recuperação mostrará mais vigor ainda no curto prazo, no final do mês e em agosto.
Dow Jones fecha no nível mais baixo desde julho de 2006
por Renato Martins da Agência Estado
15.07.2008 18h41
O mercado norte-americano de ações voltou a fechar em queda, com o índice Dow Jones abaixo dos 11 mil pontos pela primeira vez desde 21 de julho de 2006. A volatilidade voltou a ser elevada. O S&P-500 fechou no nível mais baixo desde 2 de novembro de 2005. As ações do setor de energia caíram, em reação à baixa dos preços do petróleo. Várias ações do setor financeiro também fecharam em queda, em meio às preocupações contínuas do mercado quanto à situação das agências de crédito hipotecário Fannie Mae e Freddie Mac.
O dia foi marcado por novos sinais de desaceleração da economia, refletidos no depoimento do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, a um comitê do Senado. O presidente do país, George W. Bush, por sua vez, exortou o Congresso a aprovar rapidamente o plano do Departamento do Tesouro para socorrer a Fannie Mae e a Freddie Mac e o órgão regulador do mercado de capitais americano (Securities and Exchange Comission, ou SEC) adotou medidas para reduzir a volatilidade das ações das agências, ao limitar vendas a descoberto.
As medidas, porém, foram recebidas com ceticismo. "Parece haver alguma coisa na água de Washington, onde as pessoas pensam que manipulações do mercado são o motivo para os preços do petróleo subirem e para as ações caírem. As ações estão caindo porque os mercados globais estão rebaixando a economia dos EUA, porque os bancos estão quebrados", comentou o professor Peter Morici, da Escola de Administração da Universidade de Maryland.
As ações da Fannie Mae caíram 27,34% e as da Freddie Mac recuaram 26,02%. Outras ações do setor financeiro também sofreram quedas fortes, entre eles AIG (-8,47%, após rebaixamento de recomendação pelo Wachovia), Citigroup (-4,34%), Bank of America (-8,09%) e Wachovia (-7,72%, após rebaixamento de recomendação pela Oppenheimer). As do Lehman Brothers subiram 6,61%, em meio a especulações sobre a possibilidade de ele fechar o capital e ser adquirido por um fundo de private equity (que compra participações em empresas).
Entre os bancos regionais, o impacto da falência do californiano IndyMac continuou a se fazer sentir: as ações da National City Corp., de Ohio, caíram 4,51% e as do Zions Bancorp, de Utah, recuaram 2,33%. As do Washington Mutual, que haviam caído 34,75% ontem, subiram 11,76%. As ações da general Motors subiram 4,90%, em reação ao plano de reestruturação anunciado pela empresa. No setor de petróleo, as ações da ExxonMobil caíram 3,78% e as da Chevron recuaram 3,64%. No setor de tecnologia, as ações da Microsoft subiram 3,98%, dando sustentação ao índice Nasdaq, depois de a empresa desistir de comprar a Yahoo!.
O índice Dow Jones fechou em queda de 0,84%, em 10.962,54 pontos. O Nasdaq encerrou o dia em alta de 0,13%, em 2.215,71 pontos. O S&P-500 caiu 1,09%, para 1.214,91 pontos. O NYSE Composite recuou 1,57%, para 8.157,71 pontos. As informações são da Dow Jones.
15.07.2008 18h41
O mercado norte-americano de ações voltou a fechar em queda, com o índice Dow Jones abaixo dos 11 mil pontos pela primeira vez desde 21 de julho de 2006. A volatilidade voltou a ser elevada. O S&P-500 fechou no nível mais baixo desde 2 de novembro de 2005. As ações do setor de energia caíram, em reação à baixa dos preços do petróleo. Várias ações do setor financeiro também fecharam em queda, em meio às preocupações contínuas do mercado quanto à situação das agências de crédito hipotecário Fannie Mae e Freddie Mac.
