quarta-feira, 11 de março de 2009

Copom confirma expecatativas e corta juro em 1,5 pto para 11,25%

Por Isabel Versiani
11 de Março de 2009 19:05

BRASÍLIA (Reuters) - O Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu em 1,5 ponto a taxa básica de juros nesta quarta-feira, para 11,25 por cento ao ano, em decisão unânime e em linha com expectativas do mercado.

O corte da Selic, o maior desde novembro de 2003, foi feito em meio a sinais de desaceleração da inflação e um dia após o anúncio de que a economia brasileira sofreu retração recorde no último trimestre de 2008.

"O comitê acompanhará a evolução da trajetória prospectiva para a inflação até a sua próxima reunião, levando em conta a magnitude e a rapidez do ajuste da taxa básica de juros já implementado e seus efeitos cumulativos, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária", disse o Copom em comunicado.

Pesquisa Reuters feita na terça-feira mostrou que 16 de 20 instituições consultadas apostavam em um corte de 1,5 ponto na Selic.

Até a semana passada, a aposta predominante era de um corte de 1 ponto, mas a maioria dos economistas elevou a projeção após o anúncio dos números do PIB do último trimestre de 2008 e do desempenho da indústria em janeiro deste.

Com esse segundo corte consecutivo da Selic, a taxa básica de juros retornou a patamar de março de 2008. A próxima reunião do Copom ocorre nos dias 28 e 29 de abril.

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Bolsas de NY fecham em alta, mas dúvidas persistem

por Agência ESTADO
11 de Março de 2009 18:48

O mercado de ações norte-americano finalmente conseguiu fechar em alta por dois dias seguidos desde o início de fevereiro, depois que o setor financeiro recebeu um impulso adicional dos comentários do executivo-chefe do banco JPMorgan, Jamie Dimon, expressando confiança na rentabilidade do banco e minimizando os temores de estatização.
Contudo, os céticos viram sinais de fraqueza na inconstância do mercado e, particularmente, do setor bancário. De fato, as ações alternaram altas e baixas durante boa parte da sessão, com os bancos ampliando e devolvendo os ganhos. As ações do Citigroup, por exemplo, fecharam a US$ 1,54, com uma alta de 6,21%, mas abaixo de sua máxima no dia, que foi de US$ 1,70.
O Goldman Sachs elevou sua recomendação de investimento para o Morgan Stanley e o US Bancorp de "neutro" para "comprar". As ações do Morgan Stanley fecharam em alta de 8,01%, enquanto as do US Bancorp avançaram 8,95%.
O setor de tecnologia também mostrou vigor durante a sessão, incluindo Apple (+4,57%), Dell (+2,51%), eBay (+4,96%) e Google (+3,16%). As ações da Hewlett-Packard dispararam 5,81% depois do UBS ter elevado sua recomendação para a companhia.
Entre as notícias do dia, a CNBC informou que Jamie Dimon disse em entrevista por telefone para a CNBC, que o banco foi lucrativo em janeiro e fevereiro. Dimon disse ainda que acha que nenhum banco americano deve ser nacionalizado. As ações do JPMorgan fecharam em alta de 4,62%.
Contudo, apesar de iguais garantias dadas de executivos do Citigroup e do Bank of America nos dias anteriores, os investidores ainda estão preocupados com o peso dos "ativos tóxicos" em seus balanços. "Até agora, temos visto a degradação dos valores de ativos e derivativos de moradia, mas você ainda tem a deterioração dos créditos corporativos e dos créditos de hipotecas comerciais", disse Daniel Alpert, fundador do banco de investimentos butique Westwood Capital.
No geral, os empréstimos para empresas e hipotecas levam mais tempo para entrar em default em comparação com os empréstimos para o consumidor, mas muito provavelmente estão caminhando para aquela direção, disse Alpert. Por exemplo, a taxa de ocupação e os preços nos hotéis recentemente começaram a "despencar", provavelmente deixando algumas redes de hotéis em situação apertada, disse. Os bancos vão sentir esse problema por causa da imensa exposição às hipotecas comerciais e bônus corporativos, acrescentou.
O índice Dow Jones subiu 3,91 pontos (0,06%) e fechou em 6.930,40 pontos - o índice ainda não fechou nenhum dia acima dos 7 mil pontos neste mês. O Nasdaq avançou 13,36 pontos (0,98%) e fechou em 1.371,64 pontos. O S&P-500 subiu 1,76 ponto (0,24%) e fechou em 721,36 pontos. As informações são da Dow Jones.

