por Renato Martins da Agência Estado
02.10.2008 18h40
As Bolsas de Nova York fecharam em queda forte, em dia marcado por indicadores econômicos fracos, que fizeram crescer o temor de uma recessão global, intensificação do aperto no mercado de crédito de curto prazo, preocupação quanto à situação das seguradoras e expectativa em relação à votação do pacote de socorro ao setor financeiro na Câmara dos EUA. As ações das empresas de energia e das ligadas a matérias-primas (commodities) sofreram quedas fortes, em dia de nova baixa dos preços do petróleo, dos metais e dos grãos.
O indicador fraco de encomendas à indústria e o crescimento inesperado do número de pedidos de auxílio-desemprego feitos na semana passada levaram a um aumento dos temores quanto a uma recessão e fizeram cair ações como Boeing (-5,37%), DuPont (-4,15%) e Intel (-7,13%). Entre as ações de empresas ligadas a commodities, as da indústria de fertilizantes Mosaic caíram 41,27%, depois de a companhia divulgar resultados do trimestre junho/agosto e alertar que os preços do fosfato parecem ter alcançado seu pico e prever uma queda nas vendas no próximo ano; isso afetou ações como as da Monsanto (-16,18%), as da Potash (-26,97%) e as das fabricantes de tratores Caterpillar (-8,31%) e Deere (-14,21%). As ações da Alcoa caíram 8,89%, em reação à nova baixa dos preços dos metais; no setor de petróleo, as ações da ExxonMobil caíram 1,37% e as da Chevron recuaram 3,21%.
Até recentemente, os participantes do mercado viam as ações ligadas a commodities como que isoladas da turbulência financeira; mas, com a mudança rápida nas expectativas quanto ao desempenho da economia global e com a aceleração dos resgates por parte dos clientes dos fundos de hedge, os investidores estão vendendo essas ações. "A brutalidade e a ferocidade do movimento de venda são notáveis. Os resgates nos fundos de hedge provavelmente estão exacerbando isso", comentou o estrategista Tobias Levkovich, do Citigroup.
As ações das companhias de seguros também sofreram quedas fortes, depois de o líder da maioria (democrata) no Senado dos EUA, Harry Reid, dizer, na noite de quarta-feira, que "uma importante seguradora, uma com um nome que todo mundo conhece, está à beira da falência" (hoje, Reid divulgou comunicado lamentando ter feito essa declaração e ressalvando que "não está pessoalmente ciente de nenhuma companhia em particular que esteja à beira da falência"). Ainda assim, as ações da MetLife caíram 14,93%, as da Hartford Financial Services recuaram 32,01% e as da Prudential perderam 11,03%.
As ações da General Electric caíram 9,59%, depois de a empresa emitir US$ 12,2 bilhões em ações ordinárias com um desconto de 9% em relação ao nível de fechamento de ontem.
O índice Dow Jones fechou em queda de 348,22 pontos (-3,22%), em 10.482,85 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 92,68 pontos (-4,48%), em 1.976,72 pontos. O S&P-500 caiu 46,78 pontos (-4,03%), para fechar em 1.114,28 pontos. As informações são da Dow Jones.
A intenção deste Blog é o de trazer informações sobre os mercados acionários e seus principais ativos. Esse espaço será utilizado para divulgar análises que fundamentem tendências de curto e médio prazos do Ibovespa, índices de mercados e comodities. Espero que o blog possa contribuir para a interpretação das tendências dos mercados,principalmente em momentos de maior volatilidade e incertezas.
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Bovespa inicia outubro em alta, mas dia foi de cautela
por Claudia Violante da Agência Estado
01.10.2008 17h33
O quarto trimestre começou azul no mercado acionário doméstico. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou o primeiro pregão de outubro em alta, descolando-se das Bolsas norte-americanas. Mas ambos os mercados foram guiados pelo mesmo sentimento: cautela. A expectativa em torno da votação do pacote de ajuda ao sistema financeiro no Senado norte-americano, esta noite, trouxe alento aos investidores, mas depois da derrota inesperada na Câmara, na segunda-feira, a decisão foi esperar.
O índice Bovespa terminou o pregão em alta de 0,52%, aos 49.798,65 pontos. Oscilou entre a mínima de 47.641 pontos (-3,84%) e a máxima de 49.834 pontos (+0,59%). No acumulado do ano até hoje, o Ibovespa acumula perda de 22,05%. O giro financeiro totalizou R$ 5,037 bilhões nesta quarta-feira.
Em Wall Street, o índice Dow Jones terminou em baixa de 0,18%, aos 10.831,07 pontos, o S&P 500 recuou 0,45%, aos 1.161,09 pontos, e o Nasdaq teve desvalorização de 1,07%, aos 2.069,40 pontos.
O cerne das atenções nesta quarta-feira foi a expectativa de que será votado novamente hoje um pacote no Congresso norte-americano. Depois da derrota inesperada na segunda-feira, o governo Bush continuou negociando com os congressistas e resolveu investir numa aprovação no Senado. Para isso, fez algumas modificações no texto rejeitado, entre elas a elevação do teto de garantia para depósitos em bancos e instituições de crédito (FDIC) pelo governo, de US$ 100 mil para US$ 250 mil para a maioria dos depositantes.
Na avaliação do presidente George W. Bush, o pacote de socorro ao setor financeiro que será votado hoje pelo Senado é melhor do que aquele que foi rejeitado na segunda-feira pela Câmara. "A lei é diferente, foi melhorada e eu tenho confiança de que será aprovada. O plano de socorro foi melhorado com a elevação temporária do teto para os seguros da FDIC", disse Bush, referindo-se à Corporação Federal de Seguro de Depósitos.
Com a recusa pela aprovação do pacote na Câmara na segunda-feira, as perdas do Dow Jones, superiores a US$ 1 trilhão, alarmaram os norte-americanos, que pressionaram os congressistas a aprovar o pacote. Mas a prudência é uma virtude e foi posta em prática nesta sessão. Ainda mais com um indicador ruim divulgado pela manhã nos Estados Unidos: o índice de gerentes de compra sobre a atividade industrial caiu em setembro para 43,5, a menor leitura desde outubro de 2001, quando economistas esperavam queda para 49,5 em setembro. Amanhã, assim, será um dia cheio, com o resultado da votação no Senado em mãos.
Hoje, as commodities fecharam em baixa - o petróleo para novembro caiu 2,10%, para US$ 98,53 o barril - e puxou as blue chips na Bovespa para baixo. Petrobras ON caiu 1,47%, PN, -0,57%, Vale ON, -0,44%, e PNA, -0,03%.
01.10.2008 17h33
O quarto trimestre começou azul no mercado acionário doméstico. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou o primeiro pregão de outubro em alta, descolando-se das Bolsas norte-americanas. Mas ambos os mercados foram guiados pelo mesmo sentimento: cautela. A expectativa em torno da votação do pacote de ajuda ao sistema financeiro no Senado norte-americano, esta noite, trouxe alento aos investidores, mas depois da derrota inesperada na Câmara, na segunda-feira, a decisão foi esperar.
O índice Bovespa terminou o pregão em alta de 0,52%, aos 49.798,65 pontos. Oscilou entre a mínima de 47.641 pontos (-3,84%) e a máxima de 49.834 pontos (+0,59%). No acumulado do ano até hoje, o Ibovespa acumula perda de 22,05%. O giro financeiro totalizou R$ 5,037 bilhões nesta quarta-feira.
Em Wall Street, o índice Dow Jones terminou em baixa de 0,18%, aos 10.831,07 pontos, o S&P 500 recuou 0,45%, aos 1.161,09 pontos, e o Nasdaq teve desvalorização de 1,07%, aos 2.069,40 pontos.
O cerne das atenções nesta quarta-feira foi a expectativa de que será votado novamente hoje um pacote no Congresso norte-americano. Depois da derrota inesperada na segunda-feira, o governo Bush continuou negociando com os congressistas e resolveu investir numa aprovação no Senado. Para isso, fez algumas modificações no texto rejeitado, entre elas a elevação do teto de garantia para depósitos em bancos e instituições de crédito (FDIC) pelo governo, de US$ 100 mil para US$ 250 mil para a maioria dos depositantes.
Na avaliação do presidente George W. Bush, o pacote de socorro ao setor financeiro que será votado hoje pelo Senado é melhor do que aquele que foi rejeitado na segunda-feira pela Câmara. "A lei é diferente, foi melhorada e eu tenho confiança de que será aprovada. O plano de socorro foi melhorado com a elevação temporária do teto para os seguros da FDIC", disse Bush, referindo-se à Corporação Federal de Seguro de Depósitos.
Com a recusa pela aprovação do pacote na Câmara na segunda-feira, as perdas do Dow Jones, superiores a US$ 1 trilhão, alarmaram os norte-americanos, que pressionaram os congressistas a aprovar o pacote. Mas a prudência é uma virtude e foi posta em prática nesta sessão. Ainda mais com um indicador ruim divulgado pela manhã nos Estados Unidos: o índice de gerentes de compra sobre a atividade industrial caiu em setembro para 43,5, a menor leitura desde outubro de 2001, quando economistas esperavam queda para 49,5 em setembro. Amanhã, assim, será um dia cheio, com o resultado da votação no Senado em mãos.
Hoje, as commodities fecharam em baixa - o petróleo para novembro caiu 2,10%, para US$ 98,53 o barril - e puxou as blue chips na Bovespa para baixo. Petrobras ON caiu 1,47%, PN, -0,57%, Vale ON, -0,44%, e PNA, -0,03%.
NY fecha em queda com indicações de provável recessão
por Renato Martins da Agência Estado
01.10.2008 18h25
As Bolsas americanas fecharam em queda, depois de o índice de atividade industrial dos gerentes de compras e de o informe de vendas da montadora Ford em setembro indicarem que o aperto no crédito já está afetando as indústrias e os gastos do consumidor, tornando mais provável uma recessão. Em dia de feriado judaico e de expectativa quanto à aprovação do pacote de socorro ao setor financeiro pelo Senado, os volumes de negócios foram reduzidos. "Tivemos uma alta motivada por alívio ontem, por causa da expectativa de que o Congresso percebesse que precisa fazer alguma coisa. Agora, estamos fazendo água", disse um operador.
As ações da General Electric caíram 3,92%, mas fecharam acima da mínima do dia, depois de a empresa anunciar que planeja fazer uma oferta secundária de ações de US$ 12 bilhões e de o investidor Warren Buffett dizer que vai comprar US$ 3 bilhões em ações preferenciais da companhia.
