por Adriana Cotias e Danilo Fariello de VALOR
30/05/2008
A confirmação do grau de investimento pela Fitch Ratings marca o início de um novo ciclo para o Brasil. Se no começo da década havia a expectativa de que o selo de economia não-especulativa representaria grandes saltos para os ativos locais, a percepção, agora, é de que muito disso já está nos preços. No longo prazo, a chancela de menor risco aos olhos do capital internacional significa maior fluxo para o país, menor volatilidade, mas potencial reduzido de retornos extraordinários também. O investidor terá de se habituar a tempos mais previsíveis. No curto prazo, as tendências para bolsa (de alta), câmbio (de queda) e juros (também de alta) não se alteram significativamente.
À medida que seguradoras e fundos de pensão estrangeiros aumentarem a parcela de investimento dedicada ao Brasil, as ações, os títulos públicos e o real tenderão a capitalizar o ingresso desse dinheiro novo. Mas as movimentações estarão mais do que nunca condicionadas a fundamentos e menos a especulações. A elevação da nota brasileira já se concretizou, diz a estrategista de investimentos do UBS Pactual Wealth Management, Juliana Centurion Braga. "Ninguém descobrirá o Brasil agora." Para ela, não haverá mais grandes eventos que manterão os ativos brasileiros em ascensão tão forte e tão distante do mercado mundial. Tudo agora passa a ser mais gradual, diz. "Se o risco do Brasil ficou menor, o potencial de retorno no curto prazo também."
Mesmo antes da conquista do grau de investimento, muitos investidores institucionais estrangeiros já podiam aplicar aqui, conforme as regras dos respectivos estatutos. O que muda agora, com as notas dadas por duas agências de classificação, é que aumenta o percentual que os aplicadores com perfil de longo prazo podem distribuir nos diversos mercados, diz o chefe de mesa da HSBC Corretora, Jorge Augusto Miranda. "Tendo em vista nossos clientes estrangeiros, o potencial de aplicações por causa do rating novo é muito maior do que o volume atual", afirma. "O grau de segurança passa a ser maior e isso se emenda com a fusão das bolsas, um fato muito positivo do ponto de vista institucional."
Para Miranda, a queda de 1,85% do Ibovespa ontem é um indício de que não só o "investment grade" já foi em boa medida antecipado, como também é uma demonstração de maturidade. "O hoje já está no preço, mas o que vamos ver no futuro é uma maior consistência nos movimentos." O incremento do fluxo estrangeiro não será relevante para mudar tendências de curto prazo, ratifica Alexandre Maia, gestor de fundos da GAP Asset Management. "O selo corrobora tendências que já existiam."
Nos próximos seis meses, a alta das commodities, o aumento dos preços dos alimentos e as pressões inflacionárias tendem a ditar a dinâmica de preços dos ativos locais, mais do que o grau de investimento, diz o diretor de Renda Variável da Unibanco Asset Management (UAM), Ronaldo Patah. "Os juros vão subir forte até o fim do ano e isso deve desacelerar a economia em 2009, resultando num menor crescimento para o lucro das empresas." É por isso que ele mantém, desde novembro passado, a sua projeção de Ibovespa na casa dos 80 mil pontos para dezembro.
Ao ampliar o leque de recursos que podem ser alocados no Brasil, o "investment grade" tende a levar a um juro real potencialmente mais baixo para o país no médio prazo. Bom para quem quer se antecipar a esse movimento nos títulos da dívida brasileira, seja nos prefixados, seja nos papéis atrelados a índices de preços, diz Patah.
Juliana, do UBS, também acha que as taxas de juros em papéis de longo prazo são gordas atualmente, mas ela alerta que, na marcação dos títulos dia-a-dia, o investidor poderá verificar uma oscilação muito forte e terá de ter estômago para agüentar esse vaivém. A especialista reitera, porém, que investir em renda fixa no Brasil ainda é um ótimo negócio, dada a própria alta taxa paga internamente e, mais ainda agora, pela ratificação de que o país tem pouco risco de crédito.
A visão de Maia sobre juros é bastante variada quando se trata do horizonte mirado pelo aplicador de renda fixa. Para o prazo de até um ano e meio, não há nada que indique que o movimento de alta da taxa básica da economia vá parar. "Não é claro se os prefixados já embutem toda a subida possível", comenta. "Já em prazos de cinco anos, porém, o juro certamente é muito alto para um país com grau de investimento".
O ciclo de aumento do juro brasileiro representa uma certa contradição para o Brasil, nesse momento em que o país recebe o aval de bom crédito por duas agências de classificação de risco, diz a chefe de análise da Ativa Corretora, Luciana Leocádio. Ela imagina que, no ano que vem, esse movimento já poderá ser revertido pelo Banco Central. Os setores mais beneficiados na bolsa tendem a ser bancos, varejo, construção civil e as ações das próprias bolsas, que vão se beneficiar do maior fluxo para o mercado local. Na renda variável, as companhias vão se beneficiar pelo acesso a capitais a custos mais favoráveis, diz Patah.
O primeiro impacto do novo grau de investimento será no câmbio, com o dólar podendo até romper a barreira de R$ 1,60, acredita Newton Rosa, economista-chefe da SulAmérica. "A tendência já existia, por conta do diferencial de juros, e ganha reforço agora." Maia, da GAP, não vê piso para o dólar no curto prazo e lembra que praticamente todas as apostas recentes feitas para um limite de subida do real fracassaram.
Rosa, da SulAmérica, também vê como outra conseqüência do maior fluxo de recursos para cá a maior freqüência de ofertas públicas iniciais (IPO, em inglês) no longo prazo. O investidor ganhará novas opções na bolsa, diz ele. Embora a promoção brasileira represente um incentivo para a retomada das ofertas de ações num ritmo mais consistente, a seletividade segue na ordem do dia, diz o gerente de Renda Variável da Paraty Investimentos, Luiz Henrique Carneiro. Ao mesmo tempo em que o Brasil fica credenciado para receber um fluxo novo, a aversão ao risco, trazida pela crise do "subprime" e o freio na economia dos EUA mantêm algumas dúvidas no ar.
A intenção deste Blog é o de trazer informações sobre os mercados acionários e seus principais ativos. Esse espaço será utilizado para divulgar análises que fundamentem tendências de curto e médio prazos do Ibovespa, índices de mercados e comodities. Espero que o blog possa contribuir para a interpretação das tendências dos mercados,principalmente em momentos de maior volatilidade e incertezas.
sexta-feira, 30 de maio de 2008
DJI...após 29/05...recuperou o fibo de 62% com possibilidade de manter a alta...

DJI abriu em 12.594 pontos e na primeira hora de pregão veio buscar a mínima em 12.555 pontos. Com a melhora do humor dos mercados, pela forte queda nos contratos futuros do barril de petróleo, aliada ao anúncio do PIB trimestral de 0,9%, iniciou recuperação no patamar dos 12.600 pontos, rompeu os 12.700 pontos atingindo a máxima em 12.726. A partir daí, nas duas últimas horas de pregão, refluiu para finalizar em 12.646 pontos (+ 0,41%).
Como era esperado Dow Jones tentaria sair da "congestão" entre os 12400 e 12600 pontos. A motivação encontrada pelo anúncio do PIB e a queda do barril de petróleo impulsionou DJI para cima dos 12.600 pontos (fibo de 62%).
Análise gráfica: No gráfico diário os principais indicadores sinalizam a tendência de alta. No gráfico de "30 minutos" a perda do patamar dos 12700 pontos, nas últimas horas de pregão, produziu sinalização contrária nesses mesmos indicadores. Desta forma DJI se apresenta com tendência indefinida. A sinalização dos índices futuros deverá balizar a abertura de DJI.
Suportes imediatos em 12.640, 12.590, 12.555 e 12.500 pontos.
Resistências em 12.680, 12.726 e 12.862 pontos.
IBOV...após 29/05...depois da queda , possibilidade de reversão...

