domingo, 4 de outubro de 2009

IBOV...suportes e resistências para a 1a. semana de outubro


Nesta última semana de setembro, o Ibovespa abriu nos 60.357 pontos, foi encontrar resistência em sua máxima nos 61.926 pontos, na quarta-feira; porém, a partir daí, refluiu até atingir sua mínima semanal nos 59.678 pontos, na última sexta-feira; daí reagiu com força, retomando o patamar dos 61 mil pontos até finalizar nos 61.172 pontos, em alta de +1,35% sobre o fechamento da semana anterior. O "candle" do gráfico semanal se assemelha a um "piercing" de indefinição, enquanto o gráfico diário da última sexta, formou um "martelo de alta", sugerindo abertura em alta, na próxima segunda. Na contramão de DJI, na última sexta, quando DJI fechou a semana em queda, o Ibovespa não só anulou a expectativa da formação de um pivô de baixa, ao obter mínima superior à mínima da semana anterior, como fechou a semana em alta, sinalizando que poderá testar novamente o topo do canal na região dos 62 mil pontos. Caso consiga obter nesta semana, fechamento acima dos 62 mil pontos, reverterá a recente tendência baixista de curto prazo e deverá buscar objetivos de alta em 63.500, 64.400 e 66 mil pontos, no curto e médio prazos. Caso não consiga romper os 62 mil pontos, poderá continuar seu movimento "lateralizado" entre o topo nos 62 mil e o fundo nos 59.600 pontos. A perda do fundo nos 59.600 pontos poderá levar o Ibovespa a testar o suporte nos 59.250 pontos, cuja perda projetará objetivos de queda nos 57.700/58 mil pontos.


Suportes semanais imediatos em 60.960, 60.700, 60.100, 59.770, 58.850 e 58 mil pontos.

Resistências imediatas em 61.800, 61.950, 62.017, 62.600, 63.350 e 63.500 pontos.

DJI...suportes e resistências para a 1a. semana de outubro


Na última semana de setembro, DJI abriu nos 9.663 pontos, foi buscar sua máxima nos 9.834 pontos, na terça-feira; mas a partir daí, deu continuidade ao processo de realização anterior, até atingir a mínima na última sexta, nos 9.431 pontos, vindo a finalizar nos 9.488 pontos. Queda de -1,83% sobre o fechamento da semana anterior. O "candle" do gráfico semanal se assemelha a um "martelo invertido cheio" sinalizando portanto uma possibilidade de queda para a próxima semana. No gráfico diário, porém, o "candle" produzido na última sexta pode se transformar em um "doji morning star" sinalizador de reversão de tendência, após 4 sessões seguidas de quedas. Essa reversão de tendência ficará evidenciada caso DJI mantenha o fundo recente nos 9.430 pontos, consiga obter fechamento acima dos 9.730 pontos, e se possível, obtendo nova máxima semanal acima dos 9.830 pontos. Caso isso ocorra, DJI poderá retomar sua tendência anterior de alta, com objetivos nos 10 mil pontos. Por outro lado, mantendo um fechamento abaixo dos 9.500 pontos, confirmará a continuidade da tendência de queda, no curto prazo.

Suportes semanais imediatos em 9.430, 9.370 e 9.250 pontos.
Resistências imediatas em 9.490, 9.615, 9.730, 9.830, 9.890, 9.917 e 10.050 pontos.

sábado, 3 de outubro de 2009

Commodities...perspectivas para a 1a semana de outubro


Fonte: Bloomberg

Situação em 25/09

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW
(Vermelho)UBS BLOOMBERG CMCI 1128.37 -2.89 1136.42 1136.42 1122.74
(Laranja)S&P GSCI 440.92 -.77 443.37 446.31 437.74
(Verde)RJ/CRB Commodity 250.50 -.75 251.22 252.07 250.01
(Azul)Rogers Intl 2837.88 -17.14 2864.69 2871.54 2823.59

Situação em 02/10

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW
UBS BLOOMBERG CMCI 1139.42 -16.19 1147.82 1149.91 1131.16
S&P GSCI 454.28 -5.38 454.98 457.26 447.71
RJ/CRB Commodity 252.87 -2.68 255.34 255.55 252.87
Rogers Intl 2879.04 -39.88 2903.51 2903.51 2855.81

Variação semanal 02/10 a 25/09

INDICE Fechamento (02/10) x Fechamento(25/09) VARIAÇÃO SEMANAL (%)

UBS BLOOMBERG CMCI 1139.42 1128.37+0,98%
S&P GSCI 454.28 440.92 +3,03%
RJ/CRB Commodity 252.87 250.50 +0,95%
Rogers Intl 2879.04 2837.88 +1,45%

Análise:
Na última semana de setembro, os preços das commodities recuperaram parte das fortes perdas de -4,3% ocorridas na semana anterior e finalizaram em ALTA de +1,60% , na média dos quatro índices, em relação ao fechamento anterior. Como no último trimestre de 2008 os preços das commodities sofreram fortíssimas quedas, comparativamente àquele período, a defasagem agora é cerca de -23% em relação aos preços praticados há um ano atrás, na média desses índices. O gráfico diário do índice "UBS Bloomberg", traçado em vermelho e semelhante aos demais índices, mostra que os preços se movimentam em um triângulo simétrico formado pelas LTA e LTB recentes, e na última sexta praticamente foram buscar o fundo do triângulo. O "candle" do gráfico semanal se assemelha a um "martelo invertido vazio" decorrente de abertura em alta no início da semana, mas seguida de uma realização mais forte no final da semana, em sintonia com os mercados acionários americanos; sem contudo anular esse movimento de recuperação. O rompimento de qualquer uma das LT's formadoras desse triângulo de simetria sinalizará uma próxima tendência predominante. É provável que nesse início da 1a. semana de outubro o mercado das "commodities" continue a recuperar parte das perdas ocorridas nos últimos dias, mas se mantenha "lateralizado" entre as duas LT's até que possa delinear melhor uma nova tendência, com a divulgação de novos indicadores da economia americana no meio desta semana.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Wall Street recua com desemprego em alta nos EUA

por Agência ESTADO
02 de Outubro de 2009 19:08

Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam o dia em baixa, refletindo a preocupação do mercado com a robustez do rali observado no último trimestre após o governo divulgar hoje que a deterioração no mercado de trabalho norte-americano em setembro foi mais acentuada do que esperavam analistas e investidores.

"Todo o terceiro trimestre foi um único grande avanço. Para mim, isto é só uma forma saudável de sairmos das condições de excesso de compras", disse Gary Flam, gerente de carteiras de investimento da Bel Air Investment Advisors. "Ainda assim, investir agora equivale a recolher moedas no trilho do trem. Você pode conseguir juntar alguns dólares, mas corre um risco significativo de ser atropelado."

O Dow Jones caiu 21,61 pontos, ou 0,23%, para 9.487,57 pontos, e acumulou queda de 1,84% na semana. Esta foi a segunda semana consecutiva de perdas, embora do início do ano até agora o índice ainda registre um ganho de 8,1%. Entre os componentes do Dow Jones, destaque para General Electric (-3,82%), Boeing (-1,36%) e Caterpillar (-1,25%).

O S&P 500 caiu 4,64 pontos, ou 0,45%, para 1.025,21 pontos, acumulando perdas de 1,84% na semana e 4,03% nas últimas duas semanas. O Nasdaq recuou 9,37 pontos, ou 0,46%, para 2.048,11 pontos. Na semana, o índice teve queda de 2,05%.