O dia foi marcado por novos sinais de desaceleração da economia, refletidos no depoimento do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, a um comitê do Senado. O presidente do país, George W. Bush, por sua vez, exortou o Congresso a aprovar rapidamente o plano do Departamento do Tesouro para socorrer a Fannie Mae e a Freddie Mac e o órgão regulador do mercado de capitais americano (Securities and Exchange Comission, ou SEC) adotou medidas para reduzir a volatilidade das ações das agências, ao limitar vendas a descoberto.
As medidas, porém, foram recebidas com ceticismo. "Parece haver alguma coisa na água de Washington, onde as pessoas pensam que manipulações do mercado são o motivo para os preços do petróleo subirem e para as ações caírem. As ações estão caindo porque os mercados globais estão rebaixando a economia dos EUA, porque os bancos estão quebrados", comentou o professor Peter Morici, da Escola de Administração da Universidade de Maryland.
As ações da Fannie Mae caíram 27,34% e as da Freddie Mac recuaram 26,02%. Outras ações do setor financeiro também sofreram quedas fortes, entre eles AIG (-8,47%, após rebaixamento de recomendação pelo Wachovia), Citigroup (-4,34%), Bank of America (-8,09%) e Wachovia (-7,72%, após rebaixamento de recomendação pela Oppenheimer). As do Lehman Brothers subiram 6,61%, em meio a especulações sobre a possibilidade de ele fechar o capital e ser adquirido por um fundo de private equity (que compra participações em empresas).
Entre os bancos regionais, o impacto da falência do californiano IndyMac continuou a se fazer sentir: as ações da National City Corp., de Ohio, caíram 4,51% e as do Zions Bancorp, de Utah, recuaram 2,33%. As do Washington Mutual, que haviam caído 34,75% ontem, subiram 11,76%. As ações da general Motors subiram 4,90%, em reação ao plano de reestruturação anunciado pela empresa. No setor de petróleo, as ações da ExxonMobil caíram 3,78% e as da Chevron recuaram 3,64%. No setor de tecnologia, as ações da Microsoft subiram 3,98%, dando sustentação ao índice Nasdaq, depois de a empresa desistir de comprar a Yahoo!.
O índice Dow Jones fechou em queda de 0,84%, em 10.962,54 pontos. O Nasdaq encerrou o dia em alta de 0,13%, em 2.215,71 pontos. O S&P-500 caiu 1,09%, para 1.214,91 pontos. O NYSE Composite recuou 1,57%, para 8.157,71 pontos. As informações são da Dow Jones.
IBOV...após 14/07...indefinição por influência dos mercados externos...

O Ibovespa abriu em 60.155 pontos (mínima do dia), foi até a máxima em 61.305, depois com a inversão de tendência de DJI, refluiu até a mínima em 60.155 pontos. Finalizou em alta, em 60.720 pontos (0,95%).
Análise: Apesar de ter mostrado exuberância na abertura, não conseguiu manter o bom desempenho, influenciado pelos mercados americanos. Os principais indicadores do gráfico gráfico diário ainda sinalizam tendência de alta, mas a influência do "humor" dos mercados americanos deverá ser considerada. Os mercados futuros antes da abertura poderão identificar melhor a tendência do Ibovespa.
Suportes imediatos em 60.400, 60.150, 59.600, 58.550 e 57.950 pontos.
Resistências em 60.900, 61.600, 62.000 e 62.300 pontos.
DJI...após 14/07...indefinição com muita volatilidade...

DJI abriu em 11.103, foi até a máxima em 11.238, refluiu até a mínima em 11.003 e depois retomou o patamar dos 11 mil pontos finalizando em 11.055 pontos.
Análise:Excessiva volatilidade, demonstrando que irá confirmar patamar de negociações para DJI abaixo dos 11 mil pontos. Acima de 11.240 os objetivos de DJI serão 11.300 e 11.400 pontos. Abaixo de 11.040 o próximo objetivo será 11.860 pontos. Os indicadores do gráfico diário apresentam divergência de tendências, onde o estocástico e o CCI/Ma cruzamento apontam para alta, enquanto o IFR sinaliza tendência de queda. Os mercados futuros antes da abertura apontarão a direção do pregão.