Entre as montadoras, as ações da Ford caíram 12,50%, em reação a seu informe de vendas de setembro; as da GM fecharam no mesmo nível de ontem. O fraco índice de atividade industrial dos gerentes de compras fez as ações de indústrias e de empresas ligadas a matérias-primas caírem (Alcoa -5,80%, Caterpillar -4,45%, Ingersoll-Rand -5,49%, Parker Hannifin -3,60%), assim como as do setor de tecnologia (IBM -5,84%). As ações do setor financeiro subiram, devido ao otimismo quanto á aprovação do pacote de socorro (Citigroup +12,14%, Bank of America +8,94%, JPMorgan Chase +6,27%). As do National City Corp., entre as que mais haviam caído recentemente, subiram 65,14%.
O índice Dow Jones fechou em queda de 19,59 pontos (-0,18%), em 10.831,07 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 22,48 pontos (-1,07%), em 2.069,40 pontos. O S&P-500 caiu 5,30 pontos (-0,45%), para fechar em 1.161,06 pontos. As informações são da Dow Jones.
01.10.2008 18h25
As Bolsas americanas fecharam em queda, depois de o índice de atividade industrial dos gerentes de compras e de o informe de vendas da montadora Ford em setembro indicarem que o aperto no crédito já está afetando as indústrias e os gastos do consumidor, tornando mais provável uma recessão. Em dia de feriado judaico e de expectativa quanto à aprovação do pacote de socorro ao setor financeiro pelo Senado, os volumes de negócios foram reduzidos. "Tivemos uma alta motivada por alívio ontem, por causa da expectativa de que o Congresso percebesse que precisa fazer alguma coisa. Agora, estamos fazendo água", disse um operador.
As ações da General Electric caíram 3,92%, mas fecharam acima da mínima do dia, depois de a empresa anunciar que planeja fazer uma oferta secundária de ações de US$ 12 bilhões e de o investidor Warren Buffett dizer que vai comprar US$ 3 bilhões em ações preferenciais da companhia.
Entre as montadoras, as ações da Ford caíram 12,50%, em reação a seu informe de vendas de setembro; as da GM fecharam no mesmo nível de ontem. O fraco índice de atividade industrial dos gerentes de compras fez as ações de indústrias e de empresas ligadas a matérias-primas caírem (Alcoa -5,80%, Caterpillar -4,45%, Ingersoll-Rand -5,49%, Parker Hannifin -3,60%), assim como as do setor de tecnologia (IBM -5,84%). As ações do setor financeiro subiram, devido ao otimismo quanto á aprovação do pacote de socorro (Citigroup +12,14%, Bank of America +8,94%, JPMorgan Chase +6,27%). As do National City Corp., entre as que mais haviam caído recentemente, subiram 65,14%.
O índice Dow Jones fechou em queda de 19,59 pontos (-0,18%), em 10.831,07 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 22,48 pontos (-1,07%), em 2.069,40 pontos. O S&P-500 caiu 5,30 pontos (-0,45%), para fechar em 1.161,06 pontos. As informações são da Dow Jones.
IBOV...após 30/09... persiste a forte volatilidade...

O Ibovespa abriu na mínima em 46.026 pontos e impulsionado pelos índices futuros em forte alta, rompeu as resistências nos 47 mil e 48 mil pontos, onde se acomodou após romper esse último patamar. Na última hora do pregão, sintonizado com a recuperação de DJI retomou os 49 mil pontos, para finalizar no leilão de fechamento na máxima em 49.541 pontos ( +7,7 %).
Análise: Após a histórica queda do pregão anterior de 10%, o Ibovespa mostrou força ao recuperar quase 80% dessa perda, retomando os 49 mil pontos, em cima de uma LTB secundária. Os principais indicadores do gráfico de "30 minutos" ainda sinalizam a continuidade da alta, ainda que sobrecomprados, pelo forte rallie de alta. Porém, os principais indicadores do gráfico diário ainda sinalizam a tendência de queda . Como o cenário externo vem ditando o comportamento do Ibovespa, apenas os índices futuros, antes da abertura do pregão, poderão indicar qual a tendência predominante do pregão. De qualquer modo espera-se ainda muita volatilidade.
Suportes imediatos em 49.400, 48.100, 47.150, 46.700 e 45.800 pontos.
Resistências imediatas em 50.600, 50.750, 51 mil e 52.000 pontos.
DJI...após 30/09... volatilidade persiste...

DJI abriu na mínima em 10.371 pontos e com os índices futuros em alta, rapidamente recuperou o patamar dos 10.500 pontos e se acomodando após retomar o patamar dos 10.600 pontos. Na segunda metade do pregão retomou a continuidade da alta, rompendo os 10.800 pontos, indo buscar a máxima em 10.868 pontos (+4,85%) e finalizar logo após em 10.850 pontos (+ 4,68%).
Análise: DJI executou um forte rallie de alta que há muitos anos não se via, após a queda histórica do dia anterior em quase 7%. Recuperou 2/3 da queda anterior, sinalizando que pode retomar novamente o patamar dos 11 mil pontos. A iminência de aprovação de um novo plano para socorro dos bancos trouxe alento novamente aos mercados. Espera-se ainda forte volatilidade para hoje, com a possibilidade do senado americano apreciar e aprovar o pacote (?)(antes da câmara dos deputados).
Os principais indicadores do gráfico diário e os de "30 minutos" sinalizam tendência de alta. Porém, face à forte volatilidade dos últimos pregões, somente os índices futuros, antes da abertura do pregão, poderão confirmar qual a possível tendência deste pregão.
Suportes imediatos em 10.590, 10.400 e 10.310 pontos.
Resistências imediatas em 10.870, 10.950, 11.150 e 11.300 pontos.
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Bolsa de Nova York tem a maior alta desde julho de 2002
por Renato Martins da Agência Estado
30.09.2008 18h46
O mercado norte-americano de ações fechou em alta forte, com os principais índices recuperando cerca de dois terços das perdas de ontem. No caso dos índices Dow Jones e S&P-500, a alta de hoje foi a maior desde 26 de julho de 2002, tanto em pontos como em termos porcentuais. Em pontos, a alta do Dow foi a terceira maior de todos os tempos em um único dia. O avanço foi liderado pelas ações do setor financeiro, que subiram devido à esperança de que o Congresso dos EUA aprove um plano de socorro para o setor.
O movimento de alta acelerou-se à tarde, quando circularam informes de que a Securities and Exchange Comission (SEC, a comissão de valores mobiliários americana) estaria estudando a possibilidade de revogar a regra da marcação a mercado, que levou os bancos a registrarem em seus balanços bilhões de dólares em perdas, de modo a admitir o valor estimado dos títulos hipotecários em suas carteiras. Depois do fechamento do mercado, a SEC e o Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira (FASB, na sigla em inglês) disseram que vão emitir novas normas sobre isso.
Também à tarde, a presidente da Corporação Federal de Seguro de Depósitos (FDIC, na sigla em inglês), Sheila Bair, falou na possibilidade de elevar temporariamente o teto de US$ 100 mil para depósitos beneficiados por seguro federal. Ela não especificou nenhum valor, mas o senador Barack Obama, candidato à presidência dos EUA pelo Partido Democrata, propôs que o limite seja elevado para US$ 250 mil, proposta endossada por seu rival, o senador republicano John McCain. Outros congressistas observaram que a proposta de elevação do teto para depósitos com seguro contribuiria para a aprovação do pacote de US$ 700 bilhões em socorro às instituições financeiras, já que parte dos deputados do "baixo clero" dos dois partidos que votaram contra o pacote na segunda-feira argumentava que o plano só trazia medidas de ajuda para os bancos, e não para pessoas e empresas da "economia real" afetadas pela crise.
Das 30 componentes do Dow, 29 ações fecharam em alta (a exceção foi Caterpillar, com baixa de 0,48%). Os destaques foram Bank of America (+15,70%), Citigroup (+15,55%), JPMorgan Chase (+13,90%), General Motors (+11,05%) e General Electric (+10,39%). As ações do banco Wachovia, que haviam caído 81,60% ontem, subiram 90,22% hoje. As ações do setor de petróleo também subiram, em reação à recuperação dos preços do produto (ExxonMobil +4,86%, Chevron +6,43%).
O índice Dow Jones fechou em alta de 485,21 pontos (4,68%), em 10.850,66 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 98,60 pontos (4,97%), em 2.082,33 pontos. O S&P-500 subiu 58,35 pontos (5,27%), para fechar em 1.164,74 pontos.
No mês de setembro, o Dow Jones acumulou uma queda de 6%, o Nasdaq, uma perda de 12,05% e o S&P-500, uma baixa de 9,21%. No terceiro trimestre, o Dow Jones caiu 4,40%, o Nasdaq recuou 9,19% e o S&P-500 perdeu 9%. Desde o começo de 2008, o Dow acumula uma queda de 18,20%, o Nasdaq, uma baixa de 21,49% e o S&P-500, uma baixa de 20,68%. As informações são da Dow Jones.
30.09.2008 18h46
O mercado norte-americano de ações fechou em alta forte, com os principais índices recuperando cerca de dois terços das perdas de ontem. No caso dos índices Dow Jones e S&P-500, a alta de hoje foi a maior desde 26 de julho de 2002, tanto em pontos como em termos porcentuais. Em pontos, a alta do Dow foi a terceira maior de todos os tempos em um único dia. O avanço foi liderado pelas ações do setor financeiro, que subiram devido à esperança de que o Congresso dos EUA aprove um plano de socorro para o setor.
O movimento de alta acelerou-se à tarde, quando circularam informes de que a Securities and Exchange Comission (SEC, a comissão de valores mobiliários americana) estaria estudando a possibilidade de revogar a regra da marcação a mercado, que levou os bancos a registrarem em seus balanços bilhões de dólares em perdas, de modo a admitir o valor estimado dos títulos hipotecários em suas carteiras. Depois do fechamento do mercado, a SEC e o Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira (FASB, na sigla em inglês) disseram que vão emitir novas normas sobre isso.
Também à tarde, a presidente da Corporação Federal de Seguro de Depósitos (FDIC, na sigla em inglês), Sheila Bair, falou na possibilidade de elevar temporariamente o teto de US$ 100 mil para depósitos beneficiados por seguro federal. Ela não especificou nenhum valor, mas o senador Barack Obama, candidato à presidência dos EUA pelo Partido Democrata, propôs que o limite seja elevado para US$ 250 mil, proposta endossada por seu rival, o senador republicano John McCain. Outros congressistas observaram que a proposta de elevação do teto para depósitos com seguro contribuiria para a aprovação do pacote de US$ 700 bilhões em socorro às instituições financeiras, já que parte dos deputados do "baixo clero" dos dois partidos que votaram contra o pacote na segunda-feira argumentava que o plano só trazia medidas de ajuda para os bancos, e não para pessoas e empresas da "economia real" afetadas pela crise.
