sábado, 10 de maio de 2008

IBOV...após 09/05, se DJI não atrapalhar...pode retomar a tendência de alta!...


O IBOVESPA abriu nos 69.722 pontos (máxima do dia) e com a forte queda de DJI e dos mercados futuros, na primeira hora de pregão perdeu os 69 mil pontos, vindo atingir a mínima do dia, nos 68.764 pontos. Aos poucos, com a força do setor de siderurgia e de PETR4, retomou os 69 mil pontos e nas últimas duas horas de pregão, em "sintonia" com DJI, quase "zerou" as perdas finalizando em 69.645 pontos (-0,11%).

Análise: a retomada da alta nas 2 últimas horas de pregão, fez com que os principais indicadores do gráfico de "30 minutos" sinalizassem a tendência de alta. Porém, no gráfico diário o estocástico e o CCI/Ma cruzamento sinalizam a tendência de queda (ainda que não muito acentuada). Se DJI não perder o suporte na LTA recente (12.715 pontos) a tendência de alta para o Ibovespa, ganha força!

Suportes imediatos em 69.500, 69.270, 69.010, 68.764 e 68.600 pontos. Resistências em 69.720, 69.890, 70.200, 70.435 e 70.545 pontos.

DJI...após 09/05...AIG derrubou até a LTA, agora a expectativa é de recuperação!..


DJI abriu em queda nos 12.860 pontos (máxima do dia) e, como já previam os mercados futuros, já na primeira hora de pregão veio buscar os 12.723 pontos ( - 1,12%). A partir daí, tentou um movimento de recuperação para retomar os 12.800 pontos, mas os fracos resultados trimestrais revelados por AIG (American International Group) impuseram uma queda impiedosa de quase 9% nesses ativos, refletindo com força na baixa do índice. Na segunda metade do pregão, atingiu a mínima do dia em 12.715 pontos, suporte na recente LTA (iniciada no "fundo" em 17/03/08). Nas duas últimas horas de pregão, esboçou com muita dificuldade uma pequena reação, conseguindo atingir 12.783 pontos, para depois encerrar nos 12.746 pontos ( -0,94%).

DJI está no seguinte dilema: a) perder definitivamente a recente LTA, nos 12.715 pontos e voltar ao patamar anterior de negociações nos 12.500 pontos; b) superar novamente os 12.800 pontos para tentar recuperar o topo recente, nos 13.046 pontos. Nesta segunda hipótese, precisará superar as resistências em 12.910, 12.950, 13.003 e 13.046 pontos. Na primeira hipótese, os suportes imediatos estão em 12.715, 12.700, 12.630 e 12.500 pontos.

Análise gráfica: no gráfico diário a tendência predominante em todos os principais indicadores é o de continuidade da queda; porém, a recuperação ocorrida nas 2 últimas horas de pregão fez com que num gráfico de maior frequência, como o de "30 minutos", indicadores como o estocástico, o CCI/Ma cruzamento e o oscilador de momentos sinalizassem uma possível retomada de alta.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

IBOV...após 08/05...indicadores apontam na continuidade da alta...


O IBOVESPA abriu em leve alta nos 69.020 pontos e já na primeira metade do pregão veio atingir a máxima do dia, nos 69.877 pontos. Com a piora do humor nos mercados externos, retornou aos 69.500 pontos tentando manter suporte nesse nível, enquanto aguardava uma melhor definição nos mercados americanos. Na penúltima hora de pregão e na esteira de DJI, o IBOVESPA realizou até a mínima do dia em 69.013 pontos. Na última hora, recuperou a tendência de alta, retomando novamente os 69.500, para em seguida finalizar em 69.722 pontos (alta de 1,20%). A retomada da alta na última hora de pregão, fez com que os principais indicadores do gráfico diário sinalizassem também a continuidade dessa recuperação, mais evidenciada ainda, quando considerado o gráfico de "30 minutos". Suportes imediatos em 69.500, 69.010, 68.600 e 68.200 pontos (fibo 62%). Resistências em 69.880, 70.100, 70.215, 70.435 e 70.545 pontos.

DOW JONES...após 08/05...muita volatilidade e indefinição...


DJI abriu nos 12.815 pontos e na primeira hora de pregão refluiu até a mínima nos 12.795 pontos. A partir daí, iniciou um movimento de recuperação retomando primeiramente os 12.850 pontos e no início da segunda metade do pregão, atingiu a máxima do dia em 12.909 pontos. Com a piora nos índices futuros, não conseguiu se manter nesse patamar, refluindo até os 12.817 pontos, onde encontrou novo suporte para esboçar pequena recuperação e finalizar em 12.867 pontos (+ 0,41%). DJI está tentando se manter acima dos 12.800 pontos. Para retomar a tendência de alta, deverá superar o topo recente, nos 13.046 pontos. Assim, precisará superar as resistências em 12.910, 12.950, 13.003 e 13.046 pontos. Suportes imediatos em 12.800, 12.750(sobre a LTA), 12.700 e 12.630 pontos. A recuperação ocorrida na última hora de pregão fez com que no gráfico diário, indicadores como o IFR e o oscilador de momentos iniciassem a sinalização de retomada da alta. Porém, o estocástico e o CCI/Ma cruzamento mantêm sinalização oposta, apontando na continuidade da queda.

CSN se reafirma como jóia da coroa

Valor Econômico
8/5/2008

Mesmo depois de subir 47,36% neste ano, as ações ONs da CSN se mantêm entre as recomendações "top pick" pelas casas de análise. No pregão de ontem, deglutindo os resultados divulgados na terça-feira à noite, os papéis da companhia resistiram bravamente ao movimento de realização de lucros que tomou conta de "blue chips" como Petrobras e Vale. O Ibovespa, depois de quatro pregões consecutivos de alta - e com uma valorização de 10% -, fechou em queda ontem. Nada disso tirou, porém, o brilho de CSN ON, que chegou a subir 3,9%, para fechar cotada a R$ 75,58, com alta de 1,84%. Os resultados apresentados pela siderúrgica no primeiro trimestre soaram como música para investidores e analistas. A companhia trouxe uma combinação de redução de custos com aumento de receitas num período sazonalmente mais fraco para a atividade, destaca Leonardo Alves, da Link Investimentos.