Suportes imediatos em 11.000, 10.980 e 10.850 pontos.
Resistências imediatas em 11.140, 11.240, 11.300 e 11.400 pontos.
Saúde dos bancos abala mercado acionário nos EUA
por Valor Online
15/07/2008
As bolsas de valores americanas fecharam em baixa ontem, depois que o temor de investidores sobre a saúde dos bancos neutralizou o otimismo com o plano do governo para socorrer as agências hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac.
No domingo, o Tesouro americano e o Federal Reserve disseram que podem emprestar recursos e comprar ações das empresas se for necessário.
As ações subiram no início do dia, mas logo perderam força à medida que os analistas notaram que qualquer investimento direto do governo iria diluir ainda mais o valor das ações.
Bancos regionais também estiveram na mira de investidores, pelo receio de mais falências após reguladores norte-americanos terem assumido o IndyMac Bancorp na noite de sexta-feira.
O índice Dow Jones caiu 0,41%, para 11.055 pontos, e o Standard & Poor's 500 perdeu 0,90%, a 1.228 pontos. O Nasdaq recuou 1,17%, a 2.212 pontos.
O indicador financeiro dentro do S&P caiu 5%, para 239 pontos - o nível mais baixo desde outubro de 1998.
As bolsas européias fecharam em alta, em uma sessão dominada pela atividade de fusões em alguns setores, como o de bancos e o de bebidas. O plano de socorro dos Estados Unidos às principais empresas de hipotecas do país também animou os negócios. O índice FTSEurofirst 300 avançou 0,76%, para 1.134 pontos.
As ações em todo o mundo encontraram sustentação no plano do Tesouro americano e do Federal Reserve para emprestar dinheiro e comprar ativos das concessoras de crédito imobiliário. Mas a preocupação com o impacto da crise de crédito sobre o setor financeiro tirou um pouco de força das ações em Nova York e no final dos pregões na Europa.
Em Londres, o o índice Financial Times fechou em alta de 0,74%, a 5.300 pontos. O DAX, de Frankfurt, subiu 0,76%, para 6.200 pontos. Também subiram as bolsas de Paris (1,02%), Milão (0,15%) e Madri (0,52%). Em Lisboa houve queda de 1,55%.
15/07/2008
As bolsas de valores americanas fecharam em baixa ontem, depois que o temor de investidores sobre a saúde dos bancos neutralizou o otimismo com o plano do governo para socorrer as agências hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac.
No domingo, o Tesouro americano e o Federal Reserve disseram que podem emprestar recursos e comprar ações das empresas se for necessário.
As ações subiram no início do dia, mas logo perderam força à medida que os analistas notaram que qualquer investimento direto do governo iria diluir ainda mais o valor das ações.
Bancos regionais também estiveram na mira de investidores, pelo receio de mais falências após reguladores norte-americanos terem assumido o IndyMac Bancorp na noite de sexta-feira.
O índice Dow Jones caiu 0,41%, para 11.055 pontos, e o Standard & Poor's 500 perdeu 0,90%, a 1.228 pontos. O Nasdaq recuou 1,17%, a 2.212 pontos.
O indicador financeiro dentro do S&P caiu 5%, para 239 pontos - o nível mais baixo desde outubro de 1998.
As bolsas européias fecharam em alta, em uma sessão dominada pela atividade de fusões em alguns setores, como o de bancos e o de bebidas. O plano de socorro dos Estados Unidos às principais empresas de hipotecas do país também animou os negócios. O índice FTSEurofirst 300 avançou 0,76%, para 1.134 pontos.