Das 30 componentes do Dow, 29 ações fecharam em alta (a exceção foi Caterpillar, com baixa de 0,48%). Os destaques foram Bank of America (+15,70%), Citigroup (+15,55%), JPMorgan Chase (+13,90%), General Motors (+11,05%) e General Electric (+10,39%). As ações do banco Wachovia, que haviam caído 81,60% ontem, subiram 90,22% hoje. As ações do setor de petróleo também subiram, em reação à recuperação dos preços do produto (ExxonMobil +4,86%, Chevron +6,43%).
O índice Dow Jones fechou em alta de 485,21 pontos (4,68%), em 10.850,66 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 98,60 pontos (4,97%), em 2.082,33 pontos. O S&P-500 subiu 58,35 pontos (5,27%), para fechar em 1.164,74 pontos.
No mês de setembro, o Dow Jones acumulou uma queda de 6%, o Nasdaq, uma perda de 12,05% e o S&P-500, uma baixa de 9,21%. No terceiro trimestre, o Dow Jones caiu 4,40%, o Nasdaq recuou 9,19% e o S&P-500 perdeu 9%. Desde o começo de 2008, o Dow acumula uma queda de 18,20%, o Nasdaq, uma baixa de 21,49% e o S&P-500, uma baixa de 20,68%. As informações são da Dow Jones.
Bovespa cai 11% e tem o pior mês desde abril de 2004
por Claudia Violante da Agência Estado
30.09.2008 17h52
O pânico que tomou contas dos negócios ontem foi substituído hoje por uma trégua, favorecida pela percepção de que, apesar de ter sido vetado ontem, o pacote de socorro ao sistema financeiro norte-americano vai acabar sendo aprovado pelo Congresso dos Estados Unidos. Não o que foi à votação na segunda-feira, mas uma proposta que está sendo negociada entre governo e parlamentares. Com isso, os investidores patrocinaram uma correção técnica que levou a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) a superar 7% de ganhos. A alta, no entanto, foi insuficiente para impedir que as perdas em setembro fossem as maiores desde abril de 2004.
O índice Bovespa terminou a sessão em alta de 7,63%, aos 49.541,27 pontos, na máxima pontuação do dia. Na mínima de hoje ficou estável, a 46.026 pontos. No mês, o Ibovespa acumulou baixa de 11,03%, a maior perda desde os 11,44% de abril de 2004. Foi o quarto mês consecutivo de baixa, o que significa dizer que a Bovespa acumula no ano até setembro uma retração de 22,45%. O giro financeiro totalizou hoje R$ 4,874 bilhões (dado preliminar).
Em Wall Street, o Dow Jones fechou em alta de 4,68%, aos 10.850,66 pontos, o S&P 500 teve elevação de 5,27%, aos 1.164,74 pontos, e o Nasdaq subiu 4,97%, aos 2.082,33 pontos.
Logo cedo, depois de remoer a inesperada derrota no Congresso ontem, o presidente dos EUA, George W. Bush, fez um pronunciamento apelando para a aprovação de um novo socorro ao sistema financeiro. Segundo ele, o governo norte-americano não vai sossegar enquanto não aprovar alguma medida. "A rejeição da proposta na Câmara não encerrará a intenção do governo de lançar um plano de resgate", disse ele, defendendo a urgência da aprovação em razão de seus efeitos na economia.
Isso ajudou a reforçar a percepção de que alguma coisa, qualquer que seja ela, vai ser aprovada para ajudar a dissipar o nó que se formou no sistema financeiro. Por causa disso, os analistas também consideraram que a intervenção no banco franco-belga Dexia por três governos europeus foi acertada por ter sido rápida. Nuances da crise onde um dia uma notícia é negativa e em outro, a mesma informação pode ter conotação favorável. Ontem, por exemplo, o banco Bradford & Bingley foi estatizado pelo Reino Unido, o belgo-holandês Fortis precisou receber socorro dos governos da Bélgica, de Luxemburgo e da Holanda e o alemão Hypo Real foi resgatado por um consórcio de bancos. E nada disso foi visto com bons olhos. Mas, hoje, a ação dos governos da Bélgica, França e Luxemburgo ao injetar US$ 9,19 bilhões no Dexia foi considerada ágil e agradou.
Os analistas também passaram a considerar que os bancos centrais globais vão cortar suas taxas de juros para tentar injetar ânimo no sistema. E, se isso realmente acontecer, a demanda volta a crescer. Com isso, o petróleo subiu. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o contrato com vencimento em novembro avançou 4,43%, para US$ 100,64 por barril.
No Brasil, Petrobras ON subiu 6,89% hoje, mas fechou o mês com perda de 1,03%. Petrobras PN avançou 7,18% hoje e subiu 0,57% em setembro, Vale ON valorizou 8,14% hoje, mas caiu 15,92% no mês, Vale PNA ganhou 7,95% hoje, mas cedeu 13,92% no mês. BM&FBovespa liderou os ganhos do Ibovespa ao subir 17,08% hoje, mas perdeu 31,67% em setembro. Os dados são preliminares.
Vale registrar que a Petrobras informou a Agência Nacional do Petróleo ter descoberto petróleo em pelo menos mais duas áreas, uma na Bahia e outra no Espírito Santo.
30.09.2008 17h52
O pânico que tomou contas dos negócios ontem foi substituído hoje por uma trégua, favorecida pela percepção de que, apesar de ter sido vetado ontem, o pacote de socorro ao sistema financeiro norte-americano vai acabar sendo aprovado pelo Congresso dos Estados Unidos. Não o que foi à votação na segunda-feira, mas uma proposta que está sendo negociada entre governo e parlamentares. Com isso, os investidores patrocinaram uma correção técnica que levou a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) a superar 7% de ganhos. A alta, no entanto, foi insuficiente para impedir que as perdas em setembro fossem as maiores desde abril de 2004.
O índice Bovespa terminou a sessão em alta de 7,63%, aos 49.541,27 pontos, na máxima pontuação do dia. Na mínima de hoje ficou estável, a 46.026 pontos. No mês, o Ibovespa acumulou baixa de 11,03%, a maior perda desde os 11,44% de abril de 2004. Foi o quarto mês consecutivo de baixa, o que significa dizer que a Bovespa acumula no ano até setembro uma retração de 22,45%. O giro financeiro totalizou hoje R$ 4,874 bilhões (dado preliminar).
Em Wall Street, o Dow Jones fechou em alta de 4,68%, aos 10.850,66 pontos, o S&P 500 teve elevação de 5,27%, aos 1.164,74 pontos, e o Nasdaq subiu 4,97%, aos 2.082,33 pontos.
Logo cedo, depois de remoer a inesperada derrota no Congresso ontem, o presidente dos EUA, George W. Bush, fez um pronunciamento apelando para a aprovação de um novo socorro ao sistema financeiro. Segundo ele, o governo norte-americano não vai sossegar enquanto não aprovar alguma medida. "A rejeição da proposta na Câmara não encerrará a intenção do governo de lançar um plano de resgate", disse ele, defendendo a urgência da aprovação em razão de seus efeitos na economia.
Isso ajudou a reforçar a percepção de que alguma coisa, qualquer que seja ela, vai ser aprovada para ajudar a dissipar o nó que se formou no sistema financeiro. Por causa disso, os analistas também consideraram que a intervenção no banco franco-belga Dexia por três governos europeus foi acertada por ter sido rápida. Nuances da crise onde um dia uma notícia é negativa e em outro, a mesma informação pode ter conotação favorável. Ontem, por exemplo, o banco Bradford & Bingley foi estatizado pelo Reino Unido, o belgo-holandês Fortis precisou receber socorro dos governos da Bélgica, de Luxemburgo e da Holanda e o alemão Hypo Real foi resgatado por um consórcio de bancos. E nada disso foi visto com bons olhos. Mas, hoje, a ação dos governos da Bélgica, França e Luxemburgo ao injetar US$ 9,19 bilhões no Dexia foi considerada ágil e agradou.
Os analistas também passaram a considerar que os bancos centrais globais vão cortar suas taxas de juros para tentar injetar ânimo no sistema. E, se isso realmente acontecer, a demanda volta a crescer. Com isso, o petróleo subiu. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o contrato com vencimento em novembro avançou 4,43%, para US$ 100,64 por barril.
No Brasil, Petrobras ON subiu 6,89% hoje, mas fechou o mês com perda de 1,03%. Petrobras PN avançou 7,18% hoje e subiu 0,57% em setembro, Vale ON valorizou 8,14% hoje, mas caiu 15,92% no mês, Vale PNA ganhou 7,95% hoje, mas cedeu 13,92% no mês. BM&FBovespa liderou os ganhos do Ibovespa ao subir 17,08% hoje, mas perdeu 31,67% em setembro. Os dados são preliminares.
Vale registrar que a Petrobras informou a Agência Nacional do Petróleo ter descoberto petróleo em pelo menos mais duas áreas, uma na Bahia e outra no Espírito Santo.
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Dow Jones tem a maior queda em pontos de sua história
por Renato Martins da Agência Estado
29.09.2008 18h38
O mercado norte-americano de ações fechou em queda forte, com o índice Dow Jones registrando sua maior queda em pontos de todos os tempos e fechando no nível mais baixo desde 27 de outubro de 2005. O S&P-500 teve sua maior queda porcentual desde o "crash" de 26 de outubro de 1987. O Nasdaq fechou no nível mais baixo desde 13 de maio de 2005, pouco depois de estourar a "bolha" das ações de tecnologia. O mercado reagiu à rejeição, pela Câmara dos EUA, do pacote de US$ 700 bilhões em socorro às instituições financeiras.
A rejeição, com 205 votos a favor e 228 contra, surpreendeu os participantes do mercado, que haviam acompanhado as negociações entre as lideranças partidárias durante o fim de semana e estavam otimistas quanto à aprovação. A presidência da Câmara chegou a manter a votação aberta por 40 minutos (depois de esgotados os 15 minutos regulamentares para votação) e alguns deputados, pressionados, chegaram a mudar seus votos, mas isso não afetou o resultado final. "É de estraçalhar os nervos. Acho que a maioria das pessoas previa que o projeto do Congresso seria aprovado", comentou Thomas Benfer, da BMO Capital Markets.
Scott Peterson, porta-voz da Bolsa de Nova York, observou que uma onda de ordens de venda no momento do fechamento causou uma demora de mais de 20 minutos, depois de soar o sino que marca o encerramento do pregão, para que todos os ajustes no Dow se processassem. "Havia desequilíbrios enormes no fechamento, maiores do que o mercado podia absorver", disse Peterson.