Ibovespa melhora no final, mas garante só 0,03% de alta

por Agência ESTADO
11 de Março de 2009 17:40

Num pregão volátil, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) escapou da queda na hora final, influenciada por Wall Street. As Bolsas norte-americanas estiveram mais firmes em garantir os ganhos nesta sessão, e receberam um incentivo extra no final da tarde, com declarações sobre os resultados do banco JPMorgan. A Bolsa brasileira, que recuava, seguiu a melhora e virou.
O índice Bovespa (Ibovespa) terminou a sessão com ligeira alta, de 0,03%, aos 38.804,80 pontos. Na mínima do dia, tocou os 38.238 pontos (-1,43%) e, na máxima, os 39.310 pontos (+1,33%). No mês, a Bolsa acumula elevação de 1,63% e, no ano, de 3,34%. O giro financeiro totalizou R$ 3,626 bilhões. Os dados são preliminares.
Depois dos ganhos fortes da véspera (ontem o Ibovespa subiu 5,59%), os investidores passaram boa parte do pregão à procura de justificativas para continuar a comprar papéis, mas o dia hoje foi relativamente fraco no exterior. Até o final da tarde, as ordens de compras ainda ecoavam as declarações da véspera do executivo-chefe do Citigroup, Vikram Pandit. Cerca de uma hora antes de o pregão terminar hoje, a rede americana de notícias CNBC soltou uma informação sobre os resultados do JPMorgan, dando um fôlego extra às Bolsas norte-americanas. A Bovespa acompanhou.
O executivo-chefe do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, disse que o banco foi lucrativo em janeiro e fevereiro, segundo a CNBC. O teor das declarações foi muito semelhante às afirmações feitas ontem pelo executivo-chefe do Citigroup. Embora pareça favorável, o mercado quer ver os números de fato para então decidir por si só o que fazer. Mas até que isso aconteça, mais uma vez se garantiu comprando - hoje com menos desespero.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,06%, aos 6.930,40 pontos, o S&P 500 teve alta de 0,24%, aos 721,36 pontos, e o Nasdaq subiu 0,98%, aos 1.371,64 pontos. As ações do JPMorgan fecharam em alta de 4,62% e as do Citigroup, de 6,21%. Bank of America avançou 2,92%.
As principais bolsas europeias também subiram nesta quarta-feira, dando continuidade aos ganhos da sessão de ontem. Na Bolsa de Paris, o índice CAC-40 teve valorização de 0,39% e fechou em 2.674,20 pontos. Em Frankfurt, o índice Xetra-Dax avançou 0,70% e fechou em 3.914,10 pontos. A Bolsa de Londres foi na contramão e caiu 0,58%.
No Brasil, os investidores estrangeiros estiveram atuantes hoje, sustentando principalmente os papéis da Petrobras. Com isso, as ações da estatal fecharam na contramão do petróleo, em alta de 0,63% a ordinária (ON) e 0,52% a preferencial (PN). Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato futuro de petróleo com vencimento em abril terminou com baixa de 7,39%, a US$ 42,33. A redução nos preços do petróleo foi motivada pelos estoques semanais do produto nos EUA. Segundo o Departamento de Energia (DOE) dos EUA, houve avanço de 749 mil barris na semana encerrada em 6 de março, para 351,339 milhões de barris, ante expectativa de alta de 200 mil barris por parte de analistas.
A mineradora Vale também conseguiu descolar-se da queda dos preços dos metais e subiu favorecida pelas compras de estrangeiros e pelo aumento das importações de commodities metálicas pela China. Vale ON, +1%, e PNA, +0,40%. O governo de Pequim anunciou que as compras de minério de ferro totalizaram 46,74 milhões de toneladas métricas em fevereiro, com expansão de 43,2% ante janeiro e de 22,4% ante fevereiro de 2008, dado que reforça a percepção do mercado de que o país atuou para ampliar seus estoques. As importações de cobre aumentaram 41,5% em fevereiro ante janeiro.
Segundo um operador, o mercado doméstico de ações ainda trabalhou na expectativa da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que só vai repercutir nos negócios no pregão de amanhã. Depois dos dados ruins do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro divulgados ontem pelo IBGE, cresceram as apostas de corte de 1,5 ponto porcentual da taxa Selic (juro básico da economia), embora não tenha sido descartada uma redução ainda mais ousada, de 2 pontos porcentuais, o que levaria a taxa para 10,75% ao ano. O Copom deve anunciar a decisão sobre a taxa Selic no início desta noite.
Amanhã, a agenda está mais forte em eventos nos EUA, com destaque para as vendas no varejo, estoques de empresas e pedidos de seguro-desemprego. No Brasil, destaque para o sinalizador da produção industrial e a pesquisa industrial de emprego e salário.

terça-feira, 10 de março de 2009

Dow Jones avança 5,8%, sua maior alta desde novembro

por Agência ESTADO
10 de Março de 2009 18:30

As ações financeiras lideraram uma ampla alta nas Bolsas de Nova York hoje, que levou os principais índices a registrarem o maior ganho do ano até agora, depois que o Citigroup abateu algumas preocupações sobre o seu bem-estar e a Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais americano, disse que pode propor a reintrodução de uma regra que restringe as operações de vendas a descoberto.
O Dow Jones subiu 379,44 pontos, ou 5,80%, e fechou em 6.926,49 pontos, maior alta porcentual desde 21 de novembro e em pontos desde 24 de novembro e melhor nível de fechamento desde 27 de fevereiro.
O índice S&P-500 subiu 43,07 pontos, ou 6,37%, e fechou em 719,60 pontos, maior alta em pontos desde 16 de dezembro e melhor fechamento do mês. O Nasdaq avançou 89,64 pontos, ou 7,07%, e fechou em 1.358,28 pontos, maior alta em pontos desde 13 de novembro.
As ações do Citigroup deram um salto de 38% para US$ 1,45, e lideraram os ganhos do setor financeiro: Bank of America avançou 27,73%; Wells Fargo, 16,85%; JPMorgan Chase, 22,64%; Goldman Sachs, 15,32%; e Morgan Stanley, 26,46%.
Todas as componentes do índice Dow Jones fecharam em alta, com destaque para: Alcoa (+13,54%), Caterpillar (+10,83%), General Electric (+19,70%) e General Motors (+12,50%).
Os investidores receberam estímulos de várias frentes: garantias de que o sistema financeiro estava melhorando, dadas pelo presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke; palavra do Citigroup de que voltou a ser rentável; e sugestões sobre a volta da regra que restringe as vendas a descoberto.
Contudo, como as fortes altas ocorridas em setembro, outubro e novembro se mostraram passageiras e o mercado ainda não conseguiu manter duas sessões seguidas de alta desde os dias 5 e 6 de fevereiro, os analistas alertam contra uma leitura muito otimista dos ganhos de hoje. "Este tipo de movimento de alta com ampla base é encorajador, mas a questão passa a ser 'vai se sustentar?'", disse Gordon Charlop, diretor-gerente da Rosenblatt Securities. As informações são da Dow Jones.