As ações em todo o mundo encontraram sustentação no plano do Tesouro americano e do Federal Reserve para emprestar dinheiro e comprar ativos das concessoras de crédito imobiliário. Mas a preocupação com o impacto da crise de crédito sobre o setor financeiro tirou um pouco de força das ações em Nova York e no final dos pregões na Europa.
Em Londres, o o índice Financial Times fechou em alta de 0,74%, a 5.300 pontos. O DAX, de Frankfurt, subiu 0,76%, para 6.200 pontos. Também subiram as bolsas de Paris (1,02%), Milão (0,15%) e Madri (0,52%). Em Lisboa houve queda de 1,55%.
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Intervenção reforça temor e Bolsa de NY fecha em queda
por Renato Martins da Agência Estado
14.07.2008 18h36
O mercado norte-americano de ações fechou em queda, depois de a intervenção federal no banco californiano IndyMac e o anúncio de um plano de socorro financeiro para as agências de crédito hipotecário provocarem temores quanto a outras instituições que poderiam estar em dificuldades. O índice das 89 ações financeiras listadas no S&P-500 caiu 6,1%, na maior queda desde abril de 2000.
As ações das agências semigovernamentais de crédito hipotecário Fannie Mae e Freddie Mac tiveram um dia de grande volatilidade, depois de o Departamento do Tesouro anunciar um plano pelo qual elas terão maior acesso a crédito e o próprio Tesouro poderá comprar ações dessas agências; ao mesmo tempo, o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) anunciou que elas terão acesso ao guichê do redesconto, linha emergencial de crédito. As ações da Fannie Mae fecharam em queda de 5,07% e as da Freddie Mac cederam 8,26%.
Em reação à intervenção federal no IndyMac, da Califórnia, as ações de outros bancos regionais sofreram quedas fortes, entre eles o National City Corp. (de Ohio), com baixa de 14,71%, e o Zions Bancorp (de Utah), com perda de 23,20%; as ações do Washington Mutual (do Estado de Washington) caíram 34,75%. Outras ações do setor financeiro também sofreram quedas fortes, entre elas Lehman Brothers (-14,07%), Bank of America (-7,01%), Citigroup (-5,99%) e JPMorgan Chase (-4,43%).
Em outros setores, as ações da Apple subiram 0,75%, depois de a empresa anunciar que vendeu 1 milhão de aparelhos iPhone 3G no primeiro fim de semana de lançamento; as da Anheuser-Busch avançaram 0,53%, depois do anúncio da aquisição da empresa pela belgo-brasileira InBev. As ações da Yahoo! caíram 4,24%, depois de a empresa rejeitar uma oferta da Microsoft e do investidor Carl Icahn por seu mecanismo de buscas na internet; a Yahoo! também disse que reiterou, sem sucesso, sua disposição de ser comprada inteira pela Microsoft por US$ 47,3 bilhões.
O índice Dow Jones fechou em queda de 0,41%, em 11.055,19 pontos. O Nasdaq encerrou o dia com perda de 1,17%, em 2.212,87 pontos. O S&P-500 caiu 0,90%, para 1.228,30 pontos. O NYSE Composite recuou 0,71%, para 8.287,76 pontos. As informações são da Dow Jones.
14.07.2008 18h36
O mercado norte-americano de ações fechou em queda, depois de a intervenção federal no banco californiano IndyMac e o anúncio de um plano de socorro financeiro para as agências de crédito hipotecário provocarem temores quanto a outras instituições que poderiam estar em dificuldades. O índice das 89 ações financeiras listadas no S&P-500 caiu 6,1%, na maior queda desde abril de 2000.
As ações das agências semigovernamentais de crédito hipotecário Fannie Mae e Freddie Mac tiveram um dia de grande volatilidade, depois de o Departamento do Tesouro anunciar um plano pelo qual elas terão maior acesso a crédito e o próprio Tesouro poderá comprar ações dessas agências; ao mesmo tempo, o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) anunciou que elas terão acesso ao guichê do redesconto, linha emergencial de crédito. As ações da Fannie Mae fecharam em queda de 5,07% e as da Freddie Mac cederam 8,26%.