As ações do banco Wachovia, cuja aquisição pelo Citigroup havia sido anunciada no fim de semana, foram suspensas e só passaram a ser negociadas depois das 15h30 (de Brasília); elas fecharam em queda de 81,60%; as do Citigroup, por sua vez, recuaram 11,91%. As do banco regional National City Corp., objeto de rumores sobre sua saúde financeira, perderam 63,34%. Outros destaques negativos no setor financeiro foram Fifth Third Bancorp (-43,63%) e Bank of New York Mellon (-18,77%). Além de Citigroup, as outras componentes do Dow que tiveram quedas maiores do que 10% foram JPMorgan Chase (-15,01%), Intel (-10,05%), General Motors (-12,81%), Chevron (-10,87%), Bank of America (-17,58%) e American Express (-17,60%).
O índice Dow Jones fechou em queda de 777,68 pontos (-6,98%), em 10.365,45 pontos (mínima do dia); a máxima foi em 11.139,94 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 199,61 pontos (-9,14%), em 1.983,73 pontos (mínima do dia); a máxima foi em 2.152,69 pontos. O S&P-500 caiu 106,59 pontos (-8,79%), para fechar em 1.106,42 pontos (mínima do dia).
Títulos
Os preços dos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries) dispararam, com queda forte nos juros. Os investidores buscaram a suposta segurança dos Treasuries em reação à rejeição do pacote de socorro às instituições financeiras pela Câmara. "Se essa lei não for aprovada, as conseqüências serão graves para o mercado financeiro e para a economia. O crédito vai ficar ainda mais apertado, o que vai levar a demissões e falências em massa. O Congresso deveria saber quão sérios são os problemas que estamos enfrentando neste momento", comentou o estrategista Josh Stiles, da IdeaGlobal. Outro participante do mercado disse acreditar que o mercado de títulos de curto prazo deverá "congelar" nesta terça-feira.
No fechamento em Nova York, o juro projetado pelos T-Bonds de 30 anos estava em 4,160% ao ano, de 4,357% na sexta-feira; o juro das T-Notes de 10 anos estava em 3,628%, de 3,851% na sexta-feira; o juro das T-Notes de 2 anos estava em 1,720%, de 2,132% na sexta-feira. As informações são da Dow Jones.
29.09.2008 18h38
O mercado norte-americano de ações fechou em queda forte, com o índice Dow Jones registrando sua maior queda em pontos de todos os tempos e fechando no nível mais baixo desde 27 de outubro de 2005. O S&P-500 teve sua maior queda porcentual desde o "crash" de 26 de outubro de 1987. O Nasdaq fechou no nível mais baixo desde 13 de maio de 2005, pouco depois de estourar a "bolha" das ações de tecnologia. O mercado reagiu à rejeição, pela Câmara dos EUA, do pacote de US$ 700 bilhões em socorro às instituições financeiras.
A rejeição, com 205 votos a favor e 228 contra, surpreendeu os participantes do mercado, que haviam acompanhado as negociações entre as lideranças partidárias durante o fim de semana e estavam otimistas quanto à aprovação. A presidência da Câmara chegou a manter a votação aberta por 40 minutos (depois de esgotados os 15 minutos regulamentares para votação) e alguns deputados, pressionados, chegaram a mudar seus votos, mas isso não afetou o resultado final. "É de estraçalhar os nervos. Acho que a maioria das pessoas previa que o projeto do Congresso seria aprovado", comentou Thomas Benfer, da BMO Capital Markets.
Scott Peterson, porta-voz da Bolsa de Nova York, observou que uma onda de ordens de venda no momento do fechamento causou uma demora de mais de 20 minutos, depois de soar o sino que marca o encerramento do pregão, para que todos os ajustes no Dow se processassem. "Havia desequilíbrios enormes no fechamento, maiores do que o mercado podia absorver", disse Peterson.
As ações do banco Wachovia, cuja aquisição pelo Citigroup havia sido anunciada no fim de semana, foram suspensas e só passaram a ser negociadas depois das 15h30 (de Brasília); elas fecharam em queda de 81,60%; as do Citigroup, por sua vez, recuaram 11,91%. As do banco regional National City Corp., objeto de rumores sobre sua saúde financeira, perderam 63,34%. Outros destaques negativos no setor financeiro foram Fifth Third Bancorp (-43,63%) e Bank of New York Mellon (-18,77%). Além de Citigroup, as outras componentes do Dow que tiveram quedas maiores do que 10% foram JPMorgan Chase (-15,01%), Intel (-10,05%), General Motors (-12,81%), Chevron (-10,87%), Bank of America (-17,58%) e American Express (-17,60%).
O índice Dow Jones fechou em queda de 777,68 pontos (-6,98%), em 10.365,45 pontos (mínima do dia); a máxima foi em 11.139,94 pontos. O Nasdaq fechou em queda de 199,61 pontos (-9,14%), em 1.983,73 pontos (mínima do dia); a máxima foi em 2.152,69 pontos. O S&P-500 caiu 106,59 pontos (-8,79%), para fechar em 1.106,42 pontos (mínima do dia).
Títulos
Os preços dos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries) dispararam, com queda forte nos juros. Os investidores buscaram a suposta segurança dos Treasuries em reação à rejeição do pacote de socorro às instituições financeiras pela Câmara. "Se essa lei não for aprovada, as conseqüências serão graves para o mercado financeiro e para a economia. O crédito vai ficar ainda mais apertado, o que vai levar a demissões e falências em massa. O Congresso deveria saber quão sérios são os problemas que estamos enfrentando neste momento", comentou o estrategista Josh Stiles, da IdeaGlobal. Outro participante do mercado disse acreditar que o mercado de títulos de curto prazo deverá "congelar" nesta terça-feira.
No fechamento em Nova York, o juro projetado pelos T-Bonds de 30 anos estava em 4,160% ao ano, de 4,357% na sexta-feira; o juro das T-Notes de 10 anos estava em 3,628%, de 3,851% na sexta-feira; o juro das T-Notes de 2 anos estava em 1,720%, de 2,132% na sexta-feira. As informações são da Dow Jones.
Bovespa cai 9,36%, maior queda desde janeiro de 1999
por Claudia Violante da Agência Estado
29.09.2008 17h40
Os líderes partidários norte-americanos trabalharam o final de semana todo em torno de um consenso sobre o pacote bilionário de socorro do governo dos EUA ao sistema financeiro. Conseguiram o consenso, mas a votação hoje à tarde na Câmara dos Deputados do país jogou o esforço no lixo ao não aprovar as medidas, promovendo uma faxina nos ativos financeiros. As bolsas despencaram pelo mundo. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) chegou a suspender o pregão (acionou o mecanismo de "circuit breaker") ao cair mais de 10%, interrompendo suas negociações por 30 minutos. E não há quem preveja que o fundo do poço já chegou.
O índice Bovespa fechou em queda de 9,36%, na maior queda porcentual desde 14 de janeiro de 1999, quando havia despencado 9,97%. Perdeu 4.754,93 pontos durante o pregão, para fechar em 46.028,06 pontos. Oscilou entre a mínima de 43.766 pontos (-13,82%) e a máxima de 50.473 pontos (-0,08%). No mês, acumula perdas de 17,33% e, no ano, de 27,95%. O giro financeiro somou R$ 5,766 bilhões, considerado fraco perto do que se viu na sessão, uma vez que muitos investidores ainda estão na defensiva. As informações são preliminares.
Em Wall Street, os índices fecharam na pontuação mínima do dia. O Dow Jones perdeu 6,98%, aos 10.365,45 pontos, o S&P recuou 8,79%, para 1.106,42 pontos, e o Nasdaq tombou 9,14%, para 1.983,73 pontos. As informações são preliminares.
O pacote de ajuda bilionária ao sistema financeiro encontrou resistências no Congresso dos EUA ao longo da última semana, o que levou os parlamentares a passarem o final de semana para buscar o consenso. Ontem, ele veio, embora as críticas continuassem pipocando. Mas, apesar disso, ninguém previa que a Câmara rechaçaria o acordo visto que, ruim com ele, pior sem ele.
Os parlamentares ignoraram o apelo do presidente George W. Bush, do secretário do Tesouro, Henry Paulson, e do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, e imputaram ao governo uma derrota por 228 votos contra e 205 a favor. Isso aconteceu apesar de os líderes da Câmara terem mantido a votação aberta além do limite de tempo de 15 minutos, com os defensores do plano incapazes de convencer um número suficiente de deputados de ambos os partidos a mudarem seus votos contrários. Depois da rejeição, Paulson avisou que vai consultar o presidente Bush, Bernanke e líderes do Congresso para saber como agir.
Antes da votação, os índices acionários já operavam com queda acentuada, puxada principalmente pelas ações de bancos, setor que teve uma avalanche de notícias ruins, todas de instituições em situação bastante frágil. Na Europa, o banco Bradford & Bingley será estatizado pelo Reino Unido, o belgo-holandês Fortis precisou receber socorro dos governos da Bélgica, de Luxemburgo e da Holanda e o alemão Hypo Real foi resgatado por um consórcio de bancos privados. Nos EUA, o Citigroup vai adquirir operações bancárias do Wachovia e o Morgan Stanley venderá uma fatia de 21% ao Mitsubishi UFJ Financial Group (MUFG), maior banco japonês em capitalização de mercado.
Na Bovespa, houve fuga de capital de toda a natureza, de investidores estrangeiros e domésticos. Além da fuga dos investidores, também teve movimento de "stop loss" (ordens de prevenção de prejuízo), que, segundo ele, pode continuar amanhã, quando as pessoas físicas assistirem o noticiário do dia caótico de hoje. "Tenho certeza de que vão vender suas posições", previu.
No pior momento da sessão, as ações da Petrobras e da Vale, as blue chips do pregão, derreteram mais de 15%. Mas não foram as maiores perdas do Ibovespa, que ficaram com Rossi Residencial (-21,06%) e BM&FBovespa (-20,22%). Nenhuma ação do Ibovespa fechou em alta hoje. Para amanhã, o cenário pode se repetir, mas com menos vigor. Nas palavras de um profissional, o lado bom do cenário de hoje é que o governo dos EUA terá que fazer um novo plano, que pode ser melhor do que o que foi rejeitado hoje.
29.09.2008 17h40
Os líderes partidários norte-americanos trabalharam o final de semana todo em torno de um consenso sobre o pacote bilionário de socorro do governo dos EUA ao sistema financeiro. Conseguiram o consenso, mas a votação hoje à tarde na Câmara dos Deputados do país jogou o esforço no lixo ao não aprovar as medidas, promovendo uma faxina nos ativos financeiros. As bolsas despencaram pelo mundo. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) chegou a suspender o pregão (acionou o mecanismo de "circuit breaker") ao cair mais de 10%, interrompendo suas negociações por 30 minutos. E não há quem preveja que o fundo do poço já chegou.