Pela manhã, o Departamento de Trabalho dos EUA divulgou que a economia do país eliminou 263 mil postos de trabalho em setembro - mais do que o previsto por analistas, que esperavam um corte de 175 mil - e que a taxa de desemprego norte-americana subiu 0,1 ponto porcentual durante o período, para 9,8%.

A Accenture subiu 2,7% após divulgar um declínio de 41% no lucro do quarto trimestre fiscal em relação a igual período do ano passado. O executivo-chefe da companhia, no entanto, disse que a Accenture estava sendo "beneficiada" pela consolidação recente da indústria de serviços de tecnologia da informação.

A ConocoPhillips subiu 2,9% após anunciar que seu resultado do terceiro trimestre será impactado por um declínio nos preços do gás natural e por margens de refino menores. Alguns analistas, no entanto, afirmaram que a previsão da companhia superou as expectativas.

A PNC Financial Services caiu 4,3% após a KBW afirmar que o banco está operando com um prêmio em relação a outras empresas do mesmo setor e que o mercado pode estar superestimando os lucros da companhia. As informações são da Dow Jones.

Ibovespa sobe 1,18% com Vale e efeito Olimpíadas

por Claudia Violante de Agência ESTADO
02 de Outubro de 2009 17:52

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) começou o dia colada às Bolsas norte-americanas, mas foi descolando-se ao longo da sessão, graças ao comportamento em alta das ações da Vale e, no início da tarde, ao anúncio do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. A notícia deu impulso a papéis de infraestrutura e o resultado foi ganho superior a 1%, com o índice Bovespa de volta aos 61 mil pontos.

O Ibovespa fechou a sexta-feira em alta de 1,18%, aos 61.171,99 pontos. Na mínima do dia, registrou 59.678 pontos (-1,29%) e, na máxima, 61.333 pontos (+1,45%). Na semana, avançou 1,35%, mas, nestes dois pregões de outubro, acumula baixa de 0,56%. Em 2009, a Bolsa sobe 62,91%. O giro financeiro negociado hoje foi elevado, de R$ 6,929 bilhões, com fluxo doméstico e estrangeiro. Os dados são preliminares.

As atenções do mercado global estavam voltadas hoje para o relatório do mercado de trabalho norte-americano. E ele não foi bom. Surpreendeu negativamente ao revelar o corte de 263 mil vagas em setembro, ante -175 mil previsto. O dado de agosto foi revisado em alta, para redução de 201 mil postos de trabalho, ante estimativa original de corte de 216 mil. Desde o começo da recessão, em dezembro de 2007, a economia perdeu 7,6 milhões de empregos. A taxa de desemprego veio em linha, o que não alivia muito, já que está em 9,8%, muito alta, 0,1 ponto acima do resultado de agosto.

A primeira reação do mercado foi péssima - e continuou com cara de poucos amigos ao longo do dia, com algumas melhoras no período da tarde. Nesse momento, alguns investidores consideraram que os números são, de fato, ruins, mas não um bicho de sete cabeças.

O Dow Jones fechou a sexta-feira em baixa de 0,23%, aos 9.487,67 pontos, o S&P 500, de 0,45%, aos 1.025,21 pontos, e o Nasdaq perdeu 0,46%, aos 2.048,11 pontos.

Vale ON terminou em alta de 2,27% e PNA, de 2,55%. Os papéis reagiram aos dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados ontem sobre as exportações de minério de ferro. Em setembro, foram exportadas 28 milhões de toneladas da commodity, o que representa uma alta de 21% em relação a agosto e estabilidade ante o mesmo período do ano passado.

Os papéis de infraestrutura, por sua vez, foram para a mira dos investidores diante dos aportes que serão necessários para abrigar os jogos. A jornalista Lucinda Pinto apurou com especialistas que os papéis que sentiram mais rápida e intensamente o efeito Olimpíada foram Gol, TAM, CCR, Light e Localiza. Gol PN subiu 3,03%, TAM PN, 3,52%, CCR ON, 4,08%, Light, ON, 3,75%, e Localiza ON, 6%.

Em meio a esse noticiário, o setor siderúrgico subiu em bloco. Gerdau PN, 3,25%, Metalúrgica Gerdau, 2,59%, Usiminas PNA, 1%, e CSN ON, 1,19%.

Dados divergentes levam Bolsas de NY a fechar em baixa

por Agência ESTADO
01 de Outubro de 2009 19:14

Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam a primeira sessão do quarto trimestre em queda, puxados pelo fraco desempenho de algumas das ações que acumularam ganhos acentuados no trimestre anterior em meio a dados divergentes sobre a economia norte-americana.

O Dow Jones caiu 203 pontos, ou 2,09%, para 9.509,28 pontos, com todos os componentes fechando o dia em território negativo - destaque para JPMorgan (-5,59%) e American Express (-4,25%). A queda de hoje foi a mais acentuada para o índice tanto em pontos quanto em termos porcentuais desde 2 de julho.

O Nasdaq recuou 64,94 pontos, ou 3,06%, para 2.057,48 pontos. O declínio, em termos porcentuais, foi o mais acentuado desde 22 de junho. Em termos de pontos, a queda foi a mais profunda desde 10 de fevereiro.

O S&P 500 perdeu 27,23 pontos, ou 2,58%, para 1.029,85 pontos.

A perspectiva de recuperação da economia norte-americana foi atingida hoje por dados que revelaram um declínio inesperado na atividade industrial dos EUA um aumento no número de pessoas que pediram pela primeira vez o auxílio-desemprego no país. "Não há dúvida de que tivemos um pouco de nervosismo com os dados", disse Michael Church, presidente da Addison Capital. "Tivemos um avanço razoável e uma correção já deveria ter acontecido há algum tempo."

O índice dos gerentes de compras do Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) - que mede a atividade industrial dos EUA - recuou de 52,9 em agosto para 52,6 em setembro, contrariando a expectativa de analistas, que previam alta para 54,0.

Além disso, o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego aumentou 17 mil na semana até 26 de setembro, segundo o Departamento de Trabalho dos EUA. Economistas ouvidos pela Dow Jones esperavam alta de 5 mil.

Outros indicadores divulgados hoje, no entanto, trouxeram leituras positivas sobre a economia dos EUA. Segundo o Departamento de Comércio do país, os gastos com construção subiram 0,8% em agosto, refletindo os benefícios fiscais concedidos à indústria imobiliária. O órgão divulgou também que a renda pessoal nos EUA aumentou 0,2% em agosto ante julho, enquanto os gastos pessoais avançaram 1,3%.

Somado a isso, o índice de vendas pendentes de imóveis residenciais da Associação Nacional de Corretores de Imóveis dos EUA saltou 6,4% em agosto, para 103,8, de 97,6 em julho.

Os dados divergentes abasteceram o debate sobre a capacidade de sustentação do rali das bolsas no terceiro trimestre. Por outro lado, todos os investidores marcaram o fim do período e o início do quarto trimestre reajustando suas carteiras - um dos prováveis fatores por trás da queda dos índices em seis das últimas sete sessões e da volatilidade do mercado recentemente. As informações são da Dow Jones.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Ibovespa segue NY e inicia outubro em queda, de 1,72%

por Agência ESTADO
01 de Outubro de 2009 17:47

Depois de subir quase 9% em setembro e 20% no terceiro trimestre, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) passou por um normal - e adiado - movimento de realização de lucros hoje. Os investidores acompanharam o comportamento das bolsas internacionais, que caíram em reação aos indicadores abaixo das expectativas. O recuo dos preços dos metais também foi levado em conta para as ordens de vendas de hoje.