Em reação à intervenção federal no IndyMac, da Califórnia, as ações de outros bancos regionais sofreram quedas fortes, entre eles o National City Corp. (de Ohio), com baixa de 14,71%, e o Zions Bancorp (de Utah), com perda de 23,20%; as ações do Washington Mutual (do Estado de Washington) caíram 34,75%. Outras ações do setor financeiro também sofreram quedas fortes, entre elas Lehman Brothers (-14,07%), Bank of America (-7,01%), Citigroup (-5,99%) e JPMorgan Chase (-4,43%).
Em outros setores, as ações da Apple subiram 0,75%, depois de a empresa anunciar que vendeu 1 milhão de aparelhos iPhone 3G no primeiro fim de semana de lançamento; as da Anheuser-Busch avançaram 0,53%, depois do anúncio da aquisição da empresa pela belgo-brasileira InBev. As ações da Yahoo! caíram 4,24%, depois de a empresa rejeitar uma oferta da Microsoft e do investidor Carl Icahn por seu mecanismo de buscas na internet; a Yahoo! também disse que reiterou, sem sucesso, sua disposição de ser comprada inteira pela Microsoft por US$ 47,3 bilhões.
O índice Dow Jones fechou em queda de 0,41%, em 11.055,19 pontos. O Nasdaq encerrou o dia com perda de 1,17%, em 2.212,87 pontos. O S&P-500 caiu 0,90%, para 1.228,30 pontos. O NYSE Composite recuou 0,71%, para 8.287,76 pontos. As informações são da Dow Jones.
Na contramão de NY, Ibovespa abre semana em alta
por Claudia Violante da Agência Estado
14.07.2008 17h28
A notícia de que o governo norte-americano vai ajudar as duas principais agências de hipotecas dos Estados Unidos serviu de justificativa para cessar as ordens de vendas de ações na Bovespa. Assim, o principal índice da Bolsa doméstica abriu a semana em alta, na contramão de Wall Street, que caiu. O setor financeiro foi destaque negativo por lá, por causa das dúvidas sobre como se dará a ajuda às agências Freddie Mac e Fannie Mae, do alerta da Goldman Sachs sobre os bancos médios e, por fim, dos rumores de que o banco de investimentos Lehman Brothers vai fechar o capital.
O Ibovespa terminou o dia em alta de 0,95%, aos 60.720,9 pontos. Oscilou entre a mínima de 60.156 pontos (+0,01%) e a máxima de 61.306 pontos (+1,92%). As perdas em julho diminuíram para 6,61% e as do ano até hoje, para 4,95%.
Em anúncios separados ontem, o Tesouro americano e o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) deixaram claro que o governo federal considera necessário ajudar as agências hipotecárias, cujas ações despencaram na última semana com temores sobre a solvência delas. Em um passo dramático para ajudar a estabilizar a Fannie Mae e a Freddie Mac, os reguladores financeiros dos EUA permitirão que as empresas tomem recursos emprestados diretamente do Fed e propuseram ao Tesouro a autoridade de assumir uma participação nas agências.
Logo cedo, as ações nas Bolsas de Nova York subiam, mas o fôlego foi curto, já que os investidores engataram ordens de vendas em função das dúvidas sobre como a ajuda se dará. Um alerta do Goldman Sachs de que os bancos regionais dos EUA poderão ter que cortar dividendos para restabelecer o capital e os rumores de que o Lehman Brothers poderá fechar o capital, de modo a evitar um arranjo como o da venda do Bear Stearns, completam o quadro negativo que se instalou hoje em Nova York. O índice nova-iorquino Dow Jones terminou a sessão em baixa de 0,41%, o S&P recuou 0,90% e o Nasdaq caiu 1,17%.