Bovespa segue Wall Street e fecha em alta de 5,59%

por Agência ESTADO
10 de Março de 2009 17:40


As declarações do presidente do banco central dos Estados Unidos, Ben Bernanke, e do executivo-chefe do Citigroup, Vikram Pandit, deram o tom dos mercados nesta terça-feira, levando as bolsas de valores a interromperem sequências de quedas. Na Bovespa, depois de três dias em baixa, o principal índice à vista superou os 5% de ganhos. Nos EUA, a corrida por pechinchas foi ainda maior.O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, terminou o dia em alta de 5,59%, aos 38.794,55 pontos. Na mínima, atingiu os 36.745 pontos (+0,01%) e, na máxima, os 38.804 pontos (+5,61%). Com o resultado de hoje, passou a registrar alta de 1,60% no acumulado do mês e de 3,31% no ano. O giro financeiro somou R$ 4,525 bilhões.
Em Nova York, os índices fecharam na máxima pontuação do dia: o Dow Jones subiu 5,80%; o S&P, 6,37%; e o Nasdaq, 7,07%.
O que motivou os investidores a comprarem ações foi a carta que o excecutivo-chefe do Citigroup enviou para os funcionários e para o órgão regulador do mercado de capitais dos EUA, a SEC, na qual afirmou que o banco é sólido e que caminha para um lucro de US$ 8,3 bilhões (antes de impostos e provisões) no trimestre. Segundo ele, o preço da ação, que estava em torno de US$ 1,00, não refletia os fundamentos do grupo. Os papéis do Citigroup avançaram 38,10%, para US$ 1,45.
Ben Bernanke amplificou as palavras de Pandit ao pedir, em discurso feito ao Conselho de Relações Exteriores, novas medidas para evitar crises no futuro. Ele também afirmou que a recuperação econômica não ocorrerá sem os mercados ficarem estáveis e disse que é preciso evitar o colapso de grandes instituições financeiras e que, se os bancos estiverem estáveis, a recessão acabará no final de 2009.
No Brasil, a alta dos metais e a notícia de que a China anunciou o aumento de 25% das vendas de veículos em fevereiro ante igual mês do ano passado, depois de três meses seguidos de queda, favoreceram a recuperação de Vale e siderúrgicas. Vale ON avançou 7,41%; Vale PNA, 6,21%; Gerdau PN, 4,33%; Metalúrgica Gerdau PN, 4,70%; Usiminas PNA, 6,23%; e CSN ON, 7,82%.
Petrobras subiu um pouco menos do que Vale, por causa da resistência que as ações vêm tendo em relação às da mineradora em dias de baixa e também porque o petróleo fechou em queda no exterior. Petrobras ON fechou em alta de 5,48% e PN, de 5,33%. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo recuou 2,89%, cotado a US$ 45,71 o barril. A baixa foi puxada pela previsão da Administração de Informação de Energia de que a demanda por petróleo nos EUA deverá cair 2,2% este ano em relação ao ano passado para o menor nível desde 1998, devido "à contínua fraqueza econômica".
No setor financeiro, Bradesco PN subiu 6,02%; Itaú PN, 6,32%; Unibanco Unit, 7,23%; e BB ON, 4,31%. Na entrevista para comentar o PIB do quarto trimestre do ano passado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou novas medidas de desoneração do imposto sobre operações financeiras (IOF) incidente nas operações de crédito, apesar da pressão das instituições financeiras.
No Ibovespa, apenas três ações fecharam em baixa. O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no quarto trimestre do ano passado teve efeito marginal na Bolsa. O dado foi ruim - houve queda de 3,6% ante o trimestre anterior -, mas reforçou as apostas de um corte maior na taxa de juros pelo Comitê de Política Monetária, amanhã.

IBOV...após 09/03...suportes e resistências


O Gráfico diário do Ibovespa formou um "piercing cheio" em sequência ao "doji" do pregão anterior, porém seu topo não ultrapassou o topo do "candle" anterior e ainda fez fundo inferior ao mesmo, o que ainda não constitui padrão de reversão. Principais osciladores sinalizam a tendência de baixa.

Suportes em 36.700, 36.500, 36.250, 35.950, 35.800 e 35.400 pontos.
Resistências em 37.000, 37.100, 37.600 e 38.100 pontos.

DJI...após 09/03...suportes e resistências


DJI ainda se movimenta em um canal de baixa iniciado em 09/02. Possibilidade de reversão desta tendência com fechamento acima dos 7 mil pontos.

Suportes imediatos em 6.500, 6.380 e 6.300 pontos.
Resistências imediatas em 6.600, 6.650, 6.700, 6.800 e 6.880 pontos.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Economia americana caiu no precipício, diz Warren Buffett

Para o megainvestidor, Estados Unidos ainda podem se recuperar, mas há o risco de inflação

por Agência ESTADO
09.03.2009 19h03


Em entrevista à emissora americana CNBC nesta segunda-feira (9/3), o megainvestidor Warren Buffett comentou como vê a crise nos Estados Unidos. Para o bilionário, a economia do país "caiu num precipício", mas ainda pode se recuperar.

Dar a volta por cima, no entanto, também envolve riscos. Segundo Buffett, a recuperação poderia desencadear um surto inflacionário pior que o vivenciado pelo país no final da década de 1970. Embora elogie os esforços do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, para levantar a economia, Buffett ressalta que não é possível mudar tudo em segundos. Os esforços para uma retomada da demanda poderão gerar alta nos preços. "Nós certamente estamos fazendo coisas que poderão levar à alta da inflação", disse.

Em sua opinião, os Estados Unidos estão próximos do pior dos cenários. Devido à queda de atividade econômica e ao aumento do desemprego, o consumo e a confiança dos consumidores despencaram.