O índice Bovespa (Ibovespa) iniciou outubro em baixa de 1,72%, perdendo o nível de 61 mil pontos ao terminar em 60.459,33 pontos. Na mínima do dia, registrou 60.306 pontos (-1,97%) e, na máxima, os 61.519 pontos (estabilidade). No ano, a Bolsa sobe 61,01%. O giro financeiro totalizou R$ 5,282 bilhões. Os dados são preliminares.

A nova rodada de indicadores conflitantes, pendendo para o negativo, nos Estados Unidos e a cautela para os dados do payroll (relatório sobre vagas de trabalho), que saem amanhã, levaram os investidores a pisar no freio, principalmente depois que eles já conseguiram amealhar ao redor 15% de ganhos no último trimestre nas bolsas norte-americanas. Assim, foi fácil se decidirem por vender papéis e sentar em cima do dinheiro, à espera do que mostrarão os números do mercado de trabalho de setembro.

O indicador mais malvisto pelo mercado hoje foi o ISM industrial - amplificado pelo número de pedidos de auxílio-desemprego igualmente ruim e conhecido um pouco antes. O índice dos gerentes de compras, que mede a atividade industrial dos EUA, recuou de 52,9 em agosto para 52,6 em setembro, de acordo com o Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês). A previsão de analistas era de alta para 54,0. Já os novos pedidos de auxílio-desemprego aumentaram 17 mil, para 551 mil na semana até 26 de setembro, superando a alta de 5 mil prevista pelos economistas e revertendo a tendência das duas semanas anteriores de queda.

A agenda de indicadores, no entanto, estava carregada e ainda sobraram dados bons - mas o mercado não deu muita bola. Os gastos com construção nos EUA, por exemplo, saltaram inesperadamente em agosto, em 0,8%, ante expectativa de que ficariam estáveis. Já o índice de vendas pendentes de imóveis residenciais no país subiu 6,4% em agosto, na sétima alta consecutiva e acima da previsão de analistas, de +1,5%. O índice de preços PCE subiu 0,3% em agosto ante julho, enquanto o núcleo do indicador avançou 0,1%, na mesma base de comparação. A renda pessoal teve alta de 0,2% em agosto, enquanto os gastos pessoais avançaram 1,3% no mesmo mês, na maior alta desde outubro de 2001.

Assim, o Dow Jones terminou em queda de 2,09%, aos 9.509,28 pontos, o S&P recuou 2,58%, aos 1.029,85 pontos, e o Nasdaq perdeu 3,06%, aos 2.057,48 pontos.

No Brasil, os investidores estrangeiros estiveram firmes na ponta vendedora e o recuo dos metais no exterior serviu de pretexto à queda maior de Vale do que Petrobras, que contou com a ligeira alta do petróleo para desestimular as vendas. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato para novembro avançou 0,30%, a US$ 70,82 o barril do petróleo. Na Bovespa, Petrobras ON recuou 1,62% e Petrobras. PN, -2,16%. Vale, ON perdeu 2,77% e Vale. PNA, -2,54%. As siderúrgicas também acompanharam: Gerdau PN, -2,69%, Metalúrgica Gerdau, PN, -2,19%, Usiminas PNA, -1,86%, e CSN ON, -2,68%.

Os papéis dos bancos, que se mantiveram em alta durante toda a manhã, dando sequência à trajetória dos últimos dias, não conseguiram sustentar o ritmo até o final. Apenas Itaú Unibanco PN acabou subindo, 0,448%. Bradesco PN caiu 0,62% e BB ON, 1,86%.

VisaNet ON e Redecard ON também tiveram diminuição em seus preços de, respectivamente, 3,30% e 1,28%. Hoje, o Banco Central anunciou que o grupo de trabalho responsável pela análise do setor de cartões de crédito concluiu estudo e vai encaminhar ao governo medidas para dar mais competitividade ao segmento. Entre as propostas está o fim da exclusividade na atividade de credenciamento feito pelas bandeiras junto ao comércio e também o compartilhamento de redes de captura de dados e das máquinas e leitura de cartão.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Bolsas de NY cedem, mas têm forte ganho no trimestre

por Agência ESTADO
30 de Setembro de 2009 19:02

Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em baixa, mas perto da estabilidade, refletindo a cautela dos investidores antes da divulgação de uma série de indicadores importantes nos próximos dias e o tom em geral negativo dos dados econômicos divulgados hoje. No trimestre, porém, as bolsas acumularam ganhos acentuados.

"Isso tudo é nervosismo ligado à possibilidade de os números (que sairão amanhã) serem negativos", disse Thomas Nyheim, gerente de carteiras de investimento do Christiana Bank & Trust, comentando o movimento da sessão. "É o final do trimestre e as pessoas querem consolidar os ganhos."

O Dow Jones caiu 29,92 pontos, ou 0,31%, para 9.712,28 pontos, puxado por componentes como JPMorgan (-2,36%) e Bank of America (-1,40%). Apesar disso, o índice registrou o melhor terceiro trimestre desde 1939, acumulando alta de 14,98% nos últimos três meses. Este também foi o melhor desempenho trimestral do Dow Jones desde 1998.

O Nasdaq recuou 1,62 ponto, ou 0,08%, para 2.122,42 pontos, mas acumulou alta de 15,66% no trimestre. O S&P 500 perdeu 3,53 pontos, ou 0,33%, para 1.057,08 pontos, porém registrou aumento de 14,98% no trimestre.

No mês de setembro, o Dow Jones subiu 1,76%, o Nasdaq ganhou 4,62% e o S&P 500 avançou 2,74%.

As ações do segmento de tecnologia tiveram um bom desempenho na sessão, com Cisco Systems fechando em alta de 1% e IBM avançando 0,7%. Em outros setores, a Nike saltou 7,7% após divulgar que seu lucro cresceu 0,5% no primeiro trimestre fiscal em relação a igual período do ano passado.

Os indicadores divulgados nesta quarta-feira apontaram para direções divergentes. Embora o Departamento de Comércio dos EUA tenha revisado a contração do Produto Interno Bruto (PIB) do país no segundo trimestre para 0,7%, de 1% anteriormente, os dados sobre a atividade industrial no meio-oeste e os dados sobre o mercado de trabalho norte-americano foram decepcionantes.

O índice de atividade dos gerentes de compras de Chicago caiu de 50,0 em agosto para 46,1 em setembro, ante expectativa de alta para 52,5. Já a pesquisa sobre emprego no setor privado dos EUA da Automatic Data Processing/Macroeconomic Advisers (ADP/MA) mostrou corte de 254 mil vagas de emprego nesse segmento em setembro, superando a previsão dos economistas, de corte de 240 mil vagas.

Na quinta-feira, a agenda de indicadores nos EUA estará bastante carregada. Serão divulgados relatórios sobre renda pessoal, gastos dos consumidores e pedidos de auxílio-desemprego, além dos gastos com construção, vendas pendentes de imóveis e produção industrial. As informações são da Dow Jones.

Bolsa sobe 19,5% no trimestre e ganha 63,8% no ano

por Agência ESTADO
30 de Setembro de 2009 17:54

Pelo terceiro mês consecutivo, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) terminou no azul, acumulando no terceiro trimestre uma alta de 19,53%. Apesar de robusto, o desempenho foi inferior ao registrado no período de abril a junho, quando subiu 25,75% - nos primeiros três meses do ano, a alta foi de 8,99%. Mas, reunindo tudo, a Bolsa continua se mostrando uma ótima opção de investimentos: nos nove primeiros meses de 2009, acumula ganhos de 63,83%.