O IBOVESPA abriu nos 73.154 pontos e motivado pelo mau humor dos índices futuros com a queda generalizada do petróleo e das principais comodities metálicas, realizou fortemente durante toda a primeira metade do pregão vindo buscar primeiramente suporte nos 72 mil pontos. Por volta das 15:30 horas com a formalização do anúncio da obtenção do grau de investimento pela Fitch, subiu rapidamente com força descomunal, atingindo novo TH em 73.920 pontos, em menos de meia-hora. A partir daí, deu sequência à realização em curso, rompeu novamente o suporte nos 72 mil pontos, vindo buscar a mínima nos 71694 pontos. Na última meia-hora de pregão, esboçou leve reação, vindo a finalizar nos 71.797 pontos (queda de 1,85%).
Análise: A forte queda das comodities nos mercados internacionais, derrubou com força as ações das principais blue-chips do IBOV. O anúncio da Fitch, interrompeu por cerca de meia-hora a continuidade da realização em curso, sem contudo revertê-la. Com a forte queda os principais indicadores no gráfico diário como o IFR, o Estocástico e o CCI/Ma cruzamento sinalizam tendência de queda. Por outro lado, alguns dos indicadores no gráfico de "30 minutos" se encontram agora relativamente "sobrevendidos" sinalizando a possibilidade de retomada da alta. O mercado de índices futuros, antes da abertura do pregão, deverá confirmar ou não essa tendência.
Suportes imediatos em 71.700, 71.420, 70.840 e 70.335 pontos.
Resistências em 72.540, 73.150, 73.625, 73.780 e 73.920 pontos.
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Queda do petróleo e revisão de PIB amparam terceira alta seguida para Wall Street
Valor Online
29/05/2008 18:50
SÃO PAULO - Os mercados acionários de Nova York encerraram o terceiro pregão consecutivo em alta. O cenário da economia, com uma revisão para cima do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, favoreceu a compra de ações.
O índice Dow Jones teve alta de 0,4%, aos 12.646,22 pontos. O Standard & Poor`s 500 avançou 0,5%, aos 1.398,26 pontos e o Nasdaq Composite subiu 0,9%, para 2.508,32 pontos.
Hoje o governo americano anunciou que a economia teve expansão a uma taxa anual de 0,9% entre janeiro e março deste ano. Na prévia anterior, o governo havia informado um crescimento de 0,6% para o primeiro trimestre de 2008.
Os investidores também ficaram mais confiantes com a valorização do dólar perante o iene observada hoje e com a forte queda do petróleo. Pressionadas por dados que mostram o menor consumo de gasolina nos EUA, as cotações da commodity recuaram mais de US$ 4 hoje. O barril negociado para o mês de julho em Nova York, por exemplo, caiu US$ 4,41, para US$ 126,62.
Nesse cenário, foram beneficiadas as ações de empresas ligadas ao consumo, como American Express (+1,3%) e Wal-Mart (+1,5%). Tiveram desvalorização os papéis ligados a commodities, como os da produtora de alumínio Alcoa (-2,9%) e da petroleira Exxon Mobil (-1,2%).
29/05/2008 18:50
SÃO PAULO - Os mercados acionários de Nova York encerraram o terceiro pregão consecutivo em alta. O cenário da economia, com uma revisão para cima do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, favoreceu a compra de ações.
O índice Dow Jones teve alta de 0,4%, aos 12.646,22 pontos. O Standard & Poor`s 500 avançou 0,5%, aos 1.398,26 pontos e o Nasdaq Composite subiu 0,9%, para 2.508,32 pontos.
Hoje o governo americano anunciou que a economia teve expansão a uma taxa anual de 0,9% entre janeiro e março deste ano. Na prévia anterior, o governo havia informado um crescimento de 0,6% para o primeiro trimestre de 2008.
Os investidores também ficaram mais confiantes com a valorização do dólar perante o iene observada hoje e com a forte queda do petróleo. Pressionadas por dados que mostram o menor consumo de gasolina nos EUA, as cotações da commodity recuaram mais de US$ 4 hoje. O barril negociado para o mês de julho em Nova York, por exemplo, caiu US$ 4,41, para US$ 126,62.
Nesse cenário, foram beneficiadas as ações de empresas ligadas ao consumo, como American Express (+1,3%) e Wal-Mart (+1,5%). Tiveram desvalorização os papéis ligados a commodities, como os da produtora de alumínio Alcoa (-2,9%) e da petroleira Exxon Mobil (-1,2%).
Grau de investimento não garante alta na Bovespa, que fecha com perda de 1,85%
Valor Online
29/05/2008 17:19
SÃO PAULO - O grau de investimento concedido pela Fitch Ratings não garantiu fechamento em alta na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Depois de um repique logo após o anúncio, os investidores seguiram na ponta vendedora e, com isso, o Ibovespa encerra a quinta-feira com baixa de 1,85% aos 71.797 pontos. O giro financeiro foi de R$ 8,3 bilhões.
Entre os ativos de maior peso na carteira, Petrobras PN caiu 3,23%, para R$ 49,34; Vale PNA recuou 4,30%, para a R$ 53,40; Bradesco PN fechou em baixa de 2,0%, a R$ 38,61; Usiminas PNA desvalorizou 2,24%, para R$ 87,49; e Vale ON perdeu 4,74%, para R$ 64,45.
29/05/2008 17:19
SÃO PAULO - O grau de investimento concedido pela Fitch Ratings não garantiu fechamento em alta na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Depois de um repique logo após o anúncio, os investidores seguiram na ponta vendedora e, com isso, o Ibovespa encerra a quinta-feira com baixa de 1,85% aos 71.797 pontos. O giro financeiro foi de R$ 8,3 bilhões.
Entre os ativos de maior peso na carteira, Petrobras PN caiu 3,23%, para R$ 49,34; Vale PNA recuou 4,30%, para a R$ 53,40; Bradesco PN fechou em baixa de 2,0%, a R$ 38,61; Usiminas PNA desvalorizou 2,24%, para R$ 87,49; e Vale ON perdeu 4,74%, para R$ 64,45.
IGP-M avança 1,61% em maio, puxado por preços no atacado, informa FGV
Valor Online
29/05/2008 08:16
SÃO PAULO - O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) aumentou 1,61% em maio, excedendo o 0,69% de um mês antes, de acordo com dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgados há pouco. Esse comportamento refletiu uma aceleração no ritmo de crescimento dos preços do atacado.
A última pesquisa Focus, elaborada pelo Banco Central (BC) junto a cem instituições financeiras, mostrou que os analistas esperavam elevação exatamente de 1,61% IGP-M de maio.
O indicador, usado na correção de tarifas de energia, contratos de prestação de serviços e de boa parte dos aluguéis, apresentou alta de 4,74% no acumulado do ano e teve acréscimo de 11,53% nos últimos 12 meses.
Em maio, o Índice de Preços por Atacado (IPA), que representa 60% do índice geral, expandiu-se 2,01%, bem acima da taxa de abril, de 0,65%. Os produtos agrícolas, que tinham caído 1,19% no mês passado, avançaram agora 2,29%. Os produtos industriais subiram mais, indo de 1,37% para 1,91%.
Dos três estágios de produção compreendidos pelo IPA, as Matérias-Primas Brutas registraram a elevação mais marcada, de 3,38%, invertendo a direção tomada em abril, de baixa de 0,13%. Bens Intermediários mantiveram-se na casa de 1% de aumento, partindo de 1,72% para 1,79% entre o mês passado e o atual. Os Bens Finais abandonaram o recuo de 0,01% anterior e marcaram neste levantamento alta de 1,11%.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do IGP-M, verificou suavização na trajetória de crescimento, saindo de 0,76% em abril para 0,68% este mês. Influenciou neste resultado o comportamento do grupo Habitação, que foi de 0,38% para 0,02%, com destaque para o item tarifa de eletricidade residencial (0,41% para -2,02%). Em sentido inverso, Alimentação teve leve expansão, de 1,77%, após apurar 1,76% de alta em abril.
O Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), representativo de 10% do indicador total, subiu para 1,10% em maio, passando o 0,82% do mês antecedente. A taxa de Materiais e Serviços foi de 0,82% para 1,23%. O indicador referente à Mão-de-Obra cresceu 0,96% contra 0,82% de abril. Este avanço foi conseqüência de reajustes salariais ocorridos nas cidades de Brasília, Fortaleza, Goiânia e São Paulo, explicou a FGV em nota.
O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
29/05/2008 08:16
SÃO PAULO - O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) aumentou 1,61% em maio, excedendo o 0,69% de um mês antes, de acordo com dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgados há pouco. Esse comportamento refletiu uma aceleração no ritmo de crescimento dos preços do atacado.
A última pesquisa Focus, elaborada pelo Banco Central (BC) junto a cem instituições financeiras, mostrou que os analistas esperavam elevação exatamente de 1,61% IGP-M de maio.
O indicador, usado na correção de tarifas de energia, contratos de prestação de serviços e de boa parte dos aluguéis, apresentou alta de 4,74% no acumulado do ano e teve acréscimo de 11,53% nos últimos 12 meses.
Em maio, o Índice de Preços por Atacado (IPA), que representa 60% do índice geral, expandiu-se 2,01%, bem acima da taxa de abril, de 0,65%. Os produtos agrícolas, que tinham caído 1,19% no mês passado, avançaram agora 2,29%. Os produtos industriais subiram mais, indo de 1,37% para 1,91%.
Dos três estágios de produção compreendidos pelo IPA, as Matérias-Primas Brutas registraram a elevação mais marcada, de 3,38%, invertendo a direção tomada em abril, de baixa de 0,13%. Bens Intermediários mantiveram-se na casa de 1% de aumento, partindo de 1,72% para 1,79% entre o mês passado e o atual. Os Bens Finais abandonaram o recuo de 0,01% anterior e marcaram neste levantamento alta de 1,11%.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do IGP-M, verificou suavização na trajetória de crescimento, saindo de 0,76% em abril para 0,68% este mês. Influenciou neste resultado o comportamento do grupo Habitação, que foi de 0,38% para 0,02%, com destaque para o item tarifa de eletricidade residencial (0,41% para -2,02%). Em sentido inverso, Alimentação teve leve expansão, de 1,77%, após apurar 1,76% de alta em abril.
O Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), representativo de 10% do indicador total, subiu para 1,10% em maio, passando o 0,82% do mês antecedente. A taxa de Materiais e Serviços foi de 0,82% para 1,23%. O indicador referente à Mão-de-Obra cresceu 0,96% contra 0,82% de abril. Este avanço foi conseqüência de reajustes salariais ocorridos nas cidades de Brasília, Fortaleza, Goiânia e São Paulo, explicou a FGV em nota.
O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
Mercados: IGP-M, PIB dos EUA e discurso de Bernanke atraem investidores
Valor Online
29/05/2008 08:08
SÃO PAULO - A quinta-feira tem carregada agenda de indicadores, com novos dados de inflação no mercado doméstico e números sobre a economia norte-americana. O discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, Ben Bernanke, também merece atenção.
O dia começa com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresentando o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) referente ao mês de maio. A previsão aponta para inflação de 1,77% no mês, contra leitura anterior de 0,69%.
Ainda no front interno, saem os indicadores da indústria paulista e está agendada reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Nos EUA, além das declarações de Bernanke, os investidores acompanham a segunda preliminar do Produto Interno Bruto (PIB) para o primeiro trimestre do ano. A estimativa é de crescimento de 0,9%.
Do território americano, serão conhecidos ainda os pedidos por seguro-desemprego e a variação semanal nos estoques de petróleo e derivados.
Na sexta-feira, a agenda será exclusivamente externa, com os gastos pessoais e o índice de preços relacionados ao gasto do consumidor (PCE, na sigla em inglês).
(Eduardo Campos | Valor Online)
29/05/2008 08:08
SÃO PAULO - A quinta-feira tem carregada agenda de indicadores, com novos dados de inflação no mercado doméstico e números sobre a economia norte-americana. O discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, Ben Bernanke, também merece atenção.
O dia começa com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresentando o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) referente ao mês de maio. A previsão aponta para inflação de 1,77% no mês, contra leitura anterior de 0,69%.
Ainda no front interno, saem os indicadores da indústria paulista e está agendada reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Nos EUA, além das declarações de Bernanke, os investidores acompanham a segunda preliminar do Produto Interno Bruto (PIB) para o primeiro trimestre do ano. A estimativa é de crescimento de 0,9%.
Do território americano, serão conhecidos ainda os pedidos por seguro-desemprego e a variação semanal nos estoques de petróleo e derivados.
Na sexta-feira, a agenda será exclusivamente externa, com os gastos pessoais e o índice de preços relacionados ao gasto do consumidor (PCE, na sigla em inglês).
(Eduardo Campos | Valor Online)
IBOV...após 28/05...índices futuros indicarão a tendência...

O IBOVESPA abriu nos 70.995 pontos e apoiado nos índices futuros em alta, motivados pela expectativa da obtenção do grau de investimento pela Fitch, iniciou forte recuperação das quedas do dia anterior, retomando os 72 mil pontos, ainda na primeira metade do pregão. Na última hora de pregão, sintonizado com a reação de DJI retomou os 73 mil pontos, fazendo a máxima em 73.180 pontos, vindo a finalizar logo após nos 73.153 pontos (alta de 3,46%).
Análise: Essa forte recuperação do Ibovespa, de uma certa forma já precificou nos ativos a obtenção desse grau da Fitch, com a significativa alta de 3,5%. No cenário externo a divulgação nesta quinta de importantes indicadores econômicos americanos, antes da abertura dos pregões, deverá influenciar os futuros de DJI e S&P sinalizando ao Ibovespa sua principal tendência. Com a forte alta os principais indicadores no gráfico diário como o IFR, o Estocástico e o CCI/Ma cruzamento revereram a sinalização e agora apontam tendência de alta. Por outro lado os indicadores no gráfico de "30 minutos" se encontram relativamente "sobre-comprados" sinalizando a possibilidade de exaustão dessa alta. Os mercados futuros, antes da abertura do pregão, estarão indicando qual deverá ser a tendência do Ibovespa.
Suportes imediatos em 72.900, 72.390, 72000, 71250 e 70.730 pontos.
Resistências em 73.180, 73.480 e 73.780 pontos.
DJI...após 28/05...indefinição aguardando PIB, auxílio desemprego e petróleo...

DJI abriu em 12.542 pontos e com a manutenção do barril de petróleo controlado na casa dos U$ 130 esboçou uma rápida reação na primeira meia-hora de pregão fazendo topo em 12.600 pontos. A partir daí, em compasso de espera para avaliar os próximos indicadores econômicos que serão divulgados nessa quinta como número de pedidos de auxílio desemprego, PIB trimestral e estoques de petróleo, dentre outros, realizou lentamente até a mínima em 12.495 pontos. Nas últimas horas de pregão, esboçou nova reação atingindo novamente o topo dos 12.600 pontos e finalizando logo após em 12.594 pontos (+0,36%)
Dow Jones ultimamente, vem oscilando entre os 12450 e os 12.600 pontos. Os indicadores econômicos que serão divulgados antes da abertura do pregão e o estoque de petróleo, por volta da 11 horas serão fundamentais para determinar o rompimento dessa "congestão" para um dos dois extremos.
Análise gráfica: No gráfico diário os principais indicadores mantêm indefinição. No gráfico de "30 minutos", a reação esboçada nas últimas horas de pregão, produziu sinalização positiva no IFR, estocástico e CCI/Ma cruzamento, porém o oscilador de momentos sinaliza "divergência baixista".
Suportes imediatos em 12.500, 12.440, 12.370 e 12.270 pontos.
Resistências em 12.600, 12.620 e 12.670 pontos.
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Bolsa de NY fecha em alta com ações de tecnologia
por Renato Martins da Agência Estado
28.05.2008 18h16
O mercado norte-americano de ações fechou em alta. O avanço das ações dos setores de tecnologia e de commodities contrabalançou a debilidade das que caíram em reação à nova alta dos preços do petróleo. "Se os preços do petróleo subirem o suficiente para provocar uma paralisação da economia, isso vai afetar tudo. Se o consumo realmente cair muito, as empresas serão afetadas. Não é que as empresas de tecnologia sejam imunes ao petróleo, mas a sensibilidade delas está num nível mais elevado de preço", comentou o estrategista Russ Koesterich, da Barclay's Global Investors.