IBOV...após 07/05...forte realização...com boa possibilidade de reversão...


O IBOVESPA abriu em leve alta nos 70.201 pontos e já na primeira hora de pregão veio buscar a máxima do dia, nos 70.545 pontos. Com a piora do humor nos mercados externos, retornou aos 70 mil pontos tentando manter suporte nesse nível, enquanto aguardava por uma melhor definição dos mercados americanos. Às 15 horas, na esteira de DJI, o IBOVESPA iniciou forte realização, primeiramente perdendo o suporte em 69.565 pontos (fundo recente nos 2 últimos pregões), depois o suporte nos 69 mil, vindo atingir a mínima do dia em 68.600 pontos, onde finalmente encontrou suporte. Na última meia-hora de pregão, recuperou a tendência de alta, retomando a casa dos 69 mil, para finalizar em 69.017 pontos(queda de 1,50%). A forte realização de lucros, nesse pregão em sincronia com DJI, pareceu ser salutar, considerando-se as fortes altas recentes. Enquanto os principais indicadores do gráfico diário sinalizam ainda a possibilidade de continuidade de queda, uma análise com mais acuidade do gráfico de "30 minutos" mostra possibilidade de reversão dessa tendência, principalmente a "divergência favorável" visualizada no oscilador de momentos. Suportes imediatos em 68.600, 68.200 (fibo 62%)e 67.870 pontos. Resistências agora em 69.340, 69.565, 70.100, 70.215, 70.435 e 70.545 pontos.

DJI...após 07/05...forte realização...pode tentar uma reversão...


DJI abriu nos 13.010 pontos e na primeira meia-hora tentou se manter na casa dos 13 mil pontos, vindo atingir a máxima em 13.036 pontos. Com a piora do humor nos mercados futuros, com a alta do barril de petróleo negociado na casa de U$ 123, cedeu primeiramente o suporte nos 13.003 pontos, vindo negociar nos 12.950 pontos. Já na segunda metade do pregão, sem perspectivas de reverter a queda prenunciada, realizou com força, perdendo o suporte nos 12.900 pontos, para buscar o forte suporte nos 12.800 pontos (mínima em 12.796).Finalizou em 12.814 pontos (- 1,6%). DJI não conseguiu se manter no patamar dos 13 mil pontos. Ainda assim, se não perder o suporte em 12.800 pontos, terá pela frente as resistências imediatas em 12.910, 12.950, 13.003, 13.046, 13.060(fibo de 78%)e 13.132 pontos. Suportes em 12.800, 12.750, 12.700 (sobre a LTA) e 12.630 pontos. A forte realização ocorrida nas últimas duas horas de pregão fez com que no gráfico diário os principais indicadores sinalizassem para a continuidade da queda. Porém no gráfico de "30 minutos", o IFR está sem tendência definida e o estocástico já negocia fora da região de "sobre-compra"; o CCI/Ma cruzamento e o Oscilador de momentos sinalizam tendência de alta.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Bolsa de NY tem queda forte com imóveis e petróleo

por Renato Martins da Agência Estado
07.05.2008 18h11

O mercado americano de ações fechou em queda forte, reagindo a um indicador fraco de vendas de imóveis residenciais e à nova alta dos preços do petróleo e refletindo uma preocupação maior dos investidores com a saúde das instituições financeiras. Um operador de um fundo disse que "o mercado de títulos lastreados em hipotecas despencou novamente, por causa dos números horríveis de vendas de imóveis residenciais. As notícias só ficam piores". Pela manhã, a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis dos EUA (NAR) informou que o índice de vendas pendentes de imóveis caiu 1% em março, em relação a fevereiro, com queda de 20% em comparação com o mesmo mês do ano passado.
As ações do setor financeiro estavam entre as que mais caíram, depois de a Securities and Exchange Comission (SEC, órgão regulador do mercado de capitais americano) anunciar que passará a exigir que os bancos de investimento divulguem níveis de capital e de liquidez. Outro fator foi a declaração do dirigente da regional do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de Kansas City, Thomas Hoenig, de que preocupações "sérias" quanto à inflação poderão obrigar o Fed a elevar as taxas de juro. Merrill Lynch despencou 5,59%, Lehman Brothers cedeu 5,76% e Citigroup perdeu 5,37%.
As ações das construtoras sofreram quedas fortes, em reação ao indicador de vendas pendentes de imóveis residenciais. DR Horton caiu 6,59% e Lennar perdeu 5,26%. A alta dos preços do petróleo fez caírem as ações do setor de transporte, como UPS (-2,39%); as das empresas de petróleo também caíram (ExxonMobil recuou 1,39%).
O índice Dow Jones fechou em queda de 1,59%, em 12.814,35 pontos. O Nasdaq encerrou em baixa de 1,80%, em 2.438,49 pontos. O S&P-500 caiu 1,81%, para 1.392,57 pontos. O NYSE Composite recuou 1,80%, para 9.339,47 pontos. As informações são da Dow Jones.