Hoje, o índice Bovespa (Ibovespa) operou predominantemente no azul, graças ao desempenho das ações de bancos, da Vale e da Petrobras. Tentou afastar-se ao máximo das Bolsas norte-americanas, mas a volatilidade em Wall Street acabou afetando os negócios no Brasil e, na última hora da sessão, o Ibovespa reduziu consideravelmente seus ganhos. Conseguiu, no entanto, sustentar-se no campo positivo.

O Ibovespa fechou a quarta-feira com elevação de 0,46%, aos 61.517,89 pontos, maior pontuação desde 16 de julho de 2008 (62.056,50 pontos). Na mínima, registrou 60.978 pontos (-0,42%) e, na máxima, os 61.926 pontos (+1,13%). Terminou setembro com avanço de 8,90%, a terceira melhor variação de 2009, atrás apenas de abril (15,5%) e maio (12,4%).

Por ser fechamento de mês e de trimestre, o giro financeiro hoje acabou engordando, e terminou em R$ 6,135 bilhões. Até ontem, a média do mês estava em R$ 5,401 bilhões.

O desempenho doméstico hoje foi prejudicado pelo comportamento das Bolsas norte-americanas. Em meio a mais uma rodada de indicadores dissonantes, os investidores em Nova York devolveram a alta da abertura e operaram em queda, à espera dos indicadores de amanhã. Saem nesta quinta-feira os relatórios sobre renda pessoal, gastos dos consumidores e pedidos de auxílio-desemprego, além dos gastos com construção, vendas pendentes de imóveis e produção industrial. Mas o dado que faz os investidores suspirarem de fato é o "payroll" (relatório de vagas de trabalho). E este, só na sexta-feira.

Hoje, no entanto, eles puderam ter uma ideia do que o relatório do mercado de trabalho deve entregar. Os dados da ADP, que reúnem apenas números do setor privado nos EUA, mostraram corte de 254 mil vagas, ante previsão de queda de 240 mil. Esse dado ruim foi amplificado pelo índice de atividade dos gerentes de compras de Chicago em setembro, que apresentou uma queda inesperada em setembro, influenciando o rumo das bolsas.

O índice dos gerentes de compra sobre a atividade industrial na região de Chicago caiu para 46,1 (ou seja, contração) em setembro, de 50 em agosto. Os analistas previam 52,5. O único indicador que não decepcionou, ao contrário, foi o dado revisado do PIB trimestral, que mostrou recuo de 0,7% no segundo trimestre, ante -1% calculado antes e previsão de -1,2%.

O Dow Jones recuou 0,31%, aos 9.712,28 pontos, o S&P 500 terminou em baixa de 0,33%, aos 1.057,07 pontos, e o Nasdaq, perdeu 0,08%, aos 2.122,42 pontos.

A alta do petróleo e dos metais influenciou o comportamento das blue chips, enquanto os bancos continuaram reagindo aos dados da véspera e mantiveram os ganhos robustos.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato do petróleo para novembro subiu 5,85% e fechou a US$ 70,61 o barril, impulsionado pelos dados de estoques divulgados nos EUA. Segundo o Departamento de Energia, os estoques subiram 2,796 milhões de barris na semana encerrada em 25 de setembro, ante previsão bem menor, de +300 mil barris.

Petrobras avançou 0,02% na ação ordinária (ON) e 0,66% na ação preferencial (PN). Vale, ON teve elevação de 0,46% e Vale. PNA, de 0,19%. Usiminas PNA caiu 0,45% e Metalúrgica Gerdau PN, de 0,13%. Gerdau, PN terminou em +0,04% e CSN ON, em 1,64%.

No segmento financeiro, os bancos seguem a trajetória de alta firme iniciada na véspera, em meio aos dados que mostraram recuperação do crédito e na expectativa da oferta de ações do Santander, que pode ser a maior da história no País. Bradesco PN subiu 2,17%, Itaú Unibanco PN, 1,42%, BB ON, 2,16%.

Embraer ON caiu 1,16%. A empresa quer captar US$ 500 milhões com uma emissão de bônus de dez anos que deverão ter yield entre 6,5% e 6,625%, disse uma fonte próxima da transação. Espera-se que a emissão seja precificada amanhã, após a companhia concluir seu roadshow.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Wall Street cede com queda na confiança do consumidor

por Gustavo Nicoletta de Agência ESTADO
29 de Setembro de 2009 19:44

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA encerraram a sessão de hoje em leve queda, com investidores reagindo a dados que revelaram um declínio inesperado na confiança do consumidor norte-americano durante o mês de setembro. O Dow Jones caiu 47,16 pontos, ou 0,48%, para 9.742,20 pontos, fechando em território negativo pela quarta vez nas últimas cinco sessões. A varejista Home Depot liderou as perdas entre os componentes do índice e fechou em baixa de 1,58%.

A Boeing, que também faz parte do índice, foi uma das exceções e subiu 2,92%. Segundo o diretor da JSA Research, Paul Nisbet, embora a gigante aeroespacial tenha sido prejudicada por atrasos no programa do modelo 787, "os investidores acreditam que as notícias ruins ficaram para trás".

O S&P 500 perdeu 2,37 pontos, ou 0,22%, para 1.060,61 pontos, enquanto o Nasdaq caiu 6,70 pontos, ou 0,31%, para 2.214,04 pontos.

A pressão sobre os papéis da Home Depot e de outras companhias mais suscetíveis à saúde da economia foi motivada basicamente por dados divulgados pelo instituto privado Conference Board. O índice de confiança do consumidor norte-americano medido pelo órgão caiu de 54,5 em agosto para 53,1 em setembro. Analistas esperavam alta para 57.

Apesar disso, o resultado trimestral mais forte que o previsto da rede de farmácias Walgreen ajudou a limitar as perdas das ações do setor varejista. A companhia subiu 9,2% após divulgar que seu lucro no quarto trimestre fiscal encolheu 1,6% ante igual período de 2008, para US$ 436 milhões - ou US$ 0,44 por ação. Analistas previam lucro de US$ 0,39 por ação.

Com o encerramento do terceiro trimestre amanhã, os investidores estarão atentos ao início da próxima temporada de balanços, que deve começar nas próximas semanas. A perspectiva predominante é de que as companhias conseguiram melhorar suas respectivas posições financeiras.

"Precisaremos ver tanto um aumento nos lucros quanto nas vendas para subirmos desta vez e acho que teremos isto", disse David Klaskin, executivo-chefe de investimentos da Oak Ridge Investments. Ele acrescentou que, apesar disso, é preocupante a ausência de uma correção nos índices até agora.

No setor de tecnologia, a Intel caiu 1,3% e a Dell recuou 3,2%. O executivo-chefe da Microsoft, Steve Ballmer, disse que o orçamento das empresas para gastos com tecnologia da informação continuará pequeno enquanto as companhias precisarem se ajustar a uma das piores recessões das últimas décadas. As ações da companhia perderam 0,3%. As informações são da Dow Jones.

Graças a bancos, Ibovespa tem queda contida, de 0,13%

por Agência ESTADO
29 de Setembro de 2009 17:37

O índice de confiança do consumidor norte-americano causou uma inversão na trajetória das Bolsas norte-americanas e brasileira. Os índices acionários, que abriram em alta, passaram para o negativo após o dado e seguiram assim até o final do pregão, num movimento que também espelha um pouco de cautela à espera dos dados do mercado de trabalho nos EUA. No Brasil, as blue chips não serviram de refresco ao índice Bovespa que, no entanto, teve uma mãozinha dos bancos, que terminaram o dia em alta.

O Ibovespa fechou a terça-feira com perda de 0,13%, ainda sustentando os 61 mil pontos, aos 61.235,26 pontos. Na mínima do dia, registrou 60.750 pontos (-0,92%) e, na máxima, os 61.599 pontos (+0,46%). No mês, acumula alta de 8,40% e, no ano, de 63,08%. O giro financeiro totalizou R$ 4,536 bilhões. Os dados são preliminares.