O índice Bovespa fechou em queda de 9,36%, na maior queda porcentual desde 14 de janeiro de 1999, quando havia despencado 9,97%. Perdeu 4.754,93 pontos durante o pregão, para fechar em 46.028,06 pontos. Oscilou entre a mínima de 43.766 pontos (-13,82%) e a máxima de 50.473 pontos (-0,08%). No mês, acumula perdas de 17,33% e, no ano, de 27,95%. O giro financeiro somou R$ 5,766 bilhões, considerado fraco perto do que se viu na sessão, uma vez que muitos investidores ainda estão na defensiva. As informações são preliminares.
Em Wall Street, os índices fecharam na pontuação mínima do dia. O Dow Jones perdeu 6,98%, aos 10.365,45 pontos, o S&P recuou 8,79%, para 1.106,42 pontos, e o Nasdaq tombou 9,14%, para 1.983,73 pontos. As informações são preliminares.
O pacote de ajuda bilionária ao sistema financeiro encontrou resistências no Congresso dos EUA ao longo da última semana, o que levou os parlamentares a passarem o final de semana para buscar o consenso. Ontem, ele veio, embora as críticas continuassem pipocando. Mas, apesar disso, ninguém previa que a Câmara rechaçaria o acordo visto que, ruim com ele, pior sem ele.
Os parlamentares ignoraram o apelo do presidente George W. Bush, do secretário do Tesouro, Henry Paulson, e do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, e imputaram ao governo uma derrota por 228 votos contra e 205 a favor. Isso aconteceu apesar de os líderes da Câmara terem mantido a votação aberta além do limite de tempo de 15 minutos, com os defensores do plano incapazes de convencer um número suficiente de deputados de ambos os partidos a mudarem seus votos contrários. Depois da rejeição, Paulson avisou que vai consultar o presidente Bush, Bernanke e líderes do Congresso para saber como agir.
Antes da votação, os índices acionários já operavam com queda acentuada, puxada principalmente pelas ações de bancos, setor que teve uma avalanche de notícias ruins, todas de instituições em situação bastante frágil. Na Europa, o banco Bradford & Bingley será estatizado pelo Reino Unido, o belgo-holandês Fortis precisou receber socorro dos governos da Bélgica, de Luxemburgo e da Holanda e o alemão Hypo Real foi resgatado por um consórcio de bancos privados. Nos EUA, o Citigroup vai adquirir operações bancárias do Wachovia e o Morgan Stanley venderá uma fatia de 21% ao Mitsubishi UFJ Financial Group (MUFG), maior banco japonês em capitalização de mercado.
Na Bovespa, houve fuga de capital de toda a natureza, de investidores estrangeiros e domésticos. Além da fuga dos investidores, também teve movimento de "stop loss" (ordens de prevenção de prejuízo), que, segundo ele, pode continuar amanhã, quando as pessoas físicas assistirem o noticiário do dia caótico de hoje. "Tenho certeza de que vão vender suas posições", previu.
No pior momento da sessão, as ações da Petrobras e da Vale, as blue chips do pregão, derreteram mais de 15%. Mas não foram as maiores perdas do Ibovespa, que ficaram com Rossi Residencial (-21,06%) e BM&FBovespa (-20,22%). Nenhuma ação do Ibovespa fechou em alta hoje. Para amanhã, o cenário pode se repetir, mas com menos vigor. Nas palavras de um profissional, o lado bom do cenário de hoje é que o governo dos EUA terá que fazer um novo plano, que pode ser melhor do que o que foi rejeitado hoje.
domingo, 28 de setembro de 2008
IBOV...após 26/09...indefinição de tendêndia, para o final de mês e início de outubro...

O Ibovespa fechou essa 4a. semana de setembro, em queda, formando no gráfico semanal um "candle" semelhante a um "martelo cheio" sinalizando a predominância da força vendedora, depois de se manter em alta, até o início do pregão da última sexta-feira. Como previsto, foi mais uma semana de intensa volatilidade, oscilando entre a máxima no início da semana, nos 53.400 pontos e a mínima, na terça, em 49.300 pontos, com o fechamento, nesta sexta, nos 50.800 pontos.
O indicadores do gráfico semanal se mantém indefinidos e as próximas resistências desse gráfico se encontram nas LTB's recentes, nos 52.200, 52.700, 53.500 e 55.400 pontos. Os principais suportes do gráfico semanal estão posicionados em 49.000, 48.000, 45.400, 43.200 pontos e 41.500 pontos.
Análise: Esse final de mês e o início da 1a. semana de outubro deverá ser ainda de muita volatilidade, face aos desdobramentos esperados da votação do "pacote de salvamento" do setor financeiro, pelo congresso americano. O Ibovespa deverá estar bastante atrelado a esses desdobramentos e ao desempenho de DJI. É possível que ocorra ainda a continuidade da realização nesse início da semana, enquanto não estiver definido completamente o texto que deverá ser aprovado no congresso e as possíveis emendas.
A manutenção do suporte nos 49 mil pontos, poderá manter expectativas de uma possível recuperação para se tentar romper as resistências nos 52 mil, 53.500 e 55.400 pontos. A perda desse suporte, porém, poderá levar o Ibovespa aos 48 mil pontos novamente, e na perda desse suporte, aos 45 mil pontos e testar o suporte projetado nos 43 mil pontos.
Futuros de Commodities em 26/09 e projeções para o final de setembro e início de outubro

Fonte: Bloomberg
Situação em 26/09
INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW TIME
UBS BLOOMBERG CMCI 1352.87 -16.26 1362.34 1363.34 1344.77
S&P GSCI 657.02 -8.40 653.72 657.96 647.97
RJ/CRB Commodity 364.57 -4.45 369.04 369.21 362.37
Rogers Intl 4427.33 -62.43 4462.96 4465.26 4390.55
Brookshire Intl 484.62 -6.92 486.75 486.86 481.05
Situação em 19/09
INDEX NAME VALUE CHANGE OPEN HIGH LOW TIME
UBS BLOOMBERG CMCI 1337.34 31.71 1314.48 1340.62 1313.99
S&P GSCI 640.45 22.86 622.43 643.25 618.80
RJ/CRB Commodity 359.58 8.56 351.05 360.02 350.50
Rogers Intl 4354.96 128.88 4263.75 4362.35 4258.60
Brookshire Intl 476.74 13.04 466.21 477.63 465.88
Variação semanal 19/09 a 26/09
INDICE Fechamento (19/09) Fechamento(26/09) VARIAÇÃO SEMANAL (%)
UBS BLOOMBERG CMCI 1337.34 1352.87 + 1,16%
S&P GSCI 640.45 657.02 + 2,58%
RJ/CRB Commodity 359.58 364.57 +1,38%
Rogers Intl 4354.96 4427.33 +1,66%
Brookshire Intl 476.74 484.62 +1,65%
Análise:
Comparando em base semanal (fechamento 19/09 x fechamento 26/09), podemos observar uma boa recuperação nos preços de commodities, próximo a 2% em média, nos principais índices, depois de 3 semanas seguidas em queda.
Como previam os indicadores gráficos, ocorreu a reversão de tendência, nessa última semana. Porém o topo dessa alta ocorreu na última quarta feira, refluindo depois no final da semana, devolvendo quase a metade do acumulado na primeira metade da semana. Analisando o gráfico semanal, ocorreu a formação de um "candle" tipo "martelo invertido vazado", mostrando a recuperação da força compradora, porém com uma reação negativa no final de semana indicando a possibilidade de nova reversão para queda. Em função dos possíveis desdobramentos do pacote econômico americano de ajuda ao setor financeiro, podemos esperar alguma volatilidade nesse mercado, que se apresenta agora com indefinição de tendência.
DJI...indefinição e volatilidade para o final do mês e início de outubro...

Análise:
DJI fechou a 4a.semana de setembro em queda, nos 11.143 pontos, oscilando entre a máxima nos 11.400 pontos e a mínima nos 10.870 pontos. O fechamento semanal em queda, precedido de forte volatilidade decorrente principalmente das informações contraditórias entre governo e partido republicano (governista), quando depois de anunciado o acordo sobre o pacote de salvamento do sistema financeiro americano no último final de semana e depois desmentido, no início dessa semana por senadores conservadores do partido do governo, contrários à concessão de dinheiro público para comprar créditos podres de instituições semi-falidas.
Essa "limpeza contábil" poderá tornar extremamente interessante a aquisição dessas instituições e trará bons lucros aos bancos e financeiras que arretamaram e/ou virão a arrematar a parte rentável dessas instituições (algumas delas adquiridas por valor inferior a 90 % do valor de mercado de um ano atrás).
Nesse final de semana, foi veiculada novamente a informação de que o acordo já estaria aprovado, faltando apenas costurar detalhes que atendessem às exigências de controle dos 700 bilhões de dólares que serão dispendidos e uma eventual possibilidade de dispositivos que possam assegurar aos contribuintes americanos eventual retorno positivo dessa operação.
Porém, o que ainda não ficou claro ao mercado é a forma como serão viabilizados (com a urgência proclamada por Bush sob pena da derrocada (?) dos mercados nesta próxima segunda) os recursos públicos para essa operação: viriam de cortes de investimentos em outros setores e/ou aumentos de impostos e/ou redução da despesa pública e/ou novos empréstimos? - Como ficará o aumento da dívida pública? - Como poderá ficar o rating do tesouro americano (existiria a possibilidade de rebaixamento em função do aumento desse endividamento)?
São dúvidas que vem gerando desconfiança em vários segmentos do mercado acerca da eficácia de tal plano na economia real, cada vez mais debilitada, evidenciada pelo constante aumento do desemprego, pela redução da atividade industrial, por resultados divulgados abaixo das expectativas, e principalmente pela crise de confiança que se abateu sobre o investidor americano.
É possível que o mercado possa responder positivamente às iniciativas de salvamento dessa parte mais afetada do setor financeiro. Porém, resta saber por quanto tempo esse otimismo poderá ainda perdurar: horas, dias, semanas?
A sensação que se tem é que o "tamanho do buraco" pode ser muito maior do que os 700 bilhões e que o fundo do poço possa estar ainda muito longe de ser alcançado.
Análise gráfica:
O "candle" do gráfico semanal se assemelha a um "martelo cheio" que pode ser traduzido como um possível final de tendência de queda e a eventual reversão para alta. Por outro lado, os principais indicadores desse mesmo gráfico semanal continuam a sinalizar tendência de queda, embora esses mesmos indicadores no gráfico diário já sinalizem a reversão para alta.
Assim, ainda temos uma provável indefinição de tendência, com relativa volatilidade, pelo menos até a metade da semana, em que algumas das principais dúvidas do plano estejam esclarecidas.
Prevalecendo a tendência de alta, as resistências semanais deverão se manifestar principalmente nas LTB's recentemente formadas, em 11.330, 11.450, 11.500, 11.700 e 11.800 pontos.