Após 4 recordes, Ibovespa fecha em baixa de 1,68%

por Claudia Violante da Agência Estado
07.05.2008 17h31

O novo recorde do petróleo no mercado internacional, razão que outrora deu suporte à alta do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, foi hoje motivo para a Bolsa doméstica cair após quatro pregões seguidos de avanço (quando acumulou quase 10% de elevação). A explicação é uma só: os investidores procuravam uma boa razão para embolsar os lucros e o fechamento do petróleo acima de US$ 123 por barril pesou negativamente sobre as bolsas americanas, respingando no mercado acionário brasileiro. Praticamente todos os papéis do Ibovespa seguiram, restando apenas seis ações em alta no final do dia.
A Bolsa encerrou em queda de 1,68%, aos 69.017,7 pontos. Oscilou entre a mínima de 69.599 pontos (-2,27%) e a máxima de 70.545 pontos (+0,5%). No mês, os ganhos foram reduzidos a 1,68% e, no ano, a 8,03%. O volume financeiro totalizou R$ 7,1 bilhões.
Em Nova York, o índice Dow Jones fechou em baixa de 1,59%, aos 12.814,4 pontos. O S&P caiu 1,81% e o Nasdaq, 1,80%. Os temores com a inflação estavam entre as justificativas para as ordens de vendas. Os investidores já amanheceram com estas preocupações no horizonte, depois que o dirigente da regional do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de Kansas, Thomas Hoenig, disse (ontem à noite) que o cenário de inflação pode demandar elevação de juros. A alta incansável do petróleo alimentou este receio. Hoje, o petróleo negociado na Bolsa Mercantil de Nova York fechou em inéditos US$ 123,53, alta de 1,39%.
O aumento surpreendeu porque os dados de estoques divulgados nos EUA foram bem melhores do que as estimativas. Os estoques de petróleo subiram 5,7 milhões de barris na semana encerrada em 2 de maio, quando a projeção era de alta de 1,4 milhão de barris. Cabe aqui registrar que o dado do setor imobiliário divulgado mais cedo também foi superior às projeções. As vendas pendentes de imóveis residenciais nos EUA caíram 1,0% em março ante fevereiro (1,8% era a estimativa).
Fato é que hoje a alta do petróleo acabou não "salvando" as ações da Petrobras da queda. Os papéis conseguiram se segurar apenas até o meio da tarde - depois, caíram com a realização mais forte e arrastaram consigo a Bovespa. Petrobras PN perdeu 0,33% e Petrobras ON recuou 0,88%. Os metais também caíram no exterior e ancoraram as vendas de ações da Vale. Os papéis PNA caíram 2,25% e os ON cederam 2,76%.
A análise corrente do mercado é de que o otimismo com o grau de investimento conquistado pelo Brasil na semana passada está longe de acabar - tanto que a queda hoje foi relativamente tímida perto do que subiu a Bolsa nos últimos dias. Mas algumas medidas que estariam em estudo pelo governo para conter o fluxo de recursos ao Brasil poderiam diminuir um pouco o fôlego de compras até que mais uma novidade - a elevação para grau de investimento por uma segunda agência, por exemplo - seja divulgada.
O gestor de renda fixa da Icatu Hartford, Ian Caó, acredita que o governo não terá como não lançar mão destas ações e crê que elas devem ser anunciadas em breve. “A pressão de demanda é muito grande e o governo está preocupado com a alta da inflação e das projeções para os preços. Não há saída. Uma medida terá que ser adotada”, disse ele, ao justificar que o compulsório (parcela de recursos que os bancos têm que depositar no BC), uma das ações que o governo poderia adotar, conforme rumores de mercado, é menos impopular.
De qualquer forma, segundo ele, a Bovespa deve ser o mercado que deve sentir mesmo medidas como essas. “Há dois tipos de empresas na Bolsa, as que já são grau de investimento e aquelas que se beneficiaram da elevação da nota da S&P. Essas medidas afetariam mais esse segundo grupo, mas a relevância dele sobre o índice é baixa. Assim, o efeito é pequeno”, comentou.

Previsões apontam petróleo a US$ 150

por Neil King Jr. e Spencer Swartz, The Wall Street Journal
Valor Online
07/05/2008