Os investidores mantiveram no início da sessão a trajetória de elevação que registraram nas duas sessões anteriores - o que também foi possível graças ao índice nacional de preços de imóveis da S&P Case Shiller. O dado para 20 regiões metropolitanas dos EUA caiu 13,3% em julho ante igual mês do ano passado, mas o recuo foi inferior às previsões, de -14%. Ante junho, houve alta de 1,6%.

Até por ter sido apenas ligeiramente melhor do que as projeções - e de ainda exibir uma queda considerável -, este indicador não conseguiu ser contraponto ao dado de confiança da Conference Board. Este índice caiu de 54,5 em agosto para 53,1 em setembro, abaixo do número inicialmente divulgado para agosto (54,1) e inferior às estimativas de que subiria para 57.

As bolsas viraram e assim seguiram até o final, também aproveitando para realizar um pouco de lucros antes dos dados do payroll (sexta-feira), precedidos pelos números do setor privado da ADP, amanhã. O Dow Jones recuou 0,48%, aos 9.742,20 pontos, o S&P 500 terminou em baixa de 0,22%, aos 1.060,61 pontos, e o Nasdaq perdeu 0,31%, aos 2.124,04 pontos.

Os bancos foram destaque na sessão doméstica, tanto de ganhos como em giro financeiro. Itaú Unibanco PN foi a maior alta do Ibovespa, com 3,32%, Bradesco PN avançou 2,59%, na segunda maior alta da sessão, e Itaúsa PN ficou na quarta posição, com +2,44%. BB ON terminou em +1,90%. A terceira maior alta do índice foi de CCR ON (+2,57%).

Os operadores apontaram várias justificativas para o comportamento do setor, uma delas os dados do mercado de crédito divulgados pelo Banco Central pela manhã. Segundo a autoridade monetária, o estoque de operações de crédito do sistema financeiro cresceu 1,5% em agosto ante julho, passando de R$ 1,307 trilhão para R$ 1,327 trilhão. No acumulado do ano, o crédito teve crescimento de 8,1% e, nos 12 meses encerrados em agosto, alta de 19,5%. A inadimplência ficou estável em 5,9%.

Cabe registrar que ontem o BC anunciou alterações nas regras dos compulsórios sobre depósitos a prazo. O governo retirou benefícios dados a instituições de grande porte dispostas a comprar carteiras de crédito de bancos de médio porte - a vantagem permanece para a compra de ativos de instituições pequenas. Também foi reduzida a alíquota geral do compulsório a prazo.

Alguns profissionais também citaram a influência do processo de oferta de ações do Santander, já que, caso a demanda pelas ações seja muito elevada, os investidores podem alocar o valor adicional nos demais bancos.

Esta avaliação, no entanto, não é compartilhada pelo consultor de investimentos de um grande banco. "A lógica, a meu ver, é se desfazer de outros papéis do segmento financeiro para entrar na oferta do Santander. Os investidores não devem ampliar a participação do setor financeiro em suas carteiras, apenas realocar os recursos", avaliou.

Ele deu uma outra justificativa para ajudar a explicar a alta dos papéis dos bancos: a criação de uma Câmara para compensar as operações entre as diversas bandeiras de cartões de crédito, que pode ser definida pelas regras para setor a serem anunciadas pelo Banco Central. "A criação dessa câmara terá participação dos bancos", destacou.

A iminência da divulgação das novas regras para o setor de cartões de crédito pesou sobre as ações da Redecard e VisaNet, que fecharam em baixa. A primeira, de 2,37%, e a segunda, de 3,11%.

Fora do segmento financeiro, Petrobras ON fechou em alta de 0,10% e PN, em queda de 0,34%. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato do petróleo para novembro recuou 0,19%, para US$ 66,71 o barril.

Vale ON caiu 0,89% e PNA, 0,73%. Gerdau PN terminou em baixa de 1,29%, Metalúrgica Gerdau, PN, 0,90%, Usiminas PNA, 0,51%, CSN ON, 1,29%.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Bolsas de Nova York sobem com anúncios de aquisições

por Agência ESTADO
28 de Setembro de 2009 18:49

Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em alta, após grandes empresas - entre elas a Xerox e a Johnson & Johnson - anunciarem acordos recentes de aquisição e alimentarem perspectivas de que o setor corporativo está mais confiante na recuperação da economia. Os papéis dos setores financeiro e de tecnologia foram os principais beneficiados pelo rali, que ocorreu numa sessão de baixo volume de negociações devido ao feriado judaico do Yom Kippur.

Operadores afirmaram também que, após a queda acumulada pelos índices na semana passada, alguns investidores retornaram ao mercado em busca de pechinchas. "A última semana foi difícil, então já esperávamos o retorno dos compradores", disse Chris Guinther, gerente de carteiras de investimento do RidgeWorth Small Cap Growth Fund. "Aqueles que não possuíam posições compradas ou não foram suficientemente agressivos desde março sentiram que agora houve uma oportunidade para isso."

O Dow Jones fechou em alta pela primeira vez em quatro sessões, avançando 124,17 pontos, ou 1,28%, para 9.789,36 pontos. Entre os componentes do índice, subiram American Express (+4,05%), Bank of America (+3,73%) e JPMorgan (+2,66%).

O Nasdaq avançou 39,82 pontos, ou 1,90%, para 2.130,74 pontos, registrando a alta mais acentuada em mais de dois meses tanto em termos porcentuais quanto de pontuação. A Cisco Systems - que faz parte tanto do Dow Jones quanto do Nasdaq - subiu 4,38% após ter a recomendação de suas ações elevada para "overweight" (acima da média) pelo Barclays Capital.

O S&P 500 subiu 18,60 pontos, ou 1,78%, para 1.062,98 pontos. As ações do setor de tecnologia como um todo tiveram um dos ganhos mais acentuados dentro do índice, de 1,7%. Os papéis do segmento financeiro também subiram de forma acentuada no S&P 500 após analistas do Morgan Stanley afirmarem que as perdas com crédito das instituições do setor devem diminuir ao longo dos próximos 12 a 18 meses.

Entre as empresas que anunciaram acordos de aquisição, a Xerox recuou 14,38% depois de fechar um acordo para adquirir a Affiliated Computer Services (+13,99%) por US$ 6,4 bilhões.

A Abbott Laboratories subiu 2,64% após anunciar que comprará a unidade de negócios farmacêuticos da belga Solvay por até US$ 7 bilhões, enquanto a Johnson & Johnson ganhou 1,07% após divulgar que adquiriu uma participação de 18,1% na Crucell (-6,62%) por US$ 442,7 milhões.

Notícias relacionadas a fusões e aquisições geralmente aquecem o mercado de ações porque indicam um aumento na confiança das empresas e geram especulação sobre quais outras companhias podem receber propostas de compra. As informações são da Dow Jones.

Ibovespa sobe 1,59% e retoma os 61 mil pontos

por Agência ESTADO
28 de Setembro de 2009 17:35

Numa sessão de volume fraco e poucos indicadores, o índice Bovespa (Ibovespa) retomou o patamar de 61 mil pontos, seguindo o comportamento das Bolsas norte-americanas. A alta do preço das matérias-primas (commodities) nas bolsas de mercadorias, em especial o do petróleo, contribuiu para impulsionar papéis de peso no Ibovespa, como Petrobras e Vale, embora ações de bancos e de empresas da construção civil também tenham se destacado na sessão de hoje.