Entre as ações do setor de tecnologia, os destaques foram nomes como Hewlett-Packard (+1,79%) e IBM (+1,74%). Entre as ações ligadas a commodities, as da Dow Chemical subiram 1,49%, depois de a empresa anunciar aumentos de preços para todas as suas linhas de produtos a partir de 1º de junho; isso beneficiou ações como Alcoa (+2,95%) e DuPont (+1,34%). Outras ações de indústrias também subiram, entre elas Caterpillar (+1,51%), em reação ao indicador de encomendas de bens duráveis dos Estados Unidos em abril, que ficou acima das previsões.
As ações do setor de petróleo subiram, em reação à nova alta dos preços do produto (Chevron ganhou 0,84% e ExxonMobil, 0,70%). As das companhias aéreas, que são afetadas pelos preços do petróleo, caíram (US Airways despencou 8,1%). No setor financeiro, as ações da seguradora AIG caíram 4,67%, depois de os analistas da Citigroup Capital Markets rebaixarem seu preço-alvo; as do banco KeyCorp perderam 10,43%, depois de a instituição elevar sua previsão de baixas contábeis de empréstimos não pagos em 2008.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,36%, em 12.594,03 pontos. O Nasdaq encerrou com ganho de 0,22%, em 2.486,70 pontos. O S&P-500 subiu 0,40%, para 1.390,84 pontos. O NYSE Composite avançou 0,54%, para 9.364,34 pontos. As informações são da Dow Jones.
28.05.2008 18h16
O mercado norte-americano de ações fechou em alta. O avanço das ações dos setores de tecnologia e de commodities contrabalançou a debilidade das que caíram em reação à nova alta dos preços do petróleo. "Se os preços do petróleo subirem o suficiente para provocar uma paralisação da economia, isso vai afetar tudo. Se o consumo realmente cair muito, as empresas serão afetadas. Não é que as empresas de tecnologia sejam imunes ao petróleo, mas a sensibilidade delas está num nível mais elevado de preço", comentou o estrategista Russ Koesterich, da Barclay's Global Investors.
Entre as ações do setor de tecnologia, os destaques foram nomes como Hewlett-Packard (+1,79%) e IBM (+1,74%). Entre as ações ligadas a commodities, as da Dow Chemical subiram 1,49%, depois de a empresa anunciar aumentos de preços para todas as suas linhas de produtos a partir de 1º de junho; isso beneficiou ações como Alcoa (+2,95%) e DuPont (+1,34%). Outras ações de indústrias também subiram, entre elas Caterpillar (+1,51%), em reação ao indicador de encomendas de bens duráveis dos Estados Unidos em abril, que ficou acima das previsões.
As ações do setor de petróleo subiram, em reação à nova alta dos preços do produto (Chevron ganhou 0,84% e ExxonMobil, 0,70%). As das companhias aéreas, que são afetadas pelos preços do petróleo, caíram (US Airways despencou 8,1%). No setor financeiro, as ações da seguradora AIG caíram 4,67%, depois de os analistas da Citigroup Capital Markets rebaixarem seu preço-alvo; as do banco KeyCorp perderam 10,43%, depois de a instituição elevar sua previsão de baixas contábeis de empréstimos não pagos em 2008.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,36%, em 12.594,03 pontos. O Nasdaq encerrou com ganho de 0,22%, em 2.486,70 pontos. O S&P-500 subiu 0,40%, para 1.390,84 pontos. O NYSE Composite avançou 0,54%, para 9.364,34 pontos. As informações são da Dow Jones.
Ibovespa dispara 3,04% e fecha perto de nível recorde
por Claudia Violante da Agência Estado
28.05.2008 17h35
A alta do petróleo e os rumores de que a agência de classificação de risco Fitch Ratings deve elevar a nota brasileira em breve - além do grau de investimento concedido pela agência canadense DBRS - fizeram com que a Bovespa tivesse a maior alta porcentual desde 30 de abril e voltasse a se aproximar de seu nível recorde. Naquele dia, o Brasil conquistou seu primeiro grau de investimento por uma das três mais importantes agências do mundo, a Standard & Poor's (a Fitch e a Moody's são as outras duas).
O Ibovespa, principal índice, subiu hoje quase 2,2 mil pontos, motivado por uma compra generalizada de papéis, predominantemente por investidores domésticos. Apenas três ações do índice caíram. A alta foi de 3,04%, para 73.153,2 pontos. Com mais 0,5% de elevação, o índice registrará novo recorde, superando os 73.516,8 pontos do último dia 20. O Ibovespa oscilou hoje entre a mínima de 70.734 pontos (-0,36%) e a máxima de 73.180 pontos (+3,08%). O resultado deste pregão elevou os ganhos acumulados em maio para 7,79% e os do ano, a 14,51%. O volume financeiro totalizou R$ 7,459 bilhões.
Nos Estados Unidos, as bolsas conseguiram devolver no final as perdas (causadas pelo petróleo) registradas em boa parte do dia e subiram. O Dow Jones avançou 0,36%, o S&P teve ganho de 0,40% e o Nasdaq valorizou-se em 0,22%. O dado de encomendas de bens duráveis de abril melhor do que o previsto ajudou as altas. As encomendas recuaram 0,5% em abril, ante previsão de baixa de 2%.
O petróleo abriu em queda, mas o ajuste durou pouco e ainda durante a manhã os preços inverteram. Os temores com a redução na oferta pressionaram as cotações. Em Nova York, o petróleo avançou 1,69%, para US$ 131,03 por barril.
As ações da Petrobras acompanharam o movimento do petróleo e também passaram a subir, mostrando um repique no final da sessão, depois que S&P elevou a nota da estatal. A agência de classificação de risco removeu de observação os ratings de crédito corporativo de longo prazo da Petrobras e elevou a classificação de "BBB-" para "BBB". A perspectiva é estável. Petrobras ON e PN tiveram a mesma variação no fechamento, de +2,18%.
Além da Petrobras, as compras hoje foram generalizadas pelo mercado acionário por causa dos boatos de que a Fitch daria o grau de investimento ao Brasil. Os rumores voltaram hoje, segundo uma fonte, por causa do resultado do setor público: o superávit primário em abril foi de R$ 18,712 bilhões. No acumulado do ano, o resultado atingiu R$ 61,743 bilhões, o equivalente a 6,82% do PIB, desempenho bem acima da meta de 3,8% fixada para todo o ano. No meio da tarde, a Fitch afirmou que ainda está avaliando a situação do Brasil.
Neste quadro benigno, as ações da Vale conseguiram driblar a queda das commodities metálicas e subir. Vale PNA ganhou 2,03% e Vale ON avançou 2,22%. O destaque de alta do dia, no entanto, foi da Cesp. Os papéis dispararam 9,60% com a notícia de que a companhia entrou nas negociações para a venda do banco paulista Nossa Caixa ao Banco do Brasil.
28.05.2008 17h35
A alta do petróleo e os rumores de que a agência de classificação de risco Fitch Ratings deve elevar a nota brasileira em breve - além do grau de investimento concedido pela agência canadense DBRS - fizeram com que a Bovespa tivesse a maior alta porcentual desde 30 de abril e voltasse a se aproximar de seu nível recorde. Naquele dia, o Brasil conquistou seu primeiro grau de investimento por uma das três mais importantes agências do mundo, a Standard & Poor's (a Fitch e a Moody's são as outras duas).
O Ibovespa, principal índice, subiu hoje quase 2,2 mil pontos, motivado por uma compra generalizada de papéis, predominantemente por investidores domésticos. Apenas três ações do índice caíram. A alta foi de 3,04%, para 73.153,2 pontos. Com mais 0,5% de elevação, o índice registrará novo recorde, superando os 73.516,8 pontos do último dia 20. O Ibovespa oscilou hoje entre a mínima de 70.734 pontos (-0,36%) e a máxima de 73.180 pontos (+3,08%). O resultado deste pregão elevou os ganhos acumulados em maio para 7,79% e os do ano, a 14,51%. O volume financeiro totalizou R$ 7,459 bilhões.