Os consumidores de petróleo que já sofrem com a alta do custo com combustíveis podem ter ainda mais dificuldades nos próximos meses, porque uma série de fatores, que vão da instabilidade na Nigéria à queda na produção da Rússia, pode levar o preço do barril acima dos US$ 150, segundo um crescente número de observadores do mercado. Preços do petróleo bruto a esse nível seriam um golpe à economia mundial.
O contínuo avanço do petróleo levou vários analistas a divulgar projeções de preço cada vez mais sombrias. A Goldman Sachs, que previu a recente escalada com talvez mais precisão que qualquer outra firma, projeta agora que o mundo pode enfrentar um "super-salto" no qual o petróleo ficaria entre US$ 150 e US$ 200 por barril talvez já em outubro. Ontem, o barril bateu novo recorde e ficou em US$ 121,84 em Nova York, acumulando uma alta de 27% este ano.
"Isso deixaria o petróleo em níveis de preço inéditos mesmo se remontarmos a pouco depois da Guerra Civil americana", diz Stephen Brown, economista do setor energético do Federal Reserve Bank de Dallas. Um petróleo na faixa de US$ 150 cortaria em torno de 1,8% da produção econômica americana no primeiro ano, e outro 1,5% no segundo, estima Brown. A economia americana teve um crescimento anêmico de 0,6% anualizados no primeiro trimestre.
Observadores do mercado dizem que praticamente todos os indícios apontam para a continuidade da alta. Apesar dos rumores de que especuladores impulsionaram a cotação como uma proteção contra a desvalorização do dólar, o petróleo continuou a subir 10% desde a primeira semana de abril, enquanto o dólar se valorizou apenas 2% em relação ao euro.
Ainda mais incomum é o fato de que o petróleo manteve sua sólida alta mesmo diante da queda acentuada da demanda americana, que em fevereiro diminuiu para 19,7 milhões de barris diários - 1 milhão a menos do que a média diária de 2007. Uma recuperação da demanda, talvez fomentada pelo pacote de US$ 152 bilhões do governo para estimular a economia, pode deixar de joelhos um mercado mundial já no limite.
"Não é que um gênio escapou da lâmpada - é que 100 gênios escaparam da garrafa", diz Daniel Yergin, presidente do conselho da Cambridge Energy Research Associates. Conhecida pelo pessimismo de suas previsões, a consultoria agora defende a mais sombria das estimativas que divulgou em 2006, afirmando que a cotação pode chegar a US$ 150 neste ano.
O excedente menor na capacidade mundial de produção, argumenta Yergin, continua a ser o maior fator por trás da alta recente. A maioria das estimativas afirma que a reserva de segurança disponível imediatamente, praticamente toda na Arábia Saudita, está agora em 2 milhões de barris diários - ou apenas 2,3% da demanda diária, o menor nível das últimas décadas.
O mercado petrolífero ficou ainda mais tenso com as más notícias em grandes produtores como Nigéria e Rússia. A Indonésia, antiga integrante da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, anunciou que pode abandonar o cartel no ano que vem, já que sua produção continua a cair para níveis de menos da metade do pico de 1,7 milhão de barris diários, alcançado no início dos anos 90. Desde 2004 que o país é importador líquido de petróleo.
Na Nigéria, na semana passada, uma série de ataques de rebeldes contra a infra-estrutura petrolífera do país e uma greve de petroleiros reforçaram a reputação do país como um dos fornecedores menos confiáveis do mundo. Atos de sabotagem já cortaram pelo menos um quarto da capacidade diária de bombeamento da Nigéria, que é de 2,5 milhões de barris.
O mercado mundial já está acostumado a se decepcionar com os produtores que não pertencem ao cartel, à medida que a falta de investimento e o amadurecimento dos campos em lugares como México e Rússia diminuíram a produção dos países nos últimos anos.
A produção fora da Opep pode crescer 1% este ano, muito menos do que esperam os analistas. A Agência Internacional de Energia, sediada em Paris e financiada pelos países importadores, diminuiu em abril a sua previsão para a produção de 2008 dos países não filiados, dessa vez em 85 mil barris diários, para 50,5 milhões de barris, por conta da produção menor que a esperada em países como o México, por causa de atrasos na conclusão de novos projetos.
A Opep, enquanto isso, manteve a meta de produção inalterada durante oito meses e rejeitou os pedidos de aumento, mesmo depois que a cotação subiu 54% desde a última vez que o grupo de 13 países elevou a produção, em setembro. A Arábia Saudita, de longe a integrante de mais peso do cartel, também já deu indícios de que não prevê aumento da capacidade de produção depois de 2009.
"Acreditamos que a atual crise energética possa estar chegando ao ápice, já que a falta de crescimento adequado da oferta está se tornando aparente", disse a Goldman Sachs em nota aos clientes. O banco afirmou que certas forças podem levar os preços a uma média de US$ 200 por barril no ano que vem, previsão que pareceria lunática alguns meses atrás.

terça-feira, 6 de maio de 2008

IBOV...após 06/05...forte volatilidade produziu "Doji"... porém, oscilador aponta "divergência positiva" para alta...


O IBOVESPA abriu nos 70.175 pontos e já na primeira meia-hora de pregão veio buscar a mínima do dia, nos 69.561 pontos.Com a melhora do humor nos mercados futuros, retomou a casa dos 70 mil pontos vindo testar a resistência nos 70.140 pontos. A partir daí, refluiu novamente até o suporte nos 69.570 pontos. Nas 2 últimas horas de pregão, retomou a tendência de alta, vindo atingir a máxima do dia em 70.215 pontos. Refluiu levemente à casa dos 70.080 pontos e finalizou nos 70.195 pontos (+0,03%). A forte volatilidade do pregão com a abertura e o fechamento praticamente coincidentes produziram um "DOJI" de indefinição demonstrando muito equilíbrio entre as pressões compradora e vendedora. Apesar dessa indefinição nos principais indicadores do gráfico diário, o oscilador de momentos sinaliza significativa "divergência positiva" para a retomada dos topos anteriores. Suportes imediatos em 69.990, 69.565, 69.370 e 68.200 (fibo 62%)pontos. Resistências em 70.215, 70.435, 70.970 e 71.790 pontos.

DOW JONES...após 06/05...fechou em leve alta sem tendência definida...


DJI abriu nos 12.969 pontos e na primeira meia-hora veio buscar a mínima nos 12.860 pontos.Com a melhora do humor nos mercados futuros, gradualmente recuperou o suporte nos 13.003 pontos, vindo alcançar 13.025 pontos. Na segunda metade do pregão, a pressão vendedora trouxe DJI abaixo dos 13 mil novamente, vindo até 12.970 pontos onde consolidou suporte. A partir daí retomou a tendência de alta formando topo em 13046 pontos. Finalizou em 13.020 pontos (+ 0,40%). DJI está conseguindo se manter no patamar dos 13 mil pontos. Para tal, é importante não perder o suporte em 12.910 pontos. Resistências imediatas em 13.046, 13.060(fibo de 78%)e 13.132 pontos. Suportes imediatos em 13.003(fibo 61,8%), 12.970, 12.910 e 12.860 pontos. No gráfico de maior frequência (30 minutos), o IFR está sem tendência definida e o estocástico já se apresenta em região de "sobre-compra"; os demais indicadores sinalizam tendência de alta.