O Ibovespa avançou 1,59%, para terminar na máxima pontuação do dia, aos 61.316,62 pontos. Na mínima, registrou 60.357 pontos (estabilidade). No mês, os ganhos acumulado subiram para 8,55% e, em 2009, para 63,29%. Assim como já havia acontecido na última sexta-feira, o giro financeiro foi mais fraco do que a média mensal e somou R$ 3,915 bilhões. Os dados são preliminares.

"O mercado está cauteloso. Quem está dentro do mercado, não quer sair, então as realizações de lucro têm sido contidas. Por outro lado, não há um otimismo exagerado para comprar. Daí o volume mais fraco de hoje", comentou o operador da TOV Corretora Decio Pecequilo.

O sinal positivo de hoje, segundo ele, foi sustentado pela alta das Bolsas norte-americanas, embora o feriado judaico do Yom Kippur tenha também limitado o giro de negócios nos Estados Unidos. O único indicador divulgado nos EUA não fez preço nos ativos, que reagiram ao noticiário sobre fusões e aquisições.

A Xerox pagará US$ 6,4 bilhões em dinheiro e ações pela empresa de serviços de informação e terceirização Affiliated Computer Services Inc. (ACS); a belga Solvay vai vender suas atividades de fabricação de medicamentos para a concorrente norte-americana Abbott Laboratories, por US$ 6,572 bilhões; e a Johnson & Johnson anunciou a aquisição de 18,1% na companhia holandesa de biotecnologia Crucell por 301,8 milhões (US$ 440 milhões).

Segundo corretores, os anúncios de operações de fusões e aquisições fazem os investidores correr atrás de ações que possam ser alvo de aquisição, daí o desempenho positivo das bolsas.

O Dow Jones terminou em alta de 1,28%, aos 9.789,36 pontos. O S&P avançou 1,78%, aos 1.062,98 pontos, e o Nasdaq subiu 1,90%, aos 2.130,74 pontos. O indicador divulgado hoje foi o de atividade nacional nos Estados Unidos do Fed de Chicago, que caiu para -0,90 em agosto, de -0,56 em julho.

No Brasil, Petrobras, foi um dos destaques da sessão, com ganhos acima de 2%, ajudada pelo desempenho do petróleo no exterior. O barril negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex) fechou com variação positiva de 1,24% no contrato para novembro, a US$ 66,84 o barril. Petrobras. ON subiu 2,64% e Petrobras PN, 2,29%.

Vale também terminou no azul, mas com ganhos mais modestos do que a outra blue chip. A ação ON da Vale encerrou com elevação de 1,67% e a PNA, de 1,46%. No setor siderúrgico, Gerdau PN subiu 1,65%, Metalúrgica Gerdau, PN, 0,67%, Usiminas PNA, 0,55%, CSN ON, 2,83%.

Bancos e construção civil foram destaque. Gafisa ON foi a segunda maior alta do índice, com 3,35%. A retomada da economia brasileira está proporcionando o reaquecimento do setor e uma prova está no resultado da pesquisa do Sinduscon-SP e da FGV Projetos, que mostrou recorde no nível de emprego da construção civil em agosto, com 2,260 milhões de trabalhadores, 2,03% acima do recorde anterior, de julho (2,216 milhões).

Rossi Residencial ON terminou em +1,37%. Hoje teve início o período de reserva para o varejo da oferta de ações da companhia, que se estende até quarta-feira, prazo idêntico ao da PDG Realty, que subiu 4,93%. O preço por ação das duas operações será definido na quinta-feira. Cyrela ON, que também protocolou pedido de oferta de ações na Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), avançou 0,17%.

No segmento financeiro, BB ON ganhou 1,63%. A instituição anunciou que pagará R$ 4,2 bilhões por metade do capital total do Banco Votorantim. Já o Banco Santander informou alteração na data de início da negociação das units de sua oferta, no Nível 2 da Bovespa, para o dia 7 de outubro. Antes, estava prevista para 8 do mês que vem. O período de reserva da oferta de varejo começa hoje e vai até 5 de outubro. Santander ON, +4,35%. Bradesco PN, +1,91%, Itaú Unibanco PN, +2,22%.

A maior alta do Ibovespa hoje foi BM&FBovespa, com valorização de 4,69%. O gerente de análise da Modal Asset Management, Eduardo Roche, disse que uma das razões para esta alta é o sucesso das ofertas públicas na Bovespa, que voltaram a crescer nos últimos dias. "Assim como a queda dos volumes negociados no ano passado afetou os papéis da BM&FBovespa, a perspectiva de que a série de ofertas tenha continuidade em 2010 anima os investidores", afirmou.

domingo, 27 de setembro de 2009

IBOV...suportes e resistências na última semana de setembro


Nesta quarta semana de setembro, o Ibovespa abriu nos 60.703 pontos, foi renovar nova máxima anual nos 62.017 pontos, na terça-feira; a partir daí, refluiu até atingir sua mínima semanal nos 59.600 pontos, na última quinta-feira; retomou o patamar dos 60 mil pontos e finalizou na última sexta, nos 60.356 pontos, em queda de apenas -0,57% sobre o fechamento da semana anterior. O "candle" do gráfico semanal se assemelha a um "doji" de aparente indefinição, enquanto o gráfico diário da última sexta, formou um "martelo" de alta, sugerindo um possível descolamento de DJI e abertura em alta, na próxima segunda. Analisando com maior acuidade o gráfico semanal do Ibovespa é possível que estejamos diante de um "doji evening star", sinalizador de reversão de tendência. A confirmação dessa tendência de baixa ocorrerá com a formação de um pivô de baixa, nesta próxima semana, caso não tenhamos a superação da máxima anterior nos 62 mil pontos e a ocorrência de nova mínima, abaixo dos 59.600 pontos.

Acima dos 62 mil pontos, a tendência de médio prazo se mantém nos 66 mil pontos, enquanto que um fechamento abaixo dos 59.250 pontos projetará objetivos de queda nos 57.700/58 mil pontos.

Suportes imediatos em 60.000, 59.600, 59.250, 59.100 e 58.600 pontos.
Resistências imediatas em 60.700, 61.280, 61.820, 62.650 e 62.950 pontos.

DJI...suportes e resistências na última semana de setembro


Na quarta semana de setembro, DJI abriu nos 9.819 pontos, foi buscar sua máxima nos 9.917 pontos, na quarta-feira, mas a partir daí iniciou um processo de realização até atingir sua mínima na última sexta, nos 9.641 pontos, vindo a finalizar nos 9.665 pontos. Queda de -1,58% sobre o fechamento da semana anterior. O "candle" do gráfico semanal se assemelha a um "martelo invertido cheio" sinalizando tendência de queda para a próxima semana. No gráfico diário, o "candle" produzido na última sexta é um "piercing de indefinição" para a abertura desta semana, após 3 sessões seguidas de quedas. Só com fechamento diário acima dos 9.820 pontos é que DJI poderá retomar sua tendência anterior de alta, com objetivos nos 10 mil pontos. Por outro lado, fechamento abaixo dos 9.500 pontos poderá estar confirmando a reversão de tendência, no curto prazo.