O megainvestidor solicitou a democratas e republicanos que deixem de lado suas diferenças e se unam sob a liderança do presidente Barack Obama para promover o que ele chamou de "guerra econômica", capaz de trazer de volta a saúde da economia do país e restaurar a confiança no sistema bancário. "As pessoas estão confusas e com medo. Elas não podem se preocupar com os bancos, mas muitas delas estão preocupadas", disse.

A entrevista de Buffett acontece nove dias após a Berkshire Hathaway, sua companhia de investimentos e seguros, anunciar uma queda de 96% em seu lucro do quarto trimestre devido, principalmente, a contratos de derivativos. Em 2008, o valor contábil por ação da empresa caiu 9,6%, o pior resultado desde que Buffett assumiu a empresa em 1965.

O megainvestidor diz que nem ele, nem os americanos previam a gravidade da queda nos preços das residências, fator que desencadeou a crise financeira. Para ele, a economia estava a um triz do colapso em setembro, quando o banco Lehman Brothers faliu e a gigante AIG recebeu sua primeira ajuda do governo.

Pedido aos bancos

Buffett também conclamou os bancos a retomarem suas operações e disse que grande parte deles poderia encontrar meios de ganhar mesmo com a recessão. Qualificando a "paralisia de confiança" no setor bancário como uma "bobagem", já que existem salvaguardas, Buffett afirmou que "um banco que está indo à bancarrota deveria ser autorizado a quebrar". Ele destacou que o Wells Fargo e o US Bancorp, dois bancos que fazem parte do porfólio da Berkshire, poderiam "aparecer melhor que nunca" daqui três anos, enquanto o Citibank - que não faz parte da carteira da Berkshire - provavelmente continuaria encolhendo.

Bolsas de Nova York encerram com queda superior a 1%

por Agência ESTADO
09 de Março de 2009 18:47

Os acordos de fusão entre as gigantes farmacêuticas Schering-Plough/Merck e Genentech/Roche e das fabricantes de produtos químicos Dow Chemical/Rohm & Haas não foram suficientes para romper o impulso de baixa nas Bolsas de Nova York, que levou os índices Dow Jones e S&P-500 a fecharam em novas mínimas em 12 anos.
O índice Dow Jones caiu 79,89 pontos, ou 1,21%, e fechou com 6.547,05 pontos - nível mais baixo desde 14 de abril de 1997. O S&P-500 recuou 6,85 pontos, ou 1,00%, e fechou em 676,53 pontos - menor fechamento desde 12 de setembro de 1996. O Nasdaq caiu 25,21 pontos, ou 1,95%, e fechou com 1.268,64 pontos, enquanto o NYSE Composite recuou 58,18 pontos, ou 1,36%, e fechou em 4.226,31 pontos.
"Eu não sei se eu já ouvi tantas pessoas sendo negativas sobre o mercado como está acontecendo agora", disse William Lefkowitz, estrategista-chefe de derivativos da Finance Investments. Lefkowitz disse que a primeira pergunta dos investidores sobre uma alta é "quanto tempo você acha que isso vai durar?", seguida de "quanto vamos cair hoje?".
Sobre o Dow Jones pesou a queda de 7,70% das ações da Merck, que anunciou a compra da Schering-Plough por US$ 41,1 bilhões. As ações da Schering-Plough dispararam 14,18%.
No setor de química, a Dow Chemical teria alcançado um acordo preliminar para adquirir a rival Rohm and Haas Co em termos similares à oferta de US$ 78 por ação acordada em julho. O acordo foi fechado antes do encerramento do prazo - no final do dia - estabelecido por um juiz de Delaware para examinar a ação trazida contra a Dow Chemical pela Rohm & Haas pelo fracasso em concluir a transação em janeiro. As ações da Dow Chemical fecharam em baixa de 10,97%, enquanto as da Rohm & Haas subiram 15,99%.
Várias ações de bancos se recuperaram nesta segunda-feira, com o Bank of America liderando os ganhos com uma alta de 19,43%. Outros destaques: Wells Fargo (+15,80%) e US Bancorp (+15,53%). No final de semana, a revista Fortune e outras publicações informaram os nomes de algumas das companhias que se beneficiaram do socorro multibilionário dado pelo governo federal à seguradora American International Group (AIG). As contrapartes de bilhões de dólares em contratos de CDS (credit default swaps) incluem o Goldman Sachs, assim como os bancos europeus Deutsche Bank, UBS e Société Générale. As informações são da Dow Jones.