Nos Estados Unidos, as bolsas conseguiram devolver no final as perdas (causadas pelo petróleo) registradas em boa parte do dia e subiram. O Dow Jones avançou 0,36%, o S&P teve ganho de 0,40% e o Nasdaq valorizou-se em 0,22%. O dado de encomendas de bens duráveis de abril melhor do que o previsto ajudou as altas. As encomendas recuaram 0,5% em abril, ante previsão de baixa de 2%.
O petróleo abriu em queda, mas o ajuste durou pouco e ainda durante a manhã os preços inverteram. Os temores com a redução na oferta pressionaram as cotações. Em Nova York, o petróleo avançou 1,69%, para US$ 131,03 por barril.
As ações da Petrobras acompanharam o movimento do petróleo e também passaram a subir, mostrando um repique no final da sessão, depois que S&P elevou a nota da estatal. A agência de classificação de risco removeu de observação os ratings de crédito corporativo de longo prazo da Petrobras e elevou a classificação de "BBB-" para "BBB". A perspectiva é estável. Petrobras ON e PN tiveram a mesma variação no fechamento, de +2,18%.
Além da Petrobras, as compras hoje foram generalizadas pelo mercado acionário por causa dos boatos de que a Fitch daria o grau de investimento ao Brasil. Os rumores voltaram hoje, segundo uma fonte, por causa do resultado do setor público: o superávit primário em abril foi de R$ 18,712 bilhões. No acumulado do ano, o resultado atingiu R$ 61,743 bilhões, o equivalente a 6,82% do PIB, desempenho bem acima da meta de 3,8% fixada para todo o ano. No meio da tarde, a Fitch afirmou que ainda está avaliando a situação do Brasil.
Neste quadro benigno, as ações da Vale conseguiram driblar a queda das commodities metálicas e subir. Vale PNA ganhou 2,03% e Vale ON avançou 2,22%. O destaque de alta do dia, no entanto, foi da Cesp. Os papéis dispararam 9,60% com a notícia de que a companhia entrou nas negociações para a venda do banco paulista Nossa Caixa ao Banco do Brasil.
Produção de químicos industriais cai 15% em abril
por André Magnabosco da Agência Estado
28.05.2008 17h12
O índice de produção de itens químicos de uso industrial apresentou retração de 14,85% em abril, na comparação com igual período de 2007. O resultado impactou os dados do setor no acumulado do ano, que apresentou retração de 4,38% no primeiro quadrimestre. Na comparação entre março e abril, o índice registrou queda de 12,43%, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) divulgados hoje.
A retração, de acordo com a entidade, foi ocasionada pela "realização de diversas paradas programadas para manutenção", entre elas a de uma linha da Copesul, central que fornece insumos para a Ipiranga Petroquímica, a Petroquímica Triunfo e a Petroflex, que também tiveram suas operações afetadas.
O índice de utilização da capacidade instalada da indústria química brasileira caiu de 85% em março para 80% em abril. Na comparação com abril do ano passado, a retração é ainda maior, de oito pontos porcentuais.
28.05.2008 17h12
O índice de produção de itens químicos de uso industrial apresentou retração de 14,85% em abril, na comparação com igual período de 2007. O resultado impactou os dados do setor no acumulado do ano, que apresentou retração de 4,38% no primeiro quadrimestre. Na comparação entre março e abril, o índice registrou queda de 12,43%, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) divulgados hoje.
A retração, de acordo com a entidade, foi ocasionada pela "realização de diversas paradas programadas para manutenção", entre elas a de uma linha da Copesul, central que fornece insumos para a Ipiranga Petroquímica, a Petroquímica Triunfo e a Petroflex, que também tiveram suas operações afetadas.
O índice de utilização da capacidade instalada da indústria química brasileira caiu de 85% em março para 80% em abril. Na comparação com abril do ano passado, a retração é ainda maior, de oito pontos porcentuais.
Juro futuro cai com rumor de grau de investimento
por Denise Abarca da Agência Estado
28.05.2008 16h27
As taxas de juros futuros terminaram o dia em baixa, influenciadas pela alta da Bolsa de Valores de São Paulo e queda do dólar ante o real. O comportamento teve por base a elevação da nota (rating) do Brasil pela agência de classificação de risco canadense DBRS para grau de investimento, que reforçou a perspectiva de que o País deverá receber em breve o mesmo status pela inglesa Fitch Ratings, uma das três mais importantes do mundo. Entretanto, no meio da tarde a diretora-sênior da Fitch Ratings, Shelly Shetty, afirmou que a agência ainda está em processo de avaliação do rating brasileiro.
O desempenho das contas públicas é um dos fatores que tem grande peso na avaliação da agência, que já declarou que um aumento da meta do superávit primário, hoje em 3,8% do PIB, teria papel significativo para a melhora da nota. Pela manhã, o Banco Central anunciou que a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB atingiu 41% em abril e o superávit primário no mês passado ficou em R$ 18,712 bilhões. No acumulado do ano até abril, o superávit alcança 6,82% do PIB e, em 12 meses, está em 4,23%.
O contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2010, o mais negociado na Bolsa de Mercadorias & Futuros, encerrou o dia projetando taxa de 13,44% ao ano, contra 13,52% ontem. A taxa do DI para janeiro de 2009, também bastante negociado, ficou em 13,14%, ante 13,22%.
A volta do tema "classificação de risco" ao noticiário estimulou os investidores a voltar a aplicar em juros. Mas, ao menos enquanto não vier o almejado grau de investimento pela Fitch, a queda nas taxas futuras tende a ter vida curta, já que o cenário inflacionário não dá trégua.
Pela manhã, os dados de inflação conhecidos não foram considerados positivos. O Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), por exemplo, foi de 1,08% na terceira quadrissemana de maio, acima do teto das previsões de analistas.
28.05.2008 16h27
As taxas de juros futuros terminaram o dia em baixa, influenciadas pela alta da Bolsa de Valores de São Paulo e queda do dólar ante o real. O comportamento teve por base a elevação da nota (rating) do Brasil pela agência de classificação de risco canadense DBRS para grau de investimento, que reforçou a perspectiva de que o País deverá receber em breve o mesmo status pela inglesa Fitch Ratings, uma das três mais importantes do mundo. Entretanto, no meio da tarde a diretora-sênior da Fitch Ratings, Shelly Shetty, afirmou que a agência ainda está em processo de avaliação do rating brasileiro.
O desempenho das contas públicas é um dos fatores que tem grande peso na avaliação da agência, que já declarou que um aumento da meta do superávit primário, hoje em 3,8% do PIB, teria papel significativo para a melhora da nota. Pela manhã, o Banco Central anunciou que a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB atingiu 41% em abril e o superávit primário no mês passado ficou em R$ 18,712 bilhões. No acumulado do ano até abril, o superávit alcança 6,82% do PIB e, em 12 meses, está em 4,23%.
O contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2010, o mais negociado na Bolsa de Mercadorias & Futuros, encerrou o dia projetando taxa de 13,44% ao ano, contra 13,52% ontem. A taxa do DI para janeiro de 2009, também bastante negociado, ficou em 13,14%, ante 13,22%.
A volta do tema "classificação de risco" ao noticiário estimulou os investidores a voltar a aplicar em juros. Mas, ao menos enquanto não vier o almejado grau de investimento pela Fitch, a queda nas taxas futuras tende a ter vida curta, já que o cenário inflacionário não dá trégua.
Pela manhã, os dados de inflação conhecidos não foram considerados positivos. O Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), por exemplo, foi de 1,08% na terceira quadrissemana de maio, acima do teto das previsões de analistas.
PETR4...após 27/05...tendência de queda se mantém...