Na Bovespa, os investidores usaram a notícia para interromper, mesmo que momentaneamente, a queda acumulada pelo índice no mês. Os investidores se acalmaram hoje para esperar pelo que vai acontecer, comentou um profissional do mercado ao lembrar que a agenda da semana é carregada nos próximos dias. As compras de ações, que ocorreram de forma generalizada, também acabam servindo como um colchão que pode ser usado para os momentos de maior volatilidade.
Mas as aquisições não foram muito exuberantes, sinal de que o quadro ainda é de cautela. Mostra disso está no volume financeiro tímido do dia, de apenas R$ 4,308 bilhões. Os setores de siderurgia e energia fecharam no azul, assim com as ações da Vale e da Petrobras (Vale PNA subiu 2,21%, Vale ON ganhou 1,65%, Petrobras PN avançou 0,69% e Petrobras ON registrou elevação de 0,28%).
Para amanhã, a história deve ser diferente, já que a temporada de balanços começa a mostrar números mais relevantes - são destaques os resultados trimestrais da Intel e da Johnson & Johnson. Além disso, sai nos EUA o índice de preços no atacado.
14.07.2008 17h28
A notícia de que o governo norte-americano vai ajudar as duas principais agências de hipotecas dos Estados Unidos serviu de justificativa para cessar as ordens de vendas de ações na Bovespa. Assim, o principal índice da Bolsa doméstica abriu a semana em alta, na contramão de Wall Street, que caiu. O setor financeiro foi destaque negativo por lá, por causa das dúvidas sobre como se dará a ajuda às agências Freddie Mac e Fannie Mae, do alerta da Goldman Sachs sobre os bancos médios e, por fim, dos rumores de que o banco de investimentos Lehman Brothers vai fechar o capital.
O Ibovespa terminou o dia em alta de 0,95%, aos 60.720,9 pontos. Oscilou entre a mínima de 60.156 pontos (+0,01%) e a máxima de 61.306 pontos (+1,92%). As perdas em julho diminuíram para 6,61% e as do ano até hoje, para 4,95%.
Em anúncios separados ontem, o Tesouro americano e o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) deixaram claro que o governo federal considera necessário ajudar as agências hipotecárias, cujas ações despencaram na última semana com temores sobre a solvência delas. Em um passo dramático para ajudar a estabilizar a Fannie Mae e a Freddie Mac, os reguladores financeiros dos EUA permitirão que as empresas tomem recursos emprestados diretamente do Fed e propuseram ao Tesouro a autoridade de assumir uma participação nas agências.
Logo cedo, as ações nas Bolsas de Nova York subiam, mas o fôlego foi curto, já que os investidores engataram ordens de vendas em função das dúvidas sobre como a ajuda se dará. Um alerta do Goldman Sachs de que os bancos regionais dos EUA poderão ter que cortar dividendos para restabelecer o capital e os rumores de que o Lehman Brothers poderá fechar o capital, de modo a evitar um arranjo como o da venda do Bear Stearns, completam o quadro negativo que se instalou hoje em Nova York. O índice nova-iorquino Dow Jones terminou a sessão em baixa de 0,41%, o S&P recuou 0,90% e o Nasdaq caiu 1,17%.
Na Bovespa, os investidores usaram a notícia para interromper, mesmo que momentaneamente, a queda acumulada pelo índice no mês. Os investidores se acalmaram hoje para esperar pelo que vai acontecer, comentou um profissional do mercado ao lembrar que a agenda da semana é carregada nos próximos dias. As compras de ações, que ocorreram de forma generalizada, também acabam servindo como um colchão que pode ser usado para os momentos de maior volatilidade.
Mas as aquisições não foram muito exuberantes, sinal de que o quadro ainda é de cautela. Mostra disso está no volume financeiro tímido do dia, de apenas R$ 4,308 bilhões. Os setores de siderurgia e energia fecharam no azul, assim com as ações da Vale e da Petrobras (Vale PNA subiu 2,21%, Vale ON ganhou 1,65%, Petrobras PN avançou 0,69% e Petrobras ON registrou elevação de 0,28%).