Suportes imediatos em 9.640, 9.615, 9.540 e 9.440 pontos.
Resistências imediatas em 9.720, 9.770, 9.820, 9.880, 9.917 e 10.000 pontos.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Commodities...perspectivas para a última semana de setembro


Fonte: Bloomberg

Situação em 25/09

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW
(Vermelho)UBS BLOOMBERG CMCI 1128.37 -2.89 1136.42 1136.42 1122.74
(Laranja)S&P GSCI 440.92 -.77 443.37 446.31 437.74
(Verde)RJ/CRB Commodity 250.50 -.75 251.22 252.07 250.01
(Azul)Rogers Intl 2837.88 -17.14 2864.69 2871.54 2823.59

Situação em 18/09

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW
UBS BLOOMBERG CMCI 1161.93 -14.14 1169.12 1173.10 1159.65
S&P GSCI 468.92 -3.54 468.90 472.76 466.81
RJ/CRB Commodity 259.99 -1.94 261.92 262.23 259.51
Rogers Intl 2975.27 -26.04 2994.94 2998.32 2967.38

Variação semanal 18/09 a 25/09

INDICE Fechamento (18/09) x Fechamento(25/09) VARIAÇÃO SEMANAL (%)

UBS BLOOMBERG CMCI 1161.93 1128.37-2,89%
S&P GSCI 468.92 440.92 -5,97%
RJ/CRB Commodity 259.99 250.50 -3,65%
Rogers Intl 2975.27 2837.88 -4,62%

Análise:
Na quarta semana de setembro, as commodities devolveram praticamente todo ganho das duas semanas anteriores, finalizando com QUEDA de -4,28% , na média dos quatro índices, em relação ao fechamento da semana anterior. Com isso a defasagem retornou a cerca de -32% em relação aos preços praticados há um ano atrás, na média desses índices. O gráfico diário do índice "UBS Bloomberg", traçado em vermelho e semelhante aos demais índices, mostra que os preços não conseguiram romper novamente a LTA primitiva, e agora se encontram praticamente sobre a LTA1, mais recente, cuja perda poderá ensejar uma realização mais forte. O "candle" do gráfico semanal se assemelha a um "martelo invertido cheio" decorrente da abertura em alta no início da semana, seguido de forte realização até o final da semana, sinalizando tendência de baixa. As fortes perdas "aliviaram" os indicadores que se encontravam "muito esticados" e agora permitem uma possível recuperação no início da semana. É possível que o mercado das "commodities" se mantenha "lateralizado" entre as duas LTA's até o final de setembro, quando novos indicadores no início de outubro, poderão delinear melhor, uma nova tendência.

Bolsas de NY recuam e acumulam perdas na semana

por Agência ESTADO
25 de Setembro de 2009 19:39

Os principais índices do mercado de ações norte-americanos fecharam em baixa, após dados econômicos mais fracos que o previsto sobre a economia dos EUA alimentarem receios de que o avanço acentuado das bolsas nos últimos seis meses foi exagerado.

O Dow Jones registrou o quarto declínio em cinco sessões, caindo 42,25 pontos, ou 0,44%, para 9.665,19 pontos. Entre os componentes do índice, fecharam em baixa Alcoa (-3,16%), American Express (-2,30%), Bank of America (-2,24%) e Wal Mart (-2,43%). O Nasdaq perdeu 16,69, ou 0,79%, para 2.090,92 pontos, refletindo um declínio de 17,04% nas ações da Research in Motion - fabricante do smartphone BlackBerry. A receita da companhia para o segundo trimestre desagradou Wall Street, assim como as previsões para o resultado do terceiro trimestre. O S&P 500 perdeu 6,40 pontos, ou 0,61%, para 1.044,38 pontos.

Na semana, o Dow Jones acumula queda de 1,58%, o Nasdaq de 1,97% e o S&P 500 de 2,24%. Os três índices renovaram os recordes de fechamento do ano na última terça-feira.

A série de indicadores econômicos decepcionantes divulgados nesta semana foi o principal motivo para o declínio do mercado, segundo analistas. Hoje, dois relatórios apresentaram um cenário mais fraco que o previsto.

"Mesmo que as ações voltem a subir, não vai ser uma onda que ajudará todos os barcos", disse Stephen Wood, estrategista de carteiras de investimento da Russell Investments. "Uma exposição irrestrita ao mercado não será algo inteligente, já que o próprio mercado discriminará aquelas companhias que não estão crescendo num ritmo mais acelerado que anteriormente."

A Unilever recuou 0,71%. A empresa anglo-holandesa informou que vai comprar a unidade de cuidados pessoais da norte-americana Sara Lee por 1,28 bilhão de euros (US$ 1,88 bilhão) na Europa Ocidental e na Ásia. Essa será a primeira operação de fusão e aquisição da Unilever, desde que Paul Polman assumiu o cargo de executivo-chefe da empresa. A Sara Lee avançou 6,36% e atingiu o maior nível de fechamento desde 4 de novembro de 2008, a US$ 11,21. As informações são da Dow Jones.

Bolsa sobe 0,52% com Petrobras, bancos e construção

por Agência ESTADO
25 de Setembro de 2009 17:46

Duas sessões em baixa e os investidores acharam que já estava de bom tamanho. Assim, encontraram um meio de puxar o índice Bovespa (Ibovespa) para cima em meio à queda das bolsas no exterior. O número reduzido de negócios hoje - o volume financeiro desta sessão na Bolsa de Valores de São Paulo foi 29% abaixo da média do mês - ficou concentrado em ações da Petrobras, por sua vez influenciada pela alta do preço do petróleo. Ações de bancos e da construção civil também se destacaram.

O Ibovespa, desta forma, está conseguindo sustentar o patamar de 60 mil pontos. Hoje, subiu 0,52%, aos 60.355,73 pontos. Na mínima do dia, registrou 59.755 pontos (-0,48%) e, na máxima, os 60.472 pontos (+0,71%). Na semana, recuou 0,57%. No mês, acumula ganho de 6,85% e, no ano, de 60,73%. O giro financeiro somou R$ 3,99 bilhões. Os dados são preliminares.

Segundo profissionais do mercado, investidores têm aproveitado os momentos de queda do índice para se reposicionar nesse mercado, já que teriam perdido o rali recente. Daí o fato de as realizações de lucros se dissiparem rapidamente - várias vezes durante o próprio pregão. Hoje, no entanto, os indicadores divulgados nos Estados Unidos inspiraram cautela, reforçada pela expectativa do resultado do encontro do G-20 em Pittsburgh (EUA).

As encomendas de bens duráveis nos EUA caíram 2,4% em agosto ante julho, na contramão da previsão dos analistas (+0,3%). As vendas de imóveis residenciais novos aumentaram 0,7% em agosto ante julho nos EUA (previsão de +1,6%). Já o índice de sentimento do consumidor divulgado pela Reuters e Universidade de Michigan surpreendeu positivamente, ao subir de 65,7 em agosto para 73,5 ao final de setembro, ante previsão de 70,5.

As Bolsas nos EUA acabaram fechando em baixa. Dow Jones perdeu 0,44%, aos 9.665,19 pontos, S&P 500 teve recuo de 0,61%, aos 1.044,38 pontos, e Nasdaq cedeu 0,79%, aos 2.090,92 pontos.

A expectativa com o resultado do G-20 conteve as quedas no exterior. O comunicado oficial do encontro que termina hoje deve sair após o fechamento do mercado, e, entre outras coisas, o grupo deve decidir pelo aumento de participação dos países emergentes no Fundo Monetário Internacional (FMI) de "pelo menos 5%", segundo o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia.

Além dos dados nos EUA, os investidores, no Brasil, contaram com o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado pelo Banco Central. Dentre outras coisas, o documento reviu para cima suas estimativas para a inflação em 2009 e 2010. "Hoje, isso não fez preço na Bovespa, mas os investidores podem considerar mais à frente, já que essa previsão pode resultar na volta da alta da taxa Selic", comentou Álvaro Padilha, operador de bolsa da corretora Icap Brasil.