Ibovespa tem alta marginal, mas bate 4º recorde seguido

por Claudia Violante da Agência Estado
06.05.2008 17h31


Depois de acumular quase 10% de ganhos em três pregões, a Bovespa passou o dia todo em queda, mas inverteu o sinal nos últimos minutos do pregão, o que resultou no quarto fechamento em nível recorde seguido. O Ibovespa, principal índice, subiu apenas 0,03%, para o recorde de 70.195,3 pontos. Oscilou entre a mínima de 69.561 pontos (-0,87%) e a máxima de 70.215 pontos (+0,06%). Com o resultado de hoje, a elevação acumulada em maio é de 3,43%. No ano, a alta alcança 9,88%. O volume financeiro negociado totalizou R$ 6,88 bilhões.
Em Nova York, as bolsas subiram, amparadas pelas ações dos setores financeiro e de tecnologia. O índice Dow Jones avançou 0,40%, S&P, 0,77%, e Nasdaq, 0,78%. O novo recorde do preço do petróleo acabou renegado a segundo plano por lá, muito embora tenha empurrado as ações da Petrobras para cima no mercado doméstico. O petróleo WTI, negociado em Nova York, subiu 1,56% e fechou no nível inédito de US$ 121,84 por barril. A demanda da China e da Índia, especulação, ameaças à produção do Irã, Iraque e Nigéria e gargalos em refinarias nos EUA são as preocupações que impulsionam os preços da commodity.
Aqui, Petrobras ON avançou 2,82% e PN, 2,62%. Em evento nos EUA, o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, anunciou que a empresa pretende captar US$ 5 bilhões até o final do ano para investir na prospecção de petróleo na camada pré-sal - lugar onde foi descoberto o campo gigante de Tupi e onde está o promissor campo Carioca. Ele ainda anunciou que até a próxima sexta-feira a empresa pode decidir sobre a compra da refinaria da americana Valero Energy localizada em Aruba. Para ele, os preços do petróleo continuarão elevados e “mais voláteis”, embora não haja “razão para vermos queda ou grande alta dos preços”.
Vale também deu suporte ao Ibovespa ao fechar em +1,83% as ações ON e +1,47% as PNA, de olho na alta das commodities metálicas. Ontem, a empresa havia anunciado a compra, por US$ 145 milhões, da Mineração Apolo, que irá elevar em quase 1 bilhão de toneladas as reservas de minério de ferro da empresa no chamado Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais.
Com as blue chips (ações de primeira linha) em alta, a realização de lucros hoje aconteceu de forma tímida e localizada. Os papéis que tiveram os maiores ganhos após a elevação do Brasil para grau de investimento pela agência Standard & Poor's estão entre os que passaram por uma redução hoje, como por exemplo as ações do setor de consumo/varejo e construção civil. No caso dos bancos, a queda das ações de hoje teve um empurrãozinho dos papéis do Itaú. O segundo maior banco privado do País anunciou lucro líquido consolidado no primeiro trimestre de R$ 2,043 bilhões, em linha com as projeções. Como os analistas já precificavam o resultado, houve vendas, que não se limitaram a esses papéis, se espalhando pelo setor de forma geral. Itaú PN caiu 4,3%, Bradesco PN, 3%, Banco do Brasil ON, 3,67%.
Ainda da safra de balanços, TIM Participações liderou as perdas do Ibovespa ao cair 8,39% as ON e 8,07% as PN. A empresa anunciou aumento de 454,5% no prejuízo do primeiro trimestre em relação ao mesmo intervalo de 2007, para R$ 107,929 milhões. Light ON cedeu 5,04%. A empresa anunciou lucro líquido de R$ 104 milhões no primeiro trimestre, equivalente a uma alta de 10,2% em relação ao mesmo período de 2007.

Apetite por risco beneficia emergentes

por Eduardo Campos de Valor Online
06/05/2008


O apetite por risco segue crescendo entre os gestores de fundos internacionais, que continuam transferindo recursos para carteiras de países emergentes e títulos de alto risco. É o que mostram os dados da consultoria americana Emerging Portfolio (EPFR Global), que acompanha US$ 10 trilhões em fundos aplicados ao redor do mundo.
Na semana encerrada no dia 30 de abril, os fundos de renda fixa de curto prazo (money market funds) perderam US$ 32,4 bilhões. Esses fundos, serviram de porto seguro para os investidores durante os momentos mais agudos da crise financeira.
Na outra ponta, os fundos de ações e renda fixa de países emergentes, vistos como opções mais arriscadas, seguiram recebendo recursos, com destaque para a categoria Ásia (exceto Japão), com captação de US$ 1,4 bilhão. Os fundos voltados para América Latina, Oriente Médio e África também receberam recursos. Os fundos voltados para os BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China) obtiveram R$ 462 milhões no período, melhor resultado semanal do ano. Todos os quatro integrantes do BRIC apresentaram fluxo positivo.
Entre os desenvolvidos, os fundos de ações dos Estados Unidos perderam US$ 2,83 bilhões, antes da reunião do Federal Reserve (Fed), banco central americano, que cortou os juros em 0,25 ponto percentual dia 30 de abril.
Na Europa, a semana também foi de resgates, com destaque para um único fundo de ações voltado para Alemanha. Apesar da distorção provocada por este fundo, a visão da EPFR é de que os investidores estão se preparando para o pior na Europa. Tal observação está fundamentada no baixo crescimento dos lucros, política monetária restritiva, com foco na inflação, e temores quanto aos futuros reflexos da exposição aos instrumentos financeiros subprime, avalia a EPFR.
No Japão, o fluxo positivo da semana anterior não se confirmou uma tendência. Os fundos dedicados ao país voltaram a ser alvo de saques dos investidores, depois que a produção industrial, consumo e exportações deram indicação de queda também no segundo trimestre.
Na avaliação setorial, seis dos nove grandes grupos tiveram resgates, apesar do maior otimismo dos investidores. Destaque para Tecnologia e Finanças que receberam dinheiro novo, enquanto Energia e Commodities perderam US$ 886 milhões e US$ 393 milhões, respectivamente, em função da alta do dólar ante outras divisas.

IBOV...após 05/05...tendência de alta ainda continua...