Para amanhã, a história deve ser diferente, já que a temporada de balanços começa a mostrar números mais relevantes - são destaques os resultados trimestrais da Intel e da Johnson & Johnson. Além disso, sai nos EUA o índice de preços no atacado.
VALE 5...após 11/07...tendência de alta com objetivos em 44,70 e 45,70...
PETR4 ...após 11/07...tendência de alta com objetivos em 42,50 e 43,50...

ANÁLISE: Petr4 ao conseguir manter o suporte nos 40,00, pode estar "desenhando" um triângulo de alta com objetivos, primeiramente em 42,50 e depois em 43,50. Os principais indicadores no gráfico diário sinalizam tendência de alta.
Resistências imediatas: 41,25; 42,50 e 43,50.
Suportes: 40,00, 39,00 e 38,00
EUA vão socorrer gigantes das hipotecas
por Agência Estado
14.07.2008 08h00
O Departamento de Tesouro dos Estados Unidos e o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) anunciaram ontem medidas drásticas que incluem empréstimos e, se necessário, a compra de ações das gigantes de hipotecas Fannie Mae e Freddie Mac, que estão em dificuldades.
Em um anúncio que precede uma grande venda de títulos da Freddie Mac hoje - cujo valor chega a US$ 3 bilhões -, o Tesouro norte-americano e o Fed revelaram uma série de medidas para deixar claro que as autoridades dos Estados Unidos pretendem que as duas empresas sigam em atividade. "O fortalecimento dessas instituições é importante para manter a confiança e a estabilidade em nosso sistema financeiro e em nossos mercados", disse, em comunicado, o secretário do Tesouro, Henry Paulson. "Por isso, devemos tomar medidas para enfrentar a atual situação de forma a conseguirmos uma estrutura regulatória mais forte." As medidas, no entanto, ainda dependem da aprovação do Congresso americano.
Entre as principais medidas a serem adotadas, o Tesouro dos EUA pretende elevar uma linha federal de crédito disponível para cada companhia, até um limite a ser determinado pelo próprio Tesouro. Atualmente, cada companhia tem direito a uma linha de US$ 2,25 bilhões. Além disso, o Fed deve autorizar as duas companhias a terem acesso à "janela de redesconto", um instrumento pelo qual o Fed empresta dinheiro a instituições financeiras em dificuldades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
14.07.2008 08h00
O Departamento de Tesouro dos Estados Unidos e o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) anunciaram ontem medidas drásticas que incluem empréstimos e, se necessário, a compra de ações das gigantes de hipotecas Fannie Mae e Freddie Mac, que estão em dificuldades.
Em um anúncio que precede uma grande venda de títulos da Freddie Mac hoje - cujo valor chega a US$ 3 bilhões -, o Tesouro norte-americano e o Fed revelaram uma série de medidas para deixar claro que as autoridades dos Estados Unidos pretendem que as duas empresas sigam em atividade. "O fortalecimento dessas instituições é importante para manter a confiança e a estabilidade em nosso sistema financeiro e em nossos mercados", disse, em comunicado, o secretário do Tesouro, Henry Paulson. "Por isso, devemos tomar medidas para enfrentar a atual situação de forma a conseguirmos uma estrutura regulatória mais forte." As medidas, no entanto, ainda dependem da aprovação do Congresso americano.
Entre as principais medidas a serem adotadas, o Tesouro dos EUA pretende elevar uma linha federal de crédito disponível para cada companhia, até um limite a ser determinado pelo próprio Tesouro. Atualmente, cada companhia tem direito a uma linha de US$ 2,25 bilhões. Além disso, o Fed deve autorizar as duas companhias a terem acesso à "janela de redesconto", um instrumento pelo qual o Fed empresta dinheiro a instituições financeiras em dificuldades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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