Prevalecendo a tendência de queda, os suportes semanais deverão se encontrar em 11.060, 10.650, 10.560 e 10.400 pontos.
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
NY melhora à espera de pacote, mas Bovespa cai 2,02%
por Claudia Violante da Agência Estado
26.09.2008 17h53
As negociações em torno de um consenso sobre o pacote de ajuda ao sistema financeiro norte-americano serviram de justificativa para a alta e a baixa das bolsas. E no mesmo dia. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) chegou a cair mais de 3,5% no pior momento do pregão hoje, diante do recuo dos republicanos ontem à noite, do que já seria um pré-acordo para votar o socorro bilionário. As Bolsas norte-americanas também trabalharam a maior parte da sessão em baixa. Mas a avaliação de que não passa desse final de semana a solução fez com que os índices nos EUA devolvessem a queda e, aqui, por tabela, a Bolsa melhorasse.
O índice Bovespa terminou o dia em baixa de 2,02%, aos 50.782,99 pontos. Oscilou entre a mínima de 49.902 pontos (-3,72%) e a máxima de 51.824 pontos (-0,01%). Na semana, teve perdas de 4,28%. No mês, a baixa acumulada atinge 8,79% e, no ano, 20,51%. O giro financeiro totalizou R$ 5,093 bilhões. Os dados são preliminares.
Em Wall Street, o Dow Jones terminou em alta de 1,10%, depois de uma sessão onde o sinal negativo predominou. Registrou 11.143,13 pontos no final. O S&P 500 subiu 0,34%, aos 1.213,27 pontos, e o Nasdaq caiu 0,15%, aos 2.183,34 pontos. Os dados são preliminares. O pessimismo com o não acordo ontem, visto no início dos negócios e até metade da tarde, foi trocado pelo otimismo de que o Congresso americano vai alcançar um consenso para socorrer o setor financeiro. Essa percepção ajudou a limitar as perdas do mercado ao longo do dia, apesar da maior falência bancária dos EUA, a do Washington Mutual.
A maior instituição de poupança dos EUA faliu ontem, mas, numa operação expressa, acabou nas mãos do banco JPMorgan Chase, que em março já tinha arrematado o banco de investimentos Bear Stearns. Ainda esta tarde, o jornal The New York Times informou que o Wachovia, que também enfrenta sérios problemas, estaria em conversações para se fundir ao Citigroup. Ou seja, aos poucos, as soluções vão se efetivando, o que reforçou a melhora da percepção dos investidores.
A expectativa é de que um acordo nos EUA seja aprovado até as 19 horas de domingo, antes da abertura dos mercados asiáticos. Se isso não ocorrer, não há quem preveja uma segunda-feira saudável aos negócios: pode-se esperar o pior, segundo especialistas. "Quase não importa que versão do plano será, na verdade, desde que estabeleça alguma estabilidade ", disse o estrategista da Cantor Fitzgerald Marc Pado.
Na Bovespa, além dos efeitos da crise externa, também pesou a notícia de que Sadia e Aracruz tiveram perdas com operações cambiais no mercado futuro. Sadia PN despencou 35,48% liderando as baixas do Ibovespa, e foi seguida por Aracruz PNB, 16,77%.
Ontem, após o fechamento do mercado, a Sadia informou perdas de R$ 760 milhões ao tentar liquidar antecipadamente operações financeiras no mercado de câmbio. Segundo o diretor de Relações com Investidores da companhia, Welson Teixeira Júnior, a exposição da Sadia ao mercado de câmbio extrapolou as metas da companhia. Desde junho, a exposição líquida da empresa passou de US$ 700 milhões para US$ 3,5 bilhões, e a meta era não ultrapassar US$ 1,7 bilhão. Depois do fechamento do pregão, a agência de classificação de risco de crédito Moody's rebaixou o rating da Sadia de Ba2 para Ba3.
No caso da Aracruz, a empresa também anunciou que seu volume de perda com câmbio futuro pode ter excedido limites, mas não informou o valor, que será apurado por uma empresa contratada especialmente para isso.
Em tempo: após o fechamento do mercado, a Petrobras anunciou a existência de cerca de 150 milhões de barris de óleo leve no bloco BM-S-40, localizado em águas rasas ao sul da Bacia de Santos. As ações preferenciais (PN) da estatal recuaram 2,36% e as ordinárias 1,72% durante o pregão regular.
26.09.2008 17h53
As negociações em torno de um consenso sobre o pacote de ajuda ao sistema financeiro norte-americano serviram de justificativa para a alta e a baixa das bolsas. E no mesmo dia. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) chegou a cair mais de 3,5% no pior momento do pregão hoje, diante do recuo dos republicanos ontem à noite, do que já seria um pré-acordo para votar o socorro bilionário. As Bolsas norte-americanas também trabalharam a maior parte da sessão em baixa. Mas a avaliação de que não passa desse final de semana a solução fez com que os índices nos EUA devolvessem a queda e, aqui, por tabela, a Bolsa melhorasse.
O índice Bovespa terminou o dia em baixa de 2,02%, aos 50.782,99 pontos. Oscilou entre a mínima de 49.902 pontos (-3,72%) e a máxima de 51.824 pontos (-0,01%). Na semana, teve perdas de 4,28%. No mês, a baixa acumulada atinge 8,79% e, no ano, 20,51%. O giro financeiro totalizou R$ 5,093 bilhões. Os dados são preliminares.
Em Wall Street, o Dow Jones terminou em alta de 1,10%, depois de uma sessão onde o sinal negativo predominou. Registrou 11.143,13 pontos no final. O S&P 500 subiu 0,34%, aos 1.213,27 pontos, e o Nasdaq caiu 0,15%, aos 2.183,34 pontos. Os dados são preliminares. O pessimismo com o não acordo ontem, visto no início dos negócios e até metade da tarde, foi trocado pelo otimismo de que o Congresso americano vai alcançar um consenso para socorrer o setor financeiro. Essa percepção ajudou a limitar as perdas do mercado ao longo do dia, apesar da maior falência bancária dos EUA, a do Washington Mutual.
A maior instituição de poupança dos EUA faliu ontem, mas, numa operação expressa, acabou nas mãos do banco JPMorgan Chase, que em março já tinha arrematado o banco de investimentos Bear Stearns. Ainda esta tarde, o jornal The New York Times informou que o Wachovia, que também enfrenta sérios problemas, estaria em conversações para se fundir ao Citigroup. Ou seja, aos poucos, as soluções vão se efetivando, o que reforçou a melhora da percepção dos investidores.
A expectativa é de que um acordo nos EUA seja aprovado até as 19 horas de domingo, antes da abertura dos mercados asiáticos. Se isso não ocorrer, não há quem preveja uma segunda-feira saudável aos negócios: pode-se esperar o pior, segundo especialistas. "Quase não importa que versão do plano será, na verdade, desde que estabeleça alguma estabilidade ", disse o estrategista da Cantor Fitzgerald Marc Pado.
Na Bovespa, além dos efeitos da crise externa, também pesou a notícia de que Sadia e Aracruz tiveram perdas com operações cambiais no mercado futuro. Sadia PN despencou 35,48% liderando as baixas do Ibovespa, e foi seguida por Aracruz PNB, 16,77%.
Ontem, após o fechamento do mercado, a Sadia informou perdas de R$ 760 milhões ao tentar liquidar antecipadamente operações financeiras no mercado de câmbio. Segundo o diretor de Relações com Investidores da companhia, Welson Teixeira Júnior, a exposição da Sadia ao mercado de câmbio extrapolou as metas da companhia. Desde junho, a exposição líquida da empresa passou de US$ 700 milhões para US$ 3,5 bilhões, e a meta era não ultrapassar US$ 1,7 bilhão. Depois do fechamento do pregão, a agência de classificação de risco de crédito Moody's rebaixou o rating da Sadia de Ba2 para Ba3.
No caso da Aracruz, a empresa também anunciou que seu volume de perda com câmbio futuro pode ter excedido limites, mas não informou o valor, que será apurado por uma empresa contratada especialmente para isso.
Em tempo: após o fechamento do mercado, a Petrobras anunciou a existência de cerca de 150 milhões de barris de óleo leve no bloco BM-S-40, localizado em águas rasas ao sul da Bacia de Santos. As ações preferenciais (PN) da estatal recuaram 2,36% e as ordinárias 1,72% durante o pregão regular.
Sem acordo sobre pacote nos EUA, exterior volta a cair
por Cynthia Decloedt da Agência Estado
26.09.2008 08h09
Os mercados no exterior voltam a ficar paralisados diante da expectativa sobre o arranjo que o governo dos Estados Unidos busca alcançar junto com o Congresso para evitar o "colapso" do sistema financeiro. Ao mesmo tempo, os bancos sucumbem e se debatem para conseguir algum dinheiro no mercado interbancário.
Ontem, as autoridades reguladoras do sistema bancário dos EUA, fecharam e venderam, rapidamente, a maior instituição de poupança do país, o Washington Mutual, para o JPMorgan por US$ 1,9 bilhão, configurando-se na maior falência bancária da história dos EUA. Na Europa, o banco belgo-holandês Fortis está tendo de explicar-se aos investidores sobre especulações sobre sua solvência, depois de suas ações amargarem perdas de mais 9% hoje. Ontem, tinham caído 20%.
Diante da incerteza sobre a aprovação rápida do plano de socorro dos bancos, as bolsas européias e os índices futuros de Nova York operam em baixa esta manhã. Às 8h05 (de Brasília), a Bolsa de Londres cedia 1,87%, Paris recuava 1,97% e Frankfurt tinha baixa de 2,01%. Em Wall Street, o índice futuro do Nasdaq 100 caía 1,49% enquanto o S&P 500 perdia 1,61%.
Um acordo sobre o plano de resgate do secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, foi congelado ontem à noite, por conta da defesa de um plano concorrente dos republicanos. Hoje, as negociações devem continuar sem a presença desses parlamentares.
O descrédito das bolsas reflete-se na queda do dólar e do euro em relação ao iene, com investidores avessos ao risco comprando ienes para desmontar posições de carregamento (carry trade) nas moedas de maior rendimento. No mesmo horário, o dólar caía 0,43% para 105,34 ienes e o euro cedia 1,26% para 153,58 ienes. No mercado de petróleo, o contrato futuro do tipo WTI com vencimento em novembro caía 2,38% a US$ 105,45 o barril, na sessão eletrônica da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês).
Para abastecer o interbancário, os maiores bancos centrais do mundo injetaram mais recursos nos mercados abertos. O Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) anunciou que ampliou a linha de swap com os BCs mundiais em US$ 13 bilhões para US$ 290 bilhões, visando oferecer liquidez adicional em dólares para uma semana.