O IBOVESPA abriu nos 69.366 pontos (mínima do dia) e impulsionado pelos "índices futuros" evoluiu para romper novamente a casa dos 70 mil pontos. Após ter superado a resistência nos 70.020 pontos, acabou refluindo com a abertura em queda de DJI, vindo buscar suporte em 69.625 pontos. A partir daí, "descolado" de DJI e com a firmeza dos "índices futuros" veio buscar a máxima do dia nos 70.475 pontos (pouco abaixo do TH do dia anterior em 70.970 pontos). Finalizou em 70.175 pontos (+1,17%). Os principais indicadores no gráfico diário sinalizam ainda a manutenção da tendência de alta. Suportes imediatos em 69.625, 69.370, 68.200 (fibo 62%)e 67.860. Resistências em 70.435, 70.970, 71.790 e 73.865 pontos.

DOW JONES...após 05/05...recuperação no final do pregão sugere fim da correção...


DJI abriu em ligeira queda nos 13.056 pontos, mas contaminado pelo mau humor dos mercados futuros, perdeu o suporte nos 13.047 pontos e na primeira hora de pregão já havia perdido também o suporte nos 13.000 pontos. Na segunda metade do pregão oscilou entre a mínima de 12.940 e a máxima próxima aos 13 mil pontos, finalizando em 12.970 pontos (-0,68%). DJI tenta se manter no patamar de negociações dos 13 mil pontos. Para isso deverá respeitar o suporte em 12.900 pontos. Resistências imediatas em 13.003(fibo de 62%) e 13.060(fibo de 78%) pontos. Suportes imediatos em 12.940, 12.900 e 12.800 pontos. No gráfico de maior frequência (30 minutos), os principais indicadores sinalizam a retomada da tendência de alta.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Bolsa bate 3º recorde seguido após grau de investimento

por Claudia Violante da Agência Estado
05.05.2008 17h32

Quem imaginou que a disparada de 8,7% nos dois últimos pregões da semana passada serviria de justificativa para a Bovespa passar por uma realização de lucros se enganou. Ela até ocorreu durante o pregão, nas ações de segunda linha e com a realocação de carteiras pelos gestores, mas foi um evento muito pequeno e que não impediu a Bolsa doméstica de registrar seu terceiro recorde consecutivo e encerrar o pregão pela primeira vez na história no nível de 70 mil pontos.
O Ibovespa, principal índice, subiu 1,17% e fechou em 70.174,9 pontos, acumulando em maio ganho de 3,40% e, no ano, de 9,84%. Após o grau de investimento, conquistado na quarta-feira, subiu 9,95%. Hoje, o índice oscilou entre a mínima de 69.366 pontos (estabilidade) à máxima de 70.435 pontos (+1,54%). O volume financeiro também foi alto, de R$ 7,068 bilhões. Em abril, a média diária foi de R$ 6,233 bilhões.
Nem mesmo a queda das bolsas americanas impediu a Bovespa de seguir a alta trilhada após a elevação de classificação de risco do Brasil pela agência Standard & Poor's. A baixa nos Estados Unidos, justificaram os operadores, decorreu basicamente da queda dos papéis do Yahoo!, após a Microsoft retirar sua oferta de compra pela empresa. A disparada do petróleo, que bateu mais um recorde, também pesou sobre as ações, mas o índice ISM do setor de serviços serviu de contraponto positivo ao subir mais do que era previsto e situar-se na faixa de 50, o que significa expansão do setor (em abril, o índice sobre a atividade no setor de serviços subiu para 52,0, de 49,6 em março - a expectativa era 49,8).
O petróleo, ao longo da sessão, bateu em US$ 120,21 por barril, mas saiu das máximas e fechou no recorde em US$ 119,97, com elevação de 3,14%. A alta foi puxada pela demanda, por novas notícias de problemas com a oferta na Nigéria, maior exportador do produto da África, e planos de greve num porto francês.
No Brasil, a alta do petróleo favoreceu as ações da Petrobras. As ordinárias (ON) subiram 2,5% e as preferenciais (PN), 1,98%. Os papéis da Vale, segunda empresa mais importante da Bovespa, também subiram. Hoje, a empresa anunciou um contrato para comprar os direitos minerários e de superfície pertencentes à Mineração Apolo nas cidades de Rio Acima e Caeté (MG). Vale PNA ganhou 1,68% e Vale ON avançou 1,83%.
Na avaliação do gestor-gerente da Infinity Asset, George Sanders , “o Brasil virou o centro das atenções”, e muita gente que não pegou a alta ainda vai aproveitar esse bonde. Desta forma, uma realização de lucros significativa precisaria de um argumento muito forte que, segundo ele, pode ser dado pelo governo brasileiro caso ele venha mesmo a adotar medidas para desestimular a entrada de capital especulativo. O governo, por meio do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, negou hoje a possibilidade. Segundo ele, há muita especulação sobre o assunto. “É preciso primeiro esperar o ingresso de recursos acontecer”.
Dessa forma, a realização que ocorreu hoje foi setorizada, com os investidores realocando suas carteiras, trocando de papéis. Os bancos, nessa mudança, foram prejudicados e fecharam em baixa. As ações voltadas ao mercado doméstico, como construção e consumo, foram destaques.