Análise: A forte queda (3,5%) da cotação do barril de petróleo em Nova York, derrubou em igual intensidade PETR4. O patamar dos preços do petróleo acima dos US 135 dólares poderá agravar a recessão americana, o que não é bom para o desempenho dos mercados. Nestas circunstâncias é muito provável que Petr4 busque suporte bem abaixo dos 50,00. A recuperação de Petr4 só se dará com o rompimento de 51,00 para desfazer a LTB recente. Antes disso precisa romper a resistência em 50,60. Os principais indicadores no gráfico diário como o IFR, o Estocástico e o CCI/Ma cruzamento mantém a sinalização da tendência de queda. Com a forte recuperação iniciada nos últimos minutos de pregão, alguns desses mesmos indicadores no gráfico de "30 minutos" passaram a sinalizar tendência de alta. De modo geral, PETR4 mantém tendência de realização e só alguma notícia excepcional, poderá reverter essa tendência.
Suportes imediatos em 50,00, 49,45, 49,30 e 48,20.
Resistências em 50,60; 51,00, 51,20 e 51,70.
IBOV... após 27/05...tendência de queda se mantém...

O IBOVESPA abriu nos 71.630 pontos e impulsionada pela forte realização de PETR4, seguida de VALE e do setor siderúrgico, perdeu suporte nos 71 mil e veio buscar a mínima do dia em 70.334 pontos (-1,8%). Na última meia-hora de pregão esboçou reação até que nos últimos minutos finais, após o leilão de encerramento com recuperação de boa parte desses ativos, reduziu metade dessa perda, vindo a finalizar nos 70.992 pontos (queda de 0,89%).
Análise: A forte queda (3,5%) da cotação do barril de petróleo em Nova York, seguida da queda do mercado de comodities metálicas, derrubou fortemente as principais "blue chips" ligadas a esse setores do Ibovespa. Os principais indicadores no gráfico diário como o IFR, o Estocástico e o CCI/Ma cruzamento mantém a sinalização da tendência de queda. Com a forte recuperação iniciada nos últimos minutos de pregão, alguns desses mesmos indicadores no gráfico de "30 minutos" passaram a sinalizar tendência de alta. De modo geral, o IBOV mantém tendência de realização e só alguma significativa melhora no comportamento de DJI, poderá reverter essa tendência.
Suportes em 70.880, 70.660, 70.330 e 70.050 pontos.
Resistências em 70.992, 71.150 e 71.500 pontos.
DJI...após 27/05...tendência de queda ainda se mantém...

DJI abriu em 12.480 pontos e com a queda do índice de confiança do consumidor, abaixo da expectativa do mercado, realizou mais uma vez buscando suporte nos 12.442 pontos. Por outro lado, a realização de lucros nos contratos futuros do barril de petróleo que recuaram 3,5%, deu novo ânimo a DJI que retomou a casa do 12.500 pontos, atingindo a máxima do dia em 12.572 e finalizando logo após em 12.548 pontos (+0,55%)
DJI está em um importante ponto de inflexão: a) necessita romper novamente os 12.600 pontos (fibo de 61,8%), para desfazer a LTB recente e tentar retomar novamente os 13 mil pontos; b)caso perca os 12.400 pontos, perderá o suporte na LTA recente, com riscos de retornar aos 12 mil pontos. Os indicadores de estoque de petróleo, o comportamento dos contratos futuros de petróleo, o desempenho da economia e de inflação que serão divulgados até o final dessa semana serão fundamentais para determinar o sentido dessa inflexão.
Análise gráfica: No gráfico diário os principais indicadores sinalizam para a continuidade da queda. No gráfico de "30 minutos", a reação esboçada nas últimas horas de pregão, produziu sinalização positiva no CCI/Ma cruzamento, mas não o suficiente para reverter também essa tendência nos demais indicadores.
Suportes imediatos em 12.440, 12.370 e 12.270 pontos.
Resistências em 12.550, 12.620 e 12.670 pontos.
Dividendo no bolso
por Angelo Pavini de Valor Online
28/05/2008
O investidor em ações está com o bolso mais cheio este ano graças aos dividendos ou juros sobre capital próprio - parcela dos lucros distribuída pelas empresas. Além dos ganhos bem mais gordos - os lucros cresceram em média 26,9% em 2007 e mais 12,4% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme estudo do Valor Data - muitas empresas estão mais líquidas, faturando alto e puderam antecipar o pagamento neste início de ano. Com isso, até abril, foram pagos R$ 12,371 bilhões, 70% a mais do que os R$ 7,245 bilhões do mesmo período de 2007, segundo dados da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC).
Se retirarmos desse total Petrobras e Vale, que sozinhas responderam por R$ 4,6 bilhões do que foi pago de parte do lucro até abril deste ano, mesmo assim o crescimento é relevante: R$ 7,7 bilhões, para R$ 4,2 bilhões nos primeiros quatro meses do ano, um crescimento de 72%, segundo a CBLC.
É interessante notar o crescimento do número de empresas repartindo parte dos lucros. Até abril, 248 haviam distribuído algum dinheiro aos acionistas, para 196 no mesmo período de 2007. O crescimento pode ser atribuído à estratégia de mostrar números bons para o investidor em um momento em que a bolsa ia mal das pernas e muitos papéis perdiam até 50% de seu valor por conta da crise das hipotecas americanas. E como muitos acionistas são investidores estrangeiros, curtos de caixa por conta da crise, pagar logo os dividendos passa a ser um atrativo a mais. Parte desse dinheiro já deve inclusive ter deixado o país, como mostram os números de remessas ao exterior. Houve ainda casos específicos, como as empresas de telefonia que estão se reestruturando e onde, segundo analistas, é interessante para os atuais acionistas receberem o máximo de dividendos antes de sair.
Outro ponto importante é a contribuição das novatas para os dividendo. Até abril, as empresas que abriram capital ou entraram no mercado para valer - caso, por exemplo, de TAM e SulAmérica, que tinham ações em bolsa, mas fizeram ofertas recentemente para possibilitar uma liquidez mínima - de 2004 para cá contribuíram com R$ 1,028 bilhão em lucros para o bolso do investidor. Sozinha, Cosan respondeu por R$ 342 milhões, seguida de Redecard, com R$ 67 milhões. O Valor contou 48 empresas que pagaram pelo menos R$ 1 milhão aos acionistas no período, segundo dados da CBLC.
Nesses valores, há tanto lucros obtidos neste ano quanto no ano passado, uma vez que algumas, companhias, como os bancos, pagam mensalmente os dividendos. Outros esperam fechar o balanço anual para pagar, caso de Petrobras, mas antecipam uma parte por meio de juros sobre o capital. A boa notícia é que o crescimento dos lucros continua este ano, como apontam as projeções de ganhos feitas pelos analistas de bancos e corretoras (ver página D2)
O aumento dos dividendos foi decorrência de uma série de mudanças para melhor nas empresas, afirma Marco Melo, responsável pela área de análise da corretora Ágora. Entre essas melhorias está a maior capacidade de distribuir lucros graças ao aumento dos ganhos, avanço das políticas de governança corporativa e o aumento do "pay-out", a parcela do lucro reservada para distribuição. "A maioria das empresas brasileiras já paga mais de 30% do lucro aos acionistas, mais que os 25% exigidos por lei", explica.
Apesar do crescimento dos dividendos pagos, porém, o retorno do acionista levando em conta o preço da ação - o chamado "dividendo yield" - caiu neste ano. Mas foi muito mais em função da alta dos preços das ações, explica Melo. Hoje, os principais papéis da bolsa brasileira, levando-se em conta o Índice Bovespa, projetam um retorno de 2,6% este ano em dividendos sobre o preço das ações no início de maio. "É um percentual aparentemente baixo em relação aos juros, de 11,75%, mas está acima da média dos emergentes, de 2,3%, e de muitos mercados, como Rússia, Coréia, Índia e China", estima Melo. Mas essa é uma média, há empresas que pagam bem mais que isso, lembra Melo.
