terça-feira, 23 de setembro de 2008

Dúvidas persistem e Wall Street volta a fechar em queda

por Renato Martins da Agência Estado
23.09.2008 18h31

As Bolsas americanas voltaram a fechar em queda, com o índice Dow Jones acumulando uma perda de mais de 460 pontos nos dois últimos dias, na maior queda em dois pregões consecutivos desde 2002; o Dow Jones fechou apenas 245 pontos acima da mínima de fechamento do ano, alcançada na quarta-feira passada; o S&P-500 ficou a apenas 32 pontos de sua mínima de fechamento do ano.
Assim como ontem, a queda hoje foi atribuída às incertezas que cercam o pacote de US$ 700 bilhões em socorro às instituições financeiras anunciado no fim de semana nos Estados Unidos. Embora o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, e o secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, tenham defendido a proposta em depoimento a um comitê do Senado, os integrantes do Congresso mostraram resistências, ao mesmo tempo que prosseguem as dúvidas sobre se o pacote contribuirá para a recuperação da economia. "As pessoas querem ouvir novidades concretas sobre o plano, parece que eles ainda têm algum trabalho pela frente. Isso nos traz mais incerteza, e uma coisa que Wall Street odeia é incerteza", comentou Joe Saluzzi, da Themis Trading.
Das 30 componentes do Dow Jones, 27 ações fecharam em queda (as exceções foram American Express +2,65%, Intel +0,70% e Microsoft +0,16%). Em meio às incertezas sobre a economia, as ações da General Motors caíram 7,43% e as da General Electric perderam 4,59%. As ações dos setores de metais, petróleo e outras commodities estavam entre as que mais caíram, em reação à retomada do movimento de queda dos preços das commodities (Alcoa -4,51%, ExxonMobil -1,51%, Chevron -2,14%).
O índice Dow Jones fechou em queda de 161,52 pontos (-1,47%), em 10.854,17 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 25,64 pontos (-1,18%), em 2.153,34 pontos. O S&P-500 caiu 18,87 pontos (-1,56%), para 1.188,22 pontos.

Títulos

Os preços dos títulos de curto prazo do Tesouro dos EUA subiram, com correspondente baixa nos juros. Os preços dos Treasuries de 10 e de 30 anos caminharam na direção oposta. A alta dos preços das T-Notes de 2 e de 5 anos foi atribuída ao crescimento da preocupação dos investidores quanto ao pacote de socorro ao setor financeiro de US$ 700 bilhões anunciado no fim de semana. Embora Bernanke e Paulson tenham passado horas defendendo o pacote durante uma audiência no Senado, deputados e senadores do Partido Democrata, de oposição ao governo do presidente George W. Bush, disseram que o plano só será aprovado pelo Congresso com mudanças substanciais em relação ao que foi anunciado.
"Claramente, até agora o plano Paulson não fez muito para aliviar os temores quanto ao setor financeiro e aos mercados em geral. A aversão a risco que vimos na semana passada está voltando a nos assombrar novamente, e isso provavelmente vai continuar até o fim do trimestre", disse o estrategista Ira Jersey, do Credit Suisse. Para Glenn Holland, vice-presidente sênior da divisão de estratégia para renda fixa da Newedge USA, os participantes do mercado estão preocupados com "a total falta de clareza sobre como o pacote de socorro vai ficar".
Em Chicago, no fim da tarde, os contratos futuros de Fed Funds para novembro projetavam uma probabilidade de 58% de que o Fed reduza a taxa dos Fed Funds de 2% para 1,75% ao ano na reunião de 28 e 29 de outubro; ontem, essa projeção estava em 34%.
No fechamento em Nova York, o juro projetado pelos T-Bonds de 30 anos estava em 4,406% ao ano, de 4,395% ontem; o juro das T-Notes de 10 anos estava em 3,822%, de 3,808% ontem; o juro das T-Notes de 2 anos estava em 2,072%, de 2,097% ontem. As informações são da Dow Jones.