Blue chips não serão as empresas mais beneficiadas pelo grau de investimento

Fator Corretora explica por que as estrelas do Ibovespa (Vale, Petrobras e siderúrgicas) subiram menos que a média com decisão da S&P

por João Sandrini de EXAME
05.05.2008 17h43

Empresas como Vale, Petrobras, CSN, Usiminas e Gerdau se acostumaram a puxar as valorizações do Ibovespa nos últimos meses. Além de lucros extraordinários, essas empresas tiraram proveito de uma conjuntura de mercado favorável. Investidores do mundo todo têm apostado alto em empresas ligadas ao setor de matérias-primas devido à forte demanda da China, aos gargalos que impedem o rápido aumento da produção de commodities e também ao aumento da aversão ao risco observado desde o início da crise do subprime. Além disso, os sucessivos cortes de juros determinados pelo Federal Reserve nos Estados Unidos ajudaram a desvalorizar o dólar e a inflar o preço das matérias-primas – que têm seus preços de referência atrelados à moeda americana. Desde a semana passada, quando o Brasil conquistou o grau de investimento da agência Standard & Poor’s, entretanto, as blue chips subiram, mas ficaram para trás em comparação a outros papéis da Bovespa. Seria então o momento de garimpar oportunidades entre as empresas de médio e pequeno porte?
Para a Fator Corretora, a resposta é sim. A coordenadora de análises da instituição, Lika Takahashi, acredita que o mercado vai se comportar nos próximos meses de forma oposta à verificada desde o ano passado. “Ações de empresas ligadas ao mercado doméstico devem ter resultados melhores que as produtoras de matérias-primas”, escreveu Lika no relatório “Brasil, Grau de Investimento – A Hora das Ações de Segunda Linha”, divulgado nesta segunda-feira. Ela lembra que blue chips como Vale, Petrobras, Usiminas, Aracruz e VCP já possuíam o grau de investimento antes de o país ser agraciado com o selo de bom pagador. Além disso, essas empresas deverão ser prejudicadas pela provável queda da cotação do dólar gerada pela maior atração de recursos para o país após a decisão da S&P.
Para a maioria dos analistas de mercado, o grau de investimento vai beneficiar principalmente as ações de empresas que terão custos menores de captação de recursos e poderão elevar suas vendas com a expectativa de juros mais baixos no longo prazo. Esse é o caso de bancos, empresas de bens de consumo e varejistas. Também saem ganhando companhias bastante endividadas ou com planos de investimento ambiciosos, como construtoras e geradoras de energia – todas terão custos mais baixos para implementar seus projetos. Como essas são empresas com menor peso no Ibovespa, a Fator Corretora decidiu manter sua projeção de 75 mil pontos para índice ao final deste ano.
Não há consenso, entretanto, se as empresas ligadas a commodities também não continuarão a registrar fortes valorizações nos próximos meses. Lika Takahashi, da Fator, acredita que já há um certo exagero nos atuais preços das commodities apesar da demanda ainda ser alta. Há incertezas sobre a continuidade da queda do dólar e o Fed já sinalizou uma pausa no movimento de queda dos juros em sua próxima reunião. Há duas semanas, porém, o estrategista global de mercado emergentes da Merrill Lynch, Michael Hartnett, afirmou que o rali das commodities só deve acabar quando os principais bancos centrais mundiais agirem para conter os preços das matérias-primas. E, ao menos até agora, o Fed não deu nenhum sinal de que voltará a elevar os juros – até porque a economia dos EUA continua sob o risco de recessão.
Tanto é verdade que o rali das commodities não pode ser dado como encerrado que Vale e Petrobras ainda são as ações indicadas pela maioria das corretoras para o mês de maio - inclusive estão na lista de preferidas da Fator. A Vale obteve reajustes de até 71% para o minério de ferro e de até 86% para as pelotas, altas que deverão beneficiar o balanço da empresa a partir deste segundo trimestre. Já a Petrobras elevou o preço da gasolina em 10% e o do diesel em 15% na semana passada, agradando um mercado que já começava a duvidar que houvesse um reajuste tão próximo às eleições municipais. Da mesma forma, siderúrgicas e fabricantes de celulose também conseguiram elevar os preços em mais de 10% nas últimas semanas. As ações ligadas ao consumo interno terão, então, que registrar fortes valorizações para superar as fabricantes de commodities.

Grau de investimento abre espaço para ação de 2ª linha

por VALOR ONLINE
05/05/2008

A "segunda linha" vem aí. Com a perspectiva de risco menor para aplicações no país - agora chancelado como investimento seguro - e a chegada de dinheiro novo, o investidor tende a procurar por opções diferentes, além do ramerrame de Petrobras e Vale, que deram ganho certo nos últimos meses e sustentaram a valorização recente do principal índice de ações da bolsa de valores.
Enquanto refazem suas planilhas para o futuro, os analistas apostam que o grau de investimento fará mais diferença para os papéis de menor liquidez - mesmo porque empresas como Vale e Petrobras já haviam sido promovidas antes mesmo que o país e se beneficiavam dos menores custos de captação.
O jogo agora é identificar as pérolas escondidas em meio ao aperto de liquidez mundial. Se não dá para afirmar que todas as ações de segunda linha estão subavaliadas, sabe-se que há muitas empresas de qualidade que valem mais do que o mercado vinha pagando por elas.
"Há papéis de segunda linha com descontos de até 50%, muitas oportunidades. Isso não quer dizer que elas vão dar dinheiro agora. Mas é uma boa chance de comprar", afirma Luis Stuhlberger, gestor da Credit Suisse-Hedging-Griffo.
Pegue-se como exemplo as novatas que estrearam na bolsa no ano passado. Um levantamento do Valor Data mostra que, das 54 ofertas com valor inferior a R$ 1 bilhão, os papéis de 44 empresas estavam abaixo do preço da emissão no dia anterior ao grau de investimento.
Construção, varejo e, claro, o setor financeiro estão na berlinda. Toda vez que ocorre alguma alteração no risco do país, os bancos são sempre os primeiros a reagir, comenta Fabio Anderaos, da Itaú Corretora, que faz parte da Carteira Valor. O custo financeiro pesa bastante para os bancos, que passavam por um momento ruim em termos de captações no exterior, lembra Vladimir do Nascimento Pinto, estrategista do Unibanco.
Não por acaso, o destaque na Carteira Valor de maio é setor bancário. São dez as indicações entre as 50 possíveis, numa crença de que os bancos serão os primeiros a refletir as benesses da promoção a grau de investimento em seus papéis.