26.09.2008 08h09
Os mercados no exterior voltam a ficar paralisados diante da expectativa sobre o arranjo que o governo dos Estados Unidos busca alcançar junto com o Congresso para evitar o "colapso" do sistema financeiro. Ao mesmo tempo, os bancos sucumbem e se debatem para conseguir algum dinheiro no mercado interbancário.
Ontem, as autoridades reguladoras do sistema bancário dos EUA, fecharam e venderam, rapidamente, a maior instituição de poupança do país, o Washington Mutual, para o JPMorgan por US$ 1,9 bilhão, configurando-se na maior falência bancária da história dos EUA. Na Europa, o banco belgo-holandês Fortis está tendo de explicar-se aos investidores sobre especulações sobre sua solvência, depois de suas ações amargarem perdas de mais 9% hoje. Ontem, tinham caído 20%.
Diante da incerteza sobre a aprovação rápida do plano de socorro dos bancos, as bolsas européias e os índices futuros de Nova York operam em baixa esta manhã. Às 8h05 (de Brasília), a Bolsa de Londres cedia 1,87%, Paris recuava 1,97% e Frankfurt tinha baixa de 2,01%. Em Wall Street, o índice futuro do Nasdaq 100 caía 1,49% enquanto o S&P 500 perdia 1,61%.
Um acordo sobre o plano de resgate do secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, foi congelado ontem à noite, por conta da defesa de um plano concorrente dos republicanos. Hoje, as negociações devem continuar sem a presença desses parlamentares.
O descrédito das bolsas reflete-se na queda do dólar e do euro em relação ao iene, com investidores avessos ao risco comprando ienes para desmontar posições de carregamento (carry trade) nas moedas de maior rendimento. No mesmo horário, o dólar caía 0,43% para 105,34 ienes e o euro cedia 1,26% para 153,58 ienes. No mercado de petróleo, o contrato futuro do tipo WTI com vencimento em novembro caía 2,38% a US$ 105,45 o barril, na sessão eletrônica da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês).
Para abastecer o interbancário, os maiores bancos centrais do mundo injetaram mais recursos nos mercados abertos. O Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) anunciou que ampliou a linha de swap com os BCs mundiais em US$ 13 bilhões para US$ 290 bilhões, visando oferecer liquidez adicional em dólares para uma semana.
IBOV...após 25/09...indefinição, com tendência de queda

O Ibovespa abriu na mínima nos 49.848 pontos e impulsionado pelos índices futuros em forte alta, rompeu as resistências dos 50 mil e dos 51 mil pontos indo atingir a máxima em 51.866 pontos (+4,06%). Daí refluiu, em sintonia com DJI, até encontrar suporte em 51.230 pontos. Com a recuperação de DJI reagiu novamente até finalizar em em 51.828 pontos (+3,98%).
Análise: Na expectativa de um acordo favorável entre governo e congresso americano, na aprovação do pacote de socorro ao sistema financeiro, o Ibovespa se antecipou, em sintonia com DJI, para recuperar novamente o patamar dos 51 mil pontos. Porém, o fracasso das negociações, com nova proposta de securitização da dívida, (sem incluir os U$ 700 bi) por alguns representantes do partido do governo, endossada pelo próprio candidato Mc Cain, azedaram as negociações. Enquanto essa incerteza perdurar e a negociação não se concretizar de modo favorável ao plano de salvação do sistema financeiro, os mercados deverão "andar de lado", em tendência de queda. Os principais indicadores dos gráficos diário e de "30 minutos" ainda sinalizam pela continuidade da alta, porém, o estocástico do gráfico diário sinaliza queda. Os índices futuros, antes da abertura do pregão, deverão indicar a tendência predominante do pregão.
Suportes imediatos em 51.230, 50.823, 50.600, 49.800 e 49.600 pontos.
Resistências imediatas em 51.900, 52.000 e 52.500 pontos.
DJI...após 25/09...ainda em tendência de queda

DJI abriu na mínima em 10.827 pontos e com os índices futuros em alta, gradualmente recuperou o patamar dos 11.000 pontos, até encontrar resistência nos 11.079 pontos(+2,34%). Daí, retornou novamente aos 11 mil pontos, de onde recuperou forças para atingir a máxima em 11.129 pontos. A partir daí, refluiu abaixo dos 11 mil pontos, nos 10.980 pontos, para no final do pregão reagir e fechar em 11.022 pontos ( +1,82%).
Análise: A iminência de ocorrer um acordo entre Democratas e Republicanos para aprovar o pacote governamental americano, de US$700 bi, fez com que DJI rompesse novamente o patamar dos 11 mil pontos. Porém, o desmentido do acordo, quase ao final do pregão trouxe DJI novamente abaixo dos 11 mil pontos, só recuperando esse patamar no leilão de fechamento dos negócios.
Os principais indicadores do gráfico diário e os de "30 minutos" sinalizam tendência de alta. O impasse sobre o acordo surgiu com uma outra proposta do candidato republicano Mc Cain que subsitui o empréstimo por seguro, aliviando o bolso do contribuinte. Os índices futuros, antes da abertura do pregão, poderão confirmar qual a tendência predominante, para este pregão.
Suportes imediatos em 10.890, 10.750 e 10.600 pontos.
Resistências imediatas em 11.035, 11.050, 11.125, 11.144 e 11.370 pontos.
Conversas sobre crise nos EUA continuam na sexta-feira
por Richard Cowan e Thomas Ferraro de Reuters
25 de Setembro de 2008 23:45
WASHINGTON - As negociações no Congresso sobre um pacote de 700 bilhões de dólares para o setor financeiro continuarão na sexta-feira, mas não há sinais de que republicanos opositores ao plano participarão das conversas, disse o deputado democrata Barney Frank a jornalistas na quinta-feira.
Falando a jornalistas depois de um longo encontro com o secretário de Tesouro, Henry Paulson, e outros legisladores, Frank, presidente do Comitê de Serviços Financeiros da Casa dos Representantes (a Câmara dos Deputados dos EUA), disse ainda que a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, não levaria a plenário uma proposta partidária, o que significa que pelo menos alguns republicanos teriam que assinar qualquer proposta.
"Para os deputados republicanos, dar um passo é simplesmente assustador", disse Frank aos jornalistas, acrescentando esperar que o presidente George W. Bush e o candidato republicano à Casa Branca, John McCain, os convença a comparecer.
25 de Setembro de 2008 23:45
WASHINGTON - As negociações no Congresso sobre um pacote de 700 bilhões de dólares para o setor financeiro continuarão na sexta-feira, mas não há sinais de que republicanos opositores ao plano participarão das conversas, disse o deputado democrata Barney Frank a jornalistas na quinta-feira.
Falando a jornalistas depois de um longo encontro com o secretário de Tesouro, Henry Paulson, e outros legisladores, Frank, presidente do Comitê de Serviços Financeiros da Casa dos Representantes (a Câmara dos Deputados dos EUA), disse ainda que a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, não levaria a plenário uma proposta partidária, o que significa que pelo menos alguns republicanos teriam que assinar qualquer proposta.
"Para os deputados republicanos, dar um passo é simplesmente assustador", disse Frank aos jornalistas, acrescentando esperar que o presidente George W. Bush e o candidato republicano à Casa Branca, John McCain, os convença a comparecer.
Restante da agenda do investidor para o final da quarta semana de setembro
por Rafael de Souza Ribeiro de InfoMoney
19/09/08 20h35
SÃO PAULO - Dentro da agenda da quarta semana de setembro, os investidores estarão atentos, sobretudo, à estimativa definitiva do PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano referente ao segundo trimestre.
No cenário nacional, a ênfase fica para o IPCA-15 (Índice de Preço ao Consumidor Amplo - 15) e para a Pesquisa Mensal do Emprego, ambos elaborados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Sexta-feira (26/9)
Brasil
Não serão apresentados índices relevantes no País.
EUA
9h30 - O Departamento de Comércio anuncia os dados finais do PIB e de seu deflator, ambos baseados no segundo trimestre.
11h00 - Para encerrar, a Universidade de Michigan divulga a versão revisada do Michigan Sentiment de setembro, que mede a confiança dos consumidores na economia norte-americana.
Segunda-feira (29/9)
Brasil
8h00 - A FGV divulga o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) de setembro, que é bastante utilizado pelo mercado, e mede a evolução geral de preços na economia.
8h30 - O Banco Central publica o relatório semanal Focus, que compila a opinião de consultorias e instituições financeiras sobre os principais índices macroeconômicos.
10h00 - Além disso, a entidade apresenta a Nota de Política Monetária de agosto, que traz estimativas sobre a base monetária, os empréstimos de bancos privados e o total de empréstimos no mercado financeiro.
11h00 - O Ministério de Comércio Exterior anuncia a Balança Comercial referente à última semana, que mede a diferença entre exportações e importações contabilizadas durante o período.
EUA
9h30 - Ênfase para os índices Personal Income e Personal Spending do mês de agosto, que avaliam a renda individual dos cidadãos norte-americanos e os gastos dos consumidores, respectivamente.
19/09/08 20h35
SÃO PAULO - Dentro da agenda da quarta semana de setembro, os investidores estarão atentos, sobretudo, à estimativa definitiva do PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano referente ao segundo trimestre.
No cenário nacional, a ênfase fica para o IPCA-15 (Índice de Preço ao Consumidor Amplo - 15) e para a Pesquisa Mensal do Emprego, ambos elaborados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Sexta-feira (26/9)
Brasil
Não serão apresentados índices relevantes no País.
EUA
9h30 - O Departamento de Comércio anuncia os dados finais do PIB e de seu deflator, ambos baseados no segundo trimestre.
11h00 - Para encerrar, a Universidade de Michigan divulga a versão revisada do Michigan Sentiment de setembro, que mede a confiança dos consumidores na economia norte-americana.
Segunda-feira (29/9)
Brasil
8h00 - A FGV divulga o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) de setembro, que é bastante utilizado pelo mercado, e mede a evolução geral de preços na economia.
8h30 - O Banco Central publica o relatório semanal Focus, que compila a opinião de consultorias e instituições financeiras sobre os principais índices macroeconômicos.
10h00 - Além disso, a entidade apresenta a Nota de Política Monetária de agosto, que traz estimativas sobre a base monetária, os empréstimos de bancos privados e o total de empréstimos no mercado financeiro.
11h00 - O Ministério de Comércio Exterior anuncia a Balança Comercial referente à última semana, que mede a diferença entre exportações e importações contabilizadas durante o período.
EUA
9h30 - Ênfase para os índices Personal Income e Personal Spending do mês de agosto, que avaliam a renda individual dos cidadãos norte-americanos e os gastos dos consumidores, respectivamente.