Bovespa recua 3,78% com commodities em queda

por Claudia Violante da Agência Estado
23.09.2008 17h50

Pelo segundo pregão consecutivo, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) terminou com perdas substanciais, ainda em decorrência das incertezas que cercam a aprovação do socorro bilionário anunciado pelo governo norte-americano ao sistema financeiro. A defesa do pacote feita hoje no Congresso dos EUA pelo presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, e pelo secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, não dizimou as dúvidas, embora tenha contribuído para uma recuperação do dólar no mercado global de moedas. Com isso, os preços das matérias-primas (commodities) acabaram caindo e serviram de peso extra de baixa à Bolsa brasileira, na qual têm grande influência.
O Ibovespa fechou em queda de 3,78% a 49.593 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 49.289 pontos (-4,37%) e a máxima de 51.856 pontos (+0,61%). No mês, o Ibovespa acumula perda de 10,93% e, no ano, de -22,37%. O volume de negócios totalizou R$ 5,35 bilhões.
Em Wall Street, o índice Dow Jones terminou em baixa de 1,47% a 10.854 pontos; o S&P recuou 1,56% a 1.188 pontos e o Nasdaq caiu 1,18% a 2.153 pontos. Os dados são preliminares. Na Europa, o índice CAC-40, da Bolsa de Paris, recuou 1,98% e em Frankfurt o índice DAX terminou em queda de 0,64%. A Bolsa de Londres cedeu 1,91%.
As atenções de hoje estavam totalmente voltadas para os depoimentos de Bernanke e Paulson, no Congresso americano, onde eles se revezaram em pedir que os parlamentares aprovem rapidamente a ajuda de US$ 700 bilhões proposta no final de semana. Segundo Paulson, é preciso passar rapidamente o texto, sem atrasos com cláusulas que "não estão relacionadas ou que não tenham amplo apoio". Ele ainda pediu uma 'forte supervisão' para o plano do governo dos EUA, que é justamente um dos pontos defendidos pelos congressistas.
Apesar dos apelos, o efeito não foi exatamente o previsto, já que os analistas consideraram as declarações um pouco pessimistas, principalmente quando Bernanke instou os congressistas a aprovarem logo o pacote alegando que a economia dos EUA e seus mercados financeiros enfrentarão sérios riscos caso isso não ocorra. Para Bernanke, a ação é necessária para estabilizar os mercados, de modo a minimizar os efeitos sobre a economia.
Uma das críticas foi a analista Meredith Whitney, da gestora Oppenheimer & Co, para quem a turbulência está tão severa que seus efeitos negativos sobre a economia podem não ser enfraquecidos pelo plano de resgate. Ou seja, mesmo se passar no Congresso, o plano pode ter seus efeitos minimizados sobre a economia real.
Os indicadores econômicos já mostram que a situação é complicada fora de Wall Street. Hoje, foi divulgado que os preços das moradias nos EUA caíram 0,6% de junho a julho, 5,3% nos 12 meses encerrados em julho e também 5,3% desde que atingiram o pico, em abril de 2007. Em julho, o índice mensal atingiu o menor nível desde outubro de 2005.
Diante de tanta incerteza, o investidor fica de um lado para outro, à procura do ativo que lhe permitirá perder menos. Ontem, a tábua de salvação ficou com as commodities; hoje, com o dólar - principalmente com a leitura de alguns de que, no final das contas, bom ou ruim, o pacote deve mesmo ser aprovado nesta semana. A alta da moeda norte-americana levou os produtos básicos, que ontem subiram, a engatar o caminho de volta: metais, produtos agrícolas e petróleo fecharam em baixa.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o contrato futuro de petróleo com vencimento em novembro terminou cotado a US$ 106,61 por barril, com recuo de 2,52%. Isso atingiu os papéis da Petrobras na Bovespa, que hoje perderam mais de 4%. As ações da mineradora Vale sofreram mais, ao seguir o comportamento das mineradoras na Europa e também o desconto que os investidores vêm fazendo na ação, diante da pressão da brasileira por um novo reajuste do minério que vende à China. Isso apesar dos sinais de retração mundial. As ações ordinárias (ON) da Vale caíram mais de 8% no pior momento da sessão, e fecharam não muito longe disso, a -7,33%. As ações preferenciais da classe A (PNA) da Vale cederam 5,81% na mínima e -5,44% no fechamento. Petrobras PN fechou em baixa de 4,73% a R$ 33,25 e Petrobras ON caiu 4,63% a R$ 40,99.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

DJI...após 22/09...volatilidade e possibilidade de continuidade da queda...


DJI abriu na máxima em 11.395 pontos e com os índices futuros em forte queda, deu sequência ao movimento de realização iniciado no final do pregão anterior. Conseguiu por um bom tempo se manter no patamar dos 11.200 pontos, aguardando por esclarecimentos ou manifestações de apoio ao pacote econômico, que não vieram. Nas últimas horas de pregão, deu continuidade ao movimento de queda, movimentando-se em um "sub-canal" de baixa, até encontrar suporte na mínima em 10.993 pontos ( - 3,6%),para finalizar em 11.015 pontos ( - 3,27%).

Análise: Como já previam os indicadores fortemente "esticados", DJI realizou, após 2 pregões de forte alta, vindo encontrar suporte nos 11 mil pontos. Enquanto o mercado não "desembrulhar adequadamente" o pacote governamental americano, DJI deverá caminhar lateralmente, com volatilidade e provavelmente, em tendência de queda.
O Estocástico e o CCI/Ma cruzamento do gráfico diário ainda sinalizam tendência de alta, o que não ocorre no gráfico de 30 minutos. Por outro lado, o IFR e o oscilador de momentos sinalizam tendência baixista, nos dois gráficos.O "candle" formado no gráfico diário é um "marubozu" cheio, indicando a predominância da pressão vendedora. Os índices futuros, antes da abertura do pregão, poderão confirmar a tendência predominante, para este pregão.

Suportes imediatos em 10.950, 10.840 e 10.700 pontos.

Resistências imediatas em 11.040, 11.200, 11.410 e 11.483 pontos.

IBOV...após 22/09...volatilidade e possibilidade de continuidade da queda...



O Ibovespa abriu nos 53.055 pontos e com os índices futuros em alta, deu sequência ao movimento altista do pregão anterior, até encontrar resistência na máxima em 53.455 pontos ( +0,77%), ainda na primeira hora de pregão. Com a confirmação da abertura em queda de DJI, o Ibovespa ficou boa parte do pregão, oscilando ao redor dos 53 mil pontos, aguardando por uma possível recuperação de DJI, que não veio. Com a confirmação da deterioração dos mercados americanos, na última hora de pregão, o Ibovespa também realizou fortemente, refluindo até atingir a mínima em 51.530 pontos (- 2,87%) e finalizando em seguida, nos 51.540 pontos ( -2,85%).

Análise: Como já previam os indicadores fortemente "esticados", com a alta acumulada nos pregões anteriores, o Ibovespa realizou, sintonizado como DJI, vindo encontrar suporte nos 51.500 pontos. O Estocástico e o CCI/Ma cruzamento do gráfico diário ainda sinalizam tendência de alta, o que não ocorre no gráfico de 30 minutos. Por outro lado, o IFR e o oscilador de momentos sinalizam tendência baixista, nos dois gráficos. Enquanto o mercado não tiver maior segurança e melhor entendimento do pacote governamental americano, deverá caminhar lateralmente, com muita volatilidade e possivelmente, em tendência de queda. O "candle" formado no gráfico diário é um "marubozu" cheio, indicando a predominância da pressão vendedora que ocorreu no final do pregão. Os índices futuros, antes da abertura do pregão, poderão confirmar a tendência predominante, para este pregão.

Suportes imediatos em 50.800, 50.340 (fibo de 62%), 49.800, 48.400 (fibo de 38%) e 47.400 pontos.

Resistências imediatas em 52.000, 52.600, 53.300 e 53.700 pontos.