Analistas começam a rever as projeções do Índice Bovespa

por Ana Paula Ragazzi, Angelo Pavini e Silvia Fregoni, de VALOR ONLINE
05/05/2008

Um dia depois do grau de investimento obtido pelo Brasil, algumas corretoras reavaliaram, imediatamente, as projeções para o Ibovespa ao final de 2008. Ativa e Win, home broker da Alpes Corretora, elevaram as estimativas para acima dos 80 mil pontos, alinhando-se com a projeção de outras casas que já esperavam pela mudança da nota e pelo alcance dessa pontuação.
Monica Araújo, chefe da área de estratégia da Ativa Corretora, explica que a perspectiva de que as empresas brasileiras terão maior acesso a crédito, com custos de captação reduzidos, resultou na mudança. Por conta disso, a casa reviu uma importante premissa utilizada no "valuation" (método de avaliação de empresa), que é o risco-país mais baixo, "spread" (diferença) entre os títulos da dívida brasileira sobre a curva de rentabilidade dos títulos americanos. "Em nossa revisão, trabalhamos agora com um risco-Brasil de 140 pontos base, ante 190 pontos base dos cálculos anteriores", diz. "Em função, disso, elevamos a projeção para o Ibovespa em quase 5%, de 77.500 pontos para 81.200", informa.
A analista destaca que o mercado acionário brasileiro já vinha embutindo no preço de seus ativos a possibilidade de atingir o grau de investimento. "Algumas empresas, inclusive, já tinham a nota", lembra. "Por isso, não necessariamente iremos observar imediatamente um aumento significativo do volume de recursos entrando na renda variável", diz Monica.
Antes de a nota chegar ao país, muitos analistas não descartavam a possibilidade de que a bolsa brasileira apresentasse oscilação pequena logo após o anúncio, o que não se confirmou. Em apenas dois pregões, o Ibovespa avançou 5.541 pontos, ou 8,68%, atingindo nova marca histórica, de 69.366. "Tudo que é surpresa tem de ter impacto", resume Pedro Bastos, principal executivo da HSBC Investments. Ele lembra que, diante da crise financeira internacional, a maior parte dos analistas contava com o grau de investimento apenas para 2009. "Ninguém esperava a notícia para aquela quarta-feira, mas ela veio e, agora, o Brasil passará por uma reavaliação dos preços de seus ativos", diz Bastos, ressaltando que a primeira reação dos investidores foi a cobertura de posições vendidas (em que apostam na queda das cotações).
De acordo com Bastos, o HSBC colocou em revisão os cálculos para o Ibovespa, hoje projetado em 80 mil pontos para o fim deste ano. "Antes da nota, tínhamos essa projeção, mas já estávamos atentos sobre a possibilidade de realmente chegar lá", diz. "Agora, certamente, revisaremos a projeção, apontando para uma alta ainda maior."
Monica, da Ativa, observa também que alguns dos países que conseguiram essa melhoria da nota de risco apresentaram realização nos mercados acionários logo depois, dado que parte dos investidores antecipa a melhoria dos indicadores econômicos. "Acreditamos que, em função de uma melhoria no cenário externo, o Brasil possa se distanciar dessa estatística e manter trajetória positiva", afirma.
Algumas casas também enxergaram no selo de investimento seguro um novo alento para a bolsa, depois de terem adotado metas menos otimistas diante dos estragos provocados no mercado pela situação do crédito nos EUA. Segundo Fausto Gouveia, analista da Win, a estimativa para o Ibovespa voltará aos 85 mil pontos projetados no início deste ano. "Com a crise no mercado de crédito americano, havíamos reduzido esta estimativa inicial para 75 mil, mas, com a recente entrada do Brasil no grupo de países de baixo risco de inadimplência, a meta volta a crescer 10 mil pontos."
Luiz Henrique Carneiro, sócio da Paraty Investimentos, não faz projeções em pontos para o Ibovespa, mas avalia que o índice tem, nos próximos meses, um potencial de alta na casa dos 20%. "Antes do grau de investimento, identificávamos a falta de um catalisador para que o índice tentasse buscar os 70 mil pontos", diz. "Agora, avaliamos que, até o fim do ano, o índice deverá romper os 85 mil pontos", diz.
O analista Pedro Galdi, da corretora do Banco Real, diz que a instituição não deve alterar de imediato o valor juros do Ibovespa, que é de 81.071 pontos. Segundo ele, a estimativa já leva em conta um risco-Brasil no nível de país grau de investimento. Mas ele acredita que as projeções poderão ser alteradas depois, caso haja uma variação muito forte do câmbio em função de um fluxo maior de investimento estrangeiro ao país devido à nova classificação. "Toda vez que há uma mudança grande no dólar, é preciso ajustar as projeções", diz.
As estimativas, tanto para o Ibovespa quanto para as empresas, também poderão ser revisadas mais para frente, a fim de incorporar possível diminuição no custo de captação das companhias. A expectativa é de que as taxas médias pedidas pelos investidores caiam com a mudança do status soberano. "Tanto governo como empresas terão taxas mais atrativas para alavancagem", afirma Galdi.
Entre os que mantiveram estimativas, Fabio Anderaos de Araujo, da Itaú Corretora, afirma que por ora, a projeção fica em 83.200 pontos. Também o Unibanco, que calcula o principal índice da bolsa em 78 mil pontos em dezembro, e a Fator, que aponta 75 mil, não manifestaram intenção de promover revisão dos números agora.
Bastos, do HSBC, ressalta que a análise positiva tem fundamento e o grau de investimento torna possível o ingresso de novos recursos no país, porém, essa entrada não será automática. "O Brasil precisa continuar mostrando bons indicadores para atrair esses investidores", diz. "Mudamos de patamar, o que equivale a dizer que antes muitos investidores nem queriam ouvir informações sobre o Brasil, mas agora estarão dispostos a conhecer o país", diz.