A seu ver, a Bolsa, por enquanto, deve ter um período de marasmo, à espera dos balanços trimestrais, a partir de outubro. "Os investidores podem aguardar agora dados mais concretos de recuperação nos números das empresas", avaliou ao ponderar, entretanto, que a agenda diária continua interferindo na negociação diária.

Petrobras, bancos e construção civil "carregaram" o Ibovespa hoje. As ações da estatal avançaram na esteira da alta do petróleo. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o contrato com vencimento em novembro avançou, 0,20%, a US$ 66,02 o barril. Petrobras ON subiu 0,25% e Petrobras. PN, 0,92%.

No setor bancário, Bradesco PN terminou em +0,64%, Itaú Unibanco, em +0,54%, e BB ON, em +1,44%.

Na construção civil, segundo Padilha, a perspectiva de crescimento do setor puxou as ações. Rossi Residencial ON foi a maior alta do Ibovespa, com +4,07%. Cyrela ON avançou 3,26% e Gafisa ON, 0,75%.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Bolsa de NY fecha em baixa com dado fraco de imóveis

por Agência ESTADO
24 de Setembro de 2009 18:32


Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em baixa pela segunda sessão consecutiva, pressionados por dados que mostraram um declínio inesperado nas vendas de imóveis residenciais usados do país durante o mês de agosto. O Dow Jones recuou 41,11 pontos, ou 0,42%, para 9.707,44 pontos. O Nasdaq perdeu 23,81 pontos, ou 1,12%, para 2.107,61 pontos, enquanto o S&P 500 recuou 10,09 pontos, ou 0,95%, para 1.050,78 pontos.

Pela manhã, os índices chegaram a operar em alta, amparados por dados positivos do Departamento de Trabalho dos EUA. O órgão divulgou que o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego caiu 21 mil na semana encerrada em 19 de setembro. Economistas esperavam alta de 5 mil.

Os índices passaram a operar em baixa após a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis dos EUA divulgar que as vendas de imóveis residenciais usados do país caíram 2,7% em agosto. A queda rompeu quatro meses seguidos de aumento e contrariou a expectativa dos economistas, que esperavam um avanço de 2,9%.

Os receios sobre a recuperação da economia gerados pela leitura fraca sobre o mercado de habitação norte-americano pesaram particularmente sobre as ações de empresas ligadas ao setor de matérias-primas. Os papéis da Alcoa - empresa integrante do índice Dow Jones - fecharam em queda de 4,46%.

O dado também pesou sobre o setor varejista. A Bed Bath & Beyond, por exemplo, recuou 3,3% mesmo depois de divulgar, na noite de quarta-feira, que seu lucro no trimestre encerrado em 29 de agosto cresceu 14% em relação a igual período do ano passado, superando as estimativas do mercado. Também caíram Tiffany (-1,07%), Macy's (-2,28%) e Abercrombie & Fitch (-1,33%).

No setor de tecnologia, a Red Hat ganhou 12,34%, registrando o ganho mais acentuado da sessão entre os componentes do S&P 500. A companhia anunciou que o lucro do segundo trimestre fiscal aumentou em 37% diante de um crescimento na receita e nas margens. A concorrente Citrix Systems subiu 4,18%.

O Citigroup perdeu 1,99%. Segundo uma reportagem do Wall Street Journal, os executivos do banco planejam concentrar o foco da rede de agências em seis grandes regiões metropolitanas dos EUA - Nova York, Washington, Miami, Chicago, São Francisco e Los Angeles. As informações são da Dow Jones.

Ibovespa cai 0,74%, mas sustenta nível de 60 mil pontos

por Agência ESTADO
24 de Setembro de 2009 17:52

O dado do setor imobiliário norte-americano mais fraco do que o esperado foi a senha que o mercado acionário usou para dar continuidade ao movimento de realização de lucros iniciado na véspera. Em duas sessões, hoje e ontem, o índice Bovespa perdeu 2,35%, mas chegou a ser bem mais, 3%, quando o índice operava na mínima do dia na sessão de hoje, aos 59.600 pontos (-1,48%). À tarde, a queda foi diminuindo em Wall Street e a Bovespa também acompanhou.

Assim, o Ibovespa terminou em baixa de 0,74%, garantindo o patamar de 60 mil pontos, aos 60.046,28 pontos. Na máxima do dia, registrou 60.978 pontos (+0,80%). No mês, acumula alta de 6,30% e, no ano, de 59,91%. O giro financeiro totalizou R$ 5,033 bilhões. Os dados são preliminares.

A Bolsa abriu em alta, reagindo ao resultado dos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA, melhor do que as previsões. O Departamento do Trabalho americano informou queda de 21 mil no número de trabalhadores que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego na semana até 19 de setembro, ante estimativa de alta de 5 mil.

Mas se esse indicador não teve força para sustentar os índices no azul durante a sessão toda porque foi 'atropelado' por outro, pior: houve declínio inesperado nas vendas de residências usadas nos EUA, que recuaram 2,7% em agosto, ante previsão de alta de 2,9% dos economistas.

As bolsas viraram após o anúncio e trabalharam no vermelho durante o restante da sessão - embora tenham diminuído o ritmo no final -, pressionadas ainda pelo recuo das commodities. O Dow Jones fechou em baixa de 0,42%, aos 9.707,44 pontos. O S&P recuou 0,95%, aos 1.050,78 pontos, e o Nasdaq caiu 1,12%, aos 2.107,61 pontos.

Segundo um operador do mercado de renda variável de uma corretora paulista, o dado acabou servindo de justificativa para uma realização global, à medida que os investidores agora se preparam para o resultado do encontro do G-20, que termina amanhã, nos Estados Unidos.

"Acho que a Bovespa pode chegar a 57 mil pontos nessa realização, mas é difícil dizer, porque o fluxo de recursos estrangeiros segue intenso", afirmou o profissional ao lembrar que se ocorrer, essa baixa não significa mudança de tendência. A seu ver, muitos profissionais devem usar esse momento de recuo nos preços para voltar a se posicionar em ações e até mesmo se posicionar nas emissões anunciadas nas últimas semanas.

O Banco Central divulgou hoje que o investimento estrangeiro em ações negociadas no Brasil somou US$ 2,813 bilhões em setembro, até o dia 24. Em agosto, o investimento estrangeiro em ações havia somado US$ 3,543 bilhões. No acumulado de janeiro a agosto de 2009, as aplicações de investidores estrangeiros em ações somam US$ 13,280 bilhões.

Além da baixa das bolsas, a queda das commodities no exterior serviu de fator adicional às perdas desta sessão. Na Bolsa Mercantil de Nova York, por exemplo, o contrato do petróleo para novembro desabou 4,47%, para US$ 65,89 o barril. As ações ordinárias (ON) da Petrobras recuaram 2% e as preferenciais (PN), 1,34%.

Vale, seguindo igualmente a baixa dos metais, perdeu 1,74% na ON e 1,12% na PNA. Ela foi acompanhada pelas siderúrgicas: Gerdau PN caiu 1,29%, Metalúrgica Gerdau, PN, 0,03%, Usiminas PNA, 0,62%, e CSN ON, 1,40%. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, disse hoje que o governo analisa a possibilidade de recolocar o aço na lista de exceções para ter isenção de Imposto de Importação (II). Segundo ele, essa possibilidade decorre do fato de que o governo vem sendo informado pelas indústrias do aumento substancial do preço doméstico do aço.

As ações dos bancos fecharam em baixa: Bradesco PN, 0,70%, Itaú Unibanco PN, 1,02%, e BB ON, 0,55%. Ontem, os bancários rejeitaram, em assembleias, a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de recomposição somente da inflação (4,5%) e entraram em greve por tempo indefinido a partir de hoje.