Dúvida sobre pacote de socorro a bancos derruba NY

por Renato Martins da Agência Estado
22.09.2008 18h35

O mercado norte-americano de ações fechou em queda forte, com o índice Dow Jones devolvendo os ganhos da sexta-feira. Entre as ações que mais caíram estavam as que mais haviam subido na quinta-feira e na sexta da semana passada, em especial as do setor financeiro, devido às incertezas que cercam o pacote de socorro aos bancos anunciado durante o fim de semana.
Alguns operadores disseram que o movimento de queda pode ter sido exacerbado pela decisão da Securities and Exchange Comission (SEC, a comissão de valores mobiliários americana) de proibir as vendas a descoberto de centenas de ações. "Isso está acabando com muitos dos modelos dos fundos de hedge. Ao proibir as vendas a descoberto, você também os impede de comprar; por isso, o resultado não é necessariamente positivo. Para cada 100 ações que seriam vendidas a descoberto, há 100 que teriam sido compradas, e elas simplesmente não estão lá. Não é surpresa que o mercado esteja devolvendo", comentou um participante do mercado.
Das 30 componentes do Dow Jones, 28 ações fecharam em queda (as exceções foram Alcoa, com alta de 0,04%, e Microsoft, com ganho de 0,95%, depois de a empresa anunciar um programa de recompra de ações). Em seu dia de estréia como componentes do Dow (no lugar da seguradora AIG, agora sob intervenção federal), as ações da Kraft Foods caíram 5,38%. As do setor financeiro estavam entre as que mais caíram (JPMorgan Chase -13,28%, Bank of America -8,88%, American Express -7,70%, Citigroup -3,10%).
Uma das medidas anunciadas ontem foi a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central americano) de permitir que os bancos de investimento Goldman Sachs e Morgan Stanley se tornem companhias controladoras do setor bancário, passando a ter suas atividades supervisionadas mais de perto e a usufruir de algumas garantias; as ações do Goldman Sachs caíram 6,95% e as do Morgan Stanley, que deverá vender uma participação de até 20% para o Mitsubishi UFJ Financial Group, recuaram 0,44%. Embora Morgan Stanley e Goldman Sachs agora possam adquirir outros bancos, as ações de instituições que vêm sendo objeto de especulações sobre sua possível aquisição sofreram quedas fortes (Sovereign Bancorp -22,78%, Marshall & Isley -22,64%, Washington Mutual -21,65%).
No setor de tecnologia, as ações da Apple caíram 7% e as da Cisco Systems recuaram 4,86%, devido à percepção de que o pacote de socorro ao setor financeiro não terá impacto positivo no crescimento da economia; a mesma preocupação afetou ações industriais como DuPont (-5,52%), de produtos de consumo como Home Depot (-6,39%) e as das montadoras de veículos (GM -11,47%).
O índice Dow Jones fechou em queda de 372,75 pontos (-3,27%), em 11.015,69 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 94,92 pontos (-4,17%), em 2.178,98 pontos. O S&P-500 caiu 47,99 pontos (-3,82%), para 1.207,09 pontos. As informações são da Dow Jones.

Bovespa cai 2,86% com incerteza sobre plano dos EUA

por Claudia Violante da Agência Estado
22.09.2008 17h37

Depois da euforia da sexta-feira passada, o mercado brasileiro de ações voltou ao seu ramerrame, hoje focado sobre os desdobramentos do socorro que o governo norte-americano dará ao sistema financeiro. À espera dos detalhes do pacote de US$ 700 bilhões, encaminhado ao Congresso dos Estados Unidos no final de semana, os investidores adotaram a cautela. O temor de que os parlamentares possam dificultar a aprovação ou colocar medidas que encareçam a ajuda, por exemplo, levou muitos investidores a vender ativos e se refugiar em outros menos arriscados. As commodities, hoje, voltaram a desempenhar tal papel.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) até ensaiou uma elevação na abertura e em vários momentos do pregão ficou no azul. Mas não conseguiu manter o desempenho, já que Wall Street jogava contra. O índice Bovespa (Ibovespa) fechou em baixa de 2,86%, aos 51.540 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 51.530 pontos (-2,87%) e a máxima de 53.455 pontos (+0,75%). No mês, as perdas somam 7,43% e, no ano, -19,32%. O giro financeiro totalizou R$ 5,352 bilhões. Os dados são preliminares.
As ações da Petrobras fizeram contrapeso ao sinal negativo na maior parte do pregão, já que subiam puxadas pela disparada do petróleo. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o vencimento do contrato de outubro da commodity terminou em US$ 120,92, alta de 15,66%. A forte queda no dólar também ajudou os preços da energia a subir.
Mas a alta do petróleo somou-se às preocupações com o pacote do governo norte-americano e levou as ações a fecharem com quedas superiores a 3% nos EUA. O plano de compra de créditos podres das instituições financeiras norte-americanas pode mexer com muitas carteiras, e, em meio às incertezas, os investidores tentam se reposicionar no mercado. Nas bolsas, as ações de instituições financeiras estiveram no centro das vendas hoje, enquanto as empresas de energia seguiram como o único setor a registrar ganhos.
Em linhas gerais, o governo dos EUA encaminhou ao Congresso um plano em que pede autorização para que o Tesouro americano possa recomprar hipotecas e dívidas podres até US$ 700 bilhões ao longo dos próximos dois anos. O documento ainda prevê o aumento do limite de endividamento do setor público de US$ 10,6 trilhões para US$ 11,3 trilhões. Mas o pacote pode ter dificuldades de passar no Congresso, onde os democratas querem acrescentar algumas cláusulas, como limites às compensações para os executivos e a permissão para que o governo tome ações de qualquer instituição financeira que aderir ao programa.
No Brasil, as ações preferenciais (PN) da Petrobras acabaram devolvendo no fechamento a alta registrada durante todo o pregão. Recuaram 0,23%, embora as ordinárias (ON) tenham subido 0,23%. Hoje, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou, por meio de sua assessoria, que governo vai permitir o uso do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para capitalizar a Petrobras, como havia informado a Folha de S.Paulo no final de semana e depois confirmado o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Segundo Mantega, em nenhum momento se cogitou a utilização do FGTS para capitalizar a Petrobras.
Apesar da alta do preço de metais nas bolsas de commodities internacionais, as ações da Vale e das siderúrgicas também fecharam em baixa na Bovespa, assim como o setor bancário.

IBOV...após 19/09...indicadores sobrecomprados sinalizam realização...