O "dividend yield" médio do mercado brasileiro projetado para este ano deve recuar da média histórica de 4,5% para a casa dos 2%, estima Lika Takahashi, chefe de análise da Fator Corretora. A alta dos preços das ações, explica, acaba reduzindo o retorno proporcional em dividendos. Ela lembra que muitas empresas estão ampliando seus investimentos, o que pode fazer com que o crescimento dos dividendos não acompanhe o dos lucros. "Vale e Petrobras estão com programas de investimento muito ambiciosos para os próximos anos e talvez os dividendos não cresçam tanto."
28/05/2008
O investidor em ações está com o bolso mais cheio este ano graças aos dividendos ou juros sobre capital próprio - parcela dos lucros distribuída pelas empresas. Além dos ganhos bem mais gordos - os lucros cresceram em média 26,9% em 2007 e mais 12,4% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme estudo do Valor Data - muitas empresas estão mais líquidas, faturando alto e puderam antecipar o pagamento neste início de ano. Com isso, até abril, foram pagos R$ 12,371 bilhões, 70% a mais do que os R$ 7,245 bilhões do mesmo período de 2007, segundo dados da Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC).
Se retirarmos desse total Petrobras e Vale, que sozinhas responderam por R$ 4,6 bilhões do que foi pago de parte do lucro até abril deste ano, mesmo assim o crescimento é relevante: R$ 7,7 bilhões, para R$ 4,2 bilhões nos primeiros quatro meses do ano, um crescimento de 72%, segundo a CBLC.
É interessante notar o crescimento do número de empresas repartindo parte dos lucros. Até abril, 248 haviam distribuído algum dinheiro aos acionistas, para 196 no mesmo período de 2007. O crescimento pode ser atribuído à estratégia de mostrar números bons para o investidor em um momento em que a bolsa ia mal das pernas e muitos papéis perdiam até 50% de seu valor por conta da crise das hipotecas americanas. E como muitos acionistas são investidores estrangeiros, curtos de caixa por conta da crise, pagar logo os dividendos passa a ser um atrativo a mais. Parte desse dinheiro já deve inclusive ter deixado o país, como mostram os números de remessas ao exterior. Houve ainda casos específicos, como as empresas de telefonia que estão se reestruturando e onde, segundo analistas, é interessante para os atuais acionistas receberem o máximo de dividendos antes de sair.
Outro ponto importante é a contribuição das novatas para os dividendo. Até abril, as empresas que abriram capital ou entraram no mercado para valer - caso, por exemplo, de TAM e SulAmérica, que tinham ações em bolsa, mas fizeram ofertas recentemente para possibilitar uma liquidez mínima - de 2004 para cá contribuíram com R$ 1,028 bilhão em lucros para o bolso do investidor. Sozinha, Cosan respondeu por R$ 342 milhões, seguida de Redecard, com R$ 67 milhões. O Valor contou 48 empresas que pagaram pelo menos R$ 1 milhão aos acionistas no período, segundo dados da CBLC.
Nesses valores, há tanto lucros obtidos neste ano quanto no ano passado, uma vez que algumas, companhias, como os bancos, pagam mensalmente os dividendos. Outros esperam fechar o balanço anual para pagar, caso de Petrobras, mas antecipam uma parte por meio de juros sobre o capital. A boa notícia é que o crescimento dos lucros continua este ano, como apontam as projeções de ganhos feitas pelos analistas de bancos e corretoras (ver página D2)
O aumento dos dividendos foi decorrência de uma série de mudanças para melhor nas empresas, afirma Marco Melo, responsável pela área de análise da corretora Ágora. Entre essas melhorias está a maior capacidade de distribuir lucros graças ao aumento dos ganhos, avanço das políticas de governança corporativa e o aumento do "pay-out", a parcela do lucro reservada para distribuição. "A maioria das empresas brasileiras já paga mais de 30% do lucro aos acionistas, mais que os 25% exigidos por lei", explica.
Apesar do crescimento dos dividendos pagos, porém, o retorno do acionista levando em conta o preço da ação - o chamado "dividendo yield" - caiu neste ano. Mas foi muito mais em função da alta dos preços das ações, explica Melo. Hoje, os principais papéis da bolsa brasileira, levando-se em conta o Índice Bovespa, projetam um retorno de 2,6% este ano em dividendos sobre o preço das ações no início de maio. "É um percentual aparentemente baixo em relação aos juros, de 11,75%, mas está acima da média dos emergentes, de 2,3%, e de muitos mercados, como Rússia, Coréia, Índia e China", estima Melo. Mas essa é uma média, há empresas que pagam bem mais que isso, lembra Melo.
O "dividend yield" médio do mercado brasileiro projetado para este ano deve recuar da média histórica de 4,5% para a casa dos 2%, estima Lika Takahashi, chefe de análise da Fator Corretora. A alta dos preços das ações, explica, acaba reduzindo o retorno proporcional em dividendos. Ela lembra que muitas empresas estão ampliando seus investimentos, o que pode fazer com que o crescimento dos dividendos não acompanhe o dos lucros. "Vale e Petrobras estão com programas de investimento muito ambiciosos para os próximos anos e talvez os dividendos não cresçam tanto."
Crise nos EUA 'levará tempo'
por Maria Christina Carvalho de Valor Online
28/05/2008
"Em algumas regiões dos Estados Unidos os preços do mercado imobiliário podem se estabilizar até o final do ano ou começo de 2009. Mas, vai levar ainda algum tempo e exigir muita disciplina" para o mercado se recuperar totalmente. A previsão a respeito do desfecho da crise que desde meados de 2007 varre os Estados Unidos com repercussões em todo o mundo, foi feita pelo membro do board do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Randall Kroszner, ontem, ao participar de seminário sobre estabilidade financeira organizado pelo Banco Central (BC), em São Paulo. Kroszner justificou que o preço dos imóveis varia muito dentro dos EUA.
O membro do board do Fed atribuiu a crise do mercado hipotecário americano a uma série de fatores, como o desenvolvimento de instrumentos complexos de dívida, que investidores e agências de rating deixaram de examinar profundamente. Os investidores foram atraídos por rendimentos elevados; e as agências de rating, acreditaram nas garantias.
"É necessário confiar, mas verificar", ressaltou Kroszner, informando que foram concedidosCrise nos EUA 'levará tempo' créditos sem comprovação de renda e aceitos como garantia imóveis que estavam empenhados. Além disso, foram concedidas carências muito amplas.
Kroszner afirmou considerar relevante que mercados emergentes como o Brasil, que começam a desenvolver os negócios com crédito imobiliário, levem em conta as lições da crise americana.
Entre essas lições citou a necessidade de maior regulação do lado dos bancos em exigência de capital e modelos de avaliação de risco. "Infelizmente os modelos existentes são mais úteis em produtos menos complexos. Instrumentos hipotecários menos complexos e mais transparentes vão ajudar a atrair os investidores", disse. Acrescentou ainda a necessidade de se exigir boa documentação dos imóveis e comprovação de renda do tomador de crédito para se fechar a operação; e afirmou estar otimista com a cooperação das agências de supervisão dos Estados Unidos e da Europa.
No seminário, o presidente do BC, Henrique Meirelles, afirmou que a instituição estuda novas ações para "facilitar o acesso ao população ao crédito", citando como exemplo a medida que extinguiu a cobrança de uma taxa para liquidação antecipada de novos contratos financiamentos.
O pesquisador do BC, Sérgio Mikio Koyama, apresentou estudo feito com Tony Takeda e Fani Lea Cymrot Bader, que conclui que a elevação da receita dos bancos com tarifas bancárias está ligada "a ganho de escala e não a poder de mercado"
A conclusão do estudo endossa a a abordagem do Banco Central na área ao estimular a concorrência pela padronização de uma cesta de serviços básicos e exigir transparência na divulgação dos custos do crédito para "facilitar a comparação de preços e a mobilidade dos clientes".
28/05/2008
"Em algumas regiões dos Estados Unidos os preços do mercado imobiliário podem se estabilizar até o final do ano ou começo de 2009. Mas, vai levar ainda algum tempo e exigir muita disciplina" para o mercado se recuperar totalmente. A previsão a respeito do desfecho da crise que desde meados de 2007 varre os Estados Unidos com repercussões em todo o mundo, foi feita pelo membro do board do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Randall Kroszner, ontem, ao participar de seminário sobre estabilidade financeira organizado pelo Banco Central (BC), em São Paulo. Kroszner justificou que o preço dos imóveis varia muito dentro dos EUA.