Ibovespa perde 0,98% em seu 3º dia seguido de queda

por Claudia Violante de Agência ESTADO
09 de Março de 2009 17:42

São Paulo - Pela terceira sessão seguida, a Bovespa terminou o pregão em queda, na esteira das bolsas internacionais, que seguem reagindo ao noticiário da crise financeira. As ações da Petrobras, no entanto, acompanharam os ganhos do petróleo e impediram uma perda maior no principal índice da Bolsa brasileira.
O Ibovespa fechou em baixa de 0,98%, aos 36.741,35 pontos. Nas três sessões de queda seguidas, recuou 4,32%. No mês, recua 3,78% e, no ano, 2,15%. Durante a sessão, atingiu a mínima de 36.392 pontos (-1,92%) e, na máxima, 37.464 pontos (+0,97%). O giro financeiro totalizou R$ 2,754 bilhões, 30,6% abaixo da média do mês de março (R$ 3,967 bilhões). Do total, R$ 687,3 bilhões foram negociados por Petrobras PN, os papéis mais líquidos.
Na abertura, as ações da estatal recuaram, em reação ao balanço do quarto trimestre divulgado na última sexta-feira. Apesar do aumento do lucro, os investidores não gostaram da geração de caixa, medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações, na sigla em inglês), que ficou 20% inferior ao verificado no quarto trimestre de 2007 em função do aumento de custos.
Mas o balanço teve impacto nos papéis da empresa na abertura. Depois, os estrangeiros fizeram compras pontuais, acompanhando os ganhos do petróleo. Petrobras ON subiu 0,25% e PN, 0,12%. Na Bolsa Mercantil de Nova York, o petróleo terminou a sessão em alta de 3,41%, a US$ 47,07 o barril. A expectativa de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) corte novamente a produção na reunião do dia 15 de março, em Viena, ajudou a pressionar as cotações.
A Petrobras lucrou R$ 7,355 bilhões nos últimos três meses de 2008, 46% a mais do que no mesmo intervalo de 2007, mas abaixo do previsto por analistas (R$ 7,678 bilhões, na média). Por causa do balanço, o JPMorgan Chase rebaixou a recomendação para as ações ordinárias da estatal de "overweight" (acima da média) para "neutra", mas manteve a recomendação "overweight" para a ação PN.
Vale ON recuou 2,30% e PNA, 3,01%, embaladas pela queda dos metais no mercado externo. As siderúrgicas acompanharam e fecharam em bloco no vermelho.
No geral, a Bovespa também continuou a acompanhar as bolsas internacionais. Em Wall Street, a sessão foi bastante volátil, sendo que as ações de energia foram destaque positivo, embora tenham perdido parte do vigor após o encerramento dos negócios com contratos de petróleo.
Do lado negativo, lideraram as perdas as ações de telecomunicações, serviços públicos, bens de consumo e tecnologia, pressionadas pela persistente preocupação relacionada à perspectiva econômica. O índice Dow Jones terminou a sessão em queda de 1,21%. Também pesaram sobre as ações as estimativas do Banco Mundial de que o Produto Interno Bruto (PIB) global vai cair neste ano pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.

domingo, 8 de março de 2009

IBOV...suportes e resistências na 2a semana de março


Nesta última semana o Ibovespa abriu nos 38.180 pontos caiu mais de 5% na segunda-feira, veio testar suporte próximo aos 35.700 pontos, na terça- feira, reverteu fortemente a queda na quarta, vindo encontrar resistência nos 38.554 pontos e refluiu novamente para fechar, na última sexta, nos 37.105 pontos. Foi uma semana de intensa volatilidade, algumas vezes na "contra-mão" de DJI. O "candle" semanal se assemelha a um "piercing cheio" sem uma clara definição de tendência. A sequência de fechamento de quatro semanas seguidas em baixa, deixou vários indicadores sinalizando a continuidade da queda, apesar de muitos já se encontrarem "sobrevendidos", o que pode indicar possibilidade de reversão. É possível que o Ibovespa venha testar novamente os suportes nos 36.300/35.700 pontos, nesta próxima semana. A eventual perda destes suportes poderão levar o Ibov a testar o fundo do canal nos 34.500 pontos. Possibilidades de reversão da tendência baixista, se conseguir fechar acima dos 40 mil pontos, novamente.

Suportes semanais em 37.000, 36.100, 35.600, 34.500, 32.200 e 31.700 pontos.
Resistências em 37.900, 38.500, 39.200, 39.500 e 40.000 pontos.

DJI...suportes e resistências na 2a semana de março


No final desta primeira semana de março, DJI veio buscar o fundo do "canal de baixa", nos 6.470 pontos, após a máxima semanal nos 6.900 pontos. O "candle" do gráfico diário pode estar dando formação a um "morning doji star" que pode ocorrer, caso se retome uma alta significativa, no início desta semana. O gráfico semanal após quatro semanas seguidas de queda já apresenta indicadores relativamente "sobrevendidos", que podem também estar sinalizando uma possibilidade de reversão de tendência.

Suportes semanais imediatos em 6.600 e 6.380 pontos.
Resistências imediatas em 6.700, 6.800, 6.900, 7.050 e 7.430 pontos.

Petróleo...perspectivas de alta na 2a semana de março.


O petróleo leve (light crude oil) comercializado no mercado futuro (CL/J09) com vencimento em abril de 2009, está em um movimento ascendente, tendo formado dois "candles" seguidos de alta no gráfico semanal, podendo estabelecer um piso nos US$ 41,00/barril e perspectivas de atingir um topo nos U$ 52 junto à próxima LTB, caso rompa a resistência nos US$ 47,10, nesta semana.

Commodities metálicas...perspectivas na 2a semana de março


O gráfico semanal do mercado futuro de cobre (HGJ09) com vencimento em abril/2009, mostra que esta commoditie está em um movimento ascendente, dentro de um canal de alta, iniciado em janeiro/2009, corrigindo preços defasados em mais de 50% se comparados aos preços praticados há seis meses atrás. A variação semanal prevista poderá oscilar entre a mínima nos US$ 1,48 (fundo do canal) até a máxima nos US$ 1,71/1,86 (topo do canal). Os principais osciladores apontam para a continuidade da tendência de alta na semana, apesar dos indicadores se encontrarem relativamente "sobrecomprados", com preços praticados próximos ao topo do canal.

sábado, 7 de março de 2009

Commodities...perspectivas para a 2a semana de março



Fonte: Bloomberg

Situação em 06/03

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW
UBS BLOOMBERG CMCI 866.66 8.88 867.50 871.64 858.32
S&P GSCI 335.86 8.60 330.65 336.54 328.50
RJ/CRB Commodity 209.59 3.06 206.50 211.57 206.37
Rogers Intl 2363.72 41.84 2337.82 2366.37 2324.97

Situação em 27/02

INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW
UBS BLOOMBERG CMCI 867.35 -7.30 862.20 868.67 852.42
S&P GSCI 336.24 -2.80 332.71 336.64 326.33
RJ/CRB Commodity 211.57 -1.77 213.21 213.34 209.22
Rogers Intl 2365.84 -17.94 2368.91 2369.07 2313.38