O Ibovespa abriu nos 48.423 pontos (na mínima do dia) e com os mercados futuros em alta, deu sequência ao movimento altista até encontrar resistência na máxima em 53.168 pontos ( + 9,80%). Daí, sintonizado ainda com DJI, refluiu para finalizar em 53.055 ( + 9,57%).

Análise: Dando sequência à alta iniciada no pregão anterior, o Ibovespa rompeu novamente os 50 mil pontos, até encontrar resistência no patamar dos 53 mil pontos, onde finalizou exatamente em cima da LTB secundária. Acima dessa máxima deverá encontrar forte resistência na LTB primária, próximo aos 54 mil pontos. Os indicadores do gráfico diário sinalizam tendência de alta, apesar de aparentemente sobrecomprados. O gráfico de 30 minutos, porém confirma a sobrecompra e uma reversão de tendência pode se iniciar ainda neste pregão. O "candle" formado no gráfico diário é um "marubozu" vazio, indicativo da forte predominância da pressão compradora. Os índices futuros, antes da abertura do pregão, poderão confirmar a tendência predominante.

Suportes imediatos em 52.950, 51.270, 51.000 e 48.050 pontos.

Resistências imediatas em 53.500, 53.990 e 56 mil pontos.

sábado, 20 de setembro de 2008

IBOV...após 19/09, promete uma quarta semana ainda de muita volatilidade...


O Ibovespa fechou essa última semana em alta, formando no gráfico semanal um "candle" semelhante a um "martelo" que sinaliza possibilidade de continuidade dessa alta na próxima semana. Como previsto, foi mais uma semana de intensa volatilidade, oscilando entre a máxima dessa última sexta, nos 53.170 pontos e a mínima, na quinta, em 45.300 pontos e o fechamento, próximo da máxima nos 53 mil pontos. A máxima semanal ocorreu exatamente em cima da LTB secundária recente. As próximas resistências do gráfico semanal se encontram nas LTB's iniciadas 4 semanas atrás, no mês de agosto, nos 53.600, 55.200 e 56.700 pontos. Os suportes do gráfico semanal se encontram em 52.300, 50.000 e 43.200 pontos.

Análise: Essa 4a. semana ainda será de muita volatilidade, em função dos desdobramentos da interpretação do mercado americano sobre o "pacote de salvamento" do setor financeiro. O Ibovespa deverá estar bastante atrelado a esses desdobramentos. É possível que ocorra alguma realização no início da semana, por conta de muitos indicadores que já se encontram bastante sobrecomprados, pela fortíssima alta entre a mínima de quinta e a máxima nesta sexta, superior a 17,3%.
A manutenção do suporte próximo aos 50 mil pontos (fibo de 62%) poderá dar impulso ao Ibovespa, para tentar romper as resistências nos 55 mil e 56 mil pontos. A perda desse suporte, porém, poderá levar o Ibovespa aos 48.300 pontos (fibo de 38%)novamente, e a perda desse suporte, até os 43 mil pontos.

DJI...após 19/09...quarta semana de setembro com muita volatilidade, ainda...


DJI fechou a semana em leve queda, oscilando entre a máxima nos 11.483 e a mínima nos 10.460 pontos. DJI conseguiu oscilar 9,8% nesse intervalo semanal, o equivalente a uma variação de 1020 pontos, em um intervalo de apenas 2 dias. O fechamento semanal em forte recuperação fez com que os principais indicadores sinalizassem a continuidade da alta, apesar de que alguns indicadores se encontrem "sobrecomprados".
O gráfico semanal se assemelha a um "doji" formado aparentemente, em um final de tendência de queda, sugerindo a possibilidade de reversão para alta, até o final da próxima semana. De qualquer modo, é possível que DJI ainda continue em movimento "zigzagueante" nesse canal construido agora, com intervalo de variação mais alongado (10.500 e 11.500 pontos). As resistências semanais nas LTB's semanais recentes em 11.410, 11.500 e 11.600 pontos. Os uportes semanais imediatos em 11.340, 11.170 e 11.040 pontos.

Como previsto na última análise semanal, a 3a. semana de setembro, foi uma semana de fortíssima volatidade. Grande queda na 1a. metade da semana e recuperação dessa queda nos dois últimos pregões da semana. Enquanto o mercado não digerir completamente o "pacote de salvamento" do sistema financeiro americano é bem possível que ocorra ainda muita volatilidade, em que pese a "proibição" de venda à descoberto de ações das empresas desse setor. Para o início da semana o destaque deverá ser o detalhamento do "pacote financeiro" de 700 bi de dólares e como o mercado avaliará a "socialização desse prejuízo", em uma segunda e terça sem grandes outros destaques da agenda financeira. Porém, a partir de quarta, tem o nível dos estoques de petróleo, as taxas de desemprego e o sentimento de mercado da Universidade de Michigan.

Futuros de Commodities em 19/09 e projeções para a quarta semana de setembro


Commodity Futures

Fonte: Bloomberg

Situação em 19/09

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW TIME
UBS BLOOMBERG CMCI 1337.34 31.71 1314.48 1340.62 1313.99
S&P GSCI 640.45 22.86 622.43 643.25 618.80
RJ/CRB Commodity 359.58 8.56 351.05 360.02 350.50
Rogers Intl 4354.96 128.88 4263.75 4362.35 4258.60
Brookshire Intl 476.74 13.04 466.21 477.63 465.88


Situação em 12/09

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW TIME
UBS BLOOMBERG CMCI 1352.69 21.99 1346.19 1361.76 1345.20
S&P GSCI 640.32 5.68 641.02 648.50 634.93
RJ/CRB Commodity 360.01 5.03 354.98 360.99 354.34
Rogers Intl 4384.10 55.08 4350.84 4428.99 4350.84
Brookshire Intl 481.62 7.49 478.90 483.37 477.50

Variação semanal 12/09 a 19/09

INDICE Fechamento (19/09) Fechamento(12/09) VARIAÇÃO SEMANAL (%)
UBS BLOOMBERG CMCI 1337.34 1352.69 -1,13%
S&P GSCI 640.45 640.32 estável
RJ/CRB Commodity 359.58 360.01 -0,12%
Rogers Intl 4354.96 4384.10 -0,66%
Brookshire Intl 476.74 481.62 -1,00%

Análise:

Comparando em base semanal (fechamento 19/09 x fechamento 12/09), podemos observar leve queda nos preços de commodities, abaixo de 1%, nos principais índices. Porém, em relação às últimas duas semanas, houve sensível redução na queda semanal de 7%, para 2% e agora queda inferior a 1%, em média. Podemos perceber uma sensível redução na velocidade de queda dos índices, o que pode estar querendo sinalizar que o mercado já realizou muito e que a reversão está muito perto de ocorrer.

Com a mínima sendo registrada na última quarta-feira, graficamente ocorreu a formação de um "candle" tipo "doji" nessa variação semanal média, ainda que "levemente cheio", mostrando ainda a tendência maior da força vendedora, mas a reação do final de semana pode estar indicando uma possibilidade de reversão. Os principais indicadores se encontram bem "sobrevendidos" o que também pode estar indicando a possibilidade de alguma reversão positiva, para essa quarta semana de setembro.

Tesouro dos EUA propõe pacote de US$700 bi para Wall Street

Portal EXAME - Reuters
20 de Setembro de 2008 11:49

WASHINGTON (Reuters) - O governo dos Estados Unidos propôs neste sábado um pacote de socorro ao setor financeiro de 700 bilhões de dólares financiado por contribuintes e direcionado à compra de títulos podres vinculados a hipotecas. A proposta é um esforço urgente para acalmar os mercados financeiros e atacar a crise imobiliária do país.
Sob o programa, o Departamento do Tesouro dos EUA comprará, ou se comprometerá a comprar, "ativos vinculados a hipotecas de qualquer instituição financeira que tenha sua sede nos Estados Unidos", afirma a proposta legislativa encaminhada pelo governo, segundo cópia obtida pela Reuters.
O departamento poderá contratar gestores de ativos para lidar com os títulos, que poderão incluir hipotecas residenciais ou comerciais e instrumentos relacionados que foram originados ou emitidos em ou antes de 17 de setembro de 2008, afirma a proposta.
Membros do Congresso devem ser informados neste sábado sobre a proposta legislativa, que poder ser considerada pela Câmara dos Representantes e pelo Senado do país já na próxima semana.
O plano também pede por um aumento da capacidade de dívida do governo norte-americano para 11,315 trilhões de dólares. O limite atual de dívida é de 10,615 trilhões de dólares.
O governo está agindo agressivamente para absorver bilhões de dólares de títulos difíceis de vender vinculados a hipotecas e ativos relacionados que têm sufocado os mercados de capitais desde o estouro da histórica bolha do setor imobiliário norte-americano.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Bovespa sobe 9,57%, maior alta desde janeiro de 1999

por Claudia Violante da Agência Estado
19.09.2008 17h56

Uma série de medidas anunciadas nos Estados Unidos trouxe euforia aos mercados acionários mundiais, com os índices disputando ganhos nas mais diferentes praças. Não foi diferente no Brasil, onde a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registrou a maior elevação porcentual desde 15 de janeiro de 1999, quando houve uma forte desvalorização do real e o regime de câmbio passou a ser flutuante no País.
O índice Bovespa (Ibovespa) subiu 9,57% hoje e fechou a 53.055 pontos. Em 15 de janeiro de 1999, tinha avançado 33,40%, segundo informações da Bolsa. Durante o pregão desta sexta-feira, o Ibovespa oscilou entre a mínima de 48.424 pontos (estabilidade) e a máxima de 53.168 pontos (+9,80%). Com os ganhos de hoje, a Bolsa brasileira acumulou elevação de 1,26% na semana e reduziu as perdas de setembro para -4,71%. No acumulado de 2008, o Ibovespa registra queda de 16,95%. O giro financeiro somou R$ 7,67 bilhões (dado preliminar).
Em linhas gerais, as medidas anunciadas hoje foram: o governo dos EUA planeja criar um fundo para comprar dívidas podres dos bancos de investimentos e outras instituições financeiras; a decisão da SEC (a comissão de valores mobiliários norte-americana) de proibir temporariamente as vendas a descoberto de posições de 799 companhias financeiras por um período de 10 dias - o Reino Unido e Austrália também proibiram a venda de ações a descoberto; o plano do Federal Reserve (Fed, banco central americano) para recomprar obrigações de dívida relacionadas às agências hipotecárias Fannie Mae e a Freddie Mac de certas instituições financeiras. Há ainda outras medidas adicionais com objetivo de estancar a crise; e o programa do Departamento do Tesouro dos EUA para garantir ativos dos fundos mútuos do mercado monetário.
As medidas levaram os investidores a se aventurarem pelo mercado acionário, muitos dos quais para zerar perdas recentes enquanto outros se animaram a tomar um pouco de risco. Assim, as bolsas subiram bastante não só nos países desenvolvidos como também nos emergentes, e ativos como as commodities (matérias-primas) fecharam em alta. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o contrato de petróleo com vencimento em outubro avançou 6,81%, a US$ 104,55 o barril.
Em Wall Street, o Dow Jones terminou em alta de 3,35%, aos 11.388,44 pontos, o S&P em alta de 4,02%, a 1.255,07 pontos, e o Nasdaq, em alta de 3,40%, aos 2.273,90 pontos. Mas os ganhos em Wall Street foram tímidos em comparação à irracionalidade que se viu na maioria das bolsas mundiais.
A Bolsa de Hong Kong, por exemplo, atingiu seu maior ganho em oito meses, com o índice Hang Seng disparando 9,6%, para 19.327,72 pontos. Na Rússia, as ordens de compras levaram as operações a serem interrompidas por uma hora na Russian Trading System (RTS), principal mercado acionário do país, depois que o índice havia subido 20%.
Na Europa, a Bolsa de Londres fechou com valorização de 8,84% - com alta de 431,3 pontos, a maior em 20 anos -, a Bolsa de Paris subiu 9,27% e a Bolsa de Frankfurt ganhou 5,56%. Como era de se esperar, as ações do setor financeiro assumiram a dianteira nas bolsas, porque foram as que mais apanharam nos últimos dias após as notícias de falência de instituições financeiras nos EUA.
Apesar da euforia de hoje, passado o final de semana e os ânimos mais calmos, há quem preveja uma realização de lucros nos ativos, principalmente porque ninguém ainda acredita que o fim da crise financeira global está à porta - talvez mais perto apenas.
Hoje, nenhuma ação do Ibovespa fechou em baixa. As ações preferenciais (PN) da Petrobras, as mais negociadas, fecharam em alta de 8,07% a R$ 34,80. As ações ordinárias da estatal ganharam 9,16% e fecharam a R$ 42,90. Vale PNA (ação preferencial da classe A), o segundo papel mais negociado na Bolsa, subiu 6,21% a R$ 36,75. A terceira ação mais negociada foi BM&FBovespa ON, que disparou 15,41% a R$ 9,06.

Pacote traz alívio e Bolsa de NY fecha em alta forte

por Renato Martins da Agência Estado
19.09.2008 18h45

O mercado norte-americano de ações fechou em alta forte pelo segundo dia consecutivo, eliminando boa parte das perdas dos dias anteriores. Em dia de vencimento simultâneo de contratos futuros de ações e futuros e opções de índices, o volume negociado na Bolsa de Nova York foi o maior desde março. A semana começou com os colapsos do banco de investimentos Lehman Brothers e da seguradora AIG e com a aquisição do banco de investimentos Merrill Lynch pelo Bank of America e terminou com uma série de medidas coordenadas do Departamento do Tesouro dos EUA e do Federal Reserve (Fed, banco central americano) para reduzir o estresse nos mercados.
"Deveríamos ter tirado a semana de folga e economizado muito ranger de dentes e muita aspirina, se pudéssemos encontrar um lugar sem telefone celular, sem computador, sem telefone, sem televisão e sem rádio", escreveu o analista Howard Silverblatt, da Standard & Poor's. Já o estrategista-chefe da The Hartford, Quincy Krosby, disse que "havia uma crise de confiança e o pânico estava se alastrando. Vamos ver como o plano será implementado. O diabo está nos detalhes, e se eles conseguirem criar alguma coisa, isso custará dinheiro".
A alta de hoje foi liderada pelas ações do setor financeiro, com destaque para AIG (+43,12%), Wachovia (+29,31%), Citigroup (+24,02%), Bank of America (+22,56%), Morgan Stanley (+20,67%) e Goldman Sachs (+20,19%). As ações da General Motors, que haviam sofrido quedas fortes nos últimos dias, subiram 14,74%. As do setor de petróleo tiveram altas expressivas, em reação à elevação dos preços do produto (ExxonMobil +2,39%, Chevron +5,94%). No setor de tecnologia, as ações da Oracle, que havia divulgado resultados ontem depois do fechamento, subiram 7,04%. Na próxima semana, o mercado estará atento aos informes de resultados das construtoras de casas Lennar e HB Fuller.
O índice Dow Jones fechou em alta de 368,75 pontos (3,35%), em 11.388,44 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 74,80 pontos (3,40%), em 2.273,90 pontos. O S&P-500 subiu 48,45 pontos (4,02%), para fechar em 1.254,96 pontos. Na semana, o Dow Jones acumulou uma queda de 0,29%, o Nasdaq, uma alta de 0,56% e o S&P-500, um ganho de 0,27%.

Títulos do Tesouro

Os preços dos títulos do Tesouro dos EUA caíram, com correspondente alta nos juros. O mercado reagiu ao plano de socorro ao setor financeiro anunciado pelo governo americano. As medidas anunciadas melhoraram a confiança do investidor, reduziram o estresse no mercado de crédito para curto prazo e encorajaram os investidores a voltarem a ativos de maior risco, de ações a títulos de mercados emergentes, de bônus corporativos a títulos lastreados em hipotecas.
No fechamento em Nova York, o juro projetado pelos T-Bonds de 30 anos estava em 4,386% ao ano, de 4,160% ontem; o juro das T-Notes de 10 anos estava em 3,796% ao ano, de 3,537% ontem; o juro das T-Notes de 2 anos estava em 2,167%, de 1,780% ontem. As informações são da Dow Jones.

EUA banem temporariamente venda à descoberto de ações

EUA banem temporariamente venda à descoberto de ações
19 de Setembro de 2008 08:05

NOVA YORK (Reuters) - A venda à descoberto de 799 ações do setor financeiro deve ser suspensa nos Estados Unidos a partir desta sexta-feira, em cumprimento a uma determinação de urgência emitida pela Securities and Exchange Comission, a comissão de valores mobiliários norte-americana. A ação visa proteger investidores e o próprio mercado.

A medida, anunciada no início desta sexta-feira, será interrompida em 2 de outubro, mas pode ser estendida em 10 dias caso necessário.

O anúncio de medida semelhante na Grã-Bretanha no final da quinta-feira garantiu um avanço de 40 por cento nas ações de bancos no mercado londrino.

A Irlanda também anunciou a proibição da venda a descoberto, enquanto a Austrália informou que proibirá essas operações a partir de segunda-feira.

DJI...após 18/09...tendência de alta continua...


DJI abriu nos 10.609 pontos e com os índices futuros em alta, iniciou processo de recuperação até encontrar resistência nos 10.810 pontos. Daí refluiu fortemente até encontrar novo suporte na mínima, em 10.460 pontos (-1,4). Desse ponto reagiu com força até os 10750 pontos, retrocedeu até os 10600 pontos, de onde retomou forte alta até a máxima em 11074 pontos (+4,38%) e finalizar em seguida em 11020 pontos (+3,87%).

Análise: DJI operou com forte volatilidade, em função das notícias do mercado financeiro, mas nas últimas horas de pregão reagiu com força para finalizar novamente acima dos 11 mil pontos. O "candle" do gráfico diário é um "marubozu" vazio, mostrando a predominância dos vendedores. Os principais indicadores do gráfico diário e os de "30 minutos" sinalizam tendência de alta. Os mercados futuros antes da abertura poderão confirmar (ou não) a continuidade dessa tendência.

Resistências imediatas acima de 11.074 pontos: 11.260 pontos, 11.450 pontos e 11.670 pontos.