O membro do board do Fed atribuiu a crise do mercado hipotecário americano a uma série de fatores, como o desenvolvimento de instrumentos complexos de dívida, que investidores e agências de rating deixaram de examinar profundamente. Os investidores foram atraídos por rendimentos elevados; e as agências de rating, acreditaram nas garantias.
"É necessário confiar, mas verificar", ressaltou Kroszner, informando que foram concedidosCrise nos EUA 'levará tempo' créditos sem comprovação de renda e aceitos como garantia imóveis que estavam empenhados. Além disso, foram concedidas carências muito amplas.
Kroszner afirmou considerar relevante que mercados emergentes como o Brasil, que começam a desenvolver os negócios com crédito imobiliário, levem em conta as lições da crise americana.
Entre essas lições citou a necessidade de maior regulação do lado dos bancos em exigência de capital e modelos de avaliação de risco. "Infelizmente os modelos existentes são mais úteis em produtos menos complexos. Instrumentos hipotecários menos complexos e mais transparentes vão ajudar a atrair os investidores", disse. Acrescentou ainda a necessidade de se exigir boa documentação dos imóveis e comprovação de renda do tomador de crédito para se fechar a operação; e afirmou estar otimista com a cooperação das agências de supervisão dos Estados Unidos e da Europa.
No seminário, o presidente do BC, Henrique Meirelles, afirmou que a instituição estuda novas ações para "facilitar o acesso ao população ao crédito", citando como exemplo a medida que extinguiu a cobrança de uma taxa para liquidação antecipada de novos contratos financiamentos.
O pesquisador do BC, Sérgio Mikio Koyama, apresentou estudo feito com Tony Takeda e Fani Lea Cymrot Bader, que conclui que a elevação da receita dos bancos com tarifas bancárias está ligada "a ganho de escala e não a poder de mercado"
A conclusão do estudo endossa a a abordagem do Banco Central na área ao estimular a concorrência pela padronização de uma cesta de serviços básicos e exigir transparência na divulgação dos custos do crédito para "facilitar a comparação de preços e a mobilidade dos clientes".
Bovespa cai mais de 1% puxada por Petrobras
por Redação Terra
Últimas Notícias Terça, 27 de maio de 2008 17h00
Uma reversão na tendência internacional recente do dólar em baixa e commodities em alta respingou na Bolsa de Valores de São Paulo, que fechou em baixa em meio a realização de lucros com ações de Petrobras e Vale.
O Ibovespa, referencial mais importante do desempenho do mercado acionário brasileiro, apontou desvalorização de 0,89%, aos 70.992 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,67 bilhões.
A notícia de que as vendas de casas novas nos Estados Unidos cresceram inesperadamente em abril empurrou para cima o dólar. Como desdobramento, as cotações de commodities, que vinham escalando para seguidos recordes de alta para compensar a desvalorização na moeda norte-americana, caíram forte.
Em Nova York, o preço do barril do petróleo caiu 2,7%, para US$ 128,73, depois de ter chegado a superar os US$ 135 na semana passada.
A peça seguinte dessa engrenagem foi a realização de lucros com ações de empresas ligadas a commodities, justamente as que lideraram os ganhos da Bovespa em maio. "Foi um convite para embolsar ganhos", disse Álvaro Bandeira, diretor da corretora Ágora.
Assim, as ações preferenciais da Petrobras tomaram um tombo de 3,24%, para R$ 49,90. As preferenciais da Vale engrossaram o movimento, caindo 2%, para R$ 54,69.
Sobrou também para as siderúrgicas, sob liderança das ações ordinárias da Usiminas, com recuo de 2,74%, a R$ 87,05, no dia seguinte ao anúncio de que a Vale pretende se desfazer de sua participação de 5,89% do capital ordinário na fabricante de aço.
A queda do índice só não foi maior por causa da recuperação das ações de bancos, também acompanhando o bom movimento do setor financeiro em Wall Street, onde o índice Dow Jones teve alta de 0,55%.
Também figuraram na coluna de ganhos os papéis de empresas do agronegócio, após a Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) conceder o status de livre de aftosa para dez Estados brasileiros e o Distrito Federal. Essa condição que facilita as exportações de carne bovina dessas regiões.
As ações ordinárias da JBS Friboi subiram 2,25%, para R$ 8,65.
Últimas Notícias Terça, 27 de maio de 2008 17h00
Uma reversão na tendência internacional recente do dólar em baixa e commodities em alta respingou na Bolsa de Valores de São Paulo, que fechou em baixa em meio a realização de lucros com ações de Petrobras e Vale.
O Ibovespa, referencial mais importante do desempenho do mercado acionário brasileiro, apontou desvalorização de 0,89%, aos 70.992 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,67 bilhões.
A notícia de que as vendas de casas novas nos Estados Unidos cresceram inesperadamente em abril empurrou para cima o dólar. Como desdobramento, as cotações de commodities, que vinham escalando para seguidos recordes de alta para compensar a desvalorização na moeda norte-americana, caíram forte.
Em Nova York, o preço do barril do petróleo caiu 2,7%, para US$ 128,73, depois de ter chegado a superar os US$ 135 na semana passada.
A peça seguinte dessa engrenagem foi a realização de lucros com ações de empresas ligadas a commodities, justamente as que lideraram os ganhos da Bovespa em maio. "Foi um convite para embolsar ganhos", disse Álvaro Bandeira, diretor da corretora Ágora.
Assim, as ações preferenciais da Petrobras tomaram um tombo de 3,24%, para R$ 49,90. As preferenciais da Vale engrossaram o movimento, caindo 2%, para R$ 54,69.
Sobrou também para as siderúrgicas, sob liderança das ações ordinárias da Usiminas, com recuo de 2,74%, a R$ 87,05, no dia seguinte ao anúncio de que a Vale pretende se desfazer de sua participação de 5,89% do capital ordinário na fabricante de aço.
A queda do índice só não foi maior por causa da recuperação das ações de bancos, também acompanhando o bom movimento do setor financeiro em Wall Street, onde o índice Dow Jones teve alta de 0,55%.
Também figuraram na coluna de ganhos os papéis de empresas do agronegócio, após a Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) conceder o status de livre de aftosa para dez Estados brasileiros e o Distrito Federal. Essa condição que facilita as exportações de carne bovina dessas regiões.
As ações ordinárias da JBS Friboi subiram 2,25%, para R$ 8,65.
terça-feira, 27 de maio de 2008
IBOV...após 26/05...apesar da leve recuperação, indefinição continua...

O IBOVESPA abriu nos 71.451 pontos e na primeira meia-hora de pregão, impulsionada por PETR4, veio buscar a máxima do dia em 71.988 pontos. Com o feriado do "Memorial Day",nos mercados americanos, e sem outras maiores referências, algumas "blue chips" como VALE e Bradesco, deram continuidade à realização, compensando a alta de PETRO. Assim, por volta das 14 horas, veio buscar a mínima em 71.423 pontos. Na última hora de pregão esboçou pequena reação até a resistência em 71.510 pontos, vindo a finalizar praticamente estável nos 71.631 pontos (alta de 0,25%).
Análise: O feriado nos mercados externos fez com que o volume negociado fosse apenas um terço do volume normal. Os principais indicadores no gráfico diário como o IFR, o Estocástico e o CCI/Ma cruzamento continuam a sinalizar tendência de queda. Com a leve recuperação iniciada na última hora de pregão, pelo setor siderúrgico e Petr4, esses mesmos indicadores no gráfico de "30 minutos", passaram a sinalizar tendência de alta. De modo geral, o IBOV está com tendência indefinida e deverá observar o comportamento de DJI, para sua definição.
Suportes em 71.420, 71.230, 70.775 e 70.370 pontos.
Resistências em 71.710, 71.950 e 72.270 pontos.
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