Variação semanal 06/03 a 27/02

INDICE Fechamento (06/03) Fechamento(27/02) VARIAÇÃO SEMANAL (%)
UBS BLOOMBERG CMCI 866.66 867.35 -0,08%
S&P GSCI 335.86 336.24 -0,11%
RJ/CRB Commodity 209.59 211.57 -0,94%
Rogers Intl 2363.72 2365.84 -0,09%

Análise:
Nesta primeira semana de março, as commodities recuperaram toda perda ocorrida no início da semana, com a turbulência dos mercados acionários americanos, ao fecharem nesta sexta praticamente estáveis. Os principais índices alteraram em média -0,30% . Os preços das commodities continuam ainda defasados em cerca de 50%, em média, se comparados aos preçoa praticados a um ano atrás. O gráfico diário do índice "UBS Bloomberg", traçado em vermelho e semelhante aos demais índices, registra a manutenção de um "canal de baixa" nos preços das principais commodities. O "candle" do gráfico diário formou um "doji" de indefinição pela igualdade de preços na abertura e fechamento da semana. Porém, considerando que esse fechamento ocorreu após uma forte recuperação, é muito provável que ocorra a continuidade da tendência de alta nas principais commodities, para esta segunda semana de março.

Na contramão da crise

Sim, a crise existe e afeta vários setores da economia brasileira. No entanto, há outros com perspectivas muito boas para o País em 2009

por Diogo Mesquita da Revista Brasileiros

Apesar do pessimismo e da incerteza que tomam conta da economia mundial em tempos de crise, ao contrário do que muitos pensam, nem tudo é desespero no Brasil. Existem muitos setores que ignoram os prognósticos e, mesmo nesse período conturbado, continuam investindo e contratando no início de 2009. Marcelo Côrtes Néri, Ph.D. pela Princeton University, chefe do Centro de Políticas Sociais do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e professor da Escola de Pós-Graduação em Economia (EPGE), afirma que realmente existem setores onde a crise é sentida de maneira mais amena no Brasil.
Em seu estudo, "Crônica de uma Crise Anunciada - Choques Externos e a Nova Classe Média", Néri afirma que a crise não foi sentida pela classe C da mesma maneira que foi pelas classes A e B. Pelo contrário, o movimento de ascensão para a classe C ainda vem acontecendo, mesmo que de maneira mais tímida. De certa forma, o trabalhador brasileiro comum está mais protegido do que o trabalhador brasileiro dos setores mais modernos, como o mercado financeiro, epicentro da crise.
Ainda segundo o estudo de Néri, em relação ao resto do mundo o Brasil se destaca, pois conseguiu manter uma taxa de crescimento constante, ou seja, não desacelerou como aconteceu com as grandes potências. "Hoje, o Brasil é o 8° no ranking em termos de taxa de crescimento esperado para 2009, não porque estamos crescendo mais, mas porque estamos conseguindo manter o nosso crescimento enquanto os outros não", completa o professor.
Segundo o que foi divulgado nesse início de ano, o desempenho da bolsa brasileira foi o segundo melhor no período entre 30/12/2008 e 13/02/2009, ficando atrás somente da China. A variação da moeda nacional em relação ao dólar durante o mesmo período foi uma das menores do mundo. Segundo Néri, por ter uma economia relativamente fechada e regulada financeiramente, o Brasil consegue ficar mais protegido contra choques financeiros e choques externos de exportação.
O setor varejista é um dos que não ouviu falar em crise. Segundo dados fornecidos pelo Wal-Mart, a multinacional promete investir ainda mais no Brasil em 2009. A expectativa é de que sejam inauguradas de 80 a 90 novas lojas no País e 10 mil novos empregos sejam gerados. A promessa é de que 2009 seja o ano com maior investimento da empresa desde que desembarcou no Brasil, em 1995, algo em torno de R$ 1,6 a 1,8 bilhão. "Aumentar a concentração de atuação no Brasil e outros países emergentes é uma boa alternativa para as multinacionais balancearem um pouco o impacto da crise", afirma Néri.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Dow Jones e S&P-500 fecham em alta com ações da GE

por Agência ESTADO
06 de Março de 2009 19:28

A volta dos investidores no finalzinho da sessão em busca de pechinchas - como as ações da General Electric -, permitiu que o Dow Jones e o S&P-500 se recuperassem das mínimas em 12 anos para fechar em alta. Antes da arrancada final, os índices renovaram as mínimas em 12 anos pressionados pelo fraco relatório do mercado de mão de obra e mais preocupações sobre o setor bancário.
O índice Dow Jones subiu 32,50 pontos, ou 0,49%, e fechou em 6.626,94 pontos. O Nasdaq recuou 5,74 pontos, ou 0,44%, e fechou em 1.293,85 pontos. O S&P-500 avançou 0,83 ponto, ou 0,12%, e fechou em 683,38 pontos, enquanto o NYSE Composite subiu 16,88 pontos, ou 0,40%, e fechou em 4.284,48. Na semana, o Dow Jones acumulou uma queda de 6,17%; o Nasdaq, uma desvalorização de 6,10%; e o S&P-500, um declínio de 7,03%.
A GE é um dos três ícones da economia americana cujos preços das ações alcançaram mínimas históricas esta semana. As ações da GE subiram 6,01% e fecharam a US$ 7,06, mas acumularam na semana uma perda de 17%, gerada pelas preocupações de que sua unidade de crédito ao consumidor possa levar a companhia a perder a nota (rating) AAA.
As ações da General Motors caíram 22,04%, para US$ 1,45, com um declínio acumulado de 36% na semana. A montadora disse que ainda tem como objetivo reestruturar seus negócios sem recorrer a uma concordata. O Wall Street Journal informou que a GM estaria cogitando uma opção de concordata "programada".
As ações do Citigroup subiram 0,98% e fecharam a US$ 1,03, com uma perda de 31% na semana. Na quinta-feira, as ações chegaram a oscilar abaixo de US$ 1,00, refletindo a opção dos investidores de se afastarem de um banco que já recebeu três socorros sucessivos do governo federal.
A American Express tornou-se o sexto componente do Dow Jones a ver suas ações operarem abaixo de US$ 10. Os papéis atingiram US$ 9,71 na mínima do dia, antes de se recuperarem para fecharem em US$ 10,26, com uma queda de 0,68%. Antes da American Express, a General Motors caiu abaixo de US$ 10 em julho de 2008; a American International Group (AIG), em setembro; a Alcoa, em outubro; o Citigroup, em novembro; o Bank of America, em janeiro deste ano, e a General Electric, no mês passado. Desse grupo, até agora apenas a AIG foi removida do índice.
Entre as notícias do dia, o Departamento do Trabalho informou que a economia americana perdeu 651 mil empregos em fevereiro e os dados dos dois meses anteriores foram revisados para números muito piores do que se esperava. A taxa de desemprego subiu para 8,1%, nível mais alto desde dezembro de 1983. Alguns economistas acham que a taxa pode alcançar 10% até o final do ano. As informações são da Dow Jones.

Bovespa fecha em baixa de 0,71%, na contramão de NY

por Agência ESTADO
06 de Março de 2009 18:43

A Bovespa abriu em alta e foi alimentada pelo resultado do relatório do mercado de trabalho norte-americano em linha com as previsões. Mas o otimismo logo foi trocado pelo choque de realidade - já que os números mostram um quadro bem ruim. Os índices norte-americanos viraram e operaram em queda até pouco antes do fechamento, quando o Dow Jones e o S&P 500 buscaram recuperação e acabaram por fechar em alta. A Bovespa acompanhou a volatilidade de Wall Street, mas não conseguiu fechar no azul.
O Ibovespa fechou em queda de 0,71%, aos 37.105,09 pontos. Na mínima, atingiu os 36.476 pontos (-2,39%) e, na máxima, os 38.309 pontos (+2,51%). No mês, acumula perdas de 2,82% e, no ano, de 1,18%. O giro financeiro totalizou R$ 3,756 bilhões.
Dow Jones fechou em alta de 0,49%, S&P avançou 0,12% e Nasdaq caiu 0,44%. Mas a fotografia final do pregão nem de longe mostra o dia no mercado, muito volátil e predominantemente negativo. O relatório do mercado de trabalho foi o principal condutor dos negócios - e não um dos bons: em fevereiro, foram fechadas 651 mil vagas de trabalho nos EUA, em linha com as previsões, mas os números dos dois últimos meses foram revistos para pior: dezembro para -681 mil empregos, o maior corte desde outubro de 1949, e janeiro para -655 mil vagas.
Apenas nos últimos quatro meses, 2,6 milhões de pessoas perderam seus empregos, número que sobe para 4,4 milhões se contabilizados os fechamentos de postos de trabalho desde que a recessão começou, em dezembro de 2007. A taxa de desemprego dos EUA subiu de 7,6% em janeiro para 8,1% em fevereiro (os analistas previam 8%), atingindo o nível mais elevado desde dezembro de 1983. Alguns economistas acreditam que a taxa possa atingir 10% até o final do ano.
O relatório do mercado de trabalho atravessou o Atlântico e também pressionou o fechamento em baixa das bolsas europeias, puxadas por perdas em bancos e seguradoras. Londres foi a exceção ao subir 0,02%. A Bolsa de Paris recuou 1,37% e a de Frankfurt fechou em queda de 0,79%.
No Brasil, as ações da Petrobras, que operaram em alta numa parte do dia, ajudam a explicar a resistência da Bovespa durante a sessão. Mas também servem para justificar a queda no final. Os papéis inverteram para baixo e ampliaram as perdas nas duas últimas horas, na contramão do petróleo, que subiu 4,38%, aos US$ 45,52 o barril.
Petrobras ON recuou 1,84% e PN, 1,27%. A estatal divulga ainda hoje seu balanço do quarto trimestre do ano passado. Hoje, a estatal anunciou que bateu novo recorde de produção na quarta-feira, 4 de março, com 2,012 milhões de barris.
Houve ainda vendas de estrangeiros, que se desfizeram de ações no mercado doméstico, abatendo não só Petrobras como também Vale, que recuou em grande parte do dia. As ações da mineradora brasileira recuaram 2,63% a ON e 2,32% a PNA. Siderúrgicas acompanharam.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Bolsa de NY fecha em queda forte e Citi cai a US$ 1,02

por Agência ESTADO
05 de Março de 2009 19:45

Os índices Dow Jones e S&P-500 fecharam em novas mínimas em 12 anos, enquanto o Nasdaq recuou para o menor nível em 6 anos, depois que o preço da ação de um dos maiores bancos do mundo e um ícone do setor bancário dos EUA escorregou momentaneamente abaixo de US$ 1,00. Depois de cair a US$ 0,97, as ações do Citigroup fecharam a US$ 1,02, em baixa de 9,73%.

O índice Dow Jones caiu 281,40 pontos, ou 4,09%, e fechou em 6.594,44 pontos, nível mais baixo desde 15 de abril de 1997. O Nasdaq recuou 54,15 pontos, ou 4,00%, e fechou em 1.299,59 pontos, menor nível desde 12 de março de 2003. O S&P-500 caiu 30,32 pontos, ou 4,25%, e fechou em 682,55 pontos, nível mais baixo desde 18 de setembro de 1996. O NYSE Composite caiu 197,29 pontos, ou 4,42%, e fechou em 4.267,60 pontos.

"Se você me dissesse no meio de 2007 que o Citi escorregaria abaixo de US$ 1, eu diria que você era um louco", disse Saluzzi. "(O Citi) tem tantas obrigações, tantos ativos podres, que (suas ações) não seriam nem mesmo negociadas, não fosse o suporte do governo. Os bancos são um desastre", acrescentou Joseph Saluzzi, cofundador da Themis Trading.

Além disso, a sobrevivência de outra ação importante, a General Motors, foi colacada em dúvida pela Deloitte & Touche, uma empresa de auditoria. As ações da GM fecharam em baixa de 15,45%. No cenário global, a China frustrou as expectativas e não anunciou uma expansão do plano de estímulo econômico no primeiro dia da Sessão Anual do Congresso Nacional do Povo.

Em contraste com a fuga de investidores de outubro e novembro, a mais recente liquidação é um processo opressivo, sem as mudanças de curto prazo e reviravoltas de pânico das mínimas anteriores, disseram operadores. Desiludidos com as breves recuperações de novembro e janeiro, os operadores estão agora receosos. De fato, alguns deles viram sinais de que os que apostam na baixa do mercado voltaram a assumir o controle quando o mercado reduziu os ganhos no final da sessão de ontem. "Ninguém quer ficar na frente do trem de carga que cai do barranco", disse Saluzzi.

Entre as maiores perdas, as ações de companhias financeiras foram especialmente atingidas: Bank of America (-11,70%) e JPMorgan (-13,99%). A agência de classificação de risco Moody's Investors Service alertou para a pressão sobre dois bancos que vinham se sustentado relativamente melhor do que seus rivais na crise de crédito, o Well Fargo e o JPMorgan Chase. As ações do Wells Fargo caíram 16% depois que a Moody's rebaixou sua nota de crédito.

Como nos anos 1930, nada parece impedir um contágio da crise de confiança de se espalhar de uma parte a outra do setor financeiro. "É simplesmente uma espiral sem fim", disse Lorenzo Di Mattia, gerente do fundo hedge Sibilla Global Fund.

Entre as componentes do Dow Jones, apenas Wal-Mart - que anunciou um aumento nas vendas das mesmas lojas em fevereiro e uma elevação no pagamento de dividendos - e Pfizer fecharam em alta, de 2,60% e 1,36%, respectivamente. As informações são da Dow Jones.

Bolsa fecha em baixa de 2,69% com Vale e siderúrgicas

por Agência ESTADO
05 de Março de 2009 18:40

As bolsas de valores devolveram hoje a recuperação de ontem, depois que a China não confirmou, no primeiro dia do Congresso Nacional do Povo, o aumento do pacote de incentivo à economia. Os indicadores ruins vindos hoje da Europa também pesaram sobre as ações, assim como os temores com o segmento financeiro norte-americano.
A Bovespa, embora tenha caído forte, perdeu menos do que outros mercados. Fechou em queda de 2,69%, aos 37.368,93 pontos. Na mínima do dia, atingiu os 36.973 pontos (-3,72%) e, na máxima, em 38.391 pontos (-0,03%). No mês, acumula perdas de 2,13% e, no ano, de 0,48%. O giro financeiro totalizou R$ 3,439 bilhões.
A expectativa ontem era de que o primeiro-ministro chinês anunciaria um reforço ao pacote de incentivo lançado no final do ano passado, o que não se concretizou. Isso levou os investidores a desmontar as posições assumidas ontem, o que significa dizer que as commodities (matérias-primas) acabaram sendo penalizadas e, por tabela, as ações de mineradoras, siderúrgicas e petrolíferas.
No Brasil, apesar de a Bolsa ter predomínio de papéis desses segmentos, as perdas foram ligeiramente mais contidas do que as lá de fora. As siderúrgicas estiveram entre as maiores baixas e Vale foi atrás, mas as ações da Petrobras até que se saíram bem diante do quadro, chegando inclusive a operar em alta em um momento do dia. Segundo os analistas, ontem as ações não estiveram entre os maiores ganhos e a queda hoje seria proporcional, mas também favoreceu a expectativa pelo balanço que a empresa divulga amanhã.
As ações da Petrobras caíram 1,26% a ON e 1,40% a PN. O petróleo negociado em Nova York recuou 3,90% e fechou cotado a US$ 43,61 o barril. Vale ON perdeu 4,50% e PNA, 3,89%. Gerdau PN cedeu 6,32%; Metalúrgica Gerdau PN, 7,11%; Usiminas PNA, 6,17%; CSN ON, 6,28%.
Em Wall Street, o Dow Jones fechou em baixa de 4,09%, o S&P recuou 4,25% e o Nasdaq caiu 4%. O setor bancário foi destaque de baixa lá, com a queda das ações do Citi abaixo de US$ 1 durante o dia, um fato inédito na história da instituição. No setor automotivo, a GM levantou dúvidas quanto à sua viabilidade e seus papéis fecharam em baixa de 15,45%.
Hoje a Europa esteve à frente na divulgação de indicadores ruins. Foi confirmada a retração de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) na zona do euro no quarto trimestre. A produção industrial da Espanha caiu 20% em janeiro; na França, o índice de preços ao produtor cedeu 2,0% em janeiro e a taxa de desemprego subiu para 8,2% no quarto trimestre de 2008; na Alemanha, as vendas no varejo cederam 0,6%, contrariando a previsão de estabilidade; no Reino Unido, os preços das casas apontaram declínio recorde em fevereiro, de 17,7%.
Nesse ambiente ruim, o BC inglês cortou a taxa básica de juro do país em 0,50 ponto porcentual, para 0,5% ao ano, e o Banco Central Europeu (BCE) cortou o juro também em 0,50 ponto porcentual, para 1,5% ao ano. Ambas as taxas estão em níveis recorde de baixa. A Bolsa de Londres fechou em queda de 3,18%, a de Frankfurt caiu 5,02% e a de Paris, 3,96%.