Suportes imediatos abaixo de 10.600 pontos: 10.550, 10.460 e 10.120 pontos.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Bovespa fecha em alta de 5,48%

por Claudia Violante da Agência Estado
18.09.2008 18h22

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve dois comportamentos distintos durante o pregão desta quinta-feira: um registrado na primeira e na última hora do pregão e outro entre estes dois períodos. A ação coordenada pelos seis principais bancos centrais do mundo proporcionou uma arrancada às ações domésticas logo na abertura, mas o vigor não se sustentou, dando espaço para uma volatilidade elevada, acompanhando Wall Street. Mas as Bolsas norte-americanas dispararam no final da sessão, levando o índice Bovespa a fechar com a terceira maior alta porcentual de 2008.
O Ibovespa subiu 5,48%, variação que só perdeu para 24 de janeiro deste ano (alta de 5,95%) e 30 de abril (ganho de 6,33%). Fechou o dia hoje em 48.422 pontos, depois de oscilar entre a mínima de 45.295 pontos (-1,34%) e a máxima de 49.002 pontos (+6,74%). As perdas em setembro foram reduzidas a -13,02% e as de 2008 a -24,20%. O volume financeiro foi expressivo e totalizou R$ 7,5 bilhões (preliminar).
Em Wall Street, os índices terminaram com ganhos de 3,86% (Dow Jones) e 4,78% (Nasdaq), puxados pelo segmento financeiro. Duas notícias causaram euforia nos negócios. Uma delas foi o suposto plano para a criação de um fundo do governo dos EUA para assumir as dívidas podres dos bancos e as iniciativas para limitar as vendas a descoberto dos papéis financeiros. Segundo a cadeia de notícias CNBC, o secretário do Tesouro norte-americano, Henry Paulson, está trabalhando na criação de uma facilidade do governo para assumir dívidas podres das instituições financeiras. A facilidade será semelhante à Resolution Trust Corporation, criada no fim dos anos 1980 para assumir os ativos das instituições de poupança que atravessavam forte crise, acrescentaram as fontes.
A outra notícia é de que o Calpers, fundo de pensão dos servidores públicos da Califórnia e o maior dos EUA, anunciou que a partir desta quinta-feira não irá mais emprestar ações do Goldman Sachs e do Morgan Stanley. O objetivo é coibir vendas a descoberto dos papéis, cuja reação ao anúncio foi imediata: de queda passaram a ganhos e reforçaram a participação do setor da reversão das bolsas.
Ontem, o fundo de pensão dos professores da Califórnia (Calstrs) já havia decidido interromper o empréstimo de ações do Goldman e do Morgan. Em seguida, o fundo enviou carta a outros 60 fundos de pensão, pedindo que eles fizessem o mesmo. A Securities and Exchange Commission (SEC, a comissão de valores mobiliários americana) divulgou novas regras para coibir a venda a descoberto de ações de todas as empresas negociadas em bolsa. As regras entraram em vigor nesta quinta-feira.
Além da notícia do Calpers, as bolsas ainda contaram hoje com a injeção de liquidez orquestrada pelos seis principais bancos centrais do globo (Fed, Banco da Inglaterra, Banco Central Europeu, Banco do Japão, Bancos da Suíça e do Canadá), ação que não minimizou os temores nas bolsas asiáticas e européias, que recuaram.
No Brasil, a recuperação da Bovespa ainda encontrou um terreno favorável, com os preços baratos depois do tombo de 6,74% de ontem e também após o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ter anunciado que a instituição vai promover leilões de venda de dólares conjugados com compra futura, com o objetivo de corrigir distorções de liquidez no mercado de câmbio. O dólar disparou hoje com a falta de vendedores e atingiu R$ 1,962 na máxima do dia, recuando no fechamento a R$ 1,93.
Com tudo isso, e ainda com a alta do petróleo no mercado externo - o contrato para outubro subiu 0,74%, para US$ 97,88 - as ações da Petrobras conduziram a guinada do Ibovespa. Petrobras ON avançou 7,06% e PN, 8,05%, esta com giro de R$ 1,291 bilhão. Vale ON teve alta de 7,28% e PNA, de 7,45%. Os ganhos também foram desta magnitude nos setores siderúrgico e bancário.

NY sobe com esperança de mais ações do governo

por Renato Martins da Agência Estado
18.09.2008 18h48

As Bolsas de Nova York fecharam em alta forte hoje, em mais um dia de grande oscilação. O índice Dow Jones chegou a cair 150 pontos, mas recuperou terreno e acabou recobrando boa parte da queda de 4,7% registrada ontem. O mercado abriu relativamente estável, em meio ao noticiário sobre mais ações coordenadas de bancos centrais com o objetivo de reduzir a turbulência dos mercados. Os juros de curto prazo, porém, recusaram-se a ceder e voltaram a circular especulações sobre a saúde de instituições financeiras, como o Bank of New York Mellon (cujas ações caíram 4,62%) e State Street (-8,88%).
À tarde, o mercado reagiu positivamente à notícia de que as autoridades do Reino Unido decidiram proibir as vendas a descoberto de ações do setor financeiro; isso gerou a expectativa de que a mesma medida seja adotada nos EUA. O movimento de alta ganhou mais impulso com o informe de que o secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, está fazendo consultas sobre a possibilidade de o governo criar uma entidade para assumir as dívidas "podres" em poder das instituições financeiras, nos moldes da Resolution Trust Corp., criada no fim dos anos 1980 por ocasião da crise das associações de poupança e crédito ("savings and loans").
As ações do banco de investimentos Goldman Sachs, que haviam chegado a cair 25% pela manhã, reduziram sua perda a 5,68%; as do banco Morgan Stanley, que haviam chegado a cair 46%, fecharam em alta de 3,68%; os investidores mostraram nervosismo diante de informes de que o Morgan Stanley estaria estudando uma fusão com o Wachovia (cujas ações subiram 58,99%). Outros destaques no setor financeiro foram Bank of America (+12,43%), Citigroup (+18,67%) e JPMorgan Chase (+12,66%).
As ações da FedEx, que divulgou resultados, subiram 3,47%; as da Oracle, que divulgaria balanço após o fechamento, avançaram 3,59%.
As ações da seguradora AIG subiram 31,22%; pela manhã, a Dow Jones anunciou que elas deixarão de estar entre as componentes do índice Dow Jones a partir da próxima segunda-feira, sendo substituídas pelas da Kraft Foods (que subiram 3,34%).
O índice Dow Jones fechou em alta de 410,03 pontos (3,86%), em 11.019,69 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 100,25 pontos (4,78%), em 2.199,10 pontos. O S&P-500 subiu 49,94 pontos (4,32%), para fechar em 1.206,33 pontos. As informações são da Dow Jones.

IBOV...após 17/09...refém de DJI, com forte baixa...


O Ibovespa abriu em queda nos 49.218 pontos (máxima) e com os mercados futuros em forte baixa, realizou continuadamente até buscar suporte em nova mínima nos 45.859pontos (-6,85%). Desse ponto, tentou esboçar reação indo encontrar resistência nos 47.570 pontos. Daí, refluiu até finalizar nos 45.909 pontos ( - 6,74%).

Análise: Contrariando a análise gráfica que mostrava tendência de alta, o Ibovespa sintonizou com DJI e com os índices dos mercados futuros, em forte queda, para realizar mais uma vez, com força. Parece estar cada vez mais próximo de seu objetivo de baixa nos 45 mil pontos. Se conseguir se manter acima dos 48.000 pontos, seu próximo objetivo de alta será 49.240 pontos. Abaixo dos 45.900 pontos, deverá buscar os próximos suportes projetados em 44.230, 43.100 e 42.500 pontos. O "candle" formado no gráfico diário é um "marubozu" cheio, indicativo da forte predominância da pressão vendedora. Os principais indicadores do gráfico diário e os de "30 minutos" sinalizam tendência de baixa. Os índices futuros, antes da abertura do pregão, poderão confirmar (ou não) essa tendência.

Resistências imediatas em 47.400, 47.570, 48.600 e 49.000 pontos.

Suportes imediatos em 45.500, 44.800, 44.250, 43.100 e 42.400 pontos.

DJI...após 17/09...tentando se manter acima dos 10.500 pontos..


DJI abriu nos 11.057 pontos (máxima) e com os índices futuros em forte baixa, provocada pela crise de confiança no sistema financeiro americano, deu sequência ao processo de realização, operando praticamente em queda durante todo pregão, vindo a buscar a mínima em 10.598 pontos (-4,17%) e posteriormente finalizando em 10.609 pontos (-4,07%).

Análise: DJI não conseguiu se manter no patamar dos 10.900 pontos e a acabou perdendo os patamares de 10.800 e 10.700 pontos, se acomodando, por enquanto nos 11.600 pontos. A perda desse suporte poderá levar DJI abaixo dos 10.500 pontos. Acima de 10.680 pontos, DJI encontrará resistências em 10.780 pontos e 10.900 pontos. Abaixo dos 10.680 pontos, os próximos suportes são 10.550 e 10.450 pontos. O "candle" do gráfico diário é um "marubozu" cheio, indicando novamente a predominância dos vendedores.Os principais indicadores do gráfico diário e os de "30 minutos" sinalizam tendência de queda. Os mercados futuros antes da abertura poderão confirmar (ou não) a continuidade dessa tendência.

Resistências imediatas acima de 10.780 pontos: 10.900 pontos, 11.020 pontos e 11.220 pontos.

Suportes imediatos abaixo de 10.680pontos: 10.550 e 10.450 pontos.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Bolsa de Nova York fecha com 2ª maior queda no ano

por Renato Martins da Agência Estado
17.09.2008 18h46

O mercado norte-americano de ações voltou a viver um dia de pânico em relação à situação das instituições financeiras e teve a segunda maior queda do ano, com o índice Dow Jones fechando no nível mais baixo desde 9 de novembro de 2005; o Nasdaq teve a maior queda desde o pregão seguinte aos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 e fechou no nível mais baixo desde 14 de agosto de 2006; o S&P-500, por sua vez, fechou no nível mais baixo desde 13 de maio de 2005.
"Isto é pânico total. Todo mundo está tapando buracos no dique com os dedos, para evitar que ele se rompa, mas sem entender que o problema é muito maior", comentou um operador. Investidores estão reagindo a cada colapso de instituição financeira da mesma forma: retirando seus investimentos da instituição que vêem como a próxima a mostrar vulnerabilidades. Nos casos dos bancos de investimento Lehman Brothers, Merrill Lynch e da seguradora AIG, isso fez as ações derreterem, tornando impossível para essas instituições negociar uma injeção de capital.
Hoje, os alvos foram os dois grandes bancos de investimentos remanescentes, Goldman Sachs, cujas ações caíram 13,92%, e Morgan Stanley, que fechou em queda de 24,22%. As ações da seguradora AIG, que estão entre as componentes do Dow, caíram 45,33%. Outros destaques negativos no setor financeiro foram Lehman Brothers (-56,67%), JPMorgan Chase (-12,20%), Citigroup (-10,92%), Wachovia (-20,76%) e Washington Mutual (-13,36%).
As ações das construtoras caíram em reação ao indicador de vendas de imóveis residenciais usados em agosto (KB Home -7,57%, Hovnanian -6,05%); as das companhias aéreas caíram em reação à alta dos preços do petróleo (AMR -14,31%, Continental -14,42%); a alta dos preços do ouro, por sua vez, fez subirem ações como a da mineradora Newmont Mining (+9,36%).
O índice Dow Jones fechou em queda de 449,36 pontos (-4,06%), em 10.609,66 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 109,05 pontos (-4,94%), em 2.098,85 pontos. O S&P-500 caiu 57,20 pontos (-4,71%), para fechar em 1.156,39 pontos.
Segundo o Stock Trader's Almanac, setembro é tradicionalmente o pior mês do ano para o mercado de ações dos EUA; desde 1950, o desempenho médio do Dow Jones nos meses de setembro é uma queda de 1%; no caso do S&P-500, uma queda de 0,6%. O Nasdaq tem caído 0,9% em média nos meses de setembro desde sua criação, em 1971. Já em setembro deste ano, o Dow Jones acumula uma queda de 4,2%, o S&P-500, uma baixa de 5,4% e o Nasdaq, uma perda de 6,7%. As informações são da Dow Jones.