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Bolsa de NY fecha em alta com esperança sobre pacote
por Renato Martins da Agência Estado
25.09.2008 18h21
As Bolsas americanas fecharam em alta, com a expectativa de um acordo no Congresso dos EUA em torno do pacote de socorro aos bancos puxando para cima as ações do setor financeiro. Os primeiros informes sobre o acordo levaram o índice Dow Jones a subir até 304 pontos, mas ele recuou da máxima à tarde, em reação a notícias de que o acordo é apenas preliminar.
As ações do setor financeiro estavam entre as que mais subiram (JPMorgan Chase +7,31%, Bank of America +3,93%, Citigroup +2,37%), refletindo a expectativa de aprovação rápida do pacote de socorro. Entre as exceções estavam Washington Mutual, com queda de 25,22%, devido à falta de novidades sobre possíveis compradores da instituição, e Capital One Financial, com baixa de 5,13%, depois de a empresa ter levantado US$ 686 milhões em capital com uma oferta de ações, colocadas a preço 6,6% abaixo do nível de fechamento de ontem.
Entre os destaques do pregão também estava General Electric; suas ações chegaram a cair 4,4%, depois de a empresa suspender seu programa de recompra de ações e anunciar que não aumentará seus dividendos em 2009 (pela primeira vez desde 1976); à tarde, porém, elas se recuperaram e fecharam em alta de 4,43%. "A GE é uma companhia diversificada e de base ampla. Ela tem a mão em muitas coisas diferentes. Se a GE está suspendendo a recompra de ações e coisas assim, ela deve estar vendo algo de fundamental sobre a economia", comentou Jeffrey Pavlik, presidente da gestora de fundos de hedge Pavlik Capital Management.
As ações do setor de petróleo subiram, em reação à alta dos preços do produto (ExxonMobil +3,38%, Chevron +2,63%). Os indicadores fracos divulgados pela manhã fez caírem ações como General Motors (-3,09%), Alcoa (-2,73%) e DuPont (-2,58%). As ações da Nike subiram 9,68%, em reação a seu informe de resultados.
O índice Dow Jones fechou em alta de 196,89 pontos (1,82%), em 11.022,06 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 30,89 pontos (1,43%), em 2.186,57 pontos. O S&P-500 subiu 23,31 pontos (1,97%), para 1.209,18 pontos. As informações são da Dow Jones
25.09.2008 18h21
As Bolsas americanas fecharam em alta, com a expectativa de um acordo no Congresso dos EUA em torno do pacote de socorro aos bancos puxando para cima as ações do setor financeiro. Os primeiros informes sobre o acordo levaram o índice Dow Jones a subir até 304 pontos, mas ele recuou da máxima à tarde, em reação a notícias de que o acordo é apenas preliminar.
As ações do setor financeiro estavam entre as que mais subiram (JPMorgan Chase +7,31%, Bank of America +3,93%, Citigroup +2,37%), refletindo a expectativa de aprovação rápida do pacote de socorro. Entre as exceções estavam Washington Mutual, com queda de 25,22%, devido à falta de novidades sobre possíveis compradores da instituição, e Capital One Financial, com baixa de 5,13%, depois de a empresa ter levantado US$ 686 milhões em capital com uma oferta de ações, colocadas a preço 6,6% abaixo do nível de fechamento de ontem.
Entre os destaques do pregão também estava General Electric; suas ações chegaram a cair 4,4%, depois de a empresa suspender seu programa de recompra de ações e anunciar que não aumentará seus dividendos em 2009 (pela primeira vez desde 1976); à tarde, porém, elas se recuperaram e fecharam em alta de 4,43%. "A GE é uma companhia diversificada e de base ampla. Ela tem a mão em muitas coisas diferentes. Se a GE está suspendendo a recompra de ações e coisas assim, ela deve estar vendo algo de fundamental sobre a economia", comentou Jeffrey Pavlik, presidente da gestora de fundos de hedge Pavlik Capital Management.
As ações do setor de petróleo subiram, em reação à alta dos preços do produto (ExxonMobil +3,38%, Chevron +2,63%). Os indicadores fracos divulgados pela manhã fez caírem ações como General Motors (-3,09%), Alcoa (-2,73%) e DuPont (-2,58%). As ações da Nike subiram 9,68%, em reação a seu informe de resultados.
O índice Dow Jones fechou em alta de 196,89 pontos (1,82%), em 11.022,06 pontos. O Nasdaq fechou em alta de 30,89 pontos (1,43%), em 2.186,57 pontos. O S&P-500 subiu 23,31 pontos (1,97%), para 1.209,18 pontos. As informações são da Dow Jones
Bovespa sobe 3,98% com iminência de acordo nos EUA
por Claudia Violante da Agência Estado
25.09.2008 17h42
A iminência de um acordo no Congresso dos Estados Unidos para a aprovação do pacote de ajuda do governo ao sistema financeiro animou os investidores, que, por tabela, levaram as ações para cima. A Bolsa de Valores de São Paulo acompanhou o movimento, também influenciada por notícias locais que favoreceram as três empresas com maior participação no seu principal índice, o Ibovespa: Petrobras, Vale e BM&FBovespa.
Na maior alta da semana, o Ibovespa fechou em alta de 3,98% hoje e voltou aos 51 mil pontos, para 51.828,46 pontos. Durante toda a sessão, o índice ficou no terreno positivo, entre a mínima de 49.848 pontos (+0,01%) e a máxima de 51.867 pontos (+4,06%). Apesar da alta, no mês ainda acumula perdas de 6,92% e, no ano, de -18,87%. O giro financeiro totalizou R$ 5,235 bilhões. Os dados são preliminares.
Em Wall Street, os principais índices acionários também operaram em alta o dia todo, reagindo às indicações de que os líderes parlamentares no Congresso alcançaram um acordo preliminar sobre o socorro de US$ 700 bilhões. O Dow Jones subiu 1,82%, aos 11.022,06 pontos, o S&P teve ganho de 1,97%, para 1.209,18 pontos, e o Nasdaq avançou 1,43%, para 2.186,57 pontos.
Durante à tarde, foi divulgado que os democratas e republicanos no Congresso americano chegaram a um acordo, embora não o que queria o governo dos EUA. Pela proposta, divulgada pelo Wall Street Journal, US$ 250 bilhões seriam liberados imediatamente e US$ 100 milhões poderiam ser agregados à esta quantia. Mas a última parcela poderia ser bloqueada caso o pacote não esteja a contento.
Os líderes, depois, desmentiram que um acordo já tenha sido efetivamente costurado, mas deixaram em aberto que isso pode ocorrer nas próximas horas. E isso agradou os investidores. Segundo um analista do mercado de renda variável em São Paulo, o discurso alarmista do presidente George W. Bush, ontem à noite, quando instou o cidadão a defender o pacote sob a ameaça de sentir na pele os efeitos de uma não-aprovação, deve ter sido o catalisador a apressar as conversas que duraram toda a quinta-feira em torno do socorro. Bush foi bastante pessimista e avisou: sem o pacote, a economia dos Estados Unidos deve entrar numa grande recessão, o que significa perda de empregos e redução no valor das aposentadorias por meio do impacto no mercado acionário.
A predisposição em prever que finalmente o acordo sairá, mesmo que ele possa não ser a solução dos problemas, fez com que as commodities subissem, garantindo o desempenho da Bovespa.
Três outras notícias ainda favoreceram os negócios: a Petrobras confirmou a descoberta de óleo leve e gás na área do pré-sal de Júpiter; a Vale confirmou a negociação para um novo reajuste de 11% com as siderúrgicas chinesas ainda este ano, e a BM&FBovespa com a recompra de até 3,5% das ações em circulação. Todas subiram forte. Petrobras PN avançou 4,52%, Petrobras ON subiu 4,58%, Vale PNA ganhou 4,89% e BM&FBovespa valorizou 5,76%.
25.09.2008 17h42
A iminência de um acordo no Congresso dos Estados Unidos para a aprovação do pacote de ajuda do governo ao sistema financeiro animou os investidores, que, por tabela, levaram as ações para cima. A Bolsa de Valores de São Paulo acompanhou o movimento, também influenciada por notícias locais que favoreceram as três empresas com maior participação no seu principal índice, o Ibovespa: Petrobras, Vale e BM&FBovespa.
Na maior alta da semana, o Ibovespa fechou em alta de 3,98% hoje e voltou aos 51 mil pontos, para 51.828,46 pontos. Durante toda a sessão, o índice ficou no terreno positivo, entre a mínima de 49.848 pontos (+0,01%) e a máxima de 51.867 pontos (+4,06%). Apesar da alta, no mês ainda acumula perdas de 6,92% e, no ano, de -18,87%. O giro financeiro totalizou R$ 5,235 bilhões. Os dados são preliminares.
Em Wall Street, os principais índices acionários também operaram em alta o dia todo, reagindo às indicações de que os líderes parlamentares no Congresso alcançaram um acordo preliminar sobre o socorro de US$ 700 bilhões. O Dow Jones subiu 1,82%, aos 11.022,06 pontos, o S&P teve ganho de 1,97%, para 1.209,18 pontos, e o Nasdaq avançou 1,43%, para 2.186,57 pontos.
Durante à tarde, foi divulgado que os democratas e republicanos no Congresso americano chegaram a um acordo, embora não o que queria o governo dos EUA. Pela proposta, divulgada pelo Wall Street Journal, US$ 250 bilhões seriam liberados imediatamente e US$ 100 milhões poderiam ser agregados à esta quantia. Mas a última parcela poderia ser bloqueada caso o pacote não esteja a contento.
Os líderes, depois, desmentiram que um acordo já tenha sido efetivamente costurado, mas deixaram em aberto que isso pode ocorrer nas próximas horas. E isso agradou os investidores. Segundo um analista do mercado de renda variável em São Paulo, o discurso alarmista do presidente George W. Bush, ontem à noite, quando instou o cidadão a defender o pacote sob a ameaça de sentir na pele os efeitos de uma não-aprovação, deve ter sido o catalisador a apressar as conversas que duraram toda a quinta-feira em torno do socorro. Bush foi bastante pessimista e avisou: sem o pacote, a economia dos Estados Unidos deve entrar numa grande recessão, o que significa perda de empregos e redução no valor das aposentadorias por meio do impacto no mercado acionário.
A predisposição em prever que finalmente o acordo sairá, mesmo que ele possa não ser a solução dos problemas, fez com que as commodities subissem, garantindo o desempenho da Bovespa.
Três outras notícias ainda favoreceram os negócios: a Petrobras confirmou a descoberta de óleo leve e gás na área do pré-sal de Júpiter; a Vale confirmou a negociação para um novo reajuste de 11% com as siderúrgicas chinesas ainda este ano, e a BM&FBovespa com a recompra de até 3,5% das ações em circulação. Todas subiram forte. Petrobras PN avançou 4,52%, Petrobras ON subiu 4,58%, Vale PNA ganhou 4,89% e BM&FBovespa valorizou 5